Momentos da Verdade

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma... O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

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Momentos da Verdade para Ele e Lhe admiram os atributos. Os princípios de bondade, misericórdia e amor, ensinados e exemplificados por Jesus Cristo, são um transcrito da vontade e caráter de Deus. Cristo declarou que Ele nada ensinava a não ser o que recebera do Pai. Os princípios do governo divino estão em perfeita harmonia com os preceitos do Salvador: “Amai vossos inimigos.” Deus executa justiça sobre os ímpios, para o bem do Universo, e mesmo daqueles sobre quem Seus juízos são aplicados. Ele os faria ditosos, se o pudesse fazer de acordo com as leis de Seu governo e a justiça de Seu caráter. Cerca-os de manifestações de Seu amor, confere-lhes conhecimento de Sua lei, acompanhando-os com o oferecimento de Sua misericórdia; eles, porém, Lhe desprezam o amor, anulam a lei e rejeitam a misericórdia. Ao mesmo tempo em que constantemente recebem Seus dons, desonram o Doador; odeiam a Deus porque sabem que Ele aborrece os seus pecados. O Senhor suporta a sua perversidade; mas virá finalmente a hora decisiva, em que se deve decidir o seu destino. Acorrentará Ele então esses rebeldes a Seu lado? Forçá-los-á a fazerem a Sua vontade? Os que escolheram a Satanás como chefe, e por seu poder têm sido dirigidos, não estão preparados para comparecer à presença de Deus. O orgulho, o engano, a licenciosidade, a crueldade, fixaram-se em seu caráter. Podem eles entrar no Céu, para morar para sempre com aqueles a quem desprezaram e odiaram na Terra? A verdade nunca será agradável ao mentiroso; a humildade não satisfará o conceito de si mesmo e o orgulho; a pureza não é aceitável ao corrupto; o amor abnegado não parece atrativo ao egoísta. Que fonte de gozo poderia oferecer o Céu para os que se acham totalmente absortos nos interesses terrenos e egoístas? Poderiam aqueles cuja vida foi empregada em rebelião contra Deus, ser subitamente transportados para o Céu, e testemunhar o estado elevado e santo de perfeição que ali sempre existe, estando toda alma cheia de amor, todo rosto irradiando alegria, ecoando em honra de Deus e do Cordeiro uma arrebatadora música em acordes melodiosos, e fluindo da face dAquele que Se assenta sobre o trono uma incessante torrente de luz sobre os remidos; sim, poderiam aqueles cujo coração está cheio de ódio a Deus, à verdade e santidade, unir-se à multidão celestial e participar de seus cânticos de louvor? Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro? Não, absolutamente; anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem do Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus.

Momentos da Verdade Semelhantes às águas do dilúvio, os fogos do grande dia declaram o veredicto divino, de que os ímpios são incorrigíveis. Não se sentem dispostos a submeter-se à autoridade divina. Sua vontade foi exercitada na revolta; e, ao terminar a vida, é demasiado tarde para fazer voltar o curso de seus pensamentos em direção oposta, tarde demais para volverem da transgressão à obediência, do ódio ao amor. Poupando a vida do assassino Caim, Deus deu ao mundo um exemplo do resultado que adviria de permitir que o pecador vivesse para continuar o caminho de desenfreada iniqüidade. Pela influência do ensino e exemplo de Caim, multidões de seus descendentes foram levadas ao pecado, até que “a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra”,e “toda a imaginação dos pensamentos de Seu coração era só má continuamente.” “A Terra,porém,estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a Terra de violência.” Gênesis 6:5, 11. Em misericórdia para com o mundo, Deus suprimiu seus ímpios habitantes no tempo de Noé. Em misericórdia, destruiu os corruptos habitantes de Sodoma. Mediante o poder enganador de Satanás, os praticantes da iniqüidade obtêm simpatia e admiração, e estão assim constantemente levando outros à rebeldia. Assim foi ao tempo de Caim e Noé, e ao tempo de Abraão e Ló; assim é em nosso tempo. É em misericórdia para com o Universo que Deus finalmente destruirá os que rejeitam a Sua graça. “O salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23. Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios. Moisés declarou a Israel: “Hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal.” Deuteronômio 30:15. A morte a que se faz referência nestas passagens, não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade toda sofre a pena de sua transgressão. É a “segunda morte” que se põe em contraste com a vida eterna. Em conseqüência do pecado de Adão, a morte passou a toda a raça humana. Todos semelhantemente descem ao sepulcro. E, pelas providências do plano da salvação, todos devem ressurgir da sepultura. “Há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos” (Atos 24:15); “assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.” 1 Coríntios 15:22. Uma distinção, porém, se faz entre as duas classes que ressuscitam. “Todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem, sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” João 5:28, 29. Os que foram “tidos por dignos” da ressurreição da vida, são “bem-aventurados e santos.” “Sobre estes não tem poder a segunda morte.” Apocalipse 20:6. Os que, porém, não alcançaram o perdão, mediante o arrependimento e a fé, devem receber a pena da transgressão: “o salário do pecado.” Sofrem castigo, que varia em duração e intensidade, “segundo suas obras”, mas que finalmente termina com a segunda morte. Visto ser impossível para Deus, de modo coerente com a Sua justiça e misericórdia salvar o pecador em seus pecados, Ele o despoja da existência, que perdeu por suas transgressões, e da qual se mostrou indigno.

<strong>Momentos</strong> <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de<br />

para Ele e Lhe admiram os atributos. Os princípios de bon<strong>da</strong>de, misericórdia e amor,<br />

ensinados e exemplificados por Jesus Cristo, são um transcrito <strong>da</strong> vontade e caráter de<br />

Deus. Cristo declarou que Ele na<strong>da</strong> ensinava a não ser o que recebera do Pai. Os<br />

princípios do governo divino estão em perfeita harmonia com os preceitos do Salvador:<br />

“Amai vossos inimigos.” Deus executa justiça sobre os ímpios, para o bem do Universo,<br />

e mesmo <strong>da</strong>queles sobre quem Seus juízos são aplicados. Ele os faria ditosos, se o<br />

pudesse fazer de acordo com as leis de Seu governo e a justiça de Seu caráter. Cerca-os<br />

de manifestações de Seu amor, confere-lhes conhecimento de Sua lei, acompanhando-os<br />

com o oferecimento de Sua misericórdia; eles, porém, Lhe desprezam o amor, anulam a<br />

lei e rejeitam a misericórdia. Ao mesmo tempo em que constantemente recebem Seus<br />

dons, desonram o Doador; odeiam a Deus porque sabem que Ele aborrece os seus<br />

pecados. O Senhor suporta a sua perversi<strong>da</strong>de; mas virá finalmente a hora decisiva, em<br />

que se deve decidir o seu destino. Acorrentará Ele então esses rebeldes a Seu lado?<br />

Forçá-los-á a fazerem a Sua vontade?<br />

Os que escolheram a Satanás como chefe, e por seu poder têm sido dirigidos, não<br />

estão preparados para comparecer à presença de Deus. O orgulho, o engano, a<br />

licenciosi<strong>da</strong>de, a cruel<strong>da</strong>de, fixaram-se em seu caráter. Podem eles entrar no Céu, para<br />

morar para sempre com aqueles a quem desprezaram e odiaram na Terra? A ver<strong>da</strong>de<br />

nunca será agradável ao mentiroso; a humil<strong>da</strong>de não satisfará o conceito de si mesmo e o<br />

orgulho; a pureza não é aceitável ao corrupto; o amor abnegado não parece atrativo ao<br />

egoísta. Que fonte de gozo poderia oferecer o Céu para os que se acham totalmente<br />

absortos nos interesses terrenos e egoístas?<br />

Poderiam aqueles cuja vi<strong>da</strong> foi emprega<strong>da</strong> em rebelião contra Deus, ser subitamente<br />

transportados para o Céu, e testemunhar o estado elevado e santo de perfeição que ali<br />

sempre existe, estando to<strong>da</strong> alma cheia de amor, todo rosto irradiando alegria, ecoando<br />

em honra de Deus e do Cordeiro uma arrebatadora música em acordes melodiosos, e<br />

fluindo <strong>da</strong> face dAquele que Se assenta sobre o trono uma incessante torrente de luz<br />

sobre os remidos; sim, poderiam aqueles cujo coração está cheio de ódio a Deus, à<br />

ver<strong>da</strong>de e santi<strong>da</strong>de, unir-se à multidão celestial e participar de seus cânticos de louvor?<br />

Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro? Não, absolutamente; anos de graça<br />

lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém,<br />

nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem do Céu, e<br />

agora é demasiado tarde. Uma vi<strong>da</strong> de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A<br />

pureza, santi<strong>da</strong>de e paz <strong>da</strong>li lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo<br />

consumidor. Almejariam fugir <strong>da</strong>quele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição,<br />

para que pudessem esconder-se <strong>da</strong> face dAquele que morreu para os remir. O destino dos<br />

ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, <strong>da</strong> sua parte, e<br />

justa e misericordiosa <strong>da</strong> parte de Deus.

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