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D Grau - 3ª Edição

3ª Edição da revista dos alunos de Física e Engenharia Física da FCUL, produzida e editada pelo NFEF-FCUL.

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tividade geral são muito mais complicadas. Isto

por sua vez irá afetar as equações da cosmologia

como a equação de Friedmann. Pode-se também

adicionar campos escalares extras às equações

de campo mudando assim a forma como as

dinâmicas são descritas.

Estas teorias mudam a um nível mais

profundo as bases da Relatividade Geral e por

norma são bastante constrangidas, ou mesmo

colocadas de lado com base em dados observacionais.

Apesar deste fator, a solução para

o problema da expansão acelerada pode estar

por trás de uma extensão desde tipo à Relatividade

Geral. As teorias de gravidade modificada

são bastantes vastas e complexas e têm imensos

dinamismos e nuances próprias existindo várias

formas de as fazer. Na imagem seguinte está representado

de forma esquemática uma árvore de

famílias de teorias de gravidade modificada

dado por

f(R) = R k , (33)

onde k é um parâmetro arbitrário e se se for considerado

que k«1 pode-se fazer a seguinte expansão

f(R) ≈ R + (k − 1)Rlog(R) + O(k 2 ) . (34)

Este modelo, para certos limites, ajusta a curva

de rotação da galáxia sem qualquer matéria escura.

Esta causalidade mete em questão se

existe a possibilidade de a Relatividade Geral ser

capaz de descrever as dinâmicas destas escalas

e se não se encontra limitada e em necessidade

de uma extensão.

Conclusão

Árvore das teorias de gravidade modificada

Fonte: Researchgate: General Relativity and Gravitation

Curvas de Rotação e matéria escura

Como já foi referido, as curvas de rotação

das galáxias previstas não batem certo com

as obtidas através de observações, e uma possível

solução para este problema é a matéria escura.

Porém, o problema pode estar na modelação

que se faz para estas curvas, isto é, a teoria

da Relatividade Geral pode ser incapaz de prever

com precisão estas curvas. Um ponto a favor

disto é a existência de modelos em teorias f(R)

que conseguem reproduzir as curvas de rotação

das galáxias sem necessitar de adicionar matéria

escura. Um exemplo disto é o modelo de f(R)

A Relatividade Geral é uma teoria com

um sucesso extremamente sólido e que tem

vindo a passar todos os testes a que é submetida.

Porém, pode não ser a teoria final na

nossa compreensão da dinâmica do Universo e

pode precisar de extensões, de novas abordagens

ou de uma ponte mais sólida com o mundo

quântico. Independentemente disto, a Relatividade,

até a data, é a nossa melhor ferramenta

para a descrição das dinâmicas gravíticas do Universo

nas escalas apropriadas à sua utilização.

Dois dos grandes problemas que esta teoria enfrenta

foram abordados neste artigo mas não são

os únicos problemas que atualmente se tem em

cosmologia e que podem estar ligados à teoria

da Relatividade Geral. Para os mais curiosos,

para além destes dos problemas já mencionados,

têm-se o problema da tensão da constante

de Hubble, H 0 , e σ 8 que metem o modelo standard

em questão mais uma vez. Esta teoria, por

si só, é um mundo completo e repleto de subtilezas

que permitem uma compreensão mais profunda

do nosso Universo. Porém, talvez não seja

a última teoria de gravitação e não se precise

de tantas coisas escuras para descrever o nosso

Universo.

David Pereira

Aluno 1º Ano Mestrado Física

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