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A outra - Mary Kubica

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Envergonhado, ele disse: É.

Falei a mim mesma que ele tinha que dizer isso. Que não

seria correto dizer outra coisa.

Mas ele não achava isso.

Ele se aproximou, passou as mãos por meus cabelos,

beijou-me profundamente. Você é linda, disse, a forma

superlativa de bonita, o que significava que eu era mais

bonita que ela.

Will me levou para a cama, jogou os travesseiros no chão.

Não acha que sua esposa não vai gostar?, perguntei,

sentando-me na beira da cama.

Eu tenho pouca consciência moral. Para mim era

tranquilo, eu não me importava. Mas achava que talvez ele

sim.

Will abriu um sorriso malicioso. Ele se aproximou,

deslizou a mão por baixo de minha saia e disse: Assim espero.

Não conversamos mais sobre a esposa dele depois disso.

O que eu descobri foi que Will era mulherengo antes de se

casar. Um galinha, o tipo de homem que achava que nunca

tomaria jeito.

Como se costuma dizer, velhos hábitos são difíceis de

perder. Isso era algo que Sadie tentava controlar.

Mas, por mais que tentemos, não podemos mudar as

pessoas. Então, ela mantinha um controle rígido sobre ele,

como antes fazia comigo. Há muito tempo, meus isqueiros e

meus cigarros desapareciam quando ela os encontrava,

fechaduras eram trocadas quando eu esquecia de fechar a

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