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Manual de Boas Práticas de Controlo de Roedores para a Região Autónoma dos Açores

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS

DE CONTROLO DE ROEDORES PARA A REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Entretanto, já foram encontrados também animais resistentes a alguns anticoagulantes de 2ª geração em

alguns locais do Mundo.

Muitas vezes os fracos resultados de uma desratização não se devem à maior ou menor eficácia do produto,

mas à forma como este é utilizado. O uso incorreto dos rodenticidas faz com que estes sejam erradamente

considerados como ineficazes. Questões como a duração da oferta dos rodenticidas, a dose de produto

oferecido, a forma de distribuição dos iscos no terreno, a periodicidade de substituição dos iscos, o tamanho

da área sujeita à desratização, o nível de infestação do local e das áreas vizinhas e o facto de estas estarem ou

não a ser tratadas, a disponibilidade de outras fontes de alimento e a higiene do local, são importantes para

o sucesso ou insucesso das ações de desratização.

k) Quando os consumos permanecem constantes semana após semana e foram excluídas todas as outras

causas que possam provocar esse tipo de situação, como por exemplo migração constante de animais

de áreas vizinhas, quantidade de isco insuficiente para o nível de infestação presente, fraca atratividade/

palatabilidade do isco ou disponibilidade de alimentos mais atrativos, deverá desconfiar-se de resistência ao

rodenticida utilizado e intervir com produtos mais tóxicos ou com outras medidas de combate, de forma a

evitar a sobrevivência e proliferação dos animais potencialmente resistentes.

l) Se após uma desratização o local tratado, ou as áreas vizinhas a esse local, continuarem a oferecer condições

favoráveis à permanência e reprodução dos ratos, ou seja, se continuar a existir alimento e abrigo disponível, é

natural que voltem a aparecer roedores. A reinfestação ocorre por reprodução dos animais que eventualmente

sobreviveram à desratização ou por invasão do local por animais de áreas vizinhas. Para diminuir as hipóteses

e o grau de reinfestação deverá tornar-se o habitat o menos vantajoso possível através da implementação

de medidas preventivas e corretivas de saneamento, higienização e exclusão. Devem também manter-se

alguns postos de engodo permanentemente no local. Estes postos funcionam como sentinelas e permitem

atuar mais rapidamente aquando do aparecimento de novos indivíduos.

m) Tentar atuar em simultâneo com os proprietários das áreas vizinhas.

Quanto maior for a área abrangida pelo tratamento, melhores e mais duradouros serão os resultados. Desta

forma, é sempre benéfico conjugar esforços e atuar em simultâneo com os proprietários das áreas vizinhas.

n) Manipular sempre o material utilizado na desratização (postos, iscos e armadilhas) com luvas.

O material utilizado na desratização deve ser manipulado com luvas para evitar que seja contraida alguma

doença e que fique no material algum odor que possa provocar desconfiança por parte dos ratos.

3.3.4. Aparelhos de Ultrassom

Os aparelhos de ultrassom (figura 14) produzem sons incomodativos para os roedores (e que o Homem não

tem capacidade de escutar) que fazem com que estes se afastem do local onde foi instalado. Trata-se de um

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