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A outra - Mary Kubica

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dormíamos antes de os meninos começarem a entrar em

nosso quarto quando eram menores. Mas não é algo que eu

faça sempre desde então. A ideia de dormir nua com crianças

em casa me causa vergonha. E se Otto houvesse me visto

assim? Ou, pior ainda, Imogen?

Pensar em Imogen de repente me faz parar, porque ouvi

Will e os meninos saírem, mas ela não.

Digo a mim mesma que Will não sairia antes dela. Ele

teria se assegurado de que ela saísse primeiro para a escola.

Imogen nem sempre diz aonde vai, o que me faz pensar que

ela não está aqui, que saiu silenciosamente muito antes de

Will e os meninos.

Há suor seco embaixo de meus braços e entre minhas

pernas, resultado da distribuição desigual do calor nesta

casa antiga. Lembro que estava quente em meu sonho. Devo

ter arrancado a camisola inconscientemente.

Pego roupas na gaveta da cômoda: legging e uma

camiseta de manga comprida. Enquanto me visto, ocorreme

outro pensamento sobre Imogen. E se, como eu, Will

simplesmente houvesse concluído que ela foi à escola,

devido a sua tendência de entrar e sair despercebida? O

medo que tenho de Imogen tinge meu julgamento e me

pergunto se ela ainda está em casa. Imogen e eu somos as

únicas aqui? Saio cautelosamente do quarto. A porta de

Imogen está fechada, o cadeado do novo mecanismo

firmemente preso, o que me diz que ela não está em seu

quarto. Porque ela não o poderia trancar se estivesse dentro.

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