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12Evite o 'stand by' e desligue - Económico

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esperança que depois da<br />

mudança do presidente do<br />

PSD, agora, o PS e PSD se<br />

vão entender. Caso não<br />

façam esse esforço, então<br />

o País estará MUITO MAL.<br />

F. PINTO, S. J. MADEIRA<br />

Oqueénecessário,em<br />

O coordenador do grupo de peritos<br />

para o estudo da política fiscal, não<br />

afasta medidas mais exigentes na<br />

despesa. E dúvida que o aumento<br />

do IVA seja eficaz.<br />

Como avalia as medidas do PEC<br />

no lado da despesa?<br />

As medidas pretendem contribuir<br />

para a redução do défice, com<br />

contidos impactos sociais. O<br />

congelamento salarial na<br />

Administração Pública é uma<br />

medida conjuntural de curto prazo.<br />

Não é impensável ser necessário<br />

um cenário mais exigente, quer no<br />

lado da redução da despesa, em<br />

especial da corrente, e da<br />

contenção de despesa por<br />

primeiro lugar, é manter a<br />

calma e evitar alarmismos<br />

hipócritas. Um<br />

entendimento entre PS e<br />

PSD era bem-vindo. Mas o<br />

problema não está<br />

exactamente nos partidos.<br />

Está na imensa maioria de<br />

neoliberais<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Teixeira dos Santos, participou ontem na habitual reunião semanal do<br />

Presidente da República com o primeiro ministro, no Palácio de Belém, que<br />

durou cerca de uma hora e quarenta minutos. A participação de um<br />

ministro nos encontros regulares entre Cavaco Silva e José Sócrates não é<br />

comum, e ocorreu no mesmo dia em Cavaco Silva promulgou o Orçamento<br />

do Estado para 2010, na última quinta-feira. O OE entra hoje em vigor.<br />

adiamento ou anulação de<br />

projectos de investimento menos<br />

urgentes ou justificáveis.<br />

Enadespesafiscal?<br />

Apesar da significativa redução da<br />

despesa fiscal, que é apresentada<br />

como alternativa à subida de taxas<br />

de imposto, sou ainda favorável à<br />

introdução de limites à despesa<br />

fiscal (como a definição de um<br />

tecto global e de um tecto de<br />

crescimento relativamente ao PIB)<br />

a considerar em cada Orçamento.<br />

E o aumento do IVA, por<br />

exemplo, em 1 ponto?<br />

Mesmo que fosse mais simples, as<br />

anteriores subidas de taxas do IVA<br />

permitem pôr em dúvida que essa<br />

(independentemente dos<br />

partidos) que passam a<br />

vida a destilar veneno. O<br />

que mudou de há dois<br />

meses para cá que<br />

justifique o alarmismo<br />

actual? Isto é sobretudo<br />

especulação. E<br />

especulação que visa mais<br />

soluçãofosseamaiseficaz.Mas<br />

mais justa não seria certamente. O<br />

IVA é, por definição, um imposto<br />

regressivo. Só quem tenha<br />

desistido de utilizar a fiscalidade<br />

como instrumento de<br />

redistribuição, um imperativo<br />

constitucional, apostará nessa<br />

solução. A subida de 1 % da taxa<br />

normal reportada a 2009 valeria<br />

cercade350milhõesdeeuros,<br />

dependendo o valor final do IVA<br />

arrecadado do nível de evasão e<br />

fraude que um aumento de taxa<br />

propiciaria. Nas experiências<br />

anteriores de subidas de taxas, a<br />

receita foi normalmente inferior ao<br />

valor estimado. ■ L.S<br />

o euro que a pequenina<br />

economia portuguesa. E a<br />

especulação assim como<br />

vem também vai,<br />

independentemente do<br />

que façamos e do que<br />

preguem os neoliberais.<br />

Esta situação vai-se<br />

manter até à aprovação<br />

Mais valias<br />

comtaxade20%<br />

O Governo decidiu<br />

✔ aumentar a taxa de<br />

tributação das mais-valias de<br />

10% para 20% e acabar com a<br />

isenção para as acções detidas<br />

há menos de um ano. A<br />

proposta de lei foi aprovada no<br />

Conselho de Ministros de há<br />

uma semana e irá agora para o<br />

Parlamento. O ministro<br />

explicou que o regime prevê<br />

que todas as mais-valias<br />

realizadas este ano ficam já<br />

sujeitas às novas regras. O<br />

cálculo será feito através do<br />

saldo entre as mais valias e as<br />

menosvaliaseosprimeiros<br />

500 euros estão isentos.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 7<br />

SEIS MEDIDAS DO PEC DÃO OS PRIMEIROS PASSOS<br />

Faz hoje uma semana que o<br />

Governo deu o pontapé de saída<br />

na implementação do Programa de<br />

Estabilidade e Crescimento (PEC)<br />

com a aprovação de três medidas<br />

no Conselho de Ministros:<br />

tributação das mais-valias,<br />

portagens nas SCUT e taxa de<br />

45% no IRS. Ontem, pressionado<br />

pelo pânico que se instalou nos<br />

mercados, o Governo reuniu com<br />

o PSD e viu-se obrigado a avançar<br />

commaistrês.Destavez,José<br />

Sócrates explicou que para 2010<br />

foi antecipada a entrada em vigor<br />

das novas regras do subsídio de<br />

desemprego (ver texto ao lado),<br />

as auditorias às prestações sociais<br />

e da nova lei de condição de<br />

recursos. No entanto, uma das<br />

principais medidas da área fiscal<br />

e também das mais difíceis de<br />

aprovar - o tecto nas deduções à<br />

colecta - ainda não viu a luz do dia.<br />

SCUT portajadas<br />

a 1 de Julho<br />

O Governo vai introduzir<br />

✔ portagens nas autoestradas<br />

onde até agora o<br />

utilizador não tinha de pagar<br />

nada. A medida está prevista<br />

no PEC e na semana passada,<br />

com a sua aprovação no<br />

Conselho de Ministros, ficou<br />

definida a entrada em vigor.<br />

São três as concessões<br />

rodoviárias que passarão a ter<br />

portagens: Costa de Prata<br />

(entre Mira e Porto), Grande<br />

Porto (área urbana da capital<br />

nortenha) e Norte Litoral (entre<br />

oPortoeFronteiracoma<br />

Galiza). As outras quatro SCUT<br />

mantêm-se sem portagens.<br />

da ajuda à Grécia<br />

em 10 de Maio.<br />

REALISTA, PORTO<br />

Não embarquemos<br />

em falsas soluções,<br />

de remedeio, porque<br />

não é disso que os<br />

portugueseseosseus<br />

Avaliar financeiramente<br />

os que recebem apoios<br />

Os beneficiários de<br />

✘ apoios sociais do regime<br />

não contributivo - ou seja, do<br />

Rendimento Social de Inserção,<br />

dos abonos de família, entre<br />

outros-vãopassaraterde<br />

provar que não têm<br />

rendimentos suficientes para<br />

ficarem excluídos daquele<br />

apoio. E por rendimentos não<br />

se entende apenas o salário,<br />

mas também, por exemplo, o<br />

património. A nova lei de<br />

condição de recursos, que está<br />

prevista no PEC, vai já avançar<br />

esteanoefazpartedolotede<br />

três medidas que o Governo diz<br />

ter antecipado para 2010.<br />

Auditorias e fiscalizações<br />

às prestações sociais<br />

Todas as prestações<br />

✘<br />

sociais vão ser objecto<br />

de auditoria e fiscalização. A<br />

intenção do Governo é verificar<br />

se os beneficiários das ajudas<br />

do Estado reúnem de facto as<br />

condições de acesso aos<br />

apoios. A medida foi<br />

apresentada pelo Governo<br />

como sendo uma das que será<br />

antecipada para este ano, com<br />

o objectivo de sinalizar o<br />

empenho do Governo na<br />

redução do défice. No plano de<br />

combate à fraude, o Ministério<br />

de Helena André prevê 40 mil<br />

acções de fiscalização ao RSI,<br />

mais 2,8% que em 2009.<br />

Mais ricos pagam<br />

IRS de 45%<br />

Depois de na legislatura<br />

✔ anterior ter criado o<br />

novo escalão de IRS de 42%, o<br />

Governo avança agora com<br />

uma nova taxa: 45% para<br />

rendimentos superiores a 150<br />

mil euros. A medida foi<br />

aprovada no Conselho de<br />

Ministros da passada quinta-<br />

-feira e, sendo uma matéria<br />

fiscal, ainda terá de passar pela<br />

Assembleia da República.<br />

A medida apesar de render 30<br />

milhões aos cofres do Estado,<br />

é a que menos vai ajudar<br />

a reduzir o défice. A nova taxa<br />

aplica-se aos rendimentos<br />

obtidos em 2010.

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