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Momentos da Verdade

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

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<strong>Momentos</strong> <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de<br />

O serviço no santuário terrestre dividia-se em duas partes: os sacerdotes ministravam<br />

diariamente no lugar santo, ao passo que uma vez ao ano o sumo sacerdote efetuava uma<br />

obra especial de expiação no lugar santíssimo, para a purificação do santuário. Dia após<br />

dia, o pecador arrependido levava sua oferta à porta do tabernáculo, e, colocando a mão<br />

sobre a cabeça <strong>da</strong> vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figura<strong>da</strong>mente,<br />

de si para o sacrifício inocente. O animal era então morto. “Sem derramamento de<br />

sangue”, diz o apóstolo, “não há remissão de pecado.” “A vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> carne está no sangue.”<br />

Levítico 17:11. A lei de Deus, sendo viola<strong>da</strong>, exige a vi<strong>da</strong> do transgressor. O sangue,<br />

representando a vi<strong>da</strong> que o pecador perdera, pecador cuja culpa a vítima arrostava, era<br />

levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca<br />

contendo a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimônia, o pecado transferia-se,<br />

mediante o sangue, em figura, para o santuário. Em alguns casos o sangue não era levado<br />

para o lugar santo; mas a carne deveria então ser comi<strong>da</strong> pelo sacerdote, conforme<br />

Moisés determinou aos filhos de Arão, dizendo: “O Senhor a deu a vós, para que<br />

levásseis a iniqüi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> congregação.” Levítico 10:17.<br />

Ambas as cerimônias simbolizavam, de igual modo, a transferência do pecado do<br />

penitente para o santuário. Esta era a obra que, dia após dia, se prolongava por todo o<br />

ano. Os pecados de Israel eram assim transferidos para o santuário, e uma obra especial<br />

se tornava necessária para a sua remoção. Deus ordenou que fosse feita expiação para<br />

ca<strong>da</strong> um dos compartimentos sagrados. “Fará expiação pelo santuário por causa <strong>da</strong>s<br />

imundícias dos filhos de Israel e <strong>da</strong>s suas transgressões, segundo todos os seus pecados: e<br />

assim fará para a ten<strong>da</strong> <strong>da</strong> congregação que mora com eles no meio <strong>da</strong>s suas imundícias.”<br />

Devia também ser feita expiação pelo altar, para o purificar e santificar “<strong>da</strong>s imundícias<br />

dos filhos de Israel.” Levítico 16:16, 19.<br />

Uma vez por ano, no grande dia <strong>da</strong> expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo<br />

para a purificação do santuário. A obra ali efetua<strong>da</strong> completava o ciclo anual do<br />

ministério. No dia <strong>da</strong> expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e<br />

lançavam-se sortes sobre eles, “uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode<br />

emissário.” Levítico 16:8. O bode, sobre o qual caía a sorte do Senhor, deveria ser morto<br />

como oferta pelo pecado do povo. E devia o sacerdote trazer o sangue do bode para<br />

dentro do véu e aspergilo sobre o propiciatório e diante do propiciatório. Devia também<br />

aspergir o sangue sobre o altar de incenso, que estava diante do véu.<br />

“E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará<br />

to<strong>da</strong>s as iniqüi<strong>da</strong>des dos filhos de Israel, e to<strong>da</strong>s as suas transgressões, segundo todos os<br />

seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um<br />

homem designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si to<strong>da</strong>s as iniqüi<strong>da</strong>des<br />

deles à terra solitária.” Levítico 16:21, 22. O bode emissário não mais vinha ao<br />

acampamento de Israel, e exigiase que o homem, que o levara, lavasse com água a si e

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