Manual de Boas Práticas de Controlo de Roedores para a Região Autónoma dos Açores
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cap iI
OS ROEDORES E O SEU CONTROLO, NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
(CONCEITOS COMUNS A TODOS OS SETORES DE ATIVIDADE)
aparelho que apenas afugenta os roedores para outros locais, não os eliminando. Um dos problemas deste
método de controlo, de alcance limitado, é que os roedores rapidamente se habituam aos sons emitidos,
deixando este método de ser eficaz ao fim de algum tempo. Por outro lado, os ultrassons não conseguem
ultrapassar certos objetos sólidos, formando-se “áreas de sombra” em que os roedores conseguem permanecer
sem estarem a ser incomodados pelos sons agudos emitidos pelo aparelho. Não obstante poderá ser um
método útil sob certas condições e em determinadas circunstâncias.
Figura 14 – Aparelho de Ultrassom para roedores.
Existem outros meios que podem ser utilizados no combate aos ratos (por exemplo, aparelhos eletromagnéticos,
repelentes, guardas e vedações, esterilizantes, imunossupressores e agentes microbianos), mas até ao
momento os resultados destes métodos não têm sido muito satisfatórios.
3.4. Avaliação e Monitorização
Do controlo integrado de roedores faz parte também a avaliação e monitorização dos resultados das medidas
que vão sendo implementadas, de forma a garantir o sucesso das mesmas, a evitar a reinfestação dos locais
e a monitorizar a eficácia dos rodenticidas utilizados, para deteção de eventuais problemas de resistência
aos produtos. Devem ser realizadas reinspeções periódicas das áreas tratadas de forma a detetar o mais
rapidamente possível a presença de novos animais. Uma forma de monitorizar o reaparecimento de roedores
é manter alguns postos de engodo e/ou dispositivos de captura e/ou deteção permanentemente no local
após terminar a desratização e verificá-los periodicamente para ver se há sinais da presença de roedores.
Devem-se privilegiar o perímetro da área em questão e as eventuais vias de acesso dos roedores às diferentes
zonas da mesma. Esta medida permite detetar e controlar uma reinfestação muito mais rapidamente.
4. RISCOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
Como já foi referido, os roedores são portadores e transmissores de vários agentes patogénicos para o
Homem e outros animais. A transmissão destes agentes pode ocorrer por contacto direto com estes animais
ou indiretamente através do contacto com o ambiente contaminado. Aos riscos biológicos acrescem ainda os
riscos químicos relacionados com o uso de rodenticidas. São várias as vias pelas quais o indivíduo pode ser
contaminado por substâncias ou preparações perigosas, a saber: via cutânea, via respiratória e via digestiva.
Desta forma, durante a execução das atividades relacionadas com as ações de desratização ou antirratização,
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