Momentos da Verdade
O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma... O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...
Momentos da Verdade imaculada. As mãos feridas, o lado traspassado, os pés cravejados, pleiteiam pelo homem decaído, cuja redenção foi comprada com tão infinito preço. “E conselho de paz haverá entre Eles ambos.” O amor do Pai, não menos que o do Filho, é o fundamento da salvação para a raça perdida. Disse Jesus aos discípulos, antes de Se retirar deles: “Não vos digo que Eu rogarei por vós ao Pai; pois o mesmo Pai vos ama.” João 16:26, 27. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.” 2 Coríntios 5:19. E no ministério do santuário, no Céu, “conselho de paz haverá entre Eles ambos.” “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. A pergunta -Que é o santuário? -é claramente respondida nas Escrituras. O termo “santuário”, conforme é empregado na Bíblia, refere-se primeiramente, ao tabernáculo construído por Moisés, como figura das coisas celestiais; e, em segundo lugar, ao “verdadeiro tabernáculo”,no Céu,para o qual o santuário terrestre apontava. À morte de Cristo, terminou o serviço típico. O “verdadeiro tabernáculo”, no Céu, é o santuário do novo concerto. E como a profecia de Daniel 8:14 se cumpre nesta dispensação, o santuário a que ela se refere deve ser o santuário do novo concerto. Ao terminarem os 2.300 dias, em 1844, já por muitos séculos não havia santuário sobre a Terra. Destarte, a profecia -“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”, aponta inquestionavelmente para o santuário do Céu. A questão mais importante, porém, ainda está para ser respondida: Que é a purificação do santuário? Que houve tal cerimônia com referência ao santuário terrestre, acha-se declarado nas Escrituras do Antigo Testamento. Mas poderá no Céu haver alguma coisa a ser purificada? No Capítulo 9 de Hebreus a purificação do santuário terrestre, bem como a do celestial, encontra-se plenamente ensinada. “Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no Céu assim se purificassem [com sangue de animais]; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes” (Hebreus 9:22, 23), ou seja, com o precioso sangue de Cristo. A purificação, tanto no serviço típico como no real, deveria executar-se com sangue: no primeiro com sangue de animais, no último com o sangue de Cristo. Paulo declara, como razão por que esta purificação deve ser efetuada com sangue, que sem derramamento de sangue não há remissão. Remissão, ou ato de lançar fora o pecado, é a obra a efetuar-se. Mas, como poderia haver pecado em relação com o santuário, quer no Céu quer na Terra? Isto se pode compreender por uma referência ao culto simbólico; pois que os sacerdotes que oficiavam na Terra serviam de “exemplar e sombra das coisas celestiais.” Hebreus 8:5.
Momentos da Verdade O serviço no santuário terrestre dividia-se em duas partes: os sacerdotes ministravam diariamente no lugar santo, ao passo que uma vez ao ano o sumo sacerdote efetuava uma obra especial de expiação no lugar santíssimo, para a purificação do santuário. Dia após dia, o pecador arrependido levava sua oferta à porta do tabernáculo, e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. O animal era então morto. “Sem derramamento de sangue”, diz o apóstolo, “não há remissão de pecado.” “A vida da carne está no sangue.” Levítico 17:11. A lei de Deus, sendo violada, exige a vida do transgressor. O sangue, representando a vida que o pecador perdera, pecador cuja culpa a vítima arrostava, era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca contendo a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimônia, o pecado transferia-se, mediante o sangue, em figura, para o santuário. Em alguns casos o sangue não era levado para o lugar santo; mas a carne deveria então ser comida pelo sacerdote, conforme Moisés determinou aos filhos de Arão, dizendo: “O Senhor a deu a vós, para que levásseis a iniqüidade da congregação.” Levítico 10:17. Ambas as cerimônias simbolizavam, de igual modo, a transferência do pecado do penitente para o santuário. Esta era a obra que, dia após dia, se prolongava por todo o ano. Os pecados de Israel eram assim transferidos para o santuário, e uma obra especial se tornava necessária para a sua remoção. Deus ordenou que fosse feita expiação para cada um dos compartimentos sagrados. “Fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados: e assim fará para a tenda da congregação que mora com eles no meio das suas imundícias.” Devia também ser feita expiação pelo altar, para o purificar e santificar “das imundícias dos filhos de Israel.” Levítico 16:16, 19. Uma vez por ano, no grande dia da expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. A obra ali efetuada completava o ciclo anual do ministério. No dia da expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes sobre eles, “uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário.” Levítico 16:8. O bode, sobre o qual caía a sorte do Senhor, deveria ser morto como oferta pelo pecado do povo. E devia o sacerdote trazer o sangue do bode para dentro do véu e aspergilo sobre o propiciatório e diante do propiciatório. Devia também aspergir o sangue sobre o altar de incenso, que estava diante do véu. “E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária.” Levítico 16:21, 22. O bode emissário não mais vinha ao acampamento de Israel, e exigiase que o homem, que o levara, lavasse com água a si e
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<strong>Momentos</strong> <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de<br />
imacula<strong>da</strong>. As mãos feri<strong>da</strong>s, o lado traspassado, os pés cravejados, pleiteiam pelo homem<br />
decaído, cuja redenção foi compra<strong>da</strong> com tão infinito preço.<br />
“E conselho de paz haverá entre Eles ambos.” O amor do Pai, não menos que o do<br />
Filho, é o fun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> salvação para a raça perdi<strong>da</strong>. Disse Jesus aos discípulos, antes<br />
de Se retirar deles: “Não vos digo que Eu rogarei por vós ao Pai; pois o mesmo Pai vos<br />
ama.” João 16:26, 27. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.” 2<br />
Coríntios 5:19. E no ministério do santuário, no Céu, “conselho de paz haverá entre Eles<br />
ambos.” “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que<br />
todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vi<strong>da</strong> eterna.” João 3:16.<br />
A pergunta -Que é o santuário? -é claramente respondi<strong>da</strong> nas Escrituras. O termo<br />
“santuário”, conforme é empregado na Bíblia, refere-se primeiramente, ao tabernáculo<br />
construído por Moisés, como figura <strong>da</strong>s coisas celestiais; e, em segundo lugar, ao<br />
“ver<strong>da</strong>deiro tabernáculo”,no Céu,para o qual o santuário terrestre apontava. À morte de<br />
Cristo, terminou o serviço típico. O “ver<strong>da</strong>deiro tabernáculo”, no Céu, é o santuário do<br />
novo concerto. E como a profecia de Daniel 8:14 se cumpre nesta dispensação, o<br />
santuário a que ela se refere deve ser o santuário do novo concerto. Ao terminarem os<br />
2.300 dias, em 1844, já por muitos séculos não havia santuário sobre a Terra. Destarte, a<br />
profecia -“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”,<br />
aponta inquestionavelmente para o santuário do Céu.<br />
A questão mais importante, porém, ain<strong>da</strong> está para ser respondi<strong>da</strong>: Que é a<br />
purificação do santuário? Que houve tal cerimônia com referência ao santuário terrestre,<br />
acha-se declarado nas Escrituras do Antigo Testamento. Mas poderá no Céu haver<br />
alguma coisa a ser purifica<strong>da</strong>? No Capítulo 9 de Hebreus a purificação do santuário<br />
terrestre, bem como a do celestial, encontra-se plenamente ensina<strong>da</strong>. “Quase to<strong>da</strong>s as<br />
coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há<br />
remissão. De sorte que era bem necessário que as figuras <strong>da</strong>s coisas que estão no Céu<br />
assim se purificassem [com sangue de animais]; mas as próprias coisas celestiais com<br />
sacrifícios melhores do que estes” (Hebreus 9:22, 23), ou seja, com o precioso sangue de<br />
Cristo.<br />
A purificação, tanto no serviço típico como no real, deveria executar-se com sangue:<br />
no primeiro com sangue de animais, no último com o sangue de Cristo. Paulo declara,<br />
como razão por que esta purificação deve ser efetua<strong>da</strong> com sangue, que sem<br />
derramamento de sangue não há remissão. Remissão, ou ato de lançar fora o pecado, é a<br />
obra a efetuar-se. Mas, como poderia haver pecado em relação com o santuário, quer no<br />
Céu quer na Terra? Isto se pode compreender por uma referência ao culto simbólico; pois<br />
que os sacerdotes que oficiavam na Terra serviam de “exemplar e sombra <strong>da</strong>s coisas<br />
celestiais.” Hebreus 8:5.