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Produtosdemadeira_70 - OPps

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Economia<br />

50<br />

de da empresa. A abrangência dessas<br />

exportações também conta: em 2020,<br />

o salário médio ofertado por firmas<br />

que exportaram para os EUA (Estados<br />

Unidos da América) e para a UE (União<br />

Europeia), por exemplo, foram respectivamente<br />

25% e 23% maiores do que o<br />

de empresas que direcionaram sua produção<br />

apenas para o Mercosul.<br />

Com relação à sua distribuição regional,<br />

as firmas exportadoras do Brasil<br />

localizam-se em poucas unidades da<br />

federação do país. Em 2020, os Estados<br />

de São Paulo e do Rio Grande do Sul<br />

concentravam 54% das firmas exportadoras<br />

brasileiras. Em contrapartida, as<br />

exportadoras localizadas nas regiões<br />

norte, nordeste e centro-oeste possuíam,<br />

nesse mesmo ano, em média 30%<br />

mais empregados do que as estabelecidas<br />

no sul e sudeste. O que pode se<br />

justificar, entre outros motivos, pelo<br />

fato de que o percentual de firmas que<br />

exportaram a países do Mercosul foi<br />

quase 2,5 vezes maior nas regiões sul<br />

e sudeste do que nas demais regiões<br />

do país.<br />

NOVAS SOLUÇÕES<br />

Apesar disso, constatou-se que<br />

a maior parte (61%) das empresas<br />

brasileiras que atualmente exportam<br />

realizam negócios apenas na América<br />

Latina. Isso ressalta a importância da<br />

integração regional, beneficiando-se<br />

das vantagens geográficas e culturais,<br />

além das tarifas mais baixas, fruto de<br />

acordos comerciais na região, tal qual<br />

o Mercosul. Afinal, as tarifas médias<br />

impostas pelos parceiros comerciais<br />

são de fato um fator determinante na<br />

escolha dos mercados de exportação.<br />

Economias que impõem tarifas mais<br />

altas têm menos chances de serem exploradas<br />

pelas empresas brasileiras.<br />

Apesar da maior participação,<br />

no entanto, é interessante observar<br />

que o avanço das exportações para<br />

o Mercosul foi modesto nos últimos<br />

anos, apenas 2% entre 2018 e 2020. Enquanto<br />

isso, observou-se um aumento<br />

significativo no número de empresas<br />

exportando para a China (24% de crescimento),<br />

EUA (21% de crescimento) e<br />

União Europeia (16% de crescimento)<br />

no mesmo período.<br />

Fator que demonstra, entre outras<br />

possibilidades, a eficiência de acordos<br />

comerciais e da abertura de novos<br />

mercados para além da região latino-<br />

-americana, a partir, por exemplo, de<br />

programas setoriais de incentivo às<br />

exportações, como o Projeto Setorial<br />

Brazilian Furniture, iniciativa da ABI-<br />

MÓVEL e da ApexBrasil (Agência Brasileira<br />

de Promoção de Exportações e<br />

Investimentos), que tem por objetivo<br />

incrementar a participação da indústria<br />

brasileira do mobiliário no mercado<br />

internacional por meio de um conjunto<br />

de ações estratégicas, tendo como<br />

base os pilares da sustentabilidade, da<br />

competitividade e do design integrado<br />

à indústria.<br />

Atualmente, o projeto conta com a<br />

participação de mais de 150 empresas<br />

e segue recebendo novos associados,<br />

que possuem acesso a informações de<br />

Inteligência Comercial e Competitiva,<br />

Feiras e Missões Comerciais Internacionais,<br />

Projeto Comprador, Projeto<br />

Imagem, Programa Design Brasil +<br />

Indústria, o SIMB (programa de sustentabilidade),<br />

entre outras inúmeras<br />

atividades dentro e fora do país.<br />

DESAFIO EMPRESARIAL<br />

Sexta maior produtora de móveis<br />

no mundo, a indústria moveleira nacional<br />

é composta por mais de 17,1<br />

mil empresas, tendo produzido 411,3<br />

milhões de peças de móveis e colchões<br />

em 2022, gerando uma receita de R$

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