Momentos da Verdade
O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma... O mistério da história não é completamente escuro, pois é um véu que oculta apenas parcialmente a atividade criadora e as forças espirituais e a operação das leis espirituais. É comum dizer que o sangue dos mártires é a semente da Igreja, mas o que estamos afirmando é simplesmente que os atos individuais de decisão espiritual dão frutos sociais... Pois as grandes mudanças culturais e revoluções históricas que decidem o destino das nações ou o caráter de uma época são o resultado cumulativo de uma série de decisões espirituais... a fé e o discernimento, ou a recusa e cegueira, dos indivíduos. Ninguém pode pôr o dedo no último ato espiritual que inclina o equilíbrio e faz com que a ordem externa da sociedade assuma uma nova forma...
Momentos da Verdade silêncio tão rigoroso que nunca mais ousou referir-se ao assunto. Isto, entretanto, apenas lhe aumentou o desejo de saber mais a respeito da religião cristã. Era-lhe cautelosamente conservado fora do alcance o conhecimento que buscava em seu lar hebreu; mas, quando contava apenas onze anos de idade, deixou a casa paterna e saiu para o mundo a fim de obter por si mesmo educação, escolher sua religião e ofício. Encontrou durante algum tempo um lar entre os parentes, mas não tardou a ser por eles expulso como apóstata e, sozinho e sem dinheiro, teve de se conduzir entre estranhos. Ia de lugar em lugar, estudando diligentemente e conseguindo a subsistência com o ensino do hebraico. Por influência de um professor católico foi levado a aceitar a fé romana e formulou o propósito de se fazer missionário para o seu próprio povo. Com este objetivo foi, alguns anos mais tarde, prosseguir os seus estudos no Colégio da Propaganda, em Roma. Ali, seu hábito de pensar independentemente e falar com franqueza, acarretou-lhe a acusação de heresia. Atacava abertamente os abusos da igreja e insistia na necessidade de reforma. Embora a princípio fosse tratado com favor especial pelos dignitários papais, depois de algum tempo o removeram de Roma. Foi de um lugar para outro, sob a vigilância da igreja, até que se tornou evidente que nunca poderia ser levado a submeterse ao cativeiro do romanismo. Declararam-no incorrigível; deixaram-no em liberdade para que fosse onde lhe aprouvesse. Encaminhou-se então para a Inglaterra e, professando a fé protestante, uniu-se à Igreja Anglicana. Depois de dois anos de estudo se entregou, em 1821, à sua missão. Ao mesmo tempo que Wolff aceitava a grande verdade do primeiro advento de Cristo como “homem de dores, e experimentado nos trabalhos”, via que as profecias apresentavam, com igual clareza, Seu segundo advento com poder e glória. E, ao passo que procurava conduzir seu povo a Jesus de Nazaré como o Prometido, e indicar-lhes a Sua primeira vinda em humilhação, como sacrifício pelos pecados dos homens, ensinavalhes também Sua segunda vinda como rei e libertador. “Jesus de Nazaré, o verdadeiro Messias, dizia ele, cujas mãos e pés foram traspassados; que como um cordeiro foi levado ao matadouro; que foi o homem de dores e experimentado em trabalhos; que veio pela primeira vez, depois de ser o cetro tirado de Judá, e o poder legislativo de entre seus pés, virá pela segunda vez, nas nuvens do céu, e com a trombeta do Arcanjo” (Pesquisas e Trabalhos Missionários, de Wolff) “e estará em pé sobre o Monte das Oliveiras; e aquele domínio sobre a criação, que uma vez fora entregue a nosso primeiro pai, e por ele perdido (Gênesis 1:26; 3:17), será dado a Jesus. Ele será rei sobre a Terra toda. Cessarão os gemidos e lamentações da criação, e cânticos de louvor e ações de graças serão ouvidos. ... Quando Jesus vier na glória de Seu Pai, com os santos anjos, ... os crentes que estiverem mortos ressuscitarão primeiro. 1 Tessalonicenses 4:16; 1 Coríntios 15:23. Isto é o que nós, cristãos, chamamos primeira ressurreição. Então, o reino animal mudará a sua natureza (Isaías 11:6-9), e se submeterá
Momentos da Verdade a Jesus. Salmos 8. Prevalecerá a paz universal.” (Diário do Rev. José Wolff.) “O Senhor novamente olhará para a Terra, e dirá que tudo é muito bom.” -Ibidem. Wolff cria na próxima vinda do Senhor, e sua interpretação dos períodos proféticos colocava o grande acontecimento em muito poucos anos de diferença do tempo indicado por Miller. Aos que insistiam nesta passagem: “Daquele dia e hora ninguém sabe” que os homens nada devem saber em relação à proximidade do advento, Wolff replicava: “Disse nosso Senhor que aquele dia e hora nunca deveriam ser conhecidos? Não nos deu Ele sinais dos tempos, a fim de que possamos ao menos saber a aproximação de Sua vinda, como alguém sabe da proximidade do verão pelo brotar das folhas na figueira? Mateus 24:32. Não deveremos jamais conhecer esse tempo, quando Jesus mesmo nos exorta, não somente a ler o profeta Daniel, mas a compreendê-lo? E o mesmo livro de Daniel, em que se diz que as palavras estavam fechadas até ao tempo do fim (conforme era o caso em seu tempo), declara que ‘muitos correrão de uma parte para outra’ (expressão hebraica para significar -observar e pensar a respeito do tempo), e a ‘ciência’ (em relação ao tempo) ‘se multiplicará’. Daniel 12:4. Demais, nosso Senhor não tem o intuito de dizer com isto que a proximidade do tempo não será conhecida, mas que o ‘dia e hora’ exatos ‘ninguém sabe’. Pelos sinais dos tempos, diz Ele, será conhecido o suficiente para nos induzir ao preparo para a Sua vinda, tal como Noé preparou a arca.” -Pesquisas e Trabalhos Missionários, de Wolff. Em relação ao sistema popular de interpretar as Escrituras, ou de mal-interpretá-las, escreveu Wolff: “A maior parte da igreja cristã tem-se separado do claro sentido das Escrituras, volvendo ao sistema fantasioso dos budistas; estes crêem que a futura felicidade dos homens consistirá em mover-se pelo ar. Admitem que, quando lêem judeus, devem entender gentios; e quando lêem Jerusalém, devem compreender igreja; e se se fala de Terra, significa Céu; e pela vinda do Senhor devem compreender o progresso das sociedades missionárias; e subir ao monte da casa do Senhor, significa imponente reunião religiosa dos metodistas.” -Diário, do Rev. José Wolff. Durante vinte e quatro anos, de 1821 a 1845, Wolff viajou extensamente: na África, visitando o Egito e a Etiópia; na Ásia, atravessando a Palestina, Síria, Pérsia, Usbequistão e a Índia. Visitou também os Estados Unidos, pregando, na viagem para lá, na ilha de Santa Helena. Chegou a Nova Iorque em agosto de 1837; e, depois de falar naquela cidade, pregou em Filadélfia e Baltimore, dirigindo-se finalmente a Washington. Ali, diz ele, “por uma proposta apresentada pelo ex-presidente John Quincy Adams, em uma das casas do Congresso, concedeu-se-me unanimemente o uso do salão do Congresso para uma conferência que eu pronunciei em um sábado, honrada com a presença de todos os congressistas, e também do bispo de Virgínia e do clero e cidadãos de Washington. A mesma honra me foi conferida pelos membros do governo de Nova Jersey e Pensilvânia,
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<strong>Momentos</strong> <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de<br />
a Jesus. Salmos 8. Prevalecerá a paz universal.” (Diário do Rev. José Wolff.) “O Senhor<br />
novamente olhará para a Terra, e dirá que tudo é muito bom.” -Ibidem.<br />
Wolff cria na próxima vin<strong>da</strong> do Senhor, e sua interpretação dos períodos proféticos<br />
colocava o grande acontecimento em muito poucos anos de diferença do tempo indicado<br />
por Miller. Aos que insistiam nesta passagem: “Daquele dia e hora ninguém sabe” que os<br />
homens na<strong>da</strong> devem saber em relação à proximi<strong>da</strong>de do advento, Wolff replicava: “Disse<br />
nosso Senhor que aquele dia e hora nunca deveriam ser conhecidos? Não nos deu Ele<br />
sinais dos tempos, a fim de que possamos ao menos saber a aproximação de Sua vin<strong>da</strong>,<br />
como alguém sabe <strong>da</strong> proximi<strong>da</strong>de do verão pelo brotar <strong>da</strong>s folhas na figueira? Mateus<br />
24:32. Não deveremos jamais conhecer esse tempo, quando Jesus mesmo nos exorta, não<br />
somente a ler o profeta Daniel, mas a compreendê-lo? E o mesmo livro de Daniel, em que<br />
se diz que as palavras estavam fecha<strong>da</strong>s até ao tempo do fim (conforme era o caso em seu<br />
tempo), declara que ‘muitos correrão de uma parte para outra’ (expressão hebraica para<br />
significar -observar e pensar a respeito do tempo), e a ‘ciência’ (em relação ao tempo) ‘se<br />
multiplicará’. Daniel 12:4. Demais, nosso Senhor não tem o intuito de dizer com isto que<br />
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sabe’. Pelos sinais dos tempos, diz Ele, será conhecido o suficiente para nos induzir ao<br />
preparo para a Sua vin<strong>da</strong>, tal como Noé preparou a arca.” -Pesquisas e Trabalhos<br />
Missionários, de Wolff.<br />
Em relação ao sistema popular de interpretar as Escrituras, ou de mal-interpretá-las,<br />
escreveu Wolff: “A maior parte <strong>da</strong> igreja cristã tem-se separado do claro sentido <strong>da</strong>s<br />
Escrituras, volvendo ao sistema fantasioso dos budistas; estes crêem que a futura<br />
felici<strong>da</strong>de dos homens consistirá em mover-se pelo ar. Admitem que, quando lêem<br />
judeus, devem entender gentios; e quando lêem Jerusalém, devem compreender igreja; e<br />
se se fala de Terra, significa Céu; e pela vin<strong>da</strong> do Senhor devem compreender o<br />
progresso <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong>des missionárias; e subir ao monte <strong>da</strong> casa do Senhor, significa<br />
imponente reunião religiosa dos metodistas.” -Diário, do Rev. José Wolff.<br />
Durante vinte e quatro anos, de 1821 a 1845, Wolff viajou extensamente: na África,<br />
visitando o Egito e a Etiópia; na Ásia, atravessando a Palestina, Síria, Pérsia, Usbequistão<br />
e a Índia. Visitou também os Estados Unidos, pregando, na viagem para lá, na ilha de<br />
Santa Helena. Chegou a Nova Iorque em agosto de 1837; e, depois de falar naquela<br />
ci<strong>da</strong>de, pregou em Filadélfia e Baltimore, dirigindo-se finalmente a Washington. Ali, diz<br />
ele, “por uma proposta apresenta<strong>da</strong> pelo ex-presidente John Quincy A<strong>da</strong>ms, em uma <strong>da</strong>s<br />
casas do Congresso, concedeu-se-me unanimemente o uso do salão do Congresso para<br />
uma conferência que eu pronunciei em um sábado, honra<strong>da</strong> com a presença de todos os<br />
congressistas, e também do bispo de Virgínia e do clero e ci<strong>da</strong>dãos de Washington. A<br />
mesma honra me foi conferi<strong>da</strong> pelos membros do governo de Nova Jersey e Pensilvânia,