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Momentos da Verdade

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

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<strong>Momentos</strong> <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de<br />

A mensagem: “Aí vem o Esposo” -não era tanto uma questão de argumento, se bem<br />

que a prova <strong>da</strong>s Escrituras fosse clara e conclusiva. Ia com ela um poder impulsor que<br />

movia a alma. Não havia discussão nem dúvi<strong>da</strong>s. Por ocasião <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> triunfal de Cristo<br />

em Jerusalém, o povo que de to<strong>da</strong>s as partes do país se congregara a fim de solenizar a<br />

festa, foi em tropel ao Monte <strong>da</strong>s Oliveiras, e, unindo-se à multidão que acompanhava a<br />

Jesus, deixou-se tomar pela inspiração do momento e aju<strong>da</strong>ram a avolumar a aclamação:<br />

“Bendito O que vem em nome do Senhor.” Mateus 21:9. De modo semelhante, os<br />

incrédulos que se congregaram nas reuniões adventistas -alguns por curiosi<strong>da</strong>de, outros<br />

meramente com o fim de ridicularizar -sentiram o poder convincente que acompanhava a<br />

mensagem: “Aí vem o Esposo.”<br />

Naquele tempo houve fé que atraía resposta à oração -fé que tinha em vista a<br />

recompensa. Como aguaceiros sobre a terra sedenta, o espírito de graça descia aos que<br />

ardorosamente o buscavam. Os que esperavam em breve estar face a face com seu<br />

Redentor, sentiram uma solene e inexprimível alegria. O poder enternecedor do Espírito<br />

Santo conferiu aos fiéis rica medi<strong>da</strong> de bênçãos, sensibilizando-lhes o coração.<br />

Cui<strong>da</strong>dosa e solenemente os que receberam a mensagem chegaram ao tempo em que<br />

esperavam encontrar-se com o Senhor. Sentiam como primeiro dever, ca<strong>da</strong> manhã, obter<br />

a certeza de estar aceitos por Deus. De corações intimamente unidos, oravam muito uns<br />

com os outros e uns pelos outros. A fim de ter comunhão com Deus, reuniam-se muitas<br />

vezes em lugares isolados, e dos campos ou dos bosques as vozes de intercessão<br />

ascendiam ao Céu. A certeza <strong>da</strong> aprovação do Salvador era-lhes mais indispensável do<br />

que o pão cotidiano; e, se alguma nuvem lhes tol<strong>da</strong>va o espírito, não descansavam<br />

enquanto não fosse dissipa<strong>da</strong>. Sentindo o testemunho <strong>da</strong> graça perdoadora, almejavam<br />

contemplar Aquele que de sua alma era amado.<br />

Mas, de novo estavam destinados ao desapontamento. O tempo de expectação passou<br />

e o Salvador não apareceu. Com inabalável confiança tinham aguar<strong>da</strong>do Sua vin<strong>da</strong>, e<br />

agora experimentavam o mesmo sentimento de Maria quando, indo ao túmulo do<br />

Salvador e encontrando-o vazio, exclamou em pranto: “Levaram o meu Senhor, e não sei<br />

onde O puseram.” João 20:13. Um sentimento de terror, o receio de que a mensagem<br />

pudesse ser ver<strong>da</strong>deira, servira algum tempo de restrição ao mundo incrédulo. Passado<br />

que foi o tempo, esse sentimento não desapareceu de pronto; a princípio não ousaram<br />

exultar sobre os que foram decepcionados; mas, como sinais nenhuns <strong>da</strong> ira de Deus se<br />

vissem, perderam os temores e retomaram a exprobração e o ridículo. Numerosa classe,<br />

que tinha professado crer na próxima vin<strong>da</strong> do Senhor, renunciou à fé. Alguns, que se<br />

sentiam muito confiantes, ficaram tão profun<strong>da</strong>mente feridos em seu orgulho, que<br />

pareciam estar a fugir do mundo. Como outrora Jonas, queixavam-se de Deus e preferiam<br />

a morte à vi<strong>da</strong>. Os que haviam baseado sua fé nas opiniões de outrem, e não na Palavra<br />

de Deus, achavam-se agora novamente prontos para mu<strong>da</strong>r de idéias. Os escarnecedores

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