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A outra - Mary Kubica

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sozinha, cambaleando, bêbada. Outras pessoas a viram

descer os degraus da varanda.

A colega de quarto de Carrie só voltou para casa na

manhã seguinte. Ao chegar, viu que a cama de Carrie estava

feita, que Carrie não voltara para casa na noite anterior.

As câmeras de segurança do campus captaram Carrie

cambaleando ao passar pela biblioteca e caindo no meio do

campus. Isso era estranho em Carrie, que sabia beber; pelo

menos foi o que disseram os alunos que viram as imagens

do circuito interno. Como se fosse digno se gabar de ter alta

tolerância ao álcool. Seus pais ficariam tão orgulhosos de

saber o que os cinquenta mil por ano lhe propiciavam.

Havia lapsos nas câmeras de vigilância, buracos negros

onde elas não chegavam. Eu estava em um evento da

faculdade naquela noite, as pessoas me viram. Não que eu

fosse suspeito, porque ninguém era. Porque, daquela vez, ao

contrário desta, as coisas saíram às mil maravilhas.

Não muito longe do campus, havia um canal poluído,

onde o time da universidade remava. A água tinha mais de

três metros de profundidade, contaminada pelo esgoto, isso

se os rumores fossem verdadeiros. Havia uma trilha

arborizada paralela ao canal, toda sombreada por árvores.

Depois de três dias desaparecida, Carrie surgiu no canal.

A polícia se referia a ela como afogada, devido à maneira

como fora encontrada: a maior parte de seu corpo flutuava

na superfície do canal, enquanto sua cabeça pesada pendia

para baixo.

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