Raízes da Rebelião
Raízes da Rebelião brotam do solo fértil de profundo descontentamento, autodeterminação e luta insaciável pela liberdade e poder. Enraizado no confronto entre dois antigos reinos e desdobrando-se nos epicentros espirituais do mundo, o enredo deste livro declara a virulenta e intratável inimizade à verdade; resultando em seqüelas de tirania, revolução, surtos de hostilidade e perseguição, tudo produzindo o fruto amargo da anarquia. O mistério da rebelião domina as cadeiras do governo e se enfurece no coração da humanidade. Florescendo em subversão madura, apaixonada e intrépida, os instrumentos da rebelião constroem e estabelecem uma ordem de caos e coerção; comandando o cumprimento universal e a cooperação. Ao iluminar efetivamente os fundamentos secretos de um governo mundial e do imperialismo hegemônico, o leitor está armado para desenterrar e combater o maior engano de todos os tempos. Raízes da Rebelião brotam do solo fértil de profundo descontentamento, autodeterminação e luta insaciável pela liberdade e poder. Enraizado no confronto entre dois antigos reinos e desdobrando-se nos epicentros espirituais do mundo, o enredo deste livro declara a virulenta e intratável inimizade à verdade; resultando em seqüelas de tirania, revolução, surtos de hostilidade e perseguição, tudo produzindo o fruto amargo da anarquia. O mistério da rebelião domina as cadeiras do governo e se enfurece no coração da humanidade. Florescendo em subversão madura, apaixonada e intrépida, os instrumentos da rebelião constroem e estabelecem uma ordem de caos e coerção; comandando o cumprimento universal e a cooperação. Ao iluminar efetivamente os fundamentos secretos de um governo mundial e do imperialismo hegemônico, o leitor está armado para desenterrar e combater o maior engano de todos os tempos.
Raízes da Rebelião mundo, tende cuidado em não pecar contra a justiça. Quanto a mim, sou apenas um fraco mortal; minha vida não tem senão pouca importância; e, quando vos exorto a não lavrar uma sentença injusta, falo menos por mim do que por vós.” -Bonnechose. Seu pedido foi, finalmente, atendido. Na presença dos juízes, Jerônimo ajoelhou-se e orou para que o Espírito divino lhe dirigisse os pensamentos e palavras, de modo que nada falasse contrário à verdade ou indigno de seu Mestre. Para ele naquele dia se cumpriu a promessa de Deus aos primeiros discípulos: “Sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis por causa de Mim. ... Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.” Mateus 10:18-20. As palavras de Jerônimo excitaram espanto e admiração, mesmo a seus inimigos. Durante um ano inteiro, havia ele estado emparedado numa masmorra, impossibilitado de ler ou mesmo ver, com grande sofrimento físico e ansiedade mental. No entanto, seus argumentos eram apresentados com tanta clareza e força como se houvesse tido oportunidade tranqüila para o estudo. Indicou aos ouvintes a longa série de homens santos que haviam sido condenados por juízes injustos. Em quase cada geração houve os que, enquanto procuravam enobrecer o povo de seu tempo, foram censurados e rejeitados, mas que em tempos posteriores mostraram ser dignos de honra. O próprio Cristo foi, por um tribunal injusto, condenado como malfeitor. Em sua retratação, Jerônimo consentira na justiça da sentença que condenara Huss; declarou ele agora o seu arrependimento, e deu testemunho da inocência e santidade do mártir. “Conheci-o desde a meninice”, disse ele. “Foi um ótimo homem, justo e santo; foi condenado apesar de sua inocência. ... Eu, eu também estou pronto para morrer; não recuarei diante dos tormentos que estão preparados para mim por meus inimigos e falsas testemunhas, que um dia terão de prestar contas de suas imposturas perante o grande Deus, a quem nada pode enganar.” -Bonnechose. Reprovando-se a si mesmo por sua negação da verdade, Jerônimo continuou: “De todos os pecados que tenho cometido desde minha juventude, nenhum pesa tão gravemente em meu espírito e me causa tão pungente remorso, como aquele que cometi neste lugar fatídico, quando aprovei a iníqua sentença dada contra Wycliffe, e contra o santo mártir, João Huss, meu mestre e amigo. Sim, confesso-o de coração, e declaro com horror que desgraçadamente fraquejei quando, por medo da morte, condenei suas doutrinas. Portanto suplico... a Deus todo-poderoso, Se digne de perdoar meus pecados, e em particular este, o mais hediondo de todos.” Apontando para os juízes, disse com firmeza: “Condenastes Wycliffe e João Huss, não por terem abalado a doutrina da igreja, mas simplesmente porque estigmatizaram com a reprovação os escândalos do clero: a pompa, o orgulho e
Raízes da Rebelião todos os vícios dos prelados e padres. As coisas que eles afirmaram, e que são irrefutáveis, eu também as entendo e declaro como eles.” Suas palavras foram interrompidas. Os prelados, trêmulos de cólera, exclamaram: “Que necessidade há de mais prova? Contemplamos com nossos próprios olhos o mais obstinado dos hereges!” Sem se abalar com a tempestade, Jerônimo exclamou: “Ora! supondes que receio morrer? Conservastes-me durante um ano inteiro em horrível masmorra, mais horrenda que a própria morte. Tratastes-me mais cruelmente do que a um turco, judeu ou pagão, e minha carne, em vida, literalmente apodreceu sobre os ossos, e contudo não me queixo, pois a lamentação não vai bem a um homem de coração e espírito; mas não posso senão exprimir meu espanto com tão grande barbaridade para com um cristão.” - Bonnechose. De novo irrompeu a tempestade de cólera, e Jerônimo foi levado precipitadamente à prisão. Havia, contudo, na assembléia, alguns nos quais suas palavras produziram profunda impressão,e que desejavam salvar-lhe a vida. Foi visitado por dignitários da igreja, e instado a submeter-se ao concílio. As mais brilhantes perspectivas lhe foram apresentadas como recompensa de renunciar a sua oposição a Roma. Mas, semelhante a seu Mestre, quando se Lhe ofereceu a glória do mundo, Jerônimo permaneceu firme. “Provai-me pelas Sagradas Escrituras que estou em erro”, disse ele, “e o renunciarei.” “As Sagradas Escrituras!” exclamou um de seus tentadores; “então tudo deve ser julgado por elas? Quem as pode entender antes que a igreja as haja interpretado?” “São as tradições dos homens mais dignas de fé do que o evangelho de nosso Salvador?” replicou Jerônimo. “Paulo não exortou aqueles a quem escreveu, a escutarem as tradições dos homens, mas disse: ‘Esquadrinhai as Escrituras.’” “Herege!” foi a resposta; “arrependo-me de ter-me empenhado tanto tempo contigo. Vejo que és impulsionado pelo diabo.” -Wylie. Sem demora se proferiu sentença de morte contra ele. Foi levado ao mesmo local em que Huss rendera a vida. Cantando fez ele esse trajeto, tendo iluminado o semblante de alegria e paz. Seu olhar fixava-se em Cristo, e a morte para ele havia perdido o terror. Quando o carrasco, estando para acender a fogueira, passou por trás dele, o mártir exclamou: “Venha com ousadia para a frente; ponha fogo à minha vista. Se eu tivesse medo, não estaria aqui.” Suas últimas palavras, proferidas quando as chamas se levantavam em redor dele, foram uma oração. “Senhor, Pai todo-poderoso”, exclamou, “tem piedade de mim e perdoa meus pecados; pois sabes que sempre amei Tua verdade.” -Bonnechose. Sua voz cessou, mas os lábios continuaram a mover-se em oração. Tendo o fogo efetuado
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<strong>Raízes</strong> <strong>da</strong> <strong>Rebelião</strong><br />
todos os vícios dos prelados e padres. As coisas que eles afirmaram, e que são irrefutáveis,<br />
eu também as entendo e declaro como eles.”<br />
Suas palavras foram interrompi<strong>da</strong>s. Os prelados, trêmulos de cólera, exclamaram: “Que<br />
necessi<strong>da</strong>de há de mais prova? Contemplamos com nossos próprios olhos o mais obstinado<br />
dos hereges!” Sem se abalar com a tempestade, Jerônimo exclamou: “Ora! supondes que<br />
receio morrer? Conservastes-me durante um ano inteiro em horrível masmorra, mais<br />
horren<strong>da</strong> que a própria morte. Tratastes-me mais cruelmente do que a um turco, judeu ou<br />
pagão, e minha carne, em vi<strong>da</strong>, literalmente apodreceu sobre os ossos, e contudo não me<br />
queixo, pois a lamentação não vai bem a um homem de coração e espírito; mas não posso<br />
senão exprimir meu espanto com tão grande barbari<strong>da</strong>de para com um cristão.” -<br />
Bonnechose.<br />
De novo irrompeu a tempestade de cólera, e Jerônimo foi levado precipita<strong>da</strong>mente à<br />
prisão. Havia, contudo, na assembléia, alguns nos quais suas palavras produziram profun<strong>da</strong><br />
impressão,e que desejavam salvar-lhe a vi<strong>da</strong>. Foi visitado por dignitários <strong>da</strong> igreja, e<br />
instado a submeter-se ao concílio. As mais brilhantes perspectivas lhe foram apresenta<strong>da</strong>s<br />
como recompensa de renunciar a sua oposição a Roma. Mas, semelhante a seu Mestre,<br />
quando se Lhe ofereceu a glória do mundo, Jerônimo permaneceu firme.<br />
“Provai-me pelas Sagra<strong>da</strong>s Escrituras que estou em erro”, disse ele, “e o renunciarei.”<br />
“As Sagra<strong>da</strong>s Escrituras!” exclamou um de seus tentadores; “então tudo deve ser<br />
julgado por elas? Quem as pode entender antes que a igreja as haja interpretado?”<br />
“São as tradições dos homens mais dignas de fé do que o evangelho de nosso<br />
Salvador?” replicou Jerônimo.<br />
“Paulo não exortou aqueles a quem escreveu, a escutarem as tradições dos homens, mas<br />
disse: ‘Esquadrinhai as Escrituras.’”<br />
“Herege!” foi a resposta; “arrependo-me de ter-me empenhado tanto tempo contigo.<br />
Vejo que és impulsionado pelo diabo.” -Wylie.<br />
Sem demora se proferiu sentença de morte contra ele. Foi levado ao mesmo local em<br />
que Huss rendera a vi<strong>da</strong>. Cantando fez ele esse trajeto, tendo iluminado o semblante de<br />
alegria e paz. Seu olhar fixava-se em Cristo, e a morte para ele havia perdido o terror.<br />
Quando o carrasco, estando para acender a fogueira, passou por trás dele, o mártir<br />
exclamou: “Venha com ousadia para a frente; ponha fogo à minha vista. Se eu tivesse<br />
medo, não estaria aqui.” Suas últimas palavras, proferi<strong>da</strong>s quando as chamas se levantavam<br />
em redor dele, foram uma oração. “Senhor, Pai todo-poderoso”, exclamou, “tem pie<strong>da</strong>de<br />
de mim e perdoa meus pecados; pois sabes que sempre amei Tua ver<strong>da</strong>de.” -Bonnechose.<br />
Sua voz cessou, mas os lábios continuaram a mover-se em oração. Tendo o fogo efetuado