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A outra - Mary Kubica

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acreditar que seja capaz de matar — diz ele, aparentemente

já tendo esquecido o que estava escrito na janela de meu

carro outro dia.

Morra.

— Você está realmente sugerindo que foi um assassinato

feito para parecer um suicídio? — pergunta ele, incrédulo.

Antes que eu possa responder, Tate implora de novo:

— Por favor, mamãe, brinque comigo.

Olho nos olhos dele, e parecem tão tristes que cortam

meu coração.

— Está bem, Tate — digo, sentindo-me culpada por Will

e eu continuarmos o ignorando. — Do que você quer

brincar? — Suavizo a voz ao falar com ele, apesar de por

dentro ainda estar tendo um troço. — Quer brincar de

charadas ou com um jogo de tabuleiro?

Ele puxa com força minha mão e fica repetindo:

— Estátua, estátua!

Minha mão começa a doer. Ele está me dando nos nervos,

porque não só está puxando minha mão e me machucando

como também está tentando virar meu corpo para fazê-lo

seguir caminhos que não quer seguir. A maneira como puxo

minha mão de repente é inconsciente, levando-a acima da

cabeça, fora do alcance dele. Não pretendia fazer isso, mas

senti um imediatismo. Tanto que Tate se encolhe como se

houvesse levado um tapa.

— Por favor, mamãe — implora Tate.

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