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A outra - Mary Kubica

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como um inseto no casulo. No caminho de volta para nosso

quarto, Will para nos quartos de Otto e Imogen para dar

boa-noite.

— Você não comeu o ensopado — diz Will, segundos

depois de voltar a nosso quarto.

Ele está preocupado, mas digo que não estava com fome.

— Está se sentindo bem? — pergunta ele, passando sua

mão quente por meu cabelo.

Sacudo a cabeça e digo que não. Penso em como seria me

aconchegar nele, deixar que seus braços fortes me envolvam.

Ser vulnerável uma vez, desmoronar diante dele e deixá-lo

me confortar.

Mas, em vez disso, pergunto:

— A escola de Tate é segura?

Ele me garante que sim.

— Deve ter sido uma mãe que passou lá para levar o

almoço que o filho esqueceu — diz ele. — Tate não é a

criança mais observadora, Sadie. Eu sou o único pai na

escola, e, mesmo assim, todos os dias ele tem dificuldades

de me encontrar na multidão.

— Tem certeza?

Tento não deixar minha imaginação me dominar. E,

também, é menos desconcertante por ser uma mulher. Se

fosse um homem observando as crianças brincando no

parquinho, eu já estaria na internet tentando descobrir

quantos criminosos sexuais moram nesta ilha.

— Tenho certeza — diz ele.

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