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Momentos da Verdade

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...

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<strong>Momentos</strong> <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de<br />

Recebesse o professo povo de Deus a luz tal como lhe refulge <strong>da</strong> Sua Palavra, e<br />

alcançaria a uni<strong>da</strong>de por que Cristo orou, a qual o apóstolo descreve como “a uni<strong>da</strong>de do<br />

Espírito pelo vínculo <strong>da</strong> paz.” “Há”, diz ele, “um só corpo e um só Espírito, como<br />

também fostes chamados em uma só esperança <strong>da</strong> vossa vocação; um só Senhor, uma só<br />

fé, um só batismo.” Efésios 4:3-5. Foram estes os benditos resultados fruídos pelos que<br />

aceitaram a mensagem adventista. Vieram de denominações várias, e as barreiras<br />

denominacionais foram arremessa<strong>da</strong>s ao chão; credos em conflito eram reduzidos a<br />

átomos; a esperança de um milênio terreal, em desacordo com a Escritura Sagra<strong>da</strong>, foi<br />

posta de lado e corrigi<strong>da</strong>s opiniões falsas sobre o segundo advento; varridos o orgulho e a<br />

conformação ao mundo; repararam-se injustiças; os corações se uniram na mais doce<br />

comunhão, e o amor e a alegria reinaram supremos. Se esta doutrina fez isto pelos poucos<br />

que a receberam, o mesmo teria feito a todos, se todos a houvessem recebido.<br />

Mas as igrejas, em geral, não aceitaram a advertência. Os pastores, que, como “vigias<br />

sobre a casa de Israel”, deveriam ter sido os primeiros a discernir os sinais <strong>da</strong> vin<strong>da</strong> de<br />

Jesus, não quiseram saber a ver<strong>da</strong>de, quer pelo testemunho dos profetas, quer pelos sinais<br />

dos tempos. À medi<strong>da</strong> que as esperanças e ambições mun<strong>da</strong>nas lhes encheram o coração,<br />

arrefeceram o amor para com Deus e a fé em Sua Palavra; e, quando a doutrina do<br />

advento era apresenta<strong>da</strong>, apenas suscitava preconceito e descrença. O fato de ser a<br />

mensagem em grande parte prega<strong>da</strong> por leigos, era insistentemente apresentado como<br />

argumento contra a mesma. Como na antigüi<strong>da</strong>de, ao claro testemunho <strong>da</strong> Palavra de<br />

Deus opunha-se a in<strong>da</strong>gação: “Têm crido alguns dos príncipes ou dos fariseus?” E vendo<br />

quão difícil tarefa era refutar os argumentos aduzidos dos períodos proféticos, muitos<br />

desanimavam o estudo <strong>da</strong>s profecias, ensinando que os livros proféticos estavam selados,<br />

e não deveriam ser compreendidos. Multidões, confiando implicitamente nos pastores,<br />

recusaram-se a ouvir a advertência; e outros, ain<strong>da</strong> que convictos <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de, não<br />

ousavam confessá-la para não serem “expulsos <strong>da</strong> sinagoga.” A mensagem que Deus<br />

enviara para provar e purificar a igreja revelou com muita evidência quão grande era o<br />

número dos que haviam posto a afeição neste mundo ao invés de em Cristo. Os laços que<br />

os ligavam à Terra, mostravam-se mais fortes do que as atrações ao Céu. Preferiam ouvir<br />

a voz <strong>da</strong> sabedoria mun<strong>da</strong>na, e desviavam-se <strong>da</strong> probante mensagem <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de.<br />

Rejeitando a advertência do primeiro anjo, desprezaram os meios que o Céu provera<br />

para a sua restauração. Desacataram o mensageiro de graça que teria corrigido os males<br />

que os separavam de Deus, e com maior avidez volveram à busca <strong>da</strong> amizade do mundo.<br />

Eis aí a causa <strong>da</strong> terrível condição de mun<strong>da</strong>nismo, apostasia e morte espiritual, que<br />

prevalecia nas igrejas em 1844. No Capítulo 14 do Apocalipse, o primeiro anjo é<br />

seguido por um segundo anjo, que proclama: “Caiu, caiu Babilônia, aquela grande<br />

ci<strong>da</strong>de, que a to<strong>da</strong>s as nações deu a beber do vinho <strong>da</strong> ira <strong>da</strong> sua prostituição.” Apocalipse<br />

14:8. O termo Babilônia é derivado de “Babel” e significa confusão. É empregado nas

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