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A outra - Mary Kubica

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— Acabou o cabernet — diz ele, sabendo que é meu vinho

favorito.

O malbec é, decididamente, mais amargo do que eu gosto,

mas esta noite não importa. Vou beber qualquer coisa.

Ele espia por cima de meu ombro o site que abri – um

site de medicina geral que lista sintomas e tratamento.

— Espero que não fique chateada por eu não ter lhe

contado — diz ele, como um pedido de desculpas. — Você

ficaria preocupada, eu sabia. E você estava administrando

tudo muito bem. Eu estava de olho em você, sempre me

certificando de que estava bem. Se eu houvesse imaginado

que a coisa poderia ficar problemática…

Ele para abruptamente. Ergo os olhos para olhar para ele.

— Obrigada — agradeço pelo vinho.

Ele deixa a taça na mesa e diz:

— Depois de tudo que você passou hoje, achei que

gostaria de uma bebida.

Eu certamente gostaria de uma bebida, algo para me

acalmar. Pego a taça e a inclino em direção aos meus lábios,

imaginando aquela sensação anestesiante que desliza por

minha garganta e entorpece meus sentidos.

Mas minha mão treme, e deixo a taça de volta

instantaneamente. Não quero que Will veja como estou

nervosa por causa dele.

— Não se preocupe com isso — diz ele.

Com as duas mãos livres, ele massageia meus ombros,

meu pescoço. Suas mãos são quentes e assertivas. Seus

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