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Momentos da Verdade

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

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<strong>Momentos</strong> <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de<br />

Ao serem apresenta<strong>da</strong>s as exigências do sábado, muitos raciocinavam do ponto de<br />

vista mun<strong>da</strong>no. Diziam: “Sempre guar<strong>da</strong>mos o domingo, nossos pais o observaram, e<br />

muitos homens bons e piedosos morreram felizes enquanto o guar<strong>da</strong>vam. Se tinham<br />

razão, também nós a temos. A guar<strong>da</strong> do sábado do sétimo dia nos poria em desacordo<br />

com o mundo, e não teríamos influência alguma sobre ele. Que pode um pequeno grupo,<br />

a guar<strong>da</strong>r o sétimo dia, esperar fazer contra todo o mundo que guar<strong>da</strong> o domingo?” Foi<br />

com argumentos semelhantes que os judeus se esforçaram para justificar sua rejeição de<br />

Cristo. Seus pais tinham sido aceitos por Deus, ao apresentarem ofertas de sacrifícios; e<br />

por que não poderiam os filhos encontrar salvação continuando com o mesmo modo de<br />

agir? Semelhantemente, no tempo de Lutero, raciocinavam os romanistas que cristãos<br />

ver<strong>da</strong>deiros tinham morrido na fé católica; e portanto, essa religião era suficiente para a<br />

salvação. Tal raciocínio se mostrava uma barreira eficaz contra todo o progresso na fé ou<br />

prática religiosa.<br />

Muitos insistiam em que a guar<strong>da</strong> do domingo tinha sido, por muitos séculos, uma<br />

doutrina estabeleci<strong>da</strong> e generalizado costume <strong>da</strong> igreja. Contra este argumento se mostrou<br />

que o sábado e sua observância eram mais antigos e generalizados, sendo mesmo tão<br />

velhos como o próprio mundo, e trazendo a sanção tanto dos anjos como de Deus.<br />

Quando foram postos os fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong> Terra, quando as estrelas <strong>da</strong> alva juntamente<br />

cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam, foi então lançado o fun<strong>da</strong>mento do<br />

sábado. Jó 38:6, 7; Gênesis 2:1-3. Bem pode esta instituição reclamar a nossa reverência;<br />

não foi ordena<strong>da</strong> por nenhuma autori<strong>da</strong>de humana, e não repousa sobre tradições<br />

humanas; foi estabeleci<strong>da</strong> pelo Ancião de Dias e ordena<strong>da</strong> por Sua eterna Palavra.<br />

Ao ser a atenção do povo chama<strong>da</strong> para o assunto <strong>da</strong> reforma do sábado, ministros<br />

populares perverteram a Palavra de Deus, interpretando-a de modo a melhor tranqüilizar<br />

os espíritos inquiridores. E os que não investigavam por si mesmos as Escrituras,<br />

contentavam-se com aceitar conclusões que se achavam de acordo com os seus desejos.<br />

Por meio de argumentos, sofismas, tradições dos pais <strong>da</strong> igreja e autori<strong>da</strong>des<br />

eclesiásticas, muitos se esforçaram para subverter a ver<strong>da</strong>de. Os defensores desta foram<br />

compelidos à Sagra<strong>da</strong> Escritura para defender a vali<strong>da</strong>de do quarto man<strong>da</strong>mento. Homens<br />

humildes, armados unicamente com a Palavra <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de, resistiram aos ataques de<br />

homens de saber, que, com surpresa e ira, perceberam a ineficácia de seus eloqüentes<br />

sofismas contra o raciocínio simples, direto, <strong>da</strong>queles que eram versados nas Escrituras<br />

ao invés de sê-lo nas subtilezas filosóficas.<br />

Na ausência de testemunho <strong>da</strong>s Escrituras Sagra<strong>da</strong>s a seu favor, muitos, esquecendose<br />

de que o mesmo raciocínio fora empregado contra Cristo e Seus apóstolos, insistiam<br />

com incansável persistência: “Por que não compreendem os nossos grandes homens esta<br />

questão do sábado? Poucos, apenas, crêem como vós. Não pode ser que estejais certos, e<br />

que todos os homens de saber no mundo se achem em erro.” Para refutar esses

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