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UMA ANÁLISE SOBRE AS IMPLICAÇÕES DO USO INSTITUCIONAL DE REGISTROS FOTOGRÁFICOS AMADORES DE
FLAGRANTES POLICIAIS NOS SÍTIOS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS E G1 GOIÁS1
envolvendo um idoso portando uma arma de fogo ilegal e
dirigindo embriagado no dia 03 de março de 2017.
O desfoque presente na Imagem 01 é o que mais chama
a atenção na fotografia, seguida da composição em mescla de
plano médio e americano, com uma angulação ao nível do
olhar em 45° à esquerda. Nela há a descrição de dois policiais,
sendo um segurando uma arma de fogo nas mãos, de forma a
apresentar o objeto, e outro com os braços para trás. No meio
deles há um homem de costas, algemado com as mãos para
trás e como plano de fundo uma viatura de polícia estacionada
em uma calçada. A composição e enquadramento da foto são
aceitáveis para o padrão profissional, entretanto, o desfoque
de lente gera um ar de amadorismo na fotografia.
A imagem 02 é enquadrada em primeiro plano, mais
próximo do objeto que se gostaria de destacar. O segundo
apontamento é em relação à composição dos objetos do conjunto
imagético, neste caso há uma pistola, dez munições e um
boné identificador de uma unidade policial militar, dispostos
de uma maneira harmônica.
Imagem 02: arma apreendida com o idoso no dia 03 de março de 2017
Fotografia: sem crédito
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da PMGO/PM5
Imagem 01: Idoso dirigindo embriagado e portando arma de fogo
ilegalmente
Fotografia: sem crédito
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da PMGO/PM5
A linha diagonal imaginária criada pela perspectiva escolhida
criou uma certa dinamicidade na imagem, mesmo estando
desfocada. “A perspectiva geralmente apresenta sucessões
de figuras identificadas em elementos diversos, como linhas,
planos, volumes, (...)” (GOMES FILHO, 2008, p. 97). Se ela
gerasse a diagonal inversa, acabando no canto inferior direito,
atrairia mais atenção do objeto apreendido, seria melhor lida
pelo leitor imagético ocidental, que termina a leitura neste local.
A pregnância dessa imagem é média, pois consegue gerar uma
sensação de profundidade mesmo desfocada.
Quem realizou a imagem conseguiu contar uma história
(dois policiais prenderam um homem, não identificado, que
provavelmente portava uma arma de fogo) com uma solução
para a questão ética de exposição do preso, pois ele está de
costas. Não houve necessidade de realizar manipulações na
imagem a fim de comprometer a originalidade do fotojornalismo.
O uso de algemas poderia ser questionado por questões de
direitos humanos por se tratar de um idoso, talvez a imagem
não seria tão pertinente neste quesito ético.
O foco de luz construído artificialmente também gera uma
sombra muito dura, mas com o plano mais fechado a logomarca
da PMGO no capô da viatura fica menos evidente. Essa
imagem obtém “ a sensação de fechamento visual da forma
pela continuidade em uma ordem estrutural definida, ou seja,
por meio de agrupamento de elementos(...)” (GOMES FILHO,
2008, p.32) com a composição arma, munições e boné.
Sobre a questão ética também não há a identificação da
numeração da arma de fogo que poderia gerar uma possível
exposição de seu dono. Tampouco há a exposição de pessoas
presas ou em situações desumanas e não haveria necessidade
de manipulação da imagem.
Preocupações éticas que não podemos defender na Imagem
03, pois nela existem vários dados referentes ao idoso
preso que o expõe. Existe uma representabilidade muito
técnica nesta imagem, o retrato de um exame que alcoolemia
retratado em enquadramento vertical, a disposição do papel
dá a impressão de estar desenquadrado e torto, contudo, está
nítido e focado.
Pregnância baixa, pois há muita informação na imagem e
a composição estética não chama atenção, não tem uma leitura
simples e demora bastante a associação com o fato. Uma
solução para essa imagem seria colocar este teste impresso
acompanhado do aparelho medidor nas mãos do policial
militar da Imagem 02, pois haveria a menção do teste do
bafômetro sem a exposição das dados do autor e o excesso
de informação em uma só imagem.
EDIÇÃO 07 I 43