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D Grau - 3ª Edição

3ª Edição da revista dos alunos de Física e Engenharia Física da FCUL, produzida e editada pelo NFEF-FCUL.

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não são fáceis de serem identificadas “manualmente”.

É aí que os computadores se tornam

nossos melhores amigos.

Machine Learning é uma subárea da Inteligência

Artificial (Artificial Intelligence – AI) que

permite que algoritmos “aprendam” com os dados,

reconhecendo padrões neles, e utilizando

isto para melhor classificar ou selecionar dados

futuros. Usar machine learning na astronomia

permite, por exemplo a criação de métodos mais

eficientes para determinar que tipo de objeto estamos

observando. É exatamente isto que os investigadores

Pedro Cunha e Andrew Humphrey,

do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço

(IA), fizeram com o algoritmo SHEEP, cujo objetivo

é classificar objetos astronómicos entre galáxias,

quasares, supernovas ou nebulosas.

No Brasil, a cientista Roberta Duarte,

aluna de doutoramento na Universidade de São

Paulo, liderou a simulação de um buraco negro

com base em inteligência artificial. Este trabalho

foi pioneiro, já que realizou os cálculos em

um tempo sete mil vezes menor do que antes

era necessário! O método de machine learning

foi usado para que o computador “aprendesse”

a simular a dinâmica ao redor de um buraco negro,

com base em dados de simulações prévias.

Ou seja – o computador “aprendeu” a física com

base apenas nestes dados.

Katie Bouman com os discos rígidos que armazenam

as imagens do buraco negro M87*

Fonte: Katie Bouman

Em suma, o avanço da tecnologia sempre

foi uma maravilha para a ciência, e hoje isto

está cada vez mais evidente. Estamos dia após

dia a expandir nossos horizontes de conhecimento.

Mas esse conhecimento não está a saltar

à nossa frente, e precisa ser trabalhado. É

praticamente impossível fazer física hoje em dia,

sem fazer também informática. A Astroinformática,

então, é uma união poderosa destas duas

áreas, sendo bastante multifacetada, e acima de

tudo, em constante inovação.

Mapa do céu feito com os dados do EDR3 da missão Gaia

Fonte: André Moitinho, Márcia Barros (imagem retirada do site da ESA)

Eduarda Pimentel

Aluna 1º Ano Mestrado Física

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