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Revista Analytica Ed. 125

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ESTAMOS NO BRASIL<br />

A TPP é conhecida como fabricante de produtos plásticos descartáveis<br />

para cultura de tecidos da mais alta qualidade.<br />

Alguns de nossos produtos são: placas de cultura de tecidos, sistema de filtração à vácuo formato quadrado,<br />

espalhador com lâmina giratória, rack desmontável para tubos e o biorreator TubeSpin.<br />

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EDITORIAL<br />

<strong>Revista</strong><br />

Ano 21 - <strong>Ed</strong>ição <strong>125</strong> - Julho 2023<br />

O tempo não está passando, está voando! Mas, por aqui, foi um semestre de<br />

grandes avanços e realizações para a nossa revista. E o seu semestre, como foi?<br />

Em breve o Grupo Futurlab, detentor das marcas NewsLab, <strong>Analytica</strong> e Guia<br />

Laboratorial, lançará mais uma novidade: um caderno de Medicina Diagnóstica<br />

Veterinária, a NewsVet, dirigido pela nova integrante da nossa equipe, Isabella<br />

Paradas. Seja muito bem vinda Isa!<br />

Caro leitor, na Agenda desta edição, você verá a programação de vários eventos<br />

importantes. Não perca!<br />

E mais, temos nesta edição, um super artigo sobre espectrometria de massa, do<br />

Dr. Celso Blatt, sobre as diferenças entre GC/MS e GC/MS/MS e suas aplicações.<br />

Trazemos também um artigo, este da empresa Kasvi, que nos fala sobre a<br />

microbiologia na indústria farmacêutica.<br />

Na coluna Cosmetologia, o Dr. Bruno Zabeu, escreve sobre os Cobots na indústria<br />

de cosméticos e na seção Análise de Minerais trouxemos mais sobre a ABNT NBR<br />

ISSO 10012: Garantindo a confiabilidade dos resultados por meio da gestão de<br />

medição. Estes são apenas alguns destaques desta edição, tem ainda muito mais<br />

esperando por você estimado leitor.<br />

E não se esqueça, temos também todas as grandes e melhores marcas da área<br />

de controles e processos industriais anunciando aqui o que há de melhor no<br />

mercado, sempre!<br />

Boa leitura!<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIENTE | BIOTECNOLOGIA | LIFE SCIENCE<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da <strong>Ed</strong>itora.<br />

Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />

de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />

/revista-analytica<br />

/revistaanalytica<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: Futurlab<br />

<strong>Ed</strong>itora Responsável : Luciene Almeida | redacao@futurlab.com.br<br />

Para assinaturas / renovação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@futurlab.com.br<br />

Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral


<strong>Revista</strong><br />

Ano 21 - <strong>Ed</strong>ição <strong>125</strong> - Julho 2023<br />

ÍNDICE<br />

01 <strong>Ed</strong>itorial<br />

05 Agenda<br />

ARTIGO 1 08<br />

Por: Celso Blatt<br />

06<br />

Publique na <strong>Analytica</strong><br />

DIFERENÇAS ENTRE GC/MS E GC/MS/MS E SUAS<br />

APLICAÇÕES<br />

ARTIGO 2 16<br />

Blog da Kasvi<br />

MICROBIOLOGIA NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA<br />

20<br />

Neurociências Industrial<br />

Cosmetologia 22<br />

Análise de Minerais 26<br />

24<br />

Pipetagem Digital<br />

2<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

Blog dos Cientistas 34<br />

30<br />

40<br />

Logística Laboratorial<br />

Em Foco


<strong>Revista</strong><br />

Ano 21 - <strong>Ed</strong>ição <strong>125</strong> - Julho 2023<br />

ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante pág. Anunciante pág.<br />

ALFA 03<br />

NOVA ANALITICA 19<br />

BCQ<br />

4ª CAPA<br />

PRIME CARGO<br />

3ª CAPA<br />

GREINER 43<br />

TPP TECHNO<br />

2ª CAPA<br />

KASVI 41<br />

VEOLIA 07<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS | MEIO AMBIANTE | LIFE SCIENCE<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da <strong>Ed</strong>itora.<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

Conselho <strong>Ed</strong>itorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />

Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />

do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />

de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />

Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />

da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta <strong>Ed</strong>ição:<br />

<strong>Ed</strong>uardo Pimenta, Ingrid Ferreira Costa, Camila M. M. Ferro, Dr. Leonardo Schultz da Silva, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues e Prof. Dr. Rogerio Aparecido Machado.


agenda<br />

ANALITICA LATIN AMERICA<br />

26 A 28 SETEMBRO DE 2023 das 13h às 21h<br />

Local: São Paulo EXPO<br />

Informações: https://www.analiticanet.com.br/<br />

32º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />

Organizado pela Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM)<br />

Local: Rafain Palace Hotel & Convention, Foz do Iguaçu – PR<br />

18 A 22 DE OUTUBRO DE 2023<br />

Local: Rafain Palace Hotel & Convention, Foz do Iguaçu – PR<br />

Inscrições: https://sbmicrobiologia.org.br/32cbm2023/inscreva-se/<br />

62º Congresso Brasileiro de Química<br />

31 DE OUTUBRO A 03 DE NOVEMBRO<br />

Local: Centro de Eventos do Praiamar Natal Hotel & Convention – Natal/RN<br />

Informações: https://www.abq.org.br/cbq/<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

5


<strong>Revista</strong><br />

Ano 21 - <strong>Ed</strong>ição <strong>125</strong> - Julho 2023<br />

PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos<br />

autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong> publica<br />

editoriais, artigos originais, revisões, casos<br />

educacionais, resumos de teses etc. Os editores<br />

levarão em consideração para publicação toda<br />

e qualquer contribuição que possua correlação<br />

com as análises industriais, instrumentação e o<br />

controle de qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e<br />

analisadas pelos revisores.<br />

Os autores deverão informar todo e<br />

qualquer conflito de interesse existente, em<br />

particular aqueles de natureza financeira<br />

relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos que<br />

estejam relacionados com a contribuição e o<br />

manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de<br />

compromisso assinado por todos os autores,<br />

atestando a originalidade do artigo, bem<br />

como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em<br />

português, mas com Abstract detalhado em<br />

inglês. O Resumo e o Abstract deverão conter as<br />

palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem<br />

preferencialmente ser enviadas na forma<br />

original, para uma perfeita reprodução. Se o<br />

autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos<br />

que a resolução do escaneamento seja de 300<br />

dpi’s, com extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e<br />

enviados por e-mail, ordenados em título,<br />

nome e sobrenomes completos dos autores e<br />

nome da instituição onde o estudo foi realizado.<br />

Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos por<br />

resumo, palavras-chave, abstract, keywords,<br />

texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos,<br />

Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />

Conclusão) agradecimentos, referências<br />

bibliográficas, tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o<br />

sobrenome do devido autor, seguido pelo ano<br />

da publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada<br />

referência citadas no texto devem vir listadas<br />

no fim, com o sobrenome do autor em<br />

primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />

Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título:<br />

subtítulo do artigo. Título do livro/periódico,<br />

volume, fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda não<br />

publicadas deverão ser mencionadas como<br />

“no prelo” ou “in press”.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato que, tendo em<br />

vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além<br />

disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma<br />

média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem seu material<br />

em outras publicações.<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

A/C: Luciene Almeida – Redação<br />

Rua Doutor Guilherme Bannitz, 126, 8º Andar - Conj. 81 CV: 10543 Itaim Bibi, São Paulo, SP, 04532-060<br />

Ou por e-mail: editoria@futurlab.com.br<br />

Para outras informações acesse: www.revistaanalytica.com.br/publique/


Artigo 1<br />

DIFERENÇAS ENTRE<br />

GC/MS E GC/MS/MS E SUAS APLICAÇÕES<br />

Por: Celso Blatt, Ph.D. – Agilent Technologies Brasil<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

As nomenclaturas usadas<br />

em espectrometria de<br />

massa são as mais variadas.<br />

Como exemplo para<br />

GC/MS com um quadrupolo<br />

podemos encontrar:<br />

GC-MS, GCMS, GC/MS SQ<br />

e GC/MS.<br />

Aqui vai ser usado GC/<br />

MS porque o site www.<br />

agilent.com padronizou<br />

dessa forma.<br />

Para o GC/MS com triplo<br />

quadrupolo também<br />

há várias nomenclaturas<br />

como exemplo: GC/MS<br />

QQQ, GC-MS/MS, GC/MS/<br />

MS, GC/TQ ou GCMS TQ.<br />

O site da Agilent usa GC/<br />

MS/MS.<br />

Existem várias semelhanças<br />

de hardware entre o GC/<br />

MS e o GC/MS/MS. São<br />

iguais a fonte de íons, o<br />

quadrupolo e detector de<br />

íons/elétrons. O sistema de<br />

vácuo é semelhante, o que<br />

muda é a capacidade da<br />

bomba turbo que é maior<br />

no GC/MS/MS porque a<br />

câmara do espectrômetro<br />

de massa é maior.<br />

As diferenças de hardware<br />

entre o GC/MS e o GC/<br />

MS/MS são uma célula de<br />

colisão e um quadrupolo<br />

a mais no GC/MS/MS.<br />

No final da década de 70<br />

surgiu o primeiro GC/MS/<br />

MS chamado de triplo<br />

quadrupolo que tinha<br />

três quadrupolos onde<br />

o segundo quadrupolo<br />

tinha a função da célula<br />

de colisão e o primeiro<br />

e terceiro quadrupolo a<br />

função de filtrar os íons.


A célula de colisão original<br />

tinha quatro barras hiperbólicas<br />

como um quadrupolo,<br />

mas somente<br />

o componente RF (rádio<br />

frequência) para manter<br />

os íons na trajetória entre<br />

o primeiro e terceiro quadrupolo.<br />

No meio da célula de<br />

colisão é adicionando<br />

um gás inerte que pode<br />

ser o Hélio, Nitrogênio<br />

ou Argônio e esse gás<br />

colide com o íon e gera<br />

novos fragmentos. Os<br />

fragmentos com carga<br />

(íons) continuam a<br />

trajetória em direção ao<br />

próximo quadrupolo. Os<br />

fragmentos neutros ou<br />

radicais são removidos<br />

pelo vácuo.<br />

A figura 1 a seguir mostra a<br />

célula de colisão hexapolo<br />

que é usado hoje na<br />

maioria dos GC/MS/MS<br />

e nos LC/MS/MS. Ela foi<br />

escolhida porque tem mais<br />

velocidade de transmissão<br />

e maior faixa de massa que<br />

consegue transmitir.<br />

Atualmente o nome Triplo<br />

Quadrupolo ainda é usado<br />

apesar de na prática<br />

hoje o GC/MS/MS ser um<br />

QHQ, ou seja, quadrupolo-hexapolo-quadrupolo.<br />

Figura 1: Escolha da célula de colisão para o GC/MS/MS e esquema do funcionamento do hexapolo.<br />

Instrumento modo operação Quadrupolo 1 célula colisão Quadrupolo 2<br />

GC/MS Scan Scan * *<br />

GC/MS SIM SIM * *<br />

GC/MS/MS MS1 Scan Scan desligada TTI<br />

GC/MS/MS MS2 Scan TTI desligada Scan<br />

GC/MS/MS MS1 SIM SIM desligada TTI<br />

GC/MS/MS MS2 SIM TTI desligada SIM<br />

GC/MS/MS Product Ion SIM ligada Scan<br />

GC/MS/MS Precursor Ion Scan ligada SIM<br />

GC/MS/MS MRM SIM ligada SIM<br />

GC/MS/MS DMRM SIM ligada SIM<br />

GC/MS/MS Neutral Loss Scan ligada Scan<br />

GC/MS/MS Neutral Gain Scan ligada Scan<br />

Tabela 1: Comparação das formas de operação do GC/MS e do GC/MS/MS em relação aos<br />

quadrupolos e célula de colisão.<br />

* - não tem célula de colisão nem quadrupolo 2<br />

TTI - transmissão total dos ions sem filtrar<br />

O GC/MS opera somente<br />

em dois modos que é o<br />

SCAN (varredura) e o SIM<br />

(monitoramento dos íons<br />

selecionados).<br />

O GC/MS/MS filtra os íons<br />

com os dois quadrupolos<br />

e usa também os modos<br />

SCAN e SIM.<br />

A tabela 1 a seguir mostra<br />

como a combinação<br />

dos dois quadrupolos e a<br />

célula de colisão permite<br />

várias formas de operação<br />

e aquisição de dados.<br />

No GC/MS/MS os modos<br />

de operação MS1 Scan,<br />

MS2 Scan, MS1 SIM e MS2<br />

SIM são idênticos ao usado<br />

no GC/MS e o que muda é<br />

se vai usar o quadrupolo 1<br />

ou o quadrupolo 2.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

9


Artigo 1<br />

Enquanto usa um<br />

quadrupolo para filtrar<br />

o outro quadrupolo<br />

fica com RF ligado para<br />

manter a trajetória dos<br />

íons até o detector, o TTI<br />

(Total Transmission Ion).<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

Devido ao tempo e a<br />

trajetória mais longa dos<br />

íons a sugestão é fazer<br />

o SCAN no quadrupolo<br />

1. No modo SIM é<br />

indiferente o quadrupolo<br />

que será usado.<br />

Muitos usuários adquirem<br />

um GC/MS/MS para fazer<br />

Scan e reclamam da<br />

qualidade do espectro de<br />

massa quando comparado<br />

com um espectro de um<br />

GC/MS.<br />

Quem define como vai<br />

ser o espectro de massa é<br />

a fonte de íons.<br />

O filtro de massa deve ser<br />

rápido o suficiente para<br />

medir cada fragmento<br />

antes dele se perder ou<br />

decompor. No GC/MS/MS<br />

o caminho entre a fonte<br />

de íons e o detector de<br />

íons/elétrons é três vezes<br />

mais longo, portanto,<br />

Figura 2: Diagrama de como são selecionados os íons gerados na fonte e atravessam os dois<br />

quadrupolos e a célula de colisão.<br />

um espectro de massa<br />

obtido num GC/MS/MS<br />

será comparável com<br />

as bibliotecas, porém<br />

tem menor intensidade<br />

e algumas massas com<br />

menor abundância podem<br />

desaparecer.<br />

Mais de 90% dos usuários<br />

de GC/MS/MS usam rotineiramente<br />

o modo MRM<br />

para a aquisição dos dados.<br />

A figura 2 ilustra o hardware<br />

de um GC/MS/MS e como<br />

os íons são filtrados entre a<br />

fonte e o detector.<br />

Observa-se na figura 2<br />

que a fonte (ion source)<br />

produz íons para o que<br />

sai da coluna naquele<br />

instante e abaixo do “ion<br />

source” o SCAN desses<br />

íons. Todos esses íons<br />

produzidos na fonte<br />

são expulsos da fonte<br />

e acelerados para o<br />

primeiro quadrupolo.<br />

O quadrupolo 1 está<br />

no modo SIM e foi<br />

programado para deixar<br />

passar somente a massa<br />

do íon 210 que é o<br />

mais abundante dessa<br />

substância. A escolha<br />

desse íon é importante<br />

porque a seletividade e<br />

sensibilidade da medida<br />

dependem dessa escolha.<br />

A sugestão é escolher<br />

um íon de massa mais<br />

alta e com uma boa<br />

abundância. Em GC/MS/<br />

MS não é comum usar o íon<br />

molecular no quadrupolo<br />

1 como íon pai. Íons com


massa abaixo de 100 são<br />

comuns em moléculas<br />

orgânicas e se possível<br />

deve usar massas mais<br />

altas mesmo que não seja<br />

a mais abundante.<br />

Íon Pai Energia de colisão Íon Filho<br />

210 X 158<br />

210 X 191<br />

Tabela 2: Transições MRM usadas no GC/MS/MS.<br />

Observe na figura 2 acima<br />

que abaixo do “MS1<br />

mass filter” o íon 210 tem<br />

duas cores; para mostrar<br />

que esse íon veio de duas<br />

substâncias que tem o<br />

mesmo íon pai 210. Quando<br />

a matriz da amostra<br />

está muito suja podem<br />

existir co-eluições cromatográficas<br />

e duas substâncias<br />

chegarem juntos na<br />

fonte de íons.<br />

No hexapolo da figura 2<br />

acima houve a colisão do<br />

íon 210 com nitrogênio e<br />

fragmentou em diversos<br />

íons. O íon 210 tem as<br />

cores vermelho e verde<br />

e ao quebrar percebe-se<br />

que alguns fragmentos<br />

têm a cor verde e outros<br />

o vermelho.<br />

A substância de interesse<br />

é a verde e, portanto, devemos<br />

escolher dois fragmentos,<br />

o 158 e 191 como<br />

fragmentos filhos específicos<br />

dessa substância.<br />

Pode-se programar a<br />

energia de quebra na célula<br />

de colisão aumentando<br />

o RF do hexapolo. Se<br />

aumentar a energia o íon<br />

210 desparece e geram<br />

mais fragmentos. Muitas<br />

moléculas são instáveis<br />

e se usar uma energia<br />

alta elas degradam e<br />

perdem íons. Portanto é<br />

preciso avaliar para cada<br />

substância a energia ideal<br />

para cada fragmento.<br />

O quadrupolo 2 “MS2<br />

mass filter” da figura 2<br />

acima foi programado<br />

para operar no modo SIM<br />

e deixar passar somente<br />

os íons 158 e 191. Os íons<br />

em vermelho formados<br />

na célula de colisão não<br />

passam pelo quadrupolo<br />

2 e o vácuo remove do MS.<br />

Por fim, esses íons 158 e<br />

191 são transformados<br />

em elétrons e contados<br />

na eletromultiplicadora.<br />

Para essa substância foi<br />

criado duas transições<br />

MRM conforme tabela 2<br />

abaixo (energia = X). O<br />

íon que é selecionado no<br />

quadrupolo 1 é chamado<br />

e íon pai e o íon que foi<br />

gerado a partir desse íon<br />

na célula de colisão é<br />

chamado de íon filho.<br />

Para cada transição MRM;<br />

de 210 para 158 e de 210<br />

para 191, teremos um<br />

cromatograma. Desses<br />

cromatogramas, aquele<br />

que der maior área para<br />

a substância será usado<br />

para quantificar. O cromatograma<br />

MRM que<br />

tem a menor área será<br />

usado para qualificar ou<br />

confirmar a identidade<br />

da substância analisada.<br />

Ao injetar um padrão conhecido<br />

calcula-se a proporção<br />

de altura ou área<br />

entre o MRM quantificador<br />

e qualificador.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

11


Artigo 1<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

Na aquisição MRM não<br />

tem espectro de massa<br />

para comparar com a<br />

biblioteca. A identidade do<br />

composto é confirmada<br />

primeiro pelo tempo de<br />

retenção que deve ser o<br />

mesmo entre o padrão<br />

e amostra. Em segundo,<br />

a proporção do íon<br />

qualificador em relação<br />

ao quantificador deve<br />

reproduzir e normalmente<br />

aceita-se uma variação de<br />

até 20%.<br />

A figura 3 mostra o<br />

espectro de massa de um<br />

pesticida pp-DDE, feito<br />

no modo SCAN.<br />

Esse pesticida pp-DDE foi<br />

extraído e analisado por<br />

GC/MS e GC/MS/MS em<br />

várias amostras de frutas e<br />

vegetais conforme mostra<br />

a figura 4.<br />

No GC/MS o íon escolhido<br />

para quantificar o pp-<br />

DDE foi o 246 que está<br />

a direita no espectro e<br />

mais abundante.<br />

No GC/MS/MS foram<br />

escolhidas duas transições<br />

MRM para o pp-DDE e uma<br />

delas é a 246-175 e a outra<br />

246-176.<br />

Figura 3: Espectro de massa do pesticida pp-DDE feito no GC/MS em modo SCAN..<br />

Não é uma regra, mas<br />

muitas vezes os íons filhos<br />

aparecem no espectro de<br />

massa conforme a figura 3.<br />

Nas 5 amostras de maça,<br />

repolho, ginseng, laranja<br />

e espinafre foi adicionado<br />

(spike) 10 ppb do pp-<br />

DDE. Após o preparo da<br />

amostra igual para todas<br />

as amostras, 1 uL foi<br />

injetado no GC/MS e no<br />

GC/MS/MS.<br />

Na figura 4 acima, na coluna<br />

da esquerda são mostrados<br />

os cromatogramas feitos<br />

no GC/MS no modo SIM<br />

monitorando somente o<br />

íon 246.<br />

Na maça, no repolho e no<br />

ginseng o pico do pp-DDE<br />

pode ser observado e<br />

quantificado. Já na laranja<br />

o pico fica na cauda e no<br />

espinafre outra substância<br />

elue no mesmo tempo e<br />

chega a saturar o detector.<br />

Na figura 4 acima,<br />

na coluna da direita<br />

podemos observar os dois<br />

cromatogramas MRM para<br />

as mesmas amostras. O<br />

cromatograma em preto é<br />

a transição MRM 246-176 e<br />

o azul a transição 246-175.<br />

Observa-se que em ambos<br />

os cromatogramas MRM e<br />

para todas as amostras a<br />

linha de base é estável e<br />

sem interferências.<br />

Isso mostra que a principal<br />

vantagem do GC/MS/<br />

MS é a alta seletividade e<br />

especificidade. Nenhuma<br />

interferência, co-eluição<br />

ou sangramento de coluna<br />

interferem na linha da base.<br />

Somente a substância que<br />

sai no tempo de retenção<br />

específico e com a massa<br />

do pai e do filho será<br />

contada e quantificada.


Outra informação importante<br />

na figura acima na<br />

coluna da direita é a proporção<br />

dos picos entre os<br />

dois MRMs. O cromatograma<br />

em azul é sempre<br />

mais baixo e o pontilhado<br />

mostra um delta de 20%<br />

para que se qualifique a<br />

identidade da substância.<br />

Se o topo do pico em azul<br />

estiver dentro do pontilhado<br />

significa que a proporção<br />

entre o quantificador<br />

e qualificador estão<br />

de acordo para a substância<br />

analisada, portanto,<br />

isso é uma segurança para<br />

quantificar a substância<br />

certa e evitar falsos positivos<br />

ou negativos.<br />

A maior diferença entre<br />

o GC/MS e o GC/MS/MS<br />

está na sensibilidade que<br />

é maior no GC/MS/MS.<br />

A sensibilidade é definida<br />

pela relação sinal/ruído. Se<br />

injetar o mesmo volume<br />

de amostra com a mesma<br />

concentração, o sinal da<br />

substância ao chegar no<br />

detector de íons/elétrons<br />

é o mesmo no GC/MS e no<br />

GC/MS/MS.<br />

O que muda entre o GC/MS<br />

e o GC/MS/MS é o ruído.<br />

Figura 4: Cromatogramas no modo SIM (GC/MS) e MRM (GC/MS/MS) para varias matrizes,<br />

analisando o pesticida pp-DDE.<br />

A alta seletividade dos<br />

dois quadrupolos e da<br />

célula de colisão não<br />

permite que nada além<br />

da substância alcance<br />

o detector. Ao dividir<br />

qualquer sinal sobre um<br />

ruído zero (praticamente<br />

zero), a sensibilidade fica<br />

maior no GC/MS/MS.<br />

O modo de aquisição<br />

DMRM citado na tabela<br />

1 é o mesmo modo<br />

MRM porém permite um<br />

número maior de transições<br />

por análise. Sem<br />

usar eventos de tempo o<br />

máximo são 99 MRMs por<br />

análise. No modo MRM<br />

dinâmico (DMRM) é necessário<br />

informar a transição<br />

MRM antes de injetar,<br />

o tempo de retenção<br />

e um intervalo de tempo<br />

para essa substância.<br />

Assim é possível aumentar<br />

sem limite o número<br />

de transições para uma<br />

análise. A sugestão para<br />

usar DMRM é para análise<br />

de mais de 50 substâncias<br />

na mesma corrida.<br />

Para montar o MRM para<br />

uma substância nova o<br />

modo Product Íon é usado<br />

para conhecer quem são<br />

os filhos e a melhor energia<br />

para a célula de colisão.<br />

Antes de injetar a substância<br />

no modo Product Íon é<br />

necessário injetar a amostra<br />

no modo SCAN para<br />

escolher o íon pai. No caso<br />

do pp-DDE acima o íon pai<br />

escolhido foi 246.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

13


Artigo 1<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

No modo Product íon<br />

o quadrupolo 1 está no<br />

modo SIM e só deixa<br />

passar o íon 246. A célula<br />

de colisão está ligada,<br />

fragmenta o 246 e gera<br />

os filhos. O quadrupolo 2<br />

está no modo SCAN e faz<br />

a varredura para conhecer<br />

quem são os filhos.<br />

São feitos vários experimentos<br />

Product Íon variando<br />

a energia de colisão<br />

para encontrar filhos<br />

mais abundantes.<br />

O modo Precursor Íon é<br />

o inverso do Product Íon.<br />

Nesse modo se busca<br />

conhecer o íon pai.<br />

Os modos de aquisição<br />

Neutral Loss e Neutral Gain<br />

medem a diferença de<br />

massa de uma substância<br />

entre o quadrupolo 1<br />

e o quadrupolo 2. Um<br />

exemplo de Neutral Loss<br />

é quando uma molécula<br />

perde água (m/z=18) ao<br />

fragmentar na célula de<br />

colisão. O Neutral Gain<br />

é a formação de adutos,<br />

mas essa opção é mais<br />

comum em LC/MS.<br />

Aplicações de GC/MS e<br />

GC/MS/MS<br />

Toda análise que é feita<br />

num GC-FID também<br />

pode ser feita em um GC/<br />

MS. Se a substância passar<br />

pelo GC, o MS vai gerar<br />

um espectro ou sinal. A<br />

análise qualitativa é excelente.<br />

A análise quantitativa<br />

também é excelente<br />

e basta ter um padrão,<br />

construir a curva de calibração<br />

e medir a amostra.<br />

Para compensar a pouca<br />

seletividade no GC/MS a<br />

sugestão é preparar/purificar<br />

as amostras complexas<br />

para evitar co-eluições e<br />

falsos positivos/negativos.<br />

Tudo que é feito num GC/<br />

MS pode ser feito num<br />

GC/MS/MS. O GC/MS/MS<br />

é um instrumento mais<br />

caro que o GC/MS porque<br />

usa um quadrupolo a<br />

mais, célula de colisão<br />

e a bomba de vácuo é<br />

maior. Apesar do GC/<br />

MS/MS poder analisar<br />

no modo SCAN e SIM<br />

como um GC/MS, não se<br />

justifica somente para<br />

essas aplicações.<br />

O principal uso do GC/<br />

MS/MS é quantificar<br />

substâncias em nível de<br />

traços (ppt a ppm) em<br />

amostras sujas e complexas.<br />

A aquisição dos dados<br />

nos modos MRM ou<br />

DMRM permite reduzir<br />

um pouco o preparo de<br />

amostra, mas não elimina<br />

esse preparo prévio.<br />

Devido a seletividade<br />

do MRM a separação<br />

cromatográfica entre as<br />

substâncias não precisa<br />

ser perfeita. Mesmo que<br />

tenham co-eluições o MS/<br />

MS consegue quantificar<br />

separadamente por causa<br />

do túnel específico criado<br />

pela transição MRM.<br />

A sugestão é usar colunas<br />

mais curtas e mais finas<br />

para deixar o pico mais<br />

estreito e com isso mais<br />

alto para aumentar o sinal.<br />

Depois de escolhido pelo<br />

menos duas transições<br />

para cada substância é só<br />

montar o método no GC<br />

e no MS/MS e rodar os<br />

padrões e amostras.


A figura 5 mostra uma<br />

análise de multi-resíduos<br />

(160 substâncias) em<br />

alimentos usando o<br />

modo DMRM com duas<br />

transições por substância.<br />

A relação sinal/ruído<br />

pode ser observado na<br />

figura 6 em uma análise<br />

de hexaclorobenzeno<br />

(HCB) em sedimento.<br />

Figura 5: Cromatograma feito no GC/MS/MS em modo DMRM com 320 transições MRM em 20 minutos.<br />

No GC/MS em modo SIM<br />

fica difícil de quantificar o<br />

HCB devido as interferências<br />

da matriz.<br />

Já no GC/MS/MS o túnel específico<br />

criado pela transição<br />

MRM elimina tudo que<br />

não seja HCB e aumenta a<br />

relação sinal/ruído.<br />

As principais aplicações<br />

em GC/MS/MS são; contaminantes<br />

químicos em alimentos,<br />

nitrosaminas em<br />

medicamentos, dioxinas<br />

em carnes e ração, forense<br />

em amostras biológicas,<br />

semivoláteis em meio ambiente,<br />

biomarcadores em<br />

petróleo, toxafeno em sedimentos,<br />

metabolômica<br />

em pesquisas clínicas, poli<br />

aromáticos, hidrocarbonetos<br />

em solo e muitas outras<br />

matrizes complexas.<br />

Figura 6: Cromatogramas da mesma amostra sendo analisada no modo SIM em GC/MS e no modo<br />

MRM em GC/MS/MS..<br />

Referências para mais informações<br />

2-https://www.agilent.com/cs/library/<br />

slidepresentation/public/Innovations_in_<br />

GC_ASTS_2017.pdf<br />

3-https://www.youtube.com/watch?v=OVXCcBw0iCQ<br />

4-https://www.youtube.com/watch?v=uyLxTPb7D38<br />

1-https://www.agilent.com/en/products/gaschromatography-mass-spectrometry-gc-ms<br />

5-https://www.agilent.com/en/product/gas-<br />

chromatography-mass-spectrometry-gc-ms/gc-ms-<br />

instruments/7010b-triple-quadrupole-gc-ms<br />

6-https://www.agilent.com/en/product/gas-<br />

chromatography-mass-spectrometry-gc-ms/gc-ms-<br />

7-https://gcms.cz/labrulez-bucket-strapi-h3hsga3/<br />

application-solutions/food-testing-solutions/gc-ms-<br />

ms-pesticides-analyzer<br />

paper/mass-spectrometers-what-is-used-and-whenjuly252019-agilentwebinar.pdf<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

15


Artigo 2<br />

MICROBIOLOGIA NA<br />

INDÚSTRIA FARMACÊUTICA<br />

Fonte: Blog da Kasvi – https://kasvi.com.br/microbiologia-na-industria-farmaceutica/<br />

Uma das maiores áreas<br />

de o início da pandemia<br />

Para que a indústria conti-<br />

de atuação da microbio-<br />

teve um aumento no<br />

nue a crescer, uma das prin-<br />

logia é no controle de<br />

faturamento de mais de<br />

cipais medidas necessárias<br />

qualidade dentro das in-<br />

10%, segundo dados do<br />

é sempre certificar de que<br />

dústrias, principalmente<br />

IQVIA. Fato esse devido<br />

a qualidade dos produtos<br />

nas indústrias farmacêu-<br />

ao aumento na produ-<br />

se mantém dentro dos pa-<br />

ticas. O segmento vem<br />

ção e consumo de diver-<br />

drões determinados pelos<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

crescendo muito, e des-<br />

sos medicamentos.<br />

órgãos regulamentadores.


O Controle de Qualidade<br />

O Controle de Qualida-<br />

Além de análises em maté-<br />

O controle de qualidade<br />

de produtos farmacêuticos<br />

é um conjunto de operações<br />

que tem como objetivo<br />

verificar e assegurar<br />

que os produtos estejam<br />

dentro dos padrões previstos<br />

pelos órgãos competentes,<br />

sendo a ANVISA<br />

(Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária) o órgão<br />

responsável no Brasil.<br />

de Microbiológico<br />

O microbiologista é o especialista<br />

em microbiologia<br />

da empresa e tem como<br />

responsabilidade analisar<br />

os produtos farmacêuticos<br />

em busca de contaminação<br />

microbiana, que por<br />

definição é a inoculação<br />

intencional ou acidental<br />

de microrganismos. Sua<br />

patogenicidade depende<br />

ria-prima e produto final,<br />

são indispensáveis testes<br />

no ambiente em que é feita<br />

a manipulação do fármaco,<br />

certificação da correta<br />

manipulação do responsável,<br />

e do correto uso de<br />

EPIs (equipamentos de<br />

proteção individual). Tudo<br />

isso visando a entrega de<br />

um produto adequado no<br />

final do processo.<br />

Dentre as operações, diversas<br />

etapas do processo<br />

são fiscalizadas: amostra de<br />

matéria-prima e produto final,<br />

especificações técnicas,<br />

documentações e demais<br />

procedimentos de liberação.<br />

Dentre os critérios de<br />

avaliação laboratorial estão<br />

análise de material e embalagens,<br />

controle de processos,<br />

aspectos físico-quími-<br />

do microrganismo, da carga<br />

inoculada e da via de<br />

administração pelo que foi<br />

inoculado. Para que o controle<br />

microbiológico seja<br />

realizado com segurança,<br />

o microbiologista da empresa<br />

deve seguir padrões<br />

de análise descritos na<br />

Farmacopeia e resoluções<br />

normativas, como a RDC<br />

n° 301, de 21 de agosto de<br />

Dentro dos padrões determinados<br />

pela Farmacopeia<br />

Brasileira (6ª<br />

edição, 2019, volume 1)<br />

encontram-se metodologias<br />

para produtos estéreis,<br />

no capítulo 5.5.3.2.<br />

“Ensaios microbiológicos<br />

para produtos estéreis”, e<br />

não estéreis, no capítulo<br />

5.5.3.1. “Ensaios microbiológicos<br />

para produtos<br />

cos e microbiológicos.<br />

2019 (resolução brasileira).<br />

não estéreis”.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

17


Artigo 2<br />

Os estéreis não toleram<br />

ZERBAXA®<br />

(ceftolozana/<br />

causar danos à saúde,<br />

a presença de microrga-<br />

tazobactam), além de in-<br />

como infecções e intoxi-<br />

nismos contaminantes,<br />

enquanto os não estéreis<br />

permitem uma carga<br />

microbiana, embora<br />

limitada, de acordo com<br />

a Tabela 1 do subcapítulo<br />

5.5.3.1.5. “Limites Microbianos”,<br />

da Farmacopeia.<br />

terromperem temporariamente<br />

a produção do fármaco<br />

por conta de uma<br />

contaminação bacteriana.<br />

Apesar de todos os lotes<br />

comercializados terem<br />

atendido às especifica-<br />

cações. Do ponto de vista<br />

financeiro, a indústria<br />

é impactada com todo o<br />

recolhimento do produto<br />

do mercado, destinação<br />

adequada, substituições,<br />

reparo de credibilidade<br />

da empresa frente a mídia<br />

Quando identificado, através<br />

da microbiologia, algum<br />

contaminante não<br />

desejado, é de suma importância<br />

conhecer as fases<br />

do processo de fabricação,<br />

permitindo assim<br />

identificar com rapidez a<br />

fonte da contaminação,<br />

e então, proceder para a<br />

descontaminação.<br />

ções, eles foram produzidos<br />

nos mesmos equipamentos<br />

em que mais de<br />

5 lotes que estavam em<br />

produção apresentaram<br />

a contaminação.<br />

A contaminação de produtos<br />

farmacêuticos por<br />

microrganismos não desejáveis<br />

representa um<br />

dos maiores riscos para a<br />

e consumidores, além de<br />

possíveis indenizações.<br />

Referências<br />

https://www.arca.fiocruz.br/handle/<br />

icict/37092<br />

https://sbmicrobiologia.org.br/o-novo-papel-do-microbiologista-na-industria/<br />

https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-208<br />

https://infectologia.org.br/wp-content/<br />

uploads/2020/12/comunicado-aos-profissionais-de-saude-zerbaxa-16-dez-2020.pdf<br />

A contaminação<br />

indústria e para o consu-<br />

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/<br />

No final de 2020 a farma-<br />

midor, impactando a se-<br />

resolucao-rdc-n-301-de-21-de-agosto-<br />

cêutica americana MSD<br />

gurança do consumidor,<br />

-de-2019-211914064<br />

emitiu a nível global um<br />

e a imagem e credibilida-<br />

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/<br />

aviso de recolhimento de<br />

de da empresa. Produtos<br />

farmacopeia/farmacopeia-brasileira/arqui-<br />

18<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

produto do medicamento<br />

contaminados<br />

podem<br />

vos/7985json-file-1


EasyFILL<br />

Sistema de dosagem automática<br />

O EasyFILL é uma plataforma única que garante um fluxo de trabalho superior para o laboratório<br />

e maior segurança para o operador, automatizando a adição de reagentes e reduzindo o tempo<br />

do operador para apenas alguns segundos.<br />

· O EasyFILL pode ser utilizado tanto antes da digestão, com a adição de ácidos, como após a<br />

digestão, para pré-diluição ou para acidificação das soluções digeridas.<br />

· O EasyFILL automatiza esses processos e evita o manuseio de ácidos, garantindo rapidez e<br />

segurança para o processo de preparo de amostras.<br />

· Monitoramento automático do estoque de reagentes e do volume de resíduos, com aviso<br />

mensagem e parada de segurança.


Neurociências Industrial<br />

CONTROLE DE QUALIDADE NA INDÚSTRIA<br />

ALIMENTÍCIA: PREVENÇÃO DE DÉFICITS COGNITIVOS<br />

A indústria alimentícia é<br />

um setor vital que engloba<br />

a produção, processamento,<br />

embalagem e distribuição<br />

de alimentos para<br />

consumo humano, ela é<br />

responsável por atender às<br />

demandas crescentes da<br />

população global, garantindo<br />

a oferta de alimen-<br />

Foto ilustrativa (Pixabay)<br />

tos seguros, nutritivos e de<br />

qualidade, mas para isso<br />

são utilizados uma série<br />

de produtos conhecidos<br />

como conservantes que<br />

visam a oferecer maior segurança<br />

e durabilidade<br />

aos produtos.<br />

útil dos alimentos, prevenir<br />

a deterioração e garantir<br />

sua segurança microbiológica,<br />

funções essenciais<br />

para que os alimentos cheguem<br />

de forma segura e<br />

durável à mesa dos consumidores,<br />

no entanto, o uso<br />

nervoso central, resultando<br />

em déficits cognitivos.<br />

Diversos estudos científicos<br />

têm evidenciado a<br />

relação entre o consumo<br />

excessivo de conservantes<br />

e o comprometimen-<br />

Os conservantes são utili-<br />

excessivo dessas substân-<br />

to das funções cognitivas.<br />

zados na indústria alimen-<br />

cias pode ter efeitos adver-<br />

Alguns desses aditivos<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

tícia para prolongar a vida<br />

sos sobre nosso sistema<br />

químicos estão associados


Neurociências Industrial<br />

a distúrbios do desenvolvimento<br />

cerebral e déficits<br />

de aprendizagem, o<br />

consumo crônico desses<br />

compostos pode contribuir<br />

para a diminuição da<br />

memória, dificuldades de<br />

concentração e até mesmo<br />

o aumento do risco de<br />

doenças neurodegenerativas,<br />

os prejuízos na concentração<br />

já podem ser<br />

sentidos após um mês de<br />

uma alimentação rica em<br />

alimentos processados.<br />

Além disso, o excesso de<br />

produtos químicos conservantes<br />

pode prejudicar<br />

a microbiota intestinal,<br />

o que também está<br />

fortemente relacionado a<br />

dificuldades no funcionamento<br />

correto de importantes<br />

funções cerebrais.<br />

Por isso, para prevenir essa<br />

e outras condições é imperativo<br />

que as empresas<br />

alimentícias adotem medidas<br />

rigorosas de controle<br />

de qualidade para dosar<br />

corretamente a quantidade<br />

de conservantes em<br />

seus produtos, seguindo<br />

as diretrizes técnicas e dos<br />

limites estabelecidos pelas<br />

autoridades regulatórias.<br />

O controle de qualidade<br />

na indústria alimentícia<br />

desempenha um papel<br />

crucial na prevenção desses<br />

problemas e na utilização<br />

de dosagens corretas<br />

de aditivos nos alimentos<br />

de forma que tragam seus<br />

benefícios de conservação<br />

e segurança, sem que causem<br />

malefícios à saúde.<br />

Investir em um controle<br />

de qualidade eficiente<br />

na indústria alimentícia<br />

é essencial para encontrar<br />

o equilíbrio entre as<br />

necessidades mercadológicas<br />

da indústria alimentícia,<br />

como oferecer<br />

produtos com maior durabilidade<br />

e qualidade,<br />

com a proteção à saúde<br />

do consumidor.<br />

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues<br />

Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society (Mais de 200 membros da Sigma Xi receberam<br />

o Prêmio Nobel), Membro da Society for Neuroscience (USA), Membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical<br />

Association (USA), Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações<br />

nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e Genômica.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

21


Cosmetologia<br />

INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS: COMO OS<br />

COBOTS BENEFICIAM ESTE SEGMENTO?<br />

O setor de cosméticos ga-<br />

Este cenário é decorren-<br />

ser programados para<br />

nha destaque no mercado<br />

te da vasta busca por<br />

diferentes processos de<br />

global todo ano e atual-<br />

produtos pelas pessoas<br />

forma ágil. Também ga-<br />

mente está investindo em<br />

e tem sido beneficiado<br />

rantem mais segurança<br />

produtos para diferentes<br />

pelo uso dos robôs co-<br />

para os colaboradores,<br />

tipos de público e gostos.<br />

laborativos nas indús-<br />

já que são feitos para<br />

De acordo com pesquisas<br />

trias. Fazendo tarefas<br />

trabalharem junto com<br />

da NielsenIQ Ebit, empre-<br />

como<br />

empacotamento<br />

estes de forma híbrida, e<br />

sa focada em inteligência<br />

e paletização, os cobots<br />

ficam responsáveis por<br />

do consumidor, realizadas<br />

estão agilizando e tor-<br />

aquelas tarefas repeti-<br />

no primeiro semestre de<br />

nando mais práticas as<br />

tivas, monótonas e que<br />

2022, somente no Brasil,<br />

linhas de produção, ga-<br />

podem gerar problemas<br />

o mercado de cosméticos<br />

rantindo que os itens<br />

ergonômicos, por exem-<br />

contou com um cresci-<br />

cheguem ao público de<br />

plo. Colocar funcioná-<br />

mento de 24% em relação<br />

forma padronizada e<br />

rios para ficarem todos<br />

a 2021. Além disso, segun-<br />

mais veloz. Além disso,<br />

os dias segurando diver-<br />

do dados da mesma com-<br />

possibilitam menor ma-<br />

sas caixas com produtos<br />

panhia, o e-commerce no<br />

nipulação humana.<br />

cosméticos ou ajeitan-<br />

País registrou crescimento<br />

do embalagens, além<br />

de 2% no ano passado, e o<br />

Os robôs colaborativos,<br />

de subutilizar pessoas,<br />

setor de perfumaria e cos-<br />

diferentes de grandes<br />

faz com que mais cedo<br />

méticos liderou com uma<br />

e pesados maquinários<br />

ou mais tarde, tenham<br />

alta de 21,2% em relação<br />

tradicionais são mais le-<br />

problemas de saúde ou<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

a 2021.<br />

ves e flexíveis, podendo<br />

fiquem desmotivadas.


Cosmetologia<br />

Assim, os robôs colaborativos<br />

retiram os funcionários<br />

de tarefas simples e<br />

permite com que migrem<br />

para atividades mais estratégicas,<br />

sem contar<br />

que ao aprenderem a<br />

programar os cobots, as<br />

pessoas se sentem mais<br />

valorizadas. É importante<br />

destacar que estas inovações<br />

são intuitivas e mais<br />

fáceis de serem programadas,<br />

o que também<br />

garante que logo as indústrias<br />

e envolvidos nos<br />

processos se adaptem.<br />

Nos dias de hoje já é possível<br />

ver grandes marcas de<br />

cosméticos internacionais<br />

e nacionais investindo nos<br />

cobots e obtendo processos<br />

mais estratégicos, o<br />

que resulta em mais produtividade<br />

e até mais espaço<br />

nas fábricas, já que a<br />

tecnologia é menor e pode<br />

ficar ao lado das pessoas.<br />

Também é importante<br />

destacar que a cada ano<br />

também será possível<br />

ver mais cobots em comércios,<br />

como perfumarias<br />

e outros tipos de<br />

lojas que comercializem<br />

cosméticos, já que podem<br />

fazer diferentes tarefas<br />

para ajudar as pessoas,<br />

seja empacotando<br />

compras ou arrumando<br />

prateleiras.<br />

Concluo, portanto, que a<br />

automação colaborativa<br />

ganhará cada vez mais<br />

força no setor de cosméticos,<br />

conectando-se com<br />

diferentes áreas das fábricas<br />

como a área logística<br />

e até com aplicações<br />

de análises laboratoriais<br />

e visão computacional<br />

com Inteligência Artificial.<br />

Assim, os negócios<br />

que ainda não adquiriram<br />

robôs colaborativos<br />

já devem ficar de olho na<br />

tecnologia para não ficarem<br />

para trás e os que já<br />

abraçaram a inovação,<br />

deverão seguir utilizando<br />

e explorando novas<br />

possibilidades.<br />

Bruno Zabeu<br />

Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Universal Robots na América do Sul, empresa dinamarquesa líder na produção de braços<br />

robóticos industriais colaborativos.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

23


Pipetagem Digital<br />

PIPETAGEM DIGITAL<br />

Na maioria dos laborató-<br />

Apenas processos auto-<br />

para escanear o frasco ou<br />

rios inúmeros experimen-<br />

matizados, o uso de robôs<br />

a placa. As velocidades de<br />

tos e testes ainda são realizados<br />

com procedimentos<br />

de pipetagem manual. O<br />

registro dos processos e a<br />

rastreabilidade desse tipo<br />

de experimento, pela sua<br />

própria natureza, sempre<br />

foram um desafio para a<br />

garantia da qualidade.<br />

Erros de pipetagem, quer<br />

do reagente pipetado,<br />

do volume utilizado ou<br />

do local de pipetagem da<br />

e estações de trabalho<br />

de alto custo permitiam<br />

minimizar os erros e documentar<br />

os processos<br />

de forma rastreável. Uma<br />

tecnologia disponibilizada<br />

recentemente pela empresa<br />

Gilson Inc. chamada de<br />

Trackman® Connected conecta<br />

via Bluetooth, uma<br />

pipeta eletrônica e um tablet,<br />

digitalizando todas as<br />

etapas de pipetagem realizadas<br />

manualmente.<br />

aspiração e dispensação<br />

também podem ser ajustadas.<br />

Esse recurso é particularmente<br />

útil quando<br />

são pipetadas amostras<br />

densas ou voláteis.<br />

Uma vez finalizada a programação<br />

das etapas do<br />

protocolo com as informações<br />

do que será pipetado,<br />

qual volume, com<br />

qual pipeta, a velocidade,<br />

local de pipetagem, po-<br />

amostra são difíceis de<br />

serem identificados posteriormente<br />

nos processos<br />

de pipetagem manual.<br />

As causas de variações<br />

entre experimentos nem<br />

sempre podem ser cla-<br />

O software PipettePilot® é<br />

o responsável pelo pareamento<br />

entre tablet e pipeta<br />

eletrônica, e a partir de<br />

uma simples programação<br />

guiar todos os passos para<br />

execução do protocolo.<br />

sição da placa utilizada,<br />

o usuário é guiado pelo<br />

PipettePilot® por toda a<br />

sequência do processo<br />

e tudo é registrado em<br />

tempo real. Podem ser digitalizados<br />

processos em<br />

ramente avaliadas, sem<br />

Podem ser incluídas in-<br />

placas de 96 e 384 poços.<br />

falar das variações entre<br />

formações dos reagentes<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

experimentos quando<br />

estes são realizados por<br />

vários operadores.<br />

utilizados como marca,<br />

validade, simplesmente<br />

usando a câmera do tablet<br />

Ao terminar o trabalho,<br />

o registro do processo<br />

digitalizado é salvo, e o


Pipetagem Digital<br />

sistema gera um relatório<br />

completo. O relatório<br />

pode ser compartilhado<br />

por exemplo usando um<br />

ELN (Electronic lab notebook)<br />

como o SciNote.<br />

Figura 1: Trackman® Connected, acessórios, sensor ambiental e pipeta eletrônica Pipetman® M Connected<br />

A plataforma conta com<br />

um Sensor de ambiente,<br />

também conectado via<br />

Bluetooth® que registra<br />

a temperatura, a umidade<br />

e a pressão do ambiente<br />

onde o teste está<br />

sendo realizado.<br />

Para adicionar uma proteção<br />

térmica e química<br />

adicional à tela de vidro<br />

do tablet, o sistema vem<br />

com protetores de tela<br />

de vidro temperado que<br />

devem ser aplicados antes<br />

do primeiro uso. O<br />

suporte para microplacas<br />

é usado para posicionar<br />

nas faixas de volumes de<br />

perfeitamente as 0,5 µl – 10 ml para as mo-<br />

placas de 96 ou 384 poços<br />

nocanais e 0,5 µl – 1200 µl<br />

quando o software para as multicanais. Tamnocanais<br />

PipettePilot é acionado. bém é possível registrar<br />

o histórico de calibração<br />

O sistema Trackman® das pipetas, e planejar a<br />

Connected pode ser usado<br />

próxima calibração.<br />

tanto para pipetagens<br />

comuns como repetitivas, O Trackman® Connected<br />

sempre usando pipetas permite, de forma fácil e<br />

eletrônicas Pipetman® M<br />

Connected, que possuem<br />

Bluetooth. As pipetas utilizadas<br />

podem ser monocanais<br />

ou multicanais,<br />

segura, melhorar enormemente<br />

o registro e a rastreabilidade<br />

dos processos<br />

de pipetagem manual na<br />

bancada do laboratório.<br />

Josely Chiarella<br />

Farmacêutica Bioquímica formada pelas Faculdades Oswaldo Cruz-SP, Mestrado em Imunogenática pelo ICB III-USP e MBA em<br />

Gestão Estratégica e Econômica de Negócio pela FGV-SP. Atualmente é Diretora Técnica da CBDL – Câmara Brasileira de Diagnóstico<br />

Laboratorial e proprietária da Progressa – Consultoria e Desenvolvimento de Negócios<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

25


Análise de Minerais<br />

ABNT NBR ISO 10012: GARANTINDO A<br />

CONFIABILIDADE DOS RESULTADOS POR MEIO<br />

DA GESTÃO DE MEDIÇÃO<br />

26<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

Não faz muitos dias, recebi<br />

um artigo do Blog da Metrologia<br />

[blogdametrologia.com.br],<br />

de autoria de<br />

Juliana Geremias, que me<br />

inspirou a pesquisar e escrever<br />

sobre a importância<br />

dos processos de gestão das<br />

medições e da ABNT NBR<br />

ISO 10012.<br />

A medição é uma atividade<br />

essencial em diversos<br />

setores, desde a indústria<br />

até a pesquisa científica.<br />

A confiabilidade e a precisão<br />

dos resultados obtidos<br />

por meio das medições<br />

desempenham um<br />

papel crucial na garantia<br />

da qualidade dos produtos<br />

e serviços oferecidos<br />

pelas organizações. A<br />

importância de uma medição<br />

precisa e confiável<br />

pode ser resumida nos<br />

seguintes aspectos:<br />

• Tomada de decisões:<br />

Medições precisas fornecem<br />

informações confiáveis<br />

que ajudam na tomada<br />

de decisões. Seja<br />

no controle de qualidade<br />

de produtos, na avaliação<br />

de processos industriais<br />

ou na análise de resultados<br />

experimentais, uma<br />

medição precisa é essencial<br />

para garantir que as<br />

decisões sejam baseadas<br />

em dados confiáveis.<br />

• Garantia da qualidade: A<br />

medição é fundamental<br />

para garantir a qualidade<br />

de produtos e serviços.<br />

Em setores como manufatura,<br />

saúde, alimentos<br />

e muitos outros, as medições<br />

são utilizadas para<br />

verificar se os produtos<br />

atendem aos padrões de<br />

qualidade estabelecidos.<br />

Uma medição imprecisa<br />

ou incorreta pode resultar<br />

em produtos defeituosos<br />

ou fora das especificações,<br />

prejudicando a reputação<br />

da organização, satisfação<br />

do cliente, podendo comprometer<br />

de forma catastrófica<br />

a vida de uma pessoa<br />

ou até mesmo uma<br />

comunidade.<br />

• Rastreabilidade e interoperabilidade:<br />

A rastreabilidade<br />

metrológica é um<br />

aspecto crucial da medição.<br />

Através dela, é possível<br />

estabelecer uma cadeia de<br />

rastreabilidade que conecta<br />

as medições realizadas<br />

aos padrões de referência<br />

internacionalmente reconhecidos.<br />

Isso permite que<br />

as medições sejam comparáveis<br />

e aceitas globalmente,<br />

facilitando a interoperabilidade<br />

entre diferentes<br />

organizações e setores.


Análise de Minerais<br />

• Controle de processos:<br />

Medições precisas desempenham<br />

um papel<br />

essencial no controle de<br />

processos industriais. Elas<br />

permitem monitorar variáveis-chave,<br />

identificar<br />

desvios e implementar<br />

medidas corretivas para<br />

manter os processos dentro<br />

dos limites desejados.<br />

Uma medição incorreta<br />

ou imprecisa pode levar<br />

a falhas no controle de<br />

processos, resultando em<br />

produtos defeituosos,<br />

desperdício de recursos e<br />

perda de eficiência.<br />

• Inovação e avanço científico:<br />

Na pesquisa científica,<br />

medições precisas<br />

são fundamentais para<br />

obter resultados confiáveis<br />

e replicáveis. Avanços<br />

científicos e tecnológicos<br />

dependem de medições<br />

precisas para validar teorias,<br />

testar hipóteses e<br />

estabelecer novos conhecimentos.<br />

Medições imprecisas<br />

ou inconsistentes<br />

podem levar a conclusões<br />

errôneas e retardar o progresso<br />

científico.<br />

• Confiabilidade e segurança:<br />

Em setores como<br />

saúde, transporte e energia,<br />

a medição desempenha<br />

um papel crucial<br />

na garantia da confiabilidade<br />

e segurança das<br />

operações. Por exemplo,<br />

medições precisas são<br />

necessárias em equipamentos<br />

médicos para<br />

diagnósticos corretos e<br />

tratamentos adequados.<br />

Da mesma forma, em setores<br />

como transporte<br />

aéreo e energia nuclear,<br />

medições precisas são<br />

essenciais para garantir a<br />

segurança das operações.<br />

Em resumo, uma medição<br />

assertiva é de extrema<br />

importância para<br />

garantir a qualidade, tomar<br />

decisões adequadas<br />

e assertivas, assegurar<br />

a segurança e avançar<br />

tanto na indústria quanto<br />

na pesquisa científica.<br />

Nesse contexto, a norma<br />

ABNT NBR ISO 10012 desempenha<br />

um papel fundamental,<br />

fornecendo<br />

diretrizes para a gestão<br />

de medição e assegurando<br />

a confiabilidade dos<br />

resultados. Neste artigo,<br />

exploraremos a importância<br />

da ABNT NBR ISO<br />

10012 e como sua implementação<br />

pode beneficiar<br />

as organizações.<br />

O que é a ABNT NBR ISO<br />

10012?<br />

A ABNT NBR ISO 10012,<br />

intitulada "Sistemas de<br />

Gestão de Medição - Requisitos<br />

para Processos<br />

de Medição e Equipamentos<br />

de Medição", é uma<br />

norma internacional desenvolvida<br />

pelo Comitê<br />

Técnico ISO/TC 176. Essa<br />

norma estabelece diretrizes<br />

e requisitos para a<br />

gestão de medição, com<br />

o objetivo de assegurar a<br />

confiabilidade dos resultados<br />

e a rastreabilidade<br />

das medições realizadas.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

27


Análise de Minerais<br />

28<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

A gestão de medição desempenha<br />

um papel fundamental<br />

na garantia da<br />

qualidade dos produtos e<br />

serviços. Por meio de uma<br />

abordagem estruturada<br />

e sistemática, é possível<br />

garantir que as medições<br />

sejam realizadas de forma<br />

consistente, precisa<br />

e confiável. Além disso,<br />

uma gestão eficaz da medição<br />

permite identificar<br />

e controlar os erros e incertezas<br />

associados aos<br />

processos de medição,<br />

garantindo a validade<br />

dos resultados obtidos. A<br />

implementação da ABNT<br />

NBR ISO 10012 traz diversos<br />

benefícios para as organizações,<br />

incluindo:<br />

• Confiabilidade dos resultados<br />

de medição<br />

Ao seguir as diretrizes estabelecidas<br />

pela ABNT<br />

NBR ISO 10012, as organizações<br />

podem ter confiança<br />

nos resultados de<br />

suas medições. Isso é especialmente<br />

importante<br />

em setores onde a precisão<br />

e a confiabilidade dos<br />

resultados são críticas,<br />

como na indústria farmacêutica,<br />

na engenharia de<br />

precisão e em laboratórios<br />

de pesquisa científica.<br />

• Rastreabilidade metrológica<br />

A ABNT NBR ISO 10012 enfatiza<br />

a importância da rastreabilidade<br />

metrológica,<br />

ou seja, a capacidade de<br />

vincular as medições realizadas<br />

a padrões de referência<br />

internacionalmente<br />

reconhecidos. Isso permite<br />

que as organizações demonstrem<br />

a rastreabilidade<br />

de seus resultados, aumentando<br />

a credibilidade<br />

e a aceitação deles.<br />

• Controle de erros e incertezas<br />

A norma fornece orientações<br />

para a identificação e<br />

controle de erros e incertezas<br />

associados aos processos<br />

de medição. Ao implementar<br />

essas diretrizes,<br />

as organizações podem<br />

reduzir as variações e as<br />

incertezas nas medições,<br />

aumentando a confiabilidade<br />

e a consistência dos<br />

resultados obtidos.<br />

• Melhoria contínua dos<br />

processos de medição<br />

A ABNT NBR ISO 10012<br />

incentiva a melhoria contínua<br />

dos processos de<br />

medição por meio do estabelecimento<br />

de objetivos<br />

e metas mensuráveis. Ao<br />

monitorar e analisar regularmente<br />

os resultados das<br />

medições, as organizações<br />

podem identificar oportunidades<br />

de aprimoramento<br />

e implementar ações<br />

corretivas e preventivas.<br />

Etapas para a implementação<br />

do ABNT NBR<br />

ISO 10012<br />

A implementação da<br />

ABNT NBR ISO 10012 requer<br />

uma abordagem<br />

sistemática e a participação<br />

de todas as partes<br />

envolvidas no processo<br />

de medição. Algumas<br />

etapas-chave incluem:


Análise de Minerais<br />

• Avaliação da situação<br />

atual<br />

É importante avaliar a<br />

situação atual da gestão<br />

de medição na organização,<br />

identificando<br />

pontos fortes e áreas de<br />

melhoria. Isso pode envolver<br />

a análise dos processos<br />

de medição, dos<br />

equipamentos utilizados<br />

e das competências do<br />

pessoal envolvido.<br />

• Definição de políticas e<br />

procedimentos<br />

Com base na avaliação<br />

realizada, devem ser definidas<br />

políticas e procedimentos<br />

claros para a<br />

gestão de medição. Isso<br />

inclui a definição de responsabilidades,<br />

a documentação<br />

dos processos<br />

e a elaboração de um plano<br />

de implementação.<br />

• Treinamento e conscientização<br />

É fundamental fornecer<br />

treinamento adequado<br />

e conscientizar todos os<br />

funcionários envolvidos<br />

na realização de medições<br />

sobre as políticas e procedimentos<br />

estabelecidos.<br />

Isso garantirá a compreensão<br />

e adesão às práticas<br />

recomendadas pelo ABNT<br />

NBR ISO 10012.<br />

• Implementação e monitoramento<br />

Uma vez estabelecidas as<br />

políticas e procedimentos,<br />

é necessário implementá-<br />

-los e monitorar regularmente<br />

sua eficácia. Isso<br />

pode envolver a realização<br />

de auditorias internas,<br />

revisões de desempenho<br />

e ações corretivas, conforme<br />

necessário.<br />

Conclusão<br />

A ABNT NBR ISO 10012<br />

desempenha um papel<br />

fundamental na garantia<br />

da confiabilidade dos resultados<br />

de medição. Sua<br />

implementação oferece<br />

benefícios significativos,<br />

como a confiança nos resultados,<br />

a rastreabilidade<br />

metrológica, o controle<br />

de erros e incertezas e<br />

a melhoria contínua dos<br />

processos de medição.<br />

Ao adotar as diretrizes<br />

estabelecidas pela ABNT<br />

NBR ISO 10012, as organizações<br />

podem aprimorar<br />

sua qualidade, credibilidade<br />

e competitividade,<br />

atendendo às expectativas<br />

dos clientes e regulamentações<br />

aplicáveis.<br />

<strong>Ed</strong>uardo Pimenta de Almeida Melo<br />

Engenheiro Químico, Gerente de Laboratórios da CSN Mineração, MBA em Gestão Empresarial, Pós–Graduado em Gestão de<br />

Laboratórios e Especializado em Data Science. Coordenador da Comissão de Estudos para Amostragem e Preparação de Amostras em<br />

Minério de Ferro para a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />

LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/eduardo-melo-16b22722<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

29


Logística Laboratorial<br />

GESTÃO DE LOGÍSTICA PARA A<br />

SAÚDE: ATENDIMENTO AS NORMAS E<br />

REGULAMENTAÇÕES DO SETOR<br />

É de ciência de todos que<br />

atuar na área da saúde é<br />

uma grande responsabilidade.<br />

E isso se enquadra<br />

também para empresas e<br />

profissionais envolvidos<br />

na área de logística dos<br />

produtos de saúde. Existe<br />

uma série de regulamentações<br />

que devem ser<br />

seguidas para certificar a<br />

cenças regulatórias con-<br />

ção dos serviços logísticos<br />

segurança dos insumos,<br />

evitando assim contaminações<br />

e outros riscos à<br />

saúde das pessoas.<br />

forme as resoluções da<br />

ANVISA, fiscalizadas pelas<br />

vigilâncias sanitárias<br />

de cada município.<br />

em produtos de interesse<br />

à saúde possui grande<br />

relevância, o foco na<br />

vigência de suas licenças<br />

30<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

Por isso, pensando em<br />

armazenar produtos<br />

de interesse à saúde, o<br />

Operador Logístico também<br />

necessita obter li-<br />

E na divisão de armazenagem<br />

do Grupo Prime,<br />

onde em seu escopo, o<br />

segmento para a presta-<br />

é primordial, pois para<br />

a renovação destas, um<br />

processo de inspeção sanitária<br />

é realizado por órgão<br />

fiscalizador garantin-


Logística Laboratorial<br />

do assim, boas práticas de<br />

Técnico sobre substân-<br />

integridade dos produtos<br />

acordo com as resoluções<br />

que são as seguintes:<br />

cias e medicamentos sujeitos<br />

a controle especial;<br />

de interesse à saúde.<br />

• RDC 430 de 08 de outubro<br />

de 2020, que dispõe<br />

sobre as Boas Práticas de<br />

Distribuição, Armazenagem<br />

e de Transporte de<br />

Medicamentos;<br />

• RDC 504 de 27 de maio<br />

de 2021, que dispõe sobre<br />

as Boas Práticas para<br />

o transporte de material<br />

biológico humano.<br />

Além das licenças mandatórias<br />

para a logística<br />

de produtos de interesse<br />

à saúde, a divisão de<br />

armazenagem possui o<br />

ISO9001/2015 como requisito,<br />

bem como CBPDA<br />

• RDC 653 de 24 de março<br />

de 2022, que altera (com-<br />

Desta forma, com o resultado<br />

positivo destas<br />

- CERTIFICADO DE BOAS<br />

PRÁTICAS DE ARMAZENA-<br />

plementa) a resolução<br />

inspeções, a divisão de<br />

MENTO E DISTRIBUIÇÃO<br />

colegiada – RDC 430 de<br />

08 de outubro de 2020;<br />

armazenagem também<br />

assegura o cumprimen-<br />

DE PRODUTOS PARA SAÚ-<br />

DE, emitido pela ANVISA<br />

• RDC 665 de 30 de março<br />

de 2022, que dispõe sobre<br />

as Boas Práticas de Fabricação<br />

de Produtos Médicos<br />

e Produtos para Diagnóstico<br />

de Uso In Vitro;<br />

to dos requisitos de seus<br />

clientes neste segmento.<br />

Dispondo de infraestrutura<br />

para o armazenamento<br />

dos materiais em área<br />

adequada que permita o<br />

monitoramento de tem-<br />

que se encontra em processo<br />

de implantação da<br />

norma ISO14001/2015.<br />

Tudo isso com a finalidade<br />

de melhoria contínua<br />

de seus processos e garantia<br />

de que produtos de<br />

• Portaria/SVS 344 de 12<br />

de maio de 1998 que,<br />

peratura e conservação<br />

deles, fatores estes rela-<br />

interesse à saúde estejam<br />

em um ambiente adequa-<br />

aprova o Regulamento<br />

cionados diretamente à<br />

do a este perfil.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

31


Logística Laboratorial<br />

É importante ressaltar que,<br />

para a emissão das licenças<br />

regulatórias mandatórias,<br />

o Operador Logístico deve<br />

possuir o LTA - Laudo Técnico<br />

de Aprovação, validado<br />

pela vigilância sanitária<br />

local, o que pode garantir<br />

que a infraestrutura do<br />

local seja adequada para<br />

atendimento a este tipo de<br />

prestação de serviço.<br />

As principais licenças são:<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em Diário<br />

Oficial para armazenagem<br />

de produtos para<br />

saúde/correlatos;<br />

cial para armazenagem de<br />

medicamentos e insumos;<br />

• AE- Autorização de<br />

Funcionamento Especial<br />

publicada pela ANVISA<br />

em Diário Oficial para<br />

armazenagem de medicamentos<br />

e insumos de<br />

controle especial;<br />

Oficial para armazenagem<br />

de cosméticos, perfumes<br />

e produtos de higiene;<br />

• AFE- Autorização de<br />

Funcionamento publicada<br />

pela ANVISA em<br />

Diário Oficial para armazenagem<br />

de saneantes<br />

Domissanitários;<br />

• AFE- Autorização de Fun-<br />

• AFE- Autorização de<br />

• Licença Sanitária – Vi-<br />

cionamento<br />

publicada<br />

Funcionamento publica-<br />

gilância Sanitária local,<br />

32<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

pela ANVISA em Diário Ofi-<br />

da pela ANVISA em Diário<br />

para armazenagem dos


Logística Laboratorial<br />

produtos de interesse à<br />

atribuição única quanto<br />

tórias para o transporte<br />

saúde acima descritos,<br />

a esta classe de produtos<br />

de produtos de interesse<br />

bem como produtos bio-<br />

de interesse à saúde).<br />

à saúde, bem como a cer-<br />

lógicos e alimentos se for<br />

tificação<br />

ISO9001/2015<br />

de interesse do Opera-<br />

• AVCB emitido pelo cor-<br />

– requisito que se en-<br />

dor Logístico.<br />

po de bombeiros;<br />

contra em processo de<br />

implantação da norma<br />

• CRT – Certidão de re-<br />

• CLI ou Alvará de localiza-<br />

ISO14001/2015 para a<br />

gularidade técnica ex-<br />

ção do prédio, expedido<br />

melhoria contínua de seus<br />

pedida pelo Conselho<br />

pela Prefeitura local.<br />

processos e garantia de<br />

de classe pertinente ao<br />

que produtos de interesse<br />

profissional da saúde ha-<br />

Na divisão de transporte,<br />

à saúde sejam transporta-<br />

bilitado. (vale frisar que<br />

boa parte das licenças es-<br />

dos em veículos adequa-<br />

ao tratar de transporte,<br />

tão de acordo com a des-<br />

dos a este perfil.<br />

distribuição e armazena-<br />

crição acima, com exceção<br />

gem de medicamentos,<br />

do LTA – Laudo Técnico de<br />

Karina Ferreira/ Maria Izabel<br />

insumos<br />

farmacêuticos,<br />

Avaliação, que não é ne-<br />

Vidal/ Vera Lucia Germano<br />

medicamentos de con-<br />

cessário o transportador<br />

Farmacêuticas/Responsá-<br />

trole especial, insumos<br />

obter este tipo de autori-<br />

veis Técnicas Grupo Prime.<br />

farmacêuticos de contro-<br />

zação - de armazenagem<br />

le especial, a figura do<br />

para transporte.<br />

responsável técnico deve<br />

ser exclusiva do profissional<br />

Farmacêutico, por<br />

Neste sentido possuímos<br />

todas as licenças manda-<br />

www.grupoprimecargo.com.br<br />

comercial@primecargo.com.br<br />

Tel.: 11 4280-9110<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

33


Blog dos Cientistas<br />

A QUÍMICA DOS COSMÉTICOS<br />

Os cuidados com a pele<br />

existem desde os primórdios<br />

da civilização. No<br />

Egito Antigo, já se fazia<br />

uso de perfumes, maquiagens<br />

nos olhos e unguentos<br />

em busca da beleza.<br />

Mas, antes de tudo,<br />

o que há por trás da química<br />

dos cosméticos?<br />

Definições básicas: o<br />

çando pelos cosméticos.<br />

Nós não vivemos mais no<br />

que são os cosméticos?<br />

Eles se tratam de subs-<br />

34<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

Egito Antigo, todavia, há<br />

uma preocupação mais<br />

forte quanto à composição<br />

química dos cosméticos.<br />

Isto porque, os<br />

consumidores precisam<br />

e querem saber mais sobre<br />

a química da beleza<br />

para evitar maus tratos<br />

disfarçados de cuidados<br />

com a pele.<br />

“Com o crescimento do<br />

mercado de maquiagens e<br />

cosméticos no Brasil, houve<br />

um aumento na preocupação<br />

com a química<br />

presente na estética.”<br />

Para entender a química<br />

dos cosméticos, é importante<br />

conhecer os seus<br />

principais termos, come-<br />

tâncias químicas, misturas<br />

ou fórmulas utilizadas<br />

para melhorar ou proteger<br />

a aparência e o odor<br />

do corpo. Em outras palavras,<br />

os cosméticos não<br />

permeiam até a corrente<br />

sanguínea, e por isso, são<br />

produtos que costumam<br />

agir na epiderme.


Blog dos Cientistas<br />

Por isso, os cosméticos<br />

podem ser classificados<br />

como produtos de grau<br />

1 ou produtos de grau 2,<br />

dependendo do tipo de<br />

substâncias químicas que<br />

foram inclusas na formulação,<br />

e também, do propósito<br />

daquele produto.<br />

Eles podem ser divididos<br />

em cosméticos para<br />

embelezamento, como<br />

são as maquiagens, e<br />

cosméticos para cuidado<br />

A cosmetologia se trata<br />

da ciência que estuda<br />

esses produtos, visando<br />

entender melhor as suas<br />

aplicações, efeitos e propriedades.<br />

Dessa forma,<br />

quiagens e cosméticos é<br />

realizada conforme a definição<br />

oficial dos mesmos<br />

pela Câmara Técnica de<br />

Cosméticos da Anvisa.<br />

pessoal, como os sabonetes.<br />

Dessa forma, são<br />

classificados no Brasil<br />

se relaciona diretamente<br />

com os laboratórios envolvidos<br />

no desenvolvimento<br />

Conforme essa definição,<br />

os cosméticos são todos<br />

os produtos de uso pesso-<br />

como produtos de higie-<br />

e análise dos produtos.<br />

al e perfumes constituídos<br />

ne e cuidado pessoal.<br />

de substâncias naturais ou<br />

Qual é a classificação e<br />

sintéticas para aplicação<br />

Qual é a área que estu-<br />

os principais produtos<br />

nas partes do corpo huma-<br />

da a química dos cosméticos?<br />

dessa área?<br />

A classificação das ma-<br />

no. Por isso, eles devem ser<br />

utilizados para:<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

35


Blog dos Cientistas<br />

• Limpeza (por exemplo:<br />

Grupo de risco nível 1<br />

posição química dos cos-<br />

gel de limpeza, dema-<br />

Nesse grupo, a composi-<br />

méticos oferece um risco<br />

quilante, esfoliante facial,<br />

água micelar, entre<br />

outros);<br />

ção química dos cosméticos<br />

oferece risco mínimo<br />

para o corpo, ou seja,<br />

potencial, caso o produto<br />

seja mal fabricado ou<br />

utilizado. Isto porque, as<br />

• Melhorar/corrigir odores<br />

corporais (por exemplo: desodorante,<br />

shampoo, condicionador,<br />

entre outros);<br />

• Alterar a aparência (por<br />

exemplo: maquiagens –<br />

sombras, delineadores, batons,<br />

entre outros);<br />

são utilizadas substâncias<br />

químicas já conhecidas.<br />

Sendo assim, esses produtos<br />

cosméticos não requerem<br />

ensaios de comprovação<br />

de eficácia e<br />

segurança. Portanto, os<br />

principais exemplos de<br />

produtos são:<br />

substâncias químicas utilizadas<br />

necessitam passar<br />

por ensaios de eficácia e<br />

segurança, devido a função<br />

do produto. Portanto,<br />

os principais exemplos de<br />

produtos são:<br />

• Xampus anticaspa;<br />

• Desodorantes;<br />

• Proteger ou manter a<br />

aparência (por exemplo,<br />

cremes hidratantes, esfoliantes<br />

corporais, entre<br />

outros).<br />

• Maquiagem;<br />

• Perfumes;<br />

• Sabonetes;<br />

• Xampus;<br />

• Pastas dentais;<br />

• Cremes hidratantes;<br />

• Sabonetes líquidos;<br />

• Talcos antissépticos;<br />

• Protetores labiais e solares;<br />

• Cremes depiladores;<br />

• Repelentes;<br />

36<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

Dessa forma, os cosméticos<br />

são classificados em<br />

quatro categorias: produtos<br />

para higiene, cosméticos,<br />

perfumes e produtos<br />

para bebês.<br />

• Sais de banho;<br />

• Entre outros.<br />

Grupo de risco nível 2<br />

Enquanto, nesse grupo<br />

de risco nível 2, a com-<br />

• Tintas para cabelos;<br />

• Enxaguantes bucais;<br />

• Esmaltes;<br />

• Óleos para massagens;<br />

• Produtos para bebês;<br />

• Entre outros.


Blog dos Cientistas<br />

Quais são as características<br />

dos principais<br />

locais de aplicação dos<br />

cosméticos?<br />

Para entender a química<br />

da beleza, é necessário<br />

conhecer mais dos principais<br />

locais de aplicação<br />

dos cosméticos. Veja<br />

melhor sobre isso agora!<br />

• Endoderme ou camada<br />

mada fina de sais mine-<br />

interna, que é composta<br />

rais, água e lipídeos, que<br />

Pele<br />

O principal alvo dos produtos<br />

de beleza é constituído<br />

por três camadas:<br />

• Epiderme ou camada<br />

externa, que é composta<br />

principalmente de<br />

queratina;<br />

• Mesoderme ou cama-<br />

de várias proteínas fibrosas<br />

e polissacarídeos.<br />

Cabelos<br />

Os cabelos também são<br />

constituídos por três camadas:<br />

• Medula;<br />

• Córtex;<br />

• Cutícula.<br />

atrai bastante sujeira a<br />

ser depositada sobre os<br />

cabelos.<br />

Bocas e lábios<br />

A pele dos lábios é 3x<br />

mais fina do que a pele<br />

presente em outras regiões,<br />

já que é composta<br />

apenas por epiderme e<br />

da intermediária, que é<br />

mesoderme. Por isso, eles<br />

composta por colágeno<br />

e elastina;<br />

Dessa forma, eles são<br />

recobertos por uma ca-<br />

são muito mais sensíveis<br />

à temperatura e ao toque.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

37


Blog dos Cientistas<br />

Pés, mãos e unhas<br />

que apresentam proprie-<br />

substâncias para manter<br />

Os pés e mãos ficam mais<br />

dades ajustadas para as<br />

a estabilidade física, quí-<br />

expostos aos esforços me-<br />

aplicações<br />

específicas.<br />

mica e microbiológica<br />

cânicos, atritos, microrga-<br />

Dessa forma, as principais<br />

daquele produto);<br />

nismos e substâncias quí-<br />

matérias-primas são:<br />

• Princípios ativos<br />

micas. Sendo assim, essa<br />

bloqueadores de UV,<br />

área do corpo é coberta<br />

• Corantes e pigmentos<br />

antiacne,<br />

anticaspa,<br />

por pequenas elevações,<br />

como agentes de pero-<br />

antitranspirante e pre-<br />

papilas, que evitam a per-<br />

lização (por exemplo:<br />

servantes (por exem-<br />

da de sensibilidade.<br />

mica, estearatos, quart-<br />

plo: benzofenonas, to-<br />

zo micronizado);<br />

coferóis, ácido naftoico,<br />

Por fim, as unhas são<br />

• Corantes e pigmen-<br />

enxofre, sulfetos de se-<br />

constituídas por quera-<br />

tos para coloração (por<br />

lênio, sais de alumínio,<br />

tina, é permeável ao oxi-<br />

exemplo: dióxido de ti-<br />

entre outros).<br />

gênio e umidade, assim<br />

tânio e óxido de zinco,<br />

como a produtos quími-<br />

negro de fumo, índigo,<br />

Tecnologias de produ-<br />

cos e o desgaste.<br />

clorofila, carmim, açafrão,<br />

ção: como a química na<br />

entre outras);<br />

estética vira produto?<br />

Quais são as matérias-<br />

• Essências para aroma<br />

Para definir quais serão as<br />

-primas mais comuns<br />

(por exemplo: óleos essen-<br />

matérias-primas<br />

inserida<br />

na produção de cosmé-<br />

ciais, frutos, folhas e cascas<br />

no seu produto cosmético,<br />

ticos?<br />

de árvores, álcoois, terpe-<br />

torna-se necessário contar<br />

A princípio, na química dos<br />

nos, cetonas, acetatos e al-<br />

com um processamen-<br />

cosméticos, as matérias-<br />

deídos);<br />

to adequado, por isso, na<br />

38<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

-primas variam conforme<br />

cada produto de beleza,<br />

• Variados tipos de excipientes<br />

(por exemplo:<br />

produção são presentes<br />

os processos de:


Blog dos Cientistas<br />

• Agitação, onde ocorre a<br />

mistura dos componentes<br />

de uma formulação<br />

sob agitação controlada<br />

para incorporar um ou<br />

mais ingredientes;<br />

• Moagem e classificação<br />

de partículas, onde<br />

as matérias-primas sólidas<br />

são transformadas<br />

em pós muito finos. Após<br />

isso, os sólidos são peneirados<br />

para promover a<br />

separação e classificação<br />

das partículas;<br />

• Controle de microrganismos,<br />

para liberar certos<br />

tipos de cosméticos<br />

dos microrganismos que<br />

contaminam o usuário ou<br />

causam degradação precoce<br />

do produto;<br />

• Choque térmico, para<br />

manter a homogeneidade,<br />

cor e o brilho do produto;<br />

• Degasagem, que realiza<br />

a remoção de ar para<br />

evitar a formação de bolhas<br />

ou de espuma no<br />

processamento;<br />

• Filtração, para retirar<br />

sólidos residuais, géis e<br />

outras impurezas surgidas<br />

na mistura;<br />

• Tratamento da água,<br />

para a remoção de impurezas<br />

sólidas, microrganismos<br />

e íons específicos;<br />

• Embalagem e acondicionamento,<br />

onde se<br />

escolhe o material adequado<br />

(que deve ser resistente<br />

às substâncias<br />

químicas) e o design.<br />

Ao final desse processo,<br />

surgem os principais cosméticos<br />

que se veem em<br />

lojas dos mais variados<br />

tipos. Os produtos são diferentes,<br />

mas a qualidade<br />

deve se manter a mesma!<br />

Conheça a plataforma<br />

da Biochemie Academy<br />

com cursos de Química<br />

Industrial, Gestão<br />

da Qualidade e Biotecnologia.<br />

E se eventualmente,<br />

você tiver<br />

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esse tema, entre em<br />

contato pelo e-mail:<br />

contato@biochemie.com.br<br />

Ingrid Ferreira Costa<br />

Founder & CEO da Biochemie. Bacharel em Química. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas. Mestrado em Ciências Farmacêuticas. Especialista<br />

em Growth Hacking. MBA em Marketing Estratégico Digital. Auditora Interna na ABNT ISO/IEC 17025:2017. Auditora Externa na ABNT ISO/IEC 17025:2017.<br />

Auditora Interna na ABNT ISO/IEC ISO 9001:2015. Auditora Líder na ABNT ISO/IEC 17025:2017, ABNT ISO/IEC 15189:2015 e ABNT ISO/IEC 17043:2011. Se você<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

39


Em Foco<br />

8 ERROS MAIS COMUNS NA PREPARAÇÃO DE<br />

PLACAS DE MEIOS DE CULTURA<br />

Os meios de cultura são preparações<br />

químicas que estimulam o cultivo<br />

de microrganismos alvo a serem<br />

analisados.<br />

Quando um meio não cresce como<br />

esperado, é importante analisar se<br />

houve algum problema em uma<br />

das etapas de preparação para<br />

que o processo possa ser repetido<br />

e readequado.<br />

Confira aqui os erros mais<br />

comuns que podem ocorrer nessa<br />

preparação:<br />

1. Meio de cultura vencido<br />

O meio pode não agir da forma ideal,<br />

não selecionando, diferenciando ou<br />

nutrindo como deveria.<br />

2. Esterilização inadequada<br />

5. Armazenamento inadequado<br />

Armazenar a placa sempre com<br />

a tampa para baixo para evitar<br />

a condensação de umidade na<br />

superfície do meio.<br />

8. Excesso de inóculo<br />

Com o excesso de inóculo o<br />

objetivo de isolar colônias não será<br />

cumprido.<br />

Todos os materiais utilizados devem<br />

estar devidamente esterilizados para<br />

evitar contaminações indesejadas.<br />

3. Água impura<br />

Além dos materiais, a água também<br />

pode trazer contaminação ao meio.<br />

6. Superaquecimento durante o<br />

preparo<br />

Pode resultar na degradação<br />

de nutrientes e ativos do meio,<br />

afetando o crescimento microbiano.<br />

7. Homogeneização inadequada<br />

A Kasvi tem em seu portfólio mais<br />

de 80 tipos de meios de cultura,<br />

suplementos, placas de Petri,<br />

balanças e tudo o que você precisa<br />

para sua rotina laboratorial.<br />

Acesse: portal.kasvi.com.br<br />

Algumas partes da placa terão<br />

40<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

4. Pesagem incorreta<br />

A composição inadequada do meio<br />

leva a resultados inconsistentes.<br />

concentrações diferentes de<br />

substâncias, afetando o crescimento<br />

microbiano.<br />

Contato<br />

Portal.kasvi.com.br<br />

comercial@kasvi.com.br<br />

(41) 3535-0900


com você na<br />

medida certa<br />

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dosadores e pipetadores<br />

*Produtos não passíveis de registo ANVISA.<br />

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e variável*<br />

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automático*<br />

Pipetador e<br />

Pi-pumps*<br />

Dispensadores<br />

de volumes*<br />

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nosso Portal:<br />

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Em Foco<br />

GREINER BIO-ONE ETRACK: NOVO DASHBOARD<br />

INTERATIVO OFERECE CON-TROLE<br />

PERSONALIZADO DOS DADOS LABORATORIAIS<br />

A Greiner Bio-One tem o prazer<br />

métricas mais relevantes para suas<br />

visualizando as in-formações mais<br />

de anunciar uma nova atualização<br />

atividades, capacitando-os a tomar<br />

importantes para suas tarefas<br />

para seu produto inovador, o<br />

decisões informadas e estratégi-cas.<br />

diárias. Essa interatividade<br />

Greiner Bio-One eTrack. Agora,<br />

com o lança-mento do novo<br />

dashboard interativo, a empresa<br />

está renovando a ma-neira como os<br />

profissionais da saúde gerenciam e<br />

interagem com seus dados.<br />

Além disso, o Greiner Bio-One<br />

eTrack introduz sugestões prédefinidas<br />

de dashboard com base<br />

nas principais métricas. Com essa<br />

funcionali-dade, os clientes podem<br />

proporciona uma experiência única,<br />

permitindo que os clientes tenham<br />

controle total sobre a maneira<br />

como seus dados são apresentados<br />

e in-terpretados.<br />

O Greiner Bio-One eTrack já<br />

é conhecido por fornecer<br />

mecanismos de segurança e<br />

proteção, garantindo o controle de<br />

acesso às informações essenciais<br />

na área da saúde. No entanto,<br />

com o novo dashboard intera-<br />

explorar facilmente os indicadores<br />

mais impor-tantes para eles, sem<br />

a necessidade de configuração<br />

manual. Se um comprador deseja<br />

verificar dados relacionados ao<br />

desempenho de forne-cedores, ou<br />

um gerente deseja acompanhar a<br />

produtividade da equipe, o Greiner<br />

O Greiner Bio-One eTrack continua<br />

a oferecer todas as funcionalidades<br />

e recursos que o tornaram uma<br />

solução confiável para a gestão<br />

eficiente de dados laboratoriais.<br />

Com o novo dashboard interativo, a<br />

empresa eleva ainda mais o padrão<br />

de excelência, colocando o controle<br />

tivo, os clientes terão um nível<br />

Bio-One eTrack apresentará um<br />

e a personaliza-ção nas mãos de<br />

sem precedentes de controle e<br />

dashboard pré-configurado com<br />

seus clientes.<br />

personali-zação sobre seus dados.<br />

Uma das principais inovações<br />

do novo dashboard é a sua<br />

capacidade de oferecer indicadores<br />

customizáveis. Agora, os clientes<br />

as métricas relevantes, tornando a<br />

análise de dados mais eficiente e<br />

ori-entada para a ação.<br />

O verdadeiro poder do novo<br />

dashboard do Greiner Bio-One<br />

Saiba mais sobre o Greiner Bio-One<br />

eTrack e suas últimas atualizações<br />

em: www.gboetrack.com ou<br />

entre em contato conosco pelo<br />

info@br.gbo.com.<br />

poderão visualizar seus dados da<br />

eTrack reside em sua adaptabilidade<br />

maneira que desejarem, adaptando<br />

às necessidades individuais de cada<br />

42<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

os indicadores às suas necessidades<br />

específicas. Essa interatividade<br />

proporciona aos profissio-nais da<br />

saúde uma visão sob medida das<br />

cliente. Com total flexibilidade de<br />

personalização, os usuários podem<br />

configurar seu próprio dashboard<br />

de acordo com suas preferências,<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

Tel.: +55 19 3468 9600<br />

E-mail: info@br.gbo.com


Em Foco<br />

A Greiner Bio-One apresenta o novo<br />

dashboard interativo para o eTrack.<br />

A atualização permite um controle<br />

personalizado dos dados laboratoriais,<br />

proporcionando uma interface fácil de usar.<br />

O novo recurso oferece maior segurança e<br />

proteção no acesso às informações.<br />

\ Rastreabilidade<br />

do tipo de tubo utilizado<br />

\ Número do lote<br />

\ Validade<br />

\ Ordem de coleta<br />

\ Material e paciente<br />

\ Localidade de atendimento<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

43


Em Foco<br />

RELEASE EASYFILL – SISTEMA DE DOSAGEM<br />

AUTOMATIZADA<br />

44<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

O preparo da amostra é uma parte<br />

central da análise e inclui diversas<br />

etapas manuais e demoradas.<br />

Pesagem de amostras, adição de<br />

reagentes, manuseio de vasos,<br />

diluição e limpeza são processos<br />

que afetam o fluxo de trabalho do<br />

laboratório e o tempo do operador.<br />

O manuseio dos frascos de digestão<br />

foi reduzido com o uso da câmera<br />

de reação única do UltraWAVE e a<br />

limpeza dos frascos tornou-se ainda<br />

mais eficiente com o TraceCLEAN,<br />

porém a missão da Milestone em<br />

facilitar o trabalho do usuário ainda<br />

não estava completa.<br />

As etapas de adição de reagente e<br />

diluição também envolvem bastante<br />

tempo do operador, além do risco<br />

de contaminação e exposição a<br />

ácido concentrado. Tendo isso em<br />

mente, a Milestone desenvolveu um<br />

sistema de dosagem automatizada,<br />

chamado EasyFILL.<br />

O EasyFILL é uma plataforma única<br />

que garante um fluxo de trabalho<br />

superior para o laboratório e<br />

maior segurança para o operador,<br />

automatizando a adição de reagentes<br />

e reduzindo o tempo do operador<br />

para apenas alguns segundos. Além<br />

disso, o easyFILL permite a prédiluição.<br />

Ao final do processo de<br />

digestão, as soluções são transferidas<br />

em recipientes volumétricos e<br />

colocados novamente no EasyFILL<br />

para pré-diluição automática.<br />

OPERAÇÕES CONSISTENTES E<br />

SEM ERROS<br />

O manuseio de ácidos muitas<br />

vezes leva erros humanos e<br />

contaminação, potencialmente<br />

impactando a qualidade da análise.<br />

A precisão da dosagem do easyFILL<br />

garante alta reprodutibilidade,<br />

enquanto a abordagem handsoff e<br />

o uso de PTFE de alta pureza para<br />

todas as linhas ácidas evitam o<br />

risco de contaminação. Além disso,<br />

a limpeza automática das linhas,<br />

embutida na sequência, evita<br />

contaminação quando diferentes<br />

reagentes são dosados.<br />

operador ao vapor ácido. O easyFILL<br />

automatiza esses processos e evita<br />

o manuseio de ácidos. A exaustão<br />

ALTA FLEXIBILIDADE<br />

embutida aumenta ainda mais a<br />

O easyFILL oferece BioPharma grande Platform<br />

segurança das operações, desviando<br />

flexibilidade com uma ampla quaisquer vapores ácidos para o<br />

variedade de racks para sistema de extração do laboratório.<br />

acomodar a maioria dos frascos<br />

de digestão e até dois conjuntos SOFTWARE INTELIGENTE<br />

simultaneamente, como dois racks O sistema EasyFILL é totalmente<br />

Confidently characterize<br />

de ultraWAVE. O sistema lida com controlado por um terminal sensível<br />

até seis reagentes simultaneamente<br />

without compromise ao toque, com software personalizado.<br />

(como HNO3, H2O2, HCl, HF), Para processos de rotina, o operador<br />

combinando com • Peptide a maioria Mapping das simplesmente recupera um método<br />

necessidades de • Intact aplicação. Protein Analysis O armazenado com o tipo e volume de<br />

• Aggregate analysis<br />

easyFILL pode ser utilizado tanto reagentes, bem como o número de<br />

• Charge Variant Analysis<br />

antes da digestão, com a adição de posições em uso. Disponibilidade dos<br />

• Glycan Analysis<br />

ácidos, como após • a RNA digestão, and Oligonucleotide para reagentes Analysis nos frascos e o volume de<br />

pré-diluição ou para • Gene acidificação Therapy Analysis resíduos são rastreados pelo software,<br />

das soluções digeridas. • Host Além Cell Protein disso, Analysis para que o operador saiba quando<br />

easyFILL é compatível • Multi-Attribute com racks de Method é hora de preencher uma garrafa de<br />

• Antibody Drug Conjugate<br />

amostradores automáticos para ICP, reagente Analysis ou esvaziar o tanque de<br />

evitando manuseio adicional. resíduos. Além disso o software integra<br />

um procedimento guiado para calibrar<br />

SEGURANÇA AUMENTADA For more information a bomba, visit: www.thermofisher.com/MAM<br />

em apenas alguns minutos.<br />

O manuseio de ácidos concentrados<br />

é uma preocupação de segurança<br />

comum para todos laboratórios.<br />

Até mesmo o uso de pipetas sob<br />

uma coifa ainda pode expor o<br />

Thermo Scientific Orbitrap Exploris


Em Foco<br />

ESTUDOS GENÉTICOS.<br />

CONHEÇA AS SOLUÇÕES DA ELGA VEOLIA PARA<br />

ESSA APLICAÇÃO.<br />

Genética é o estudo da hereditariedade,<br />

o processo biológico<br />

onde os pais passam certos<br />

genes para os filhos ou descendentes.<br />

A informação genética<br />

encontra-se dentro do núcleo celular<br />

de cada célula viva no corpo<br />

PCR<br />

A Reação em Cadeia da Polimerase<br />

(Polymerase Chain Reaction, PCR) é<br />

uma técnica de biologia molecular<br />

usada para amplificar um pedaço<br />

de DNA , e gera milhares a milhões<br />

de cópias de uma sequência<br />

específica de DNA .<br />

Sequência de DNA/RNA<br />

É o processo que inclui qualquer<br />

método ou tecnologia usada para<br />

determinar a ordem precisa de<br />

nucleótidos numa cadeia deDNA .<br />

A sequência de RNA usa métodos<br />

de sequência de próxima geração<br />

para revelar a presença e a<br />

quantidade de ácido ribonucleico<br />

numa amostra biológica num<br />

determinado momento no tempo.<br />

Microarrays de DNA<br />

É uma coleção de pontos<br />

microscópicos de DNA numa<br />

superfície sólida. Os cientistas usam<br />

microarrays de DNA para medir a<br />

expressão de um grande número de<br />

genes ou para genotipar múltiplas<br />

regiões de um genoma.<br />

Eletroforese por ácido nucleico<br />

É uma técnica analítica usada para<br />

separar fragmentos de DNA ou RNA<br />

por tamanho e reatividade.<br />

Impacto da água<br />

A água pura é essencial para obter<br />

resultados confiáveis na aplicação<br />

genética. As aplicações de RNA, em<br />

particular, exigem um tipo especial<br />

de água, uma vez que as RNases<br />

estão em todos os lugares e podem<br />

destruir o RNA livre se este não<br />

estiver protegido. Usar a água sem<br />

nuclease e com o grau de pureza<br />

certo ajuda a proteger o RNA e os<br />

nossos resultados.<br />

Requisitos da água<br />

Certifique-se de que está a utilizar<br />

o tipo de água certo para a sua<br />

aplicação. Eis os requisitos para as<br />

aplicações genéticas:<br />

A ELGA VEOLIA dispõe de uma vasta<br />

gama de ultrapurificadores de água<br />

que atende as necessidades da<br />

genética.<br />

O Purelab Chorus 1 é um ideal para<br />

a purificação de água para uso<br />

nas Ciências da Vida e aplicações<br />

analíticas.<br />

Quando exige a máxima pureza de<br />

água, o PURELAB Chorus 1 oferece<br />

a solução perfeita. Oferecendo<br />

sistematicamente água com<br />

pureza de 18,2 MΩ.cm (Tipo I+/I) e<br />

sustentado pelo sistema avançado<br />

de deionização PureSure®, permite<br />

que se concentre em obter<br />

resultados precisos, garantindo um<br />

fluxo de trabalho sem interrupções.<br />

Conheça as características do<br />

sistema:<br />

• Deionização Avançada PureSure:<br />

Elimina os íons residuais que se<br />

infiltram na água e oferece um<br />

alerta avançado para substituir os<br />

pacotes de purificação.<br />

• Recirculação completa: Garante a<br />

pureza microbiana e água ultrapura<br />

no ponto de uso.<br />

• Monitoramento de TOC em tempo<br />

real: Proporciona confiança total na<br />

pureza orgânica.<br />

• Filtração integrada: A ultrafiltração<br />

ou microfiltração filtra as endotoxinas,<br />

proteínas, nucleases e partículas.<br />

• Tratamento total de UV: Garante a<br />

redução de compostos orgânicos e<br />

inativação de bactérias.<br />

• Coleta de dados: Acesso de<br />

dados via USB para validação<br />

de desempenho do sistema e<br />

atualizações de software.<br />

Outras soluções também são eficazes<br />

para essa aplicação, contate nossos<br />

especialistas para obter uma visita<br />

técnica e entender qual solução<br />

melhor se aplica a sua necessidade.<br />

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Cel. +55 11 97675-0943<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Julho 2023<br />

45


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