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A outra - Mary Kubica

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vezes ficam vendo fotos de um bebê e dizendo o quanto

sentem falta de Amanda. Elas me consideram responsável

por sua saída, como se fosse minha culpa ela ter tido esse

bebê e decidido tentar ser só mãe.

O que descobri foi que os moradores da ilha não aceitam

bem os recém-chegados. A menos que você seja criança,

como Tate, ou gregário, como Will. Tem que ser de uma raça

rara para escolher viver em uma ilha, isolado do resto do

mundo. Muitos residentes não aposentados simplesmente

escolheram o isolamento como modo de vida. São

autossuficientes, autônomos e também isolados, malhumorados,

obstinados e arredios. Muitos são artistas. A

cidade está cheia de lojas de cerâmica e galerias por causa

deles, tornando-a cultural, mas também pretensiosa.

Por isso a comunidade é importante, por causa do

isolamento inerente à vida na ilha. A diferença entre eles e

eu é que eles escolheram estar aqui.

Passo a mão pela parede à procura do interruptor. Com

um zumbido, as luzes ganham vida. Na parede em frente a

mim, há um grande quadro de planejamento com nosso

horário de trabalho – meu e da dra. Sanders. Ideia de Emma.

O cronograma é arbitrário e irregular; Sanders e eu não

trabalhamos nos mesmos dias toda semana. Se existe algum

método para essa loucura, não consigo identificar qual é.

Vou até o quadro. A tinta está manchada, mas vejo o que

estou procurando. Meu nome, Foust, escrito sob a data de

primeiro de dezembro. O mesmo dia em que o sr. Nilsson

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