Raízes da Rebelião
Raízes da Rebelião brotam do solo fértil de profundo descontentamento, autodeterminação e luta insaciável pela liberdade e poder. Enraizado no confronto entre dois antigos reinos e desdobrando-se nos epicentros espirituais do mundo, o enredo deste livro declara a virulenta e intratável inimizade à verdade; resultando em seqüelas de tirania, revolução, surtos de hostilidade e perseguição, tudo produzindo o fruto amargo da anarquia. O mistério da rebelião domina as cadeiras do governo e se enfurece no coração da humanidade. Florescendo em subversão madura, apaixonada e intrépida, os instrumentos da rebelião constroem e estabelecem uma ordem de caos e coerção; comandando o cumprimento universal e a cooperação. Ao iluminar efetivamente os fundamentos secretos de um governo mundial e do imperialismo hegemônico, o leitor está armado para desenterrar e combater o maior engano de todos os tempos. Raízes da Rebelião brotam do solo fértil de profundo descontentamento, autodeterminação e luta insaciável pela liberdade e poder. Enraizado no confronto entre dois antigos reinos e desdobrando-se nos epicentros espirituais do mundo, o enredo deste livro declara a virulenta e intratável inimizade à verdade; resultando em seqüelas de tirania, revolução, surtos de hostilidade e perseguição, tudo produzindo o fruto amargo da anarquia. O mistério da rebelião domina as cadeiras do governo e se enfurece no coração da humanidade. Florescendo em subversão madura, apaixonada e intrépida, os instrumentos da rebelião constroem e estabelecem uma ordem de caos e coerção; comandando o cumprimento universal e a cooperação. Ao iluminar efetivamente os fundamentos secretos de um governo mundial e do imperialismo hegemônico, o leitor está armado para desenterrar e combater o maior engano de todos os tempos.
Raízes da Rebelião Todo momento que podia poupar de seus deveres diários empregava-o no estudo, furtando-se ao sono e cedendo mesmo a contragosto o tempo empregado em suas escassas refeições. Acima de tudo se deleitava no estudo da Palavra de Deus. Achara uma Bíblia acorrentada à parede do convento, e a ela muitas vezes recorria. Aprofundando-se suas convicções de pecado, procurou pelas próprias obras obter perdão e paz. Levava vida austera, esforçando-se por meio de jejuns, vigílias e penitências para subjugar os males de sua natureza, dos quais a vida monástica não o libertava. Não recuava ante sacrifício algum pelo qual pudesse atingir a pureza de coração que o habilitaria a ficar aprovado perante Deus. “Eu era na verdade um monge piedoso”, disse, mais tarde, “e seguia as regras de minha ordem mais estritamente do que possa exprimir. Se fora possível a um monge obter o Céu por suas obras monásticas, eu teria certamente direito a ele. ... Se eu tivesse continuado por mais tempo, teria levado minhas mortificações até à própria morte.” - D’Aubigné. Como resultado desta dolorosa disciplina, perdeu as forças e sofreu de desmaios, de cujos efeitos nunca se restabeleceu por completo. Mas com todos os seus esforços, a alma sobrecarregada não encontrou alívio. Finalmente foi arrojado às bordas do desespero. Quando pareceu a Lutero que tudo estava perdido, Deus lhe suscitou um amigo e auxiliador. O piedoso Staupitz abriu a Palavra de Deus ao espírito de Lutero, mandandolhe que não mais olhasse para si mesmo, que cessasse a contemplação do castigo infinito pela violação da lei de Deus, e olhasse a Jesus, seu Salvador que perdoa os pecados. “Em vez de torturar-te por causa de teus pecados, lança-te nos braços do Redentor. Confia nEle, na justiça de Sua vida, na expiação de Sua morte. ... Escuta ao Filho de Deus. Ele Se fez homem para te dar a certeza do favor divino.” “Ama Aquele que primeiro te amou.” - D’Aubigné. Assim falava aquele mensageiro da misericórdia. Suas palavras produziram profunda impressão no espírito de Lutero. Depois de muita luta contra erros, longamente acalentados, pôde ele aprender a verdade e lhe veio paz à alma perturbada. Lutero foi ordenado sacerdote, sendo chamado do claustro para o cargo de professor da Universidade de Wittenberg. Ali se aplicou ao estudo das Escrituras nas línguas originais. Começou a fazer conferências sobre a Bíblia; e o livro dos Salmos, os Evangelhos e as Epístolas abriram-se à compreensão de multidões que se deleitavam em ouvi-lo. Staupitz, seu amigo e superior, insistia com ele para que subisse ao púlpito e pregasse a Palavra de Deus. Lutero hesitava, sentindo-se indigno de falar ao povo em lugar de Cristo. Foi apenas depois de longa luta que cedeu às solicitações dos amigos. Era já poderoso nas Escrituras, e sobre ele repousava a graça de Deus. Sua eloqüência cativava os ouvintes, a clareza e poder com que apresentava a verdade levavam-nos à convicção, e seu fervor tocava os corações. Lutero ainda era um verdadeiro filho da igreja papal, e não tinha idéia alguma de que houvesse de ser alguma outra coisa. Na providência de Deus foi levado a visitar Roma.
Raízes da Rebelião Seguiu viagem a pé, hospedando-se nos mosteiros, pelo caminho. Em um convento na Itália, encheu-se de admiração ante a riqueza, magnificência e luxo que testemunhou. Dotados de uma receita principesca, os monges habitavam em esplêndidos compartimentos, ornamentavam-se com as mais ricas e custosas vestes, e banqueteavamse em suntuosas mesas. Com dolorosos pressentimentos Lutero contrastou esta cena com a renúncia e rigores de sua própria vida. O espírito estava-se-lhe tornando perplexo. Afinal, contemplou a distância a cidade das sete colinas. Com profunda emoção prostrou-se ao solo, exclamando: “Santa Roma, eu te saúdo!” -D’Aubigné. Entrou na cidade, visitou as igrejas, ouviu as histórias maravilhosas repetidas pelos padres e monges, e cumpriu todas as cerimônias exigidas. Por toda parte via cenas que o enchiam de espanto e horror. Observava a iniqüidade que existia entre todas as classes do clero. Ouviu gracejos imorais dos prelados, e horrorizouse com sua espantosa profanidade, mesmo durante a missa. Ao associar-se aos monges e cidadãos, deparou com desregramento, libertinagem. Para onde quer que se volvesse, encontrava sacrilégio em lugar de santidade. “Ninguém pode imaginar”, escreveu ele, “que pecados e ações infames se cometem em Roma; precisam ser vistos e ouvidos para serem cridos. Por isso costumam dizer: ‘Se há inferno, Roma está construída sobre ele: é um abismo donde procede toda espécie de pecado.’” - D’Aubigné. Por um decreto recente, fora prometida pelo papa certa indulgência a todos os que subissem de joelhos a “escada de Pilatos”, que se diz ter sido descida por nosso Salvador ao sair do tribunal romano, e miraculosamente transportada de Jerusalém para Roma. Lutero estava certo dia subindo devotamente esses degraus, quando de súbito uma voz semelhante a trovão pareceu dizer-lhe: “O justo viverá da fé.” Romanos 1:17. Ergueu-se de um salto e saiu apressadamente do lugar, envergonhado e horrorizado. Esse texto nunca perdeu a força sobre sua alma. Desde aquele tempo, viu mais claramente do que nunca dantes a falácia de se confiar nas obras humanas para a salvação, e a necessidade de fé constante nos méritos de Cristo. Tinham-se-lhe aberto os olhos, e nunca mais se deveriam fechar aos enganos do papado. Quando ele deu as costas a Roma, também dela volveu o coração, e desde aquele tempo o afastamento se tornou cada vez maior, até romper todo contato com a igreja papal. Depois de voltar de Roma, Lutero recebeu na Universidade de Wittenberg o grau de doutor em teologia. Estava agora na liberdade de se dedicar, como nunca dantes, às Escrituras que ele amava. Fizera solene voto de estudar cuidadosamente a Palavra de Deus e todos os dias de sua vida pregá-la com fidelidade, e não os dizeres e doutrinas dos papas. Não mais era o simples monge ou professor, mas o autorizado arauto da Bíblia. Fora chamado para pastor a fim de alimentar o rebanho de Deus, que tinha fome e sede da verdade. Declarava firmemente que os cristãos não deveriam receber outras doutrinas
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<strong>Raízes</strong> <strong>da</strong> <strong>Rebelião</strong><br />
Seguiu viagem a pé, hospe<strong>da</strong>ndo-se nos mosteiros, pelo caminho. Em um convento na<br />
Itália, encheu-se de admiração ante a riqueza, magnificência e luxo que testemunhou.<br />
Dotados de uma receita principesca, os monges habitavam em esplêndidos<br />
compartimentos, ornamentavam-se com as mais ricas e custosas vestes, e banqueteavamse<br />
em suntuosas mesas. Com dolorosos pressentimentos Lutero contrastou esta cena com<br />
a renúncia e rigores de sua própria vi<strong>da</strong>. O espírito estava-se-lhe tornando perplexo.<br />
Afinal, contemplou a distância a ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s sete colinas. Com profun<strong>da</strong> emoção<br />
prostrou-se ao solo, exclamando: “Santa Roma, eu te saúdo!” -D’Aubigné. Entrou na<br />
ci<strong>da</strong>de, visitou as igrejas, ouviu as histórias maravilhosas repeti<strong>da</strong>s pelos padres e monges,<br />
e cumpriu to<strong>da</strong>s as cerimônias exigi<strong>da</strong>s. Por to<strong>da</strong> parte via cenas que o enchiam de espanto<br />
e horror. Observava a iniqüi<strong>da</strong>de que existia entre to<strong>da</strong>s as classes do clero. Ouviu gracejos<br />
imorais dos prelados, e horrorizouse com sua espantosa profani<strong>da</strong>de, mesmo durante a<br />
missa. Ao associar-se aos monges e ci<strong>da</strong>dãos, deparou com desregramento, libertinagem.<br />
Para onde quer que se volvesse, encontrava sacrilégio em lugar de santi<strong>da</strong>de. “Ninguém<br />
pode imaginar”, escreveu ele, “que pecados e ações infames se cometem em Roma;<br />
precisam ser vistos e ouvidos para serem cridos. Por isso costumam dizer: ‘Se há inferno,<br />
Roma está construí<strong>da</strong> sobre ele: é um abismo donde procede to<strong>da</strong> espécie de pecado.’” -<br />
D’Aubigné.<br />
Por um decreto recente, fora prometi<strong>da</strong> pelo papa certa indulgência a todos os que<br />
subissem de joelhos a “esca<strong>da</strong> de Pilatos”, que se diz ter sido desci<strong>da</strong> por nosso Salvador<br />
ao sair do tribunal romano, e miraculosamente transporta<strong>da</strong> de Jerusalém para Roma.<br />
Lutero estava certo dia subindo devotamente esses degraus, quando de súbito uma voz<br />
semelhante a trovão pareceu dizer-lhe: “O justo viverá <strong>da</strong> fé.” Romanos 1:17. Ergueu-se<br />
de um salto e saiu apressa<strong>da</strong>mente do lugar, envergonhado e horrorizado. Esse texto nunca<br />
perdeu a força sobre sua alma. Desde aquele tempo, viu mais claramente do que nunca<br />
<strong>da</strong>ntes a falácia de se confiar nas obras humanas para a salvação, e a necessi<strong>da</strong>de de fé<br />
constante nos méritos de Cristo. Tinham-se-lhe aberto os olhos, e nunca mais se deveriam<br />
fechar aos enganos do papado. Quando ele deu as costas a Roma, também dela volveu o<br />
coração, e desde aquele tempo o afastamento se tornou ca<strong>da</strong> vez maior, até romper todo<br />
contato com a igreja papal.<br />
Depois de voltar de Roma, Lutero recebeu na Universi<strong>da</strong>de de Wittenberg o grau de<br />
doutor em teologia. Estava agora na liber<strong>da</strong>de de se dedicar, como nunca <strong>da</strong>ntes, às<br />
Escrituras que ele amava. Fizera solene voto de estu<strong>da</strong>r cui<strong>da</strong>dosamente a Palavra de Deus<br />
e todos os dias de sua vi<strong>da</strong> pregá-la com fideli<strong>da</strong>de, e não os dizeres e doutrinas dos papas.<br />
Não mais era o simples monge ou professor, mas o autorizado arauto <strong>da</strong> Bíblia. Fora<br />
chamado para pastor a fim de alimentar o rebanho de Deus, que tinha fome e sede <strong>da</strong><br />
ver<strong>da</strong>de. Declarava firmemente que os cristãos não deveriam receber outras doutrinas