REVISTA TRANSCENDER
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
POR GRAZIELI
GONÇALVES
# E c o l o g i a
NATURAL ORGANIC
REDUCTION (NOR)
Vamos desvendar os
mistérios da redução
orgânica natural. Saiba
mais sobre seus
processos.
# Meioambiente
UMA CASA DE
COMPOSTAGEM
HUMANA NO
BRASIL
Primeira prospota do
m0delo de
sepultamento no
país. Veja simulação.
# S a l v e a n a t u r e z a
TRANSCENDER
E S E V O C Ê P U D E S S E V I R A R S O L O ?
i m a g e m r e t i r a d a d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
S E R I A E S S A S U A D E S T I N A Ç Ã O ?
i m a g e m r e t i r a d a d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l
2023
Recompose é uma empresa pioneira no mundo, se
tornando a primeira casa funerária licenciada para
as práticas de compostagens em um corpo humano.
Localizada na Cidade de Seattle nos Estados Unidos,
Recompose foi fundada pela arquiteta Katrina
Spade.
E se você pudesse virar
solo?
A casa foi inaugurada no ano de 2020, sob rigorosa
aprovação de lei do Estado de Washigton que
permitiu o novo modelo de sepultamento depois de
longo processo de construção baseado em testes e
estudos, que ainda começaram no programa de
Mestrado em Arquitetura da University of
Massachusetts Amherst no ano de 2011.
“A questão era: Como fazemos esse processo
funcionar com os humanos? Porque já funcionava
com os animais. E como o tornamos apropriado
para os humanos, dada a maneira como abordamos
as mortes e as cerimônias de rituais?” disse Katrina
Spade, fundadora e CEO da empresa Recompose
em uma entrevista aberta.
"A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.
Me deem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi."
(Santo Agostinho)
i m a g e m r e t i r a d a d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
EDIÇÃO 01
TRANSCENDER
E S E V O C Ê P U D E S S E V I R A R S O L O ?
lá leitor (a), a Revista "Transcender", nasceu
de uma experiência pessoal em um de meus poucos
encontros que tive com a morte.
A partir de uma experiência triste em me despedir de uma
mulher incrível na minha vida, vi ali além do sofrimento,
uma despedida linda, reconfortante, na qual todos
passaremos um dia. Acredito que a arquitetura teve um
papel crucial para esse sentimento de acolhimento e
entrega, ainda que com a temida presença da morte.
Deste modo, passei a crer ainda mais na arquitetura como
uma ferramenta de condição em si mais do que um
instrumento construtivo palpável. Principalmente dada as
pesquisas pela qual meu trabalho se aprofundou!
Como muitos, não tinha a percepção do quão um corpo
humano poderia prejudicar a natureza, entre tantas
outras questões a cerca de enterrar ou cremar um corpo.
Esses questionamentos me fizeram até repensar sobre a
forma como gostaria de morrer...
Compostar um corpo humano pode vir a ser considerada
uma maneira de devolver a natureza o que ela nos
proporcionou em vida. Assim, espero que em breve as
pessoas possam encarar o método como uma prática
convencional como as já existentes.
i m a g e m r e t i r a d a d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Índice
0
1
MORTE:
Por que evitamos o inevitável?
Evolução - Curiosidades - Fatos
RESSIGNIFICAR:
Aspectos atuais das principais casas
funerárias da capital Belo Horizonte
Dados - Pesquisas - números
0
2
0
3
REDUÇÃO ORGÂNICA NATURAL:
Introdução ao processo
Animação - Segredos - Custos
JABOTICATUBAS:
Região de Jaboticatubas como objeto de
estudos de implantação
Inserção - Acessos - Relevância
0
4
0
5
PROPONDO UM ESPAÇO DE TRANSCEDÊNCIA:
Modelo de construção no Brasil
Estudos - Implantação - Volumetrias
Grazieli Gonçalves
Orientadora: Profª. Sandra Fiuza
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
i m a g e m d i s p o n í v e l e m h t t p s : / / p t . q u o r a . c o m /
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Eles costumam ser encontrados em
conjunto, em fileiras ou em círculos. Há
menires em quase todo o mundo, erguidos
por diferentes culturas e em períodos
diferentes, desde a pré-história até o
século 19. Originalmente, eram empregados
para usos cerimoniais, religiosos, fúnebres e
para a demarcação de território” (JOHNNI
LANGER, 2000).
O historiador Johnni Langer, da
Universidade do Paraná (Unespar) diz que
os menires poderiam vir a ser as primeiras
manifestações de rituais fúnebres que a
sociedade pode ter tido.
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Assim como na pré-história, a
sociedade sempre procurou
dar significado e relevância ás
despedidas da vida com
rituais e cerimônias.
Os Egípcios, por
exemplo
mumificavam os
corpos porque
acreditavam que
não entrariam na
existência eterna
sem que o
espírito, que
denominavam de
KA, pudessem
voltar ao corpo.
Por isso, o corpo
tinha que ser
sempre preservado
e embalsamado.
10
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
E já para os Gregos
Antigos, que viam a
morte como uma
eternidade do sono
profundo e a encaravam
como um rito de
passagem entre a vida
e o descanso eterno,
praticavam rituais
sagrados que tinham a
intenção de garantir
paz e tranquilidade a
alma e posteriormente
inumavam os corpos em
terrenos ou ilhas
vizinhas.
Os Romanos por sua vez,
que eram homens (e
mulheres), que
acreditavam na
ressurreição e na vida
após a morte, faziam
dos seus rituais um
local de descanso que
marcavam a passagem da
vida na Terra para a
eternidade. Logo depois
enterravam seus corpos
em muralhas nos limites
de suas terras.
11
i l u s t r a ç õ e s r e t i r a d a s d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Com a chegada do mundo clássico, o Cristianismo influenciou para
que seus corpos fossem enterrados em igrejas, representando ali
uma segregação de classes sociais. Onde, quanto mais perto das
igrejas fossem enterrados os corpos, mais chances de salvação
aquelas almas teriam, o que também significava que mais posses de
bens capitais em vida ele/ela possuíra.
Previamente com a chegada da idade média, criaram-se então
cemitérios, como locais específicos para a deposição e inumação de
corpos. Mas até esse conceito, a sociedade passou por longas e
complexas construções de moral para enfim, ceder a construção de
um espaço destinado para a finitude da vida.
Outro período histórico que concretizou o pensamento sobre a
morte, foi o período do Renascimento, em que houve um grande
movimento artístico que tratava sobre diversos temas da
antiguidade, e dentre eles, a retratação da morte. Onde podemos
citar importantes artistas como Leonardo da Vinci (1452-1519) -
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) · Rafael Sanzio (1483-1520) ·
Donatello (1368-1466), entre outros que integravam o movimento.
12
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Por influência da guerra,
nos anos do século XIX, os
americanos então adotaram
o modelo de funerárias
como espaços para a
preparação dos corpos para
os enterros.
E somente no ano de 1935, nos
países da Europa, com ideias
baseadas na experiência humana e
não no simbolismo doutrinal que
denominavam os religiosos, foi que
surgiu então a prática da cremação
de corpos como alternativa para os
sepultamentos após a morte.
(FRANCISCO MANUEL PINTO
ROCHA, 2012/2013)
13
i m a g e n s r e t i r a d a s d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Não falar sobre a morte,
é vista quase que como
uma maneira de afastála
de nós. É como se
conversar sobre o
assunto nos atraísse
para perto da mesma. E
muitas questões
culturais, tratadas de
forma concisa
anteriormente nos
favoreceram para este
pensamento. E por este
motivo, é impossível não
falar sobre a morte sem
fomentar a influência
das religiões e seus
costumes sobre a ela.
14
A d e p o s i ç ã o d e C r i s t o - C a r a v a g g i o
D i s p o n í v e l e m w i k i p é d i a
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
A arquitetura faz parte
de vários processos da
vida, e assim não seria
diferente com a morte.
Ela está presente e tem
um papel bastante
importante nesse
desempenho . Ela faz
um marco entre esse
exercício de passagem
da vida para a morte.
P i e t á - M i c h e l a n g e l o
D i s p o n í v e l e m f r a g m e n t o s d a h i s t o r i a d a a r t e
15
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Você
sabia?
Principais diferenças entre os
termos utilizados
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Enterro
x
Sepultamento
O enterro se refere ao ato de enterrar o corpo em sua cova. Já o sepultamento é o
termo utilizado para se referir ás cerimônias ao que se procede o após a morte, os
rituais das despedidas.
Cremação
x
Incineração
A cremação denomina uma das formas de sepultamentos para um corpo humano. A
incineração é utilizada somente para denominar a queima de objetos e de materiais
que não se referem a forma do corpo humano.
Jazigos
x
Sepulturas
Os jazigos são espaços destinados para receber os caixões que são propriedades de
famílias especificas. Enquanto as sepulturas são covas temporárias para os corpos,
podendo ser exumada após três a cinco anos.
Inumação
x
Exumação
Inumação é o termo utilizado para classificar pessoas já enterradas. Exumação no
entanto, é o contrário e se classifica como o ato de desenterrar. Método mais
utilizado para pessoas que não adquirem os chamados Jazigos.
17
i m a g e n s r e t i r a d a s d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Situação atual das
necrópoles de bh
Escultura no túmulo do Cemitério Senhor do Bonfim - Belo Horizonte (2012)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), sobre pesquisa
populacional de Belo Horizonte; a capital
apresentou 2,7 milhões de habitantes no ano
de 2020.
Já nas pesquisas também realizadas pelo
IBGE/2020, sobre Cidades com maior
índice de óbitos em Minas Gerais, Belo
Horizonte apareceu em primeiro lugar.
Obviamente por ser a cidade mais
populosa do Estado.
E ainda segundo o IBGE, Belo Horizonte têm
mais de 2 mil óbitos por mês. E está entre as
cinco capitais do país com mais mortes entre
pesquisas realizadas do ano de 2008 a 2020.
As pesquisam também apontam que os
números de óbitos são maiores entre
mulheres nas mortes em gerais. E a faixa
etária de idades variam entre idosos de
70 anos ou mais em ambos os sexos.
19
i l u s t r a ç õ e s r e t i r a d a s d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
GRÁFICO DE MORTES EM BELO HORIZONTE
20
B
Os
elo Horizonte e
a região do entorno contém hoje
mais de 20 cemitérios no total.
Dentro da cidade se localizam
quatro cemitérios públicos que
são eles: Cemitério Senhor do
Bonfim, Cemitério da Paz,
Cemitério da Consolação e o
Cemitério da Saudade. Os
mesmos são distribuídos pelas
regiões da capital e são de
responsabilidades
administrativas da Prefeitura.
G r á f i c o e x t r a í d o d o s i t e I B G E
particulares totalizam-se em
três; Cemitério Bosque da
Esperança, Cemitério Parque da
Colina e o Cemitério Israelita,
exclusivamente para povos dos
costumes e tradições.
A média de custos para os
cemitérios públicos de Belo
Horizonte são de R$8.000,00 e
para os particulares variam entre
20 a R$40.000,00. A prefeitura
também oferece os serviços
gratuitos para pessoas de baixas
rendas.
De acordo com a prefeitura da
cidade, a média de enterros em
Belo Horizonte nos cemitérios
públicos são de 5 a 8 sepultamentos
diários. Durante a pandemia esses
números chegaram a mais de 40
sepultamentos por dia.
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
MAPEAMENTO DOS CEMITÉRIOS EM BELO HORIZONTE
Cemitérios Privados na Capital
Cemitérios Públicos na Capital
B a s e c a r t o g r á f i c a : P B H
M a p a p r o d u z i d o p e l a a u t o r a
21
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Cemitérios Públicos na Capital
Cemitérios Privados na Capital
G r á f i c o p r o d u z i d o p e l a a u t o r a
Os principais cemitérios das
regiões de Belo Horizonte são;
Terra Santa Cemitério Parque de
Sabará, Cemitério Municipal de
Sabará, Cemitério Parque da
Cachoeira Betim, Jardins
Cemitério Parque Betim,
Cemitério Parque Retiro da
Saudade Betim, Cemitério
Municipal de Macacos Nova
Lima, Cemitério Parque – Nova
Lima, Cemitério Municipal
Parque da Ressurreição,
Vespasiano, Cemitério Belo Vale
São Benedito, Cemitério da
Glória Contagem, Cemitério
Parque da Cachoeira Betim e
Cemitério Parque Renascer,
Contagem.
Até o ano de 1940 todos os
sepultamentos de Belo
Horizontes eram realizados no
Cemitério Senhor do Bonfim, o
tornando assim a necrópole mais
antiga da capital. Construído em
1897 em uma área de mais de
160 mil m², o cemitério possui
hoje mais de 219 mil inumados e
mais de 17 mil sepultaras.
Por seguir e obdecer o traçado da
cidade, o cemitério se tornou
palco de estudos de diversas
áreas do conhecimento. Em 1977
foi tombado pelo IEPHA por
conter obras de artes de estilos
diversos, desde a Belle Époque, o
Art Déco, ao modernismo
brasileiro.
22
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Lei 9048/05 | Lei nº 9048 de 14 de janeiro de 2005
"AUTORIZA A OUTORGA DE CONCESSÃO OU PERMISSÃO DE SERVIÇO
CREMATÓRIO NOS CASOS QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
V - O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes,
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica o Executivo autorizado a outorgar, mediante processo
licitatório, concessão ou permissão de serviço crematório em
cemitérios públicos e privados.
Art. 2º - Fica o Executivo autorizado a outorgar, mediante processo
licitatório, concessão ou permissão da exploração dos serviços
funerários do Cemitério da Paz e do Cemitério da Saudade, inclusive
com a instalação de forno crematório.
Art. 3º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta)
dias.
Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação."
Belo Horizonte, 14 de janeiro de 2005
Fernando Damata Pimentel
Prefeito de Belo Horizonte
F o n t e : J u s b r a s i l
23
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
"O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), assinou o decreto que acaba com os
jazigos perpétuos nos quatro cemitérios municipais da capital mineira e estabelece o
"IPTU dos mortos", como ficou conhecida a Taxa de Manutenção dos Cemitérios
Municipais. A medida foi publicada no Diário Oficial do município deste sábado (6).
Em 2012, a prefeitura desenterrou a chamada "lei 21", de junho de 1948, para
regulamentar a concessão de cerca de 110 mil sepulturas nos quatro cemitérios
municipais da capital mineira: da Saudade, com 47 mil túmulos, da Paz, com 40 mil, do
Bonfim, com 17 mil, e da Consolação, com 8.000."
24
F o n t e : C a r l o s E d u a r d o C h e r e m
C o l a b o r a ç ã o p a r a o U O L , e m B e l o H o r i z o n t e 0 8 / 0 2 / 2 0 1 6
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Até três séculos após a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra em meados
dos séculos XVIII que vinha a substituir o trabalho manual pelo trabalho
mecânico, o que aumentou a produção e revolucionou a medicina, as
tecnologias e as mãos de obras disponíveis, nenhuma organização ou instituição
no mundo alertaria sobre as consequências do progresso com a
responsabilidade do meio ambiente. O que significa que somente três séculos
posteriores, iniciada a revolução industrial, é que aconteceram as primeiras
preocupações com o meio ambiente. Isso já no final dos anos 60, que
correspondem a quase 62 anos atrás, o que podemos considerar notavelmente
recente, a se levar em consideração todos os anos do crescimento desordenado
populacional. Já nos dias atuais podemos nos deparar com várias condutas e
posturas que construímos ao longo desses mais de 60 anos em encontros de
congressos que discutiram sobre os impactos do meio ambiente. O que fez
dessas premissas, muitas das leis institucionais vigentes.
As revoluções anteriores e toda tecnologia desenvolvida são de fato essenciais
hoje para o manuseamento da vida humana, e por esse motivo é que tentamos o
equilíbrio da evolução humana em meio a preservação do meio ambiente.
Apesar de muito ainda termos o que evoluir. De acordo com o engenheiro
sanitarista e ambiental, professor da instituição Univali, Victor Valente Silvestre
(2015), um corpo humano pode gerar até 0,6 litros de necrochorume, líquido
percolado resultante do processo de decomposição de cadáveres degradante ao
meio ambiente, por quilograma, em um período de 5 a 10 anos. Isso significa que
uma pessoa de 70kg pode produzir até 42 litros do líquido. E já para as práticas
de cremações, um estudo realizado em 2007 para o cemitério australiano
Centennial Park concluiu que as cremações produzem o equivalente a 160 kg de
CO2 por cadáver. O que torna ambas as opções de sepultamento para um corpo,
exageradamente prejudiciais ao meio ambiente (REVISTA GALILEU, 2020).
Considerando também, que de acordo com a Fiocruz, apesar de o Brasil
representar menos de 3% da população mundial, o Brasil detém 10,3% dos
óbitos do planeta pelas mortes da COVID-19 entre os anos de 2019 e o ano atual,
onde podemos afirmar com estes dados acima, que as mortes aumentaram
alarmantemente nos últimos períodos no país. Vale ressaltar, que isso se dá em
razão da não eficiência das medidas preventivas tomadas pelo governo anterior
em relação a doença.
Deste modo, com esses exemplos, fica evidente que as mortes são uma questão
problemática na sociedade e na preservação do meio ambiente. E como futura
profissional que pode vir a planejar os desdobramentos do crescimento das
Cidades, da população e posteriormente das mortes, que como visto influenciam
nas questões climáticas e na qualidade de vida, me atento nos detalhes em que
meu trabalho enquanto arquiteta e urbanista poderiam vir a contribuir para
essa harmonia entre o homem, natureza e sua evolução.
25
I m a g e m r e t i r a d a d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Em razão da pandemia da COVID-19, principalmente no Brasil, podemos notar
uma nova forma e alteração nos rituais de sepultamento. O Brasil por se tratar
de um país culturalmente enraizado com as suas religiões, teve bastantes
dificuldades em se adaptar com as novas normas de enterros impostas pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) durante a pandemia por meio das mortes em
decorrer da doença da COVID-19. Como por exemplo, as tribos Indígenas
Yanomami, que são contra os sepultamentos na cidade, e pediram respeito aos
costumes tradicionais previstos na Constituição Federal, mas que durante a
onda da doença tiverem que ceder aos costumes com os rituais sobre a morte.
De um lado, o Brasil é um país que se posiciona culturalmente diante de suas
tradições, e acredito que por outro lado, com a chegada da vida pandêmica e
suas peculiaridades, podemos ter tido no meio disso tudo, uma abertura e
oportunidade para a apresentação de uma nova proposta de modelo do pós a
morte, que seria a compostagem humana que já funciona desde o ano de 2021,
nos Estados Unidos.
Como prevê a Constituição Federal, em seu artigo 225, que dispõe que o meio
ambiente é um bem de uso comum do povo e um direito de todos os cidadãos,
das gerações presentes e futuras, estando o Poder Público e a coletividade
obrigados a preservá-lo e a defendê-lo, adianto que o objetivo deste trabalho
seria uma apresentação de um novo modelo de cemitério sustentável com
embasamento em estudos já existentes e em andamentos, que se preocupam
com o meio ambiente e com o crescimento saudável das Cidades. O que tornaria
a proposta de interesse público e/ou privado para a sua construção (CAPÍTULO VI
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988). Além de propor um espaço arquitetônico a
ser construído, que respeite o simbolismo e representação do significado da
morte, é essencial que essa proposta de projeto respeite também a natureza
com suas regras e limites.
26
I m a g e m r e t i r a d a d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
R E D U Ç Ã O O R G Â N I C A N A T U R A L
- N O R
I m a g e m r e t i r a d a d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 1 DO PROCESSO:
CHEGADA DO CORPO
O corpo chega a
casa funerária
Para a realização
do processo.
toda
documentação de
liberação do corpo
devem estar
resolvidas.
Próteses
médicas que
sejam externas
ao corpo, já
podem ser
removidas,
quando
existentes.
O corpo é
lavado e
envolvido em um
tecido de
material
biodegradável.
28
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 2 DO PROCESSO:
CERIMÔNIAS
Aqui o corpo é
colocado em um
recipiente de aço
inoxidável.
Sobre uma
forração de
alfafas, palhas e
serragens.
Durante as
cerimônias as
famílias podem
adicionar flores
naturais e cartas
de papéis
biodegradáveis.
após as cerimônias
são colocados
sobre o corpo
mais uma camada de
alfafas, palhas e
serragens.
eSSE RECIPIENTE É
ENGAVETADO A UMA
ESTRUTURA DE AÇO
CONTENTO VÁRIAS
CAPSULAS QUE
TRABALHAM
INDIVIDUALMENTE COM
CADA CORPO.
29
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 3 DO PROCESSO:
DIGESTÃO AERÓBICA
eSSA GAVETA É TRAVADA E
MONITORADA PELOS
PRÓXIMOS 30 DIAS. TEMPO
DE CONCLUSÃO DA PRIMEIRA
ETAPA.
a DECOMPOSIÇÃO DO CORPO
OCORRE DE MANEIRA
NATURAL POR UM processo
CONHECIDO POR DIGESTÃO
AERÓBICA.
oS MICROORGANISMOS
FAMINTOS POR OXIGÊNIO
COMEÇAM A CONSUMIR
MATÉRIA ORGÂNICA.
aS ENZIMAS PRESENTES EM
NOSSO SISTEMA DIGESTIVO
SÃO AS MESMAS QUE SE
ALIMENTAM DO NOSSO
CORPO QUANDO VAMOS A
ÓBITO.
30
como AS BACTÉRIAS
NECESSITAM DA PRESENÇA
DE OXIGÊNIO PARA
TRABALHAREM, HÁ UM
SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO
OPERANDO POR UM TUBO
LIGADO AS CAPSULAS.
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 4 DO PROCESSO:
FORMAÇÃO DE GASES
o SISTEMA DE
CLIMATIZAÇÃO É
RESPONSAVÉL Por
pequenas
BORRIFAÇÕES DE ÁGUA,
MANTENDO O NÍVEL DE
UMIDADE DENTRO DAS
CAPSULAS.
a TEMPERATURA IDEAL É
DE 55Cº PODENDO
CHEGAR AOS 65Cº.
como O COMPOSTO
PRECISA DE SER
MISTURADO, Todas as
Capsulas são
MECÂNIZADAs PARA
GIRAR EM UM INTERVALO
PROGRAMADO a UMA
VELOCIDADE MÉDIA DE
2KM/H.
o PROCESSO DA NOR É
PROJETADO PARA
TRANSFORMAR O
METANO (RESÍDO
VOLÁTEL) EM DIÓXICO
DE CABORNO (GÁS
QUÍMICO).
31
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 5 DO PROCESSO:
FINAL DA PRIMEIRA ETAPA
a PRESENÇA DE
ALFAFAS, PALHAS E
SERRAGENS AJUDAM NA
ABSORÇÃO DE LÍQUIDOS
GERADOS DURANTE O
PROCESSO.
oS RESÍDUOS SE
ESTABILIZAM NOS
COMPOSTOS
ORGÂNICOS.
aSSIM O QUE RESTA AO
FINAL DO PRIMEIRO
CICLO SÃO GASES CO² E
COMPOSTOS SÓLIDOS
UMIDIFICADOS.
completados OS 30
DIAS, OS GASES
GERADOS SÃO
DIRECIONADOS POR UM
TUBO A UM SISTEMA
chamado DE BIOFILTRO
QUE VAI TRATAR O
CARBONO E LIBERÁ-LO
DE VOLTA A ATMOSFERA
COMO OXIGÊNIO.
32
ESSE PROCESSO É
Conhecido por
"SEQUESTRAR O
CARBONO".
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 6 DO PROCESSO:
SEPARAÇÃO DOS RESÍDUOS
aPÓS A ABERTURA DA CAPSULA,
AS PRÓTESES MÉDICAS INTERNAS
quando existentes, SÃO
SEPARADAS E MANDADAS PARA UM
CENTRO DE RECICLAGEM E
REAPROVEITADAS.
oSSOS, DENTES, CABELOS E
UNHAS SÃO SEPARADOS
MANUALMENTE, TRITURADOS
E REDUZIDOS AO PÓ.
O PÓ É MISTURADO DE
VOLTA AO COMPOSTO E
LEVADO A OUTRO RECIPIENTE
PARA A ÚLTIMA ETAPA DO
PROCESSO CHAMADo DE
"CURA".
a LEGISLAÇÃO
PRESENTE EM CINCO
ESTADOS NO eua,
impõe que o
composto deve
atingir a
temperatura de 150cº
para eliminar
qualquer patógenos
e bactérias que
podem ser nocivos a
saúde humana.
33
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 7 DO PROCESSO:
SECAGEM DO SOLO
Assim, esse composto
passará os próximos 30
dias em uma máquina
monitorada e
mecanizada para
misturar o composto
até atingir a
temperatura dos 150cº.
A legislação
também impõe
que uma
amostra
desse solo
seja testada
para analisar
os níveis
permitidos de
bactérias
presentes.
34
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 8 DO PROCESSO: TESTES
DOS NÍVEIS DE BACTÉRIAS
alguns estados que permitem a
prática não autorizam que todo o
solo sejam levados pelas famílias.
cada corpo gera em média um metro
cúbico de solo, isso significa cinco
barris de 55 litros.
35
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
FASE 9 DO PROCESSO: SOLO
PRONTO PARA USO
Ao final de todos
os processos o
que restam são
solos de aparência
escura, com
algumas
propriedades
nutrientes para
recuperar áreas
degradadas e
adubar plantas,
florestas e
vegetações.
36
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
COMPARAÇÕES ENTRE OS MÉTODOS ATUAIS
ENTERRO
Procedimento
Fonte de energia:
Consumo de água:
Tempo do processo:
Valores:
Resíduos/ Impactos
ambientais
Manutenção
Enterrar o corpo em um caixão de madeira ao solo ou em
jazigos dentro do próprio chão.
Nenhum
Nenhum
6 horas de duração após a liberação do corpo.
Cemitério público - R$8.000,00.
Cemitérios privados - R$20.000,00
0,6 litros de necrochorume por kg. Uma pessoa de 70 kg
pode produzir mais de 40 litros entre cinco a sete anos.
Todo cemitério tem de passar por manutenções
ocasionalmente. O que também pode acrescentar nos
valores de custos.
CREMAÇÃO
Procedimento
Fonte de energia:
Consumo de água:
Tempo do processo:
Valores:
Resíduos/ Impactos
ambientais
Manutenção:
O corpo é incinerado a uma temperatura de mais de 900
graus Celsius.
15 KW
Nenhum
Uma hora para o procedimento.
R$6.000,00 em média
242 kg de dióxido de carbono. Só nos EUA, pelo menos 360
mil toneladas são lançadas por ano na atmosfera.
Nenhum
REDUÇÃO ORGÂNICA NATURAL
Procedimento
Fonte de energia:
Consumo de água:
Tempo do processo:
Valores:
Resíduos/ Impactos
ambientais:
Manutenção:
O corpo é levado a um ambiente projetado para a
acelerar o processo de decomposição natural do corpo.
1,87 KW
180 Litros por corpo
Em média 60 dias ou 10 semanas
$7.000,00 (estimado em mais de $35.000,00 no Brasil)
1 m³ de solo por corpo que serve como adobo para plantas.
Nenhum
37
k a t r i n a f r e n t e a c a p s u l a - D i s p o n í v e l e m R e c o m p o s e
38
C e r i m ô n i a d e s e p u l t a m e n t o - D i s p o n í v e l e m R e c o m p o s e
C a p s u l a p r o n t a p a r a r e c e b e r o c o r p o - D i s p o n í v e l e m R e c o m p o s e
39
C o r p o p r e p a r a d o p a r a a N O R - D i s p o n í v e l e m R e c o m p o s e
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
B R A S I L /
C O N T A G E M
_
__
_
B E T I M
B E L O
H O R I Z O N T E
A____
N O V A
L I M
S E T E
A G O A
_L
S A N T A L A G O A
L U Z I A S A N T A
__
_
M G - 0 2 0
M G - 0 1 0
40
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
M I N A S G E R A I S
J A B O T I C A T U B A S
__
S E R R A D O C I P Ó
_
T E R R E N O
T E R R E N O
P A R Q U E N A C I O N A L D A
S E R R A D O C I P Ó
__
T A Q U A R A Ç U D E
M I N A S
__
41
I m a g e m a d q u i r i d a p e l o G o o g l e E a r t h
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
LOCALIZAÇÃO: Fazenda Capão Grosso, Jaboticatubas
DISTÂNCIA EM KM DE BELO HORIZONTE: 80,2km (1:28 hrs)
PRINCIPAIS ACESSOS: Acessos pela MG-010 e MG-020
MEIOS DE TRANSPORTES PARA O LOCAL: Veículo próprio
ÁREA TOTAL DO TERRENO: 195 hec
ÁREA DESTINADA PARA RESERVA AMBIENTAL: 20% de reserva legal + 5%
de preservação permanente
NÚMERO DE NASCENTES: 4
42
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
TIPOS DE VEGETAÇÃO EXISTENTE: Transição de cerrado para mata atlântica
NÚMERO DE HABITANTES DA REGIÃO: Aproximadamente 17 mil habitantes
em toda Jaboticatubas (censo de 2010)
PONTOS TURÍSTICOS DO ENTORNO: Cachoeiras, trilhas, pousadas,
restaurantes
TIPOS DE COMÉRCIOS PRÓXIMOS AO LOCAL: Comércios locais como
mercadinhos, oficina, pousadas, restaurantes, granjas
USO ATUAL DA TERRA: Fazenda particular com previsão para condomínio
43
I m a g e m a d q u i r i d a p e l o G o o g l e E a r t h
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Contras:
- Distância/tempo
- Valor de custo mais elevado para o transporte do falecido
- Público alvo de fora da região
- Acesso em estrada de terra por 4 km
- Acesso apenas por veículo particular
44
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
Favor:
- Contato direto com a natureza/ Paisagem de montanhas, matas e rios
- Possibilidade de uso de grande área para construir
- Incentivo a preservação de grande área de vegetação com importante relevância
para a nação.
- Geração de emprego para pessoas da comunidade
- Estimulação da criação e investimento em ideias voltadas para o turismo por
parte do poder público ou até privado
- Possiblidade de crescimento do comércio local
45
I m a g e m a d q u i r i d a p e l o G o o g l e E a r t h
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
F o t o s d e a r q u i v o p e s s o a l
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
F o t o s d e a r q u i v o p e s s o a l
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
PROGRAMA CONSTRUTIVO
Recepção
Sala de estar/ espera
Lavabos unissex/ fraudário
Escritório administrativo
Sala de reuniões
Sala de apoio psicológico
Cozinha/ despensa
Vestiários/ banheiros funcionários
Sala de estar funcionários
Depósito de limpeza
Sala resfriada para os corpos
Salas de cerimônias de sepultamento
Capela ecumênica
Depósito/ estoque de materiais
Sala com embarcações da compostagem
Sala para o processo de cura
Sala para separação dos restos
Sala para embalar e armazenar o solo
Depósito de lixo
Pátio interno para circulação livre
Banheiros
Casa de máquinas
Espaço de carga e descarga
Estacionamento
Pátio externo
Espaço para contemplação
Parque memorial
Placas fotovoltaicas
Floricultura
Café
50
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
SETORIZAÇÃO DOS ACESSOS
ACESSOS
1- Acesso principal
Administrativo
Cerimonial/ Capela
Parque
2 - Acesso restrito
Chegada dos corpos
Carga/ descarga
Funcionários
SETORIZAÇÃO PARA OS BLOCOS
1 - Guarita, recepção,
estacionamento
2 - Administrativo e apoio
BLOCOS
3 - Capela, café, floricultura
5 - Áreas de preservação
permanente + parque
memorial
4- Cerimonial, sala de
processos, casa de máquinas,
armazenamento
51
i m a g e n s d e f u n d o r e t i r a d a s d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
BLOCO 1
Acesso principal
Guarita
Estacionamento
Recpção
Banheiros
Espaço para contemplação
1.000 m²
BLOCO 3
Acesso principal
Floricultura
Café
Capela
Banheiros
Fraudário
800 m²
BLOCO 2
Acesso principal
Recepção
Sala de estar/ espera
Banheiros
Escritório administrativo
Sala de reuniões
Sala de apoio psicológico
Cozinha/ despensa
Vestiários/ banheiros funcionários
Sala de estar funcionários
Depósito de limpeza
Depósito de lixo
Pátio interno para circulação livre
Pátio externo
400 m²
BLOCO 4
Acesso restrito
Banheiros
BLOCO 5
Depósito de limpeza
Sala resfriada para os corpos
Acesso principal
Salas de cerimônias de sepultamento
Depósito/ estoque de materiais
Área de preservação permanente +
Sala com embarcações da compostagem
parque memorial
Sala para o processo de cura
x
Sala para separação dos restos
Sala para embalar e armazenar o solo
Pátio interno para circulação livre
Casa de máquinas
Espaço de carga e descarga
Estacionamento
Pátio externo Espaço para contemplação
52
2.000 m²
REVISTA TRANSCENDER l EDIÇÃO 01 l 2023
LEGISLAÇÃO DO PLANO DE DIRETOR DO ANO DE 2016 -
JABOTICATUBAS:
I. Macrozona de Preservação Ambiental (MPA): Corresponde as áreas dadas
como prioridade de Conservação pelas diretrizes contidas no Plano de Manejo da
Área de Proteção Ambiental do Morro da Pedreira e aquelas ao longo do
Ribeirão Jaboticatubas e do Rio Vermelho nas suas porções próximas das
nascentes onde existe grande necessidade de preservação da qualidade da água
para abastecimento e preservação da Fauna e Flora especiais da região;
II. Zona Rural (ZOR): São as áreas onde as atividades rurais, em sua forma
tradicional, ainda estão presentes no território municipal, onde não será permitido
o parcelamento do solo para fins urbanos. IX. No entorno além da área com
ocupação consolidada determinada como ZER – Zona Especial para
Regularização Fundiária da Comunidade do Capão Grosso, não será permitido
parcelamento de solo, ficando portanto, esta área incluída na ZOR (Zona Rural)
permanecendo na sua forma rural. Fica alterado o Anexo II (Mapa de
Zoneamento Municipal), que fazia parte da ZUS (Zona de Desenvolvimento
Urbano Sustentável), passando a fazer parte da ZOR (Zona Rural).
III. Na ZOR é vedado o parcelamento do solo para fins urbanos ou
“Loteamento” para qualquer que seja a finalidade.
i m a g e n s d e f u n d o r e t i r a d a s d a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i n g
53
42
42
42
42
54
55
i m a g e n s p r o d u z i d a s p e l a a u t o r a
56
57
i m a g e n s p r o d u z i d a s p e l a a u t o r a
58
59
i m a g e n s p r o d u z i d a s p e l a a u t o r a
60
i m a g e n s p r o d u z i d a s p e l a a u t o r a
Referências
REVISTA TRANSCEDER l EDIÇÃO 01 l 2023
"Meu primeiro cadáver foi o de um gato no caminho da escola.
- Ele devia ter sete vidas!
Eu devia ter sete anos e fiquei aterrorizado, os olhos na terra esbugalhados, o
corpo torto, sujo, envolto em formigas e varejeiras.
Diante da revelação dos horrores da putrefação, meu pai consolou-me a dizer que
o gato agora estaria no "Clube dos Felizes". Achei estranho, mas, olhando bem,
não havia engano, que sorte, que apesar do fedor e da bicharada naquele caos
inerente á morte, a boca escancarada do bichano cadavericamente me sorria."
- Saulo Pessato para o "Clube dos Felizes"
SAIBA MAIS SOBRE O PROJETO FINAL
Obrigada á todos que até aqui colaboraram...
I m a g e m r e t i r a d a p e l a p l a t a f o r m a C a n v a D e s i g n