Raízes da Rebelião

Raízes da Rebelião brotam do solo fértil de profundo descontentamento, autodeterminação e luta insaciável pela liberdade e poder. Enraizado no confronto entre dois antigos reinos e desdobrando-se nos epicentros espirituais do mundo, o enredo deste livro declara a virulenta e intratável inimizade à verdade; resultando em seqüelas de tirania, revolução, surtos de hostilidade e perseguição, tudo produzindo o fruto amargo da anarquia. O mistério da rebelião domina as cadeiras do governo e se enfurece no coração da humanidade. Florescendo em subversão madura, apaixonada e intrépida, os instrumentos da rebelião constroem e estabelecem uma ordem de caos e coerção; comandando o cumprimento universal e a cooperação. Ao iluminar efetivamente os fundamentos secretos de um governo mundial e do imperialismo hegemônico, o leitor está armado para desenterrar e combater o maior engano de todos os tempos. Raízes da Rebelião brotam do solo fértil de profundo descontentamento, autodeterminação e luta insaciável pela liberdade e poder. Enraizado no confronto entre dois antigos reinos e desdobrando-se nos epicentros espirituais do mundo, o enredo deste livro declara a virulenta e intratável inimizade à verdade; resultando em seqüelas de tirania, revolução, surtos de hostilidade e perseguição, tudo produzindo o fruto amargo da anarquia. O mistério da rebelião domina as cadeiras do governo e se enfurece no coração da humanidade. Florescendo em subversão madura, apaixonada e intrépida, os instrumentos da rebelião constroem e estabelecem uma ordem de caos e coerção; comandando o cumprimento universal e a cooperação. Ao iluminar efetivamente os fundamentos secretos de um governo mundial e do imperialismo hegemônico, o leitor está armado para desenterrar e combater o maior engano de todos os tempos.

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Raízes da Rebelião a sua obra, as cinzas do mártir, com a terra sobre a qual repousavam, foram reunidas e, como as de Huss, lançadas no Reno. Assim pereceram os fiéis porta-luzes de Deus. Mas a luz das verdades que proclamaram -luz de seu exemplo heróico -não se havia de extinguir. Tanto poderiam os homens tentar desviar o Sol de seu curso como impedir o raiar daquele dia que mesmo então despontava sobre o mundo. A execução de Huss acendera uma chama de indignação e horror na Boêmia. A nação inteira compreendia haver ele tombado vítima da perfídia dos padres e traição do imperador. Declarou-se ter sido ele um fiel ensinador da verdade, e o concílio que decretou sua morte foi acusado de crime de assassínio. Suas doutrinas atraíam agora maior atenção do que nunca dantes. Pelos editos papais, os escritos de Wycliffe tinham sido condenados às chamas. Aqueles, porém, que haviam escapado da destruição, foram agora tirados dos esconderijos e estudados em conexão com a Bíblia, ou partes dela que o povo podia adquirir; e muitos assim foram levados a aceitar a fé reformada. Os assassinos de Huss não permaneceram silenciosos a testemunhar o triunfo que alcançava a causa do reformador. O papa e o imperador uniram-se para aniquilar o movimento, e os exércitos de Sigismundo foram lançados contra a Boêmia. Surgiu, porém, um libertador. Zisca, que logo depois do início da guerra ficou completamente cego, e que no entanto era um dos mais hábeis generais de seu tempo, foi o chefe dos boêmios. Confiando no auxílio de Deus e na justiça de sua causa, aquele povo resistiu aos mais poderosos exércitos que contra eles se poderiam levar. Reiteradas vezes, o imperador, organizando novos exércitos, invadiu a Boêmia, apenas para ser vergonhosamente repelido. Os hussitas ergueram-se acima do temor da morte, e nada poderia resistir a eles. Poucos anos depois do início da guerra, o bravo Zisca morreu; mas seu lugar foi preenchido por Procópio, que era um general igualmente bravo e hábil, e nalguns sentidos dirigente mais destro. Os inimigos dos boêmios, sabendo que morrera o guerreiro cego, conjeturaram ser favorável a oportunidade para recuperar tudo que haviam perdido. O papa proclama, então, uma cruzada contra os hussitas, e novamente uma imensa força se precipitou sobre a Boêmia, mas apenas para sofrer terrível desbarato. Segue-se outra cruzada. Em todos os países papais da Europa, reuniram-se homens, dinheiro e munições de guerra. Congregavam-se multidões sob o estandarte papal, seguras de que afinal se poria termo aos hereges hussitas. Confiante na vitória, a numerosa força entrou na Boêmia. O povo arregimentou-se para repeli-la. Os dois exércitos se aproximaram um do outro, até que apenas um rio se lhes interpunha. “Os cruzados constituíam força grandemente superior, mas em vez de se arremessarem através da torrente e travar batalha com os hussitas a quem de longe haviam vindo a combater, ficaram a olhar em silêncio para aqueles guerreiros.” - Wylie. Então, subitamente, misterioso terror caiu sobre os soldados. Sem desferir um golpe, aquela poderosa força debandou e espalhou-se, como se fosse dispersa por um poder

Raízes da Rebelião invisível. Muitos foram mortos pelo exército hussita, que perseguiu os fugitivos, e imenso despojo caiu nas mãos dos vitoriosos, de maneira que a guerra, em vez de empobrecer os boêmios, os enriqueceu. Poucos anos mais tarde, sob um novo papa, promoveu-se ainda outra cruzada. Como antes, homens e meios foram trazidos de todos os países papais da Europa. Grande foi o engodo apresentado aos que se deveriam empenhar nesta perigosa empresa. Asseguravase a cada cruzado perdão completo dos mais hediondos crimes. A todos os que morressem na guerra era prometida preciosa recompensa no Céu, e os que sobrevivessem haveriam de colher honras e riquezas no campo de batalha. De novo se reuniu um vasto exército e, atravessando a fronteira, entraram na Boêmia. As forças hussitas recuaram diante deles, arrastando assim os invasores cada vez mais longe para o interior do país, e levando-os a contar com a vitória já alcançada. Finalmente o exército de Procópio fez alto e, voltandose para o inimigo, avançou para lhe dar batalha. Os cruzados, descobrindo então o seu erro, ficaram no acampamento esperando o assalto. Quando se ouviu o ruído da força que se aproximava, mesmo antes que os hussitas estivessem à vista, um pânico de novo caiu sobre os cruzados. Príncipes, generais e soldados rasos, arrojando as armaduras, fugiram em todas as direções. Em vão o núncio papal, que era o dirigente da invasão, se esforçou para reunir suas forças possuídas de terror e já desorganizadas. Apesar de seus enormes esforços, ele próprio foi levado na onda dos fugitivos. A derrota foi completa, e novamente um imenso despojo caiu nas mãos dos vitoriosos. Assim pela segunda vez, vasto exército, enviado pelas mais poderosas nações da Europa, uma hoste de homens bravos e aguerridos, treinados e equipados para a batalha, fugiu, sem dar um golpe, de diante dos defensores de uma nação pequena e, até ali, fraca. Havia nisso uma manifestação do poder divino. Os invasores foram tomados de pavor sobrenatural. Aquele que derrotou os exércitos de Faraó no Mar Vermelho, que pôs em fuga os exércitos de Midiã diante de Gideão e seus trezentos, que numa noite derribou as forças do orgulhoso assírio, de novo estendera a mão para debilitar o poder do opressor. “Eis que se acharam em grande temor, onde temor não havia, porque Deus espalhou os ossos daquele que te cercava; tu os confundiste, porque Deus os rejeitou.” Salmos 53:5. Os líderes papais, perdendo a esperança de vencer pela força, recorreram finalmente à diplomacia. Adotou-se um compromisso mútuo que, se bem que pretendesse conceder liberdade de consciência aos boêmios, realmente, traindo-os, entregava-os ao poder de Roma. Os boêmios tinham especificado quatro pontos como condições de paz com Roma: pregação livre da Bíblia; o direito da igreja toda, tanto ao pão como ao vinho na comunhão, e o uso da língua materna no culto divino; a exclusão do clero de todos os ofícios e autoridades seculares; e nos casos de crime, a jurisdição das cortes civis tanto para o clero como para os leigos. As autoridades papais finalmente “concordaram em que os quatro artigos dos hussitas deveriam ser aceitos, mas que o direito de os explicar, isto é, de

<strong>Raízes</strong> <strong>da</strong> <strong>Rebelião</strong><br />

invisível. Muitos foram mortos pelo exército hussita, que perseguiu os fugitivos, e imenso<br />

despojo caiu nas mãos dos vitoriosos, de maneira que a guerra, em vez de empobrecer os<br />

boêmios, os enriqueceu.<br />

Poucos anos mais tarde, sob um novo papa, promoveu-se ain<strong>da</strong> outra cruza<strong>da</strong>. Como<br />

antes, homens e meios foram trazidos de todos os países papais <strong>da</strong> Europa. Grande foi o<br />

engodo apresentado aos que se deveriam empenhar nesta perigosa empresa. Asseguravase<br />

a ca<strong>da</strong> cruzado perdão completo dos mais hediondos crimes. A todos os que morressem<br />

na guerra era prometi<strong>da</strong> preciosa recompensa no Céu, e os que sobrevivessem haveriam de<br />

colher honras e riquezas no campo de batalha. De novo se reuniu um vasto exército e,<br />

atravessando a fronteira, entraram na Boêmia. As forças hussitas recuaram diante deles,<br />

arrastando assim os invasores ca<strong>da</strong> vez mais longe para o interior do país, e levando-os a<br />

contar com a vitória já alcança<strong>da</strong>. Finalmente o exército de Procópio fez alto e, voltandose<br />

para o inimigo, avançou para lhe <strong>da</strong>r batalha. Os cruzados, descobrindo então o seu erro,<br />

ficaram no acampamento esperando o assalto. Quando se ouviu o ruído <strong>da</strong> força que se<br />

aproximava, mesmo antes que os hussitas estivessem à vista, um pânico de novo caiu sobre<br />

os cruzados. Príncipes, generais e sol<strong>da</strong>dos rasos, arrojando as armaduras, fugiram em<br />

to<strong>da</strong>s as direções. Em vão o núncio papal, que era o dirigente <strong>da</strong> invasão, se esforçou para<br />

reunir suas forças possuí<strong>da</strong>s de terror e já desorganiza<strong>da</strong>s. Apesar de seus enormes<br />

esforços, ele próprio foi levado na on<strong>da</strong> dos fugitivos. A derrota foi completa, e novamente<br />

um imenso despojo caiu nas mãos dos vitoriosos.<br />

Assim pela segun<strong>da</strong> vez, vasto exército, enviado pelas mais poderosas nações <strong>da</strong><br />

Europa, uma hoste de homens bravos e aguerridos, treinados e equipados para a batalha,<br />

fugiu, sem <strong>da</strong>r um golpe, de diante dos defensores de uma nação pequena e, até ali, fraca.<br />

Havia nisso uma manifestação do poder divino. Os invasores foram tomados de pavor<br />

sobrenatural. Aquele que derrotou os exércitos de Faraó no Mar Vermelho, que pôs em<br />

fuga os exércitos de Midiã diante de Gideão e seus trezentos, que numa noite derribou as<br />

forças do orgulhoso assírio, de novo estendera a mão para debilitar o poder do opressor.<br />

“Eis que se acharam em grande temor, onde temor não havia, porque Deus espalhou os<br />

ossos <strong>da</strong>quele que te cercava; tu os confundiste, porque Deus os rejeitou.” Salmos 53:5.<br />

Os líderes papais, perdendo a esperança de vencer pela força, recorreram finalmente à<br />

diplomacia. Adotou-se um compromisso mútuo que, se bem que pretendesse conceder<br />

liber<strong>da</strong>de de consciência aos boêmios, realmente, traindo-os, entregava-os ao poder de<br />

Roma. Os boêmios tinham especificado quatro pontos como condições de paz com Roma:<br />

pregação livre <strong>da</strong> Bíblia; o direito <strong>da</strong> igreja to<strong>da</strong>, tanto ao pão como ao vinho na comunhão,<br />

e o uso <strong>da</strong> língua materna no culto divino; a exclusão do clero de todos os ofícios e<br />

autori<strong>da</strong>des seculares; e nos casos de crime, a jurisdição <strong>da</strong>s cortes civis tanto para o clero<br />

como para os leigos. As autori<strong>da</strong>des papais finalmente “concor<strong>da</strong>ram em que os quatro<br />

artigos dos hussitas deveriam ser aceitos, mas que o direito de os explicar, isto é, de

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