30.04.2023 Views

A outra - Mary Kubica

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Já dentro, fechou a porta com delicadeza. Deixou a luz

apagada, de modo que estava escuro como breu no banheiro.

Não havia janela lá, nada de luz da lua se esgueirando

através do vidro, nada de luz noturna.

Mouse foi tateando até o vaso sanitário. Pela graça de

Deus, a tampa já estava levantada. Ela não precisou correr o

risco de fazer barulho ao levantá-la. Mouse baixou suas

calças até os joelhos, sentou-se tão lentamente no assento

do vaso que sentiu suas coxas queimarem. Tentou controlar

sua urina, soltá-la de forma lenta e inaudível, mas estava

segurando havia muito tempo. Não conseguiu controlar sua

saída. E assim, uma vez que as comportas se abriram, a

urina saiu de uma maneira turbulenta e alta. Mouse tinha

certeza de que todo mundo no quarteirão havia ouvido, mas

especialmente Mamãe Falsa, que estava do outro lado do

corredor, na cama do pai da garota.

O coração de Mouse se acelerou. Suas mãos começaram a

suar. Seus joelhos tremiam, de modo que, quando terminou

e puxou as calças de volta até seus quadris ossudos, foi

difícil ficar em pé. Suas pernas tremiam como as da mesa

quando ela tentava passar por cima dela para evitar a lava

quente que jorrava em seu quarto. Elas tremiam, ameaçando

se quebrar.

Com a bexiga esvaziada e as calças levantadas, Mouse

ficou ali no banheiro por um longo tempo com as luzes

apagadas. Não se deu o trabalho de lavar as mãos. Antes de

sair do banheiro, ela queria ter certeza de que o som do xixi

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!