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A outra - Mary Kubica

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acidentes. A polícia teve muito trabalho naquela noite.

Enquanto isso, os policiais sugeriram que Will e os pais dela

continuassem ligando, checando em todos os lugares onde

Erin pudesse estar – o que era ridículo, uma vez que havia

sido emitido um alerta de inverno pedindo aos motoristas

que não pegassem a estrada naquela noite.

A rota que Erin costumava seguir até a casa de Will era

montanhosa e sinuosa, coberta por uma fina camada de gelo

e neve, e contornava um grande lago. Não era um caminho

muito comum, e sim uma rota cênica que era melhor evitar

quando o tempo piorava, como naquela noite. Mas Erin

sempre foi temerária, segundo Will, e não adiantava lhe

dizer o que fazer.

A zero grau, a lagoa onde a encontraram mais tarde não

havia congelado totalmente. Não suportou o peso do carro,

que caiu nela quando Erin bateu em um pedaço de gelo e

voou para fora da estrada.

Naquela noite, Will procurou Erin em todos os lugares. Na

academia, na biblioteca, no estúdio onde ela dançava. Fez

todos os caminhos que pôde imaginar da casa de Erin para a

sua. Mas estava escuro, e a lagoa era só um abismo preto.

Foi só na manhã seguinte que uma pessoa que estava

correndo avistou o para-choque do carro saindo do gelo e da

neve. Os pais de Erin foram notificados primeiro. Quando

Will recebeu a notícia, mais de doze horas haviam se

passado desde que ela não aparecera para o encontro deles.

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