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Momentos da Verdade

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

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<strong>Momentos</strong> <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de<br />

não quisestes a Minha repreensão.” Provérbios 1:24, 25. Aquela voz desperta memórias<br />

que eles desejariam ardentemente se desvanecessem -advertências despreza<strong>da</strong>s, convites<br />

recusados, privilégios tidos em pouca conta.<br />

Ali estão os que zombaram de Cristo à Sua humilhação. Com uma força penetrante<br />

lhes ocorrem as palavras do Sofredor, quando, conjurado pelo sumo sacerdote, declarou<br />

solenemente: “Vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do poder, e vindo<br />

sobre as nuvens do céu.” Mateus 26:64. Agora O contemplam em Sua glória, e ain<strong>da</strong> O<br />

devem ver assentado à direita do poder. Os que escarneceram de Sua declaração de ser<br />

Ele o Filho de Deus, estão agora mudos. Ali está o altivo Herodes, que zombou de Seu<br />

título real, man<strong>da</strong>ndo os sol<strong>da</strong>dos zombadores coroá-Lo rei. Estão ali os mesmos homens<br />

que com mãos ímpias Lhe colocaram sobre o corpo o manto de púrpura, e sobre a fronte<br />

sagra<strong>da</strong> a coroa de espinhos, e na mão, que não opunha resistência, um simulacro de<br />

cetro, e diante dEle se curvavam em zombaria blasfema. Os homens que bateram e<br />

cuspiram no Príncipe <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, agora se desviam de Seu penetrante olhar, procurando fugir<br />

<strong>da</strong> subjugante glória de Sua presença. Aqueles que introduziram os cravos através de<br />

Suas mãos e pés, o sol<strong>da</strong>do que Lhe feriu o lado, contemplam esses sinais com terror e<br />

remorso.<br />

Com terrível precisão sacerdotes e príncipes recor<strong>da</strong>m-se dos acontecimentos do<br />

Calvário. Estremecendo de horror,lembram-se de como, movendo a cabeça em satânica<br />

alegria, exclamaram: “Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se. Se é o Rei de<br />

Israel, desça agora <strong>da</strong> cruz, e creremos nEle; confiou em Deus; livre-O agora, se O ama.”<br />

Mateus 27:42, 43. Vivi<strong>da</strong>mente relembram a parábola dos lavradores que se recusaram a<br />

entregar a seu senhor o fruto <strong>da</strong> vinha, maltrataram seus servos, e lhe mataram o filho.<br />

Lembram-se também <strong>da</strong> sentença que eles próprios pronunciaram: O senhor <strong>da</strong> vinha<br />

“<strong>da</strong>rá afrontosa morte aos maus.” No pecado e castigo <strong>da</strong>queles homens infiéis, vêem os<br />

sacerdotes e anciãos seu próprio procedimento e sua própria justa condenação. E, agora,<br />

ergue-se um clamor de agonia mortal. Mais alto do que o grito -“Crucifica-O, crucifica-<br />

O”, que repercutiu pelas ruas de Jerusalém, reboa o pranto terrível, desesperado: “Ele é o<br />

Filho de Deus! Ele é o ver<strong>da</strong>deiro Messias!” Procuram fugir <strong>da</strong> presença do Rei dos reis.<br />

Nas profun<strong>da</strong>s cavernas <strong>da</strong> Terra, fendi<strong>da</strong> pela luta dos elementos, tentam em vão<br />

esconder-se.<br />

Na vi<strong>da</strong> de todos os que rejeitam a ver<strong>da</strong>de, há momentos em que a consciência<br />

desperta, em que a memória apresenta a recor<strong>da</strong>ção torturante de uma vi<strong>da</strong> de hipocrisia,<br />

e a alma é acossa<strong>da</strong> de vãos pesares. Mas que é isto ao ser comparado com o remorso<br />

<strong>da</strong>quele dia em que o temor vem como assolação, em que a perdição vem como tormenta!<br />

Provérbios 1:27. Os que desejariam destruir a Cristo e Seu povo fiel, testemunham agora<br />

a glória que sobre eles repousa. No meio de seu terror, ouvem a voz dos santos em

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