Manual de Boas Práticas de Controlo de Roedores para a Região Autónoma dos Açores
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cap iI
OS ROEDORES E O SEU CONTROLO, NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
(CONCEITOS COMUNS A TODOS OS SETORES DE ATIVIDADE)
A utilização de muitas armadilhas ao mesmo tempo traduz-se em melhores resultados do que a utilização
repetida de poucas armadilhas. Para a obtenção de melhores resultados, as armadilhas devem ser mantidas
no mesmo local, sem serem manipuladas durante pelo menos uma semana.
Os ratos podem deixar odores (marcas olfativas) nos materiais, por essa razão, as armadilhas que capturaram
indivíduos devem ser lavadas e expostas ao ambiente durante algum tempo, de forma a eliminar alguma
marca olfativa relacionada com o medo ou o perigo que o roedor capturado possa ter lá deixado e que possa
inviabilizar novas capturas.
Figura 7 – Armadilhas para captura de roedores.
3.3.3. Controlo químico com rodenticidas
Os rodenticidas são compostos químicos especialmente estudados, desenvolvidos e preparados para provocar
a morte dos roedores. Os rodenticidas podem ser classificados em agudos ou crónicos. Os rodenticidas agudos
são aqueles que provocam a morte do roedor nas primeiras 24 horas após a sua ingestão e os crónicos são os
que provocam a morte alguns dias após a sua ingestão. Os venenos crónicos têm a vantagem de não provocar
com tanta facilidade o desenvolvimento da chamada aversão ao isco por parte dos roedores, como acontece
com os venenos de efeito agudo. Como com estes venenos a morte só ocorre alguns dias após a ingestão do
produto, os roedores não se apercebem de que é o veneno que está a causar o efeito, sendo este o principal
fator do seu sucesso.
Atualmente, os rodenticidas mais utilizados em todo o mundo são os anticoagulantes, rodenticidas crónicos
bastante eficazes e de baixo custo. Estes rodenticidas atuam a nível do fígado interrompendo o ciclo da Vitamina
K e provocando a morte por hemorragias, alguns dias após a ingestão da dose letal. O facto do seu efeito só
se iniciar alguns dias após a ingestão também representa uma vantagem em termos de segurança, uma vez
que permite que as intoxicações acidentais envolvendo espécies-não-alvo (animais ou humanos), desde que
atendidas em tempo útil, possam ser revertidas através da administração de um antídoto, a Vitamina K 1
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