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32 Diário Económico Quinta-feira 29 Abril 2010
EMPRESAS
ENERGIA
Gás Natural Fenosa lucra 386 milhões
no primeiro trimestre de 2010
A Gás Natural Fenosa obteve um lucro líquido de 386 milhões de euros
no primeiro trimestre de 2010, mais 9,4% que em igual período do ano
passado. Estes resultados surgem num contexto marcado pelo início
da recuperação da procura energética em Espanha, mas também pela
volatilidade significativa dos preços da energia, dos mercados cambiais
e dos financeiros. O EBITDA consolidado do primeiro trimestre de 2010
ascendeu a 1.296 milhões de euros, aumentando 77,5%.
O Renault Megane ganhou a carros
como o VW Golf Variant TDI.
GESTÃO DE FROTAS
PRODUÇÃO DA SHARAN COMEÇA “BREVEMENTE” E QUATRO SEMANAS DEPOIS COMEÇA A PRODUÇÃO DA ALHAMBRA
Marina Conceição
marina.conceicao@economico.pt
A meta repete-se e continua
sem ser alcançada: produzir 100
mil carros por ano. O director-
-geral da fábrica, Andreas
Hinrichs, acredita que este ano
“a produção vai crescer 20% em
relação ao ano passado e ultrapassar
os 100 mil carros”.
Um crescimento baseado no
início de produção do novo monovolume
Sharan, que “será o
modelo mais produzido da fábrica”,
ultrapassando os números
do Eos e do Scirocco.
O ambicionado quarto modelo,queseráasalvaçãodafábrica
em Portugal, ainda não
está nos planos da empresa.
“Não vamos conseguir anunciar
o quarto modelo este ano. A decisão
pode ser tomada este ano,
mas não será anunciada”, avan-
çou ontem o director-geral da
fábrica de Palmela em conferência
de imprensa. No entanto,
o responsável diz estar “a lutar
pelo quarto modelo”, já que “de
dois em dois anos, a Autoeuropa
lança um carro novo”.
Para acompanhar este crescimento
de produção, a fábrica
portuguesa do grupo alemão
Volkswagen vai contratar “mais
de 100 trabalhadores este ano,
mesmo que sejam temporários”,
explicou Andreas
Hinrichs.
Em 2009, a maior fábrica automóvel
portuguesa dispensou
250 trabalhadores temporários
terminando o ano com 2.992
colaboradores, menos 1,2% do
que em 2008. Uma medida tomada
para fazer face à crise
económica que assolou a Europa
em 2008 e 2009 e que afectou
profundamente o sector auto-
Clientes da LeasePlan elegem Renault
Megane e Seat Exeo os “Carros Frota 2010”
A LeasePlan, líder em aluguer operacional de veículos e gestão de
frotas, elegeu o Renault Megane e o Seat Exeo como “Carro Frota
2010”, nas categorias de pequeno familiar e médio familiar,
respectivamente. O Renault superou a concorrência, em pequenos
familiares, composta pelo VW Golf Variant TDI Confortline, Opel Astra
Cosmo CDTi MY10 e o Toyota Auris 1.4. Já o Seat bateu o C5 Tourer 1.6,
Opel Insignia Sport Tourer e Toyota Avensis 2.0 em veículos médios.
A Autoeuropa vai começar a produzir o novo monovolume Sharan “brevemente”, assegurou Andreas Hinrichs, director-geral da fábrica de
Palmela.Segundo o responsável, a Sharan transformar-se-á no principal carro em produção na fábrica portuguesa. Quatro semanas depois do
início da produção do monovolumeéavezdanovaAlhambraterlugardedestaquenalinhadeproduçãodaAutoeuropa.
Produção da Autoeuropa vai crescer
20% sem quarto modelo à vista
No ano passado, as vendas caíram 16% e o resultado antes de impostos desceu 42%.
FORNECEDORES
79 nacionais
A fábrica de Palmela conseguiu
angariar cinco novos
fornecedores nacionais no
primeiro trimestre deste ano. No
ano passado, segundo dados da
empresa, a incorporação nacional
passou de 55% para 57%.
TRABALHADORES
32,7 carros
A produtividade dos
trabalhadores subiu 2%, o que
quer dizer que cada trabalhador
produzia 32, 1 carros por ano em
2008 enquanto que o ano
passado o número subiu para
32,7 carros por colaborador.
móvel. Uma crise espelhada
também nos resultados financeiros
da Autoeuropa. No ano
passado, a fábrica de Palmela
facturou 1,3 mil milhões de euros,
menos 16% do que em
2008. Já os resultados antes de
impostos atingiram os 20,7 milhões
de euros, o que corresponde
a uma queda de 42% face
a 2008. Números que deixam o
director-geral satisfeito. “Apesar
da crise, conseguimos ganhar
dinheiro e evitar despedimentos
de trabalhadores e o
‘lay-off’ [redução temporária
do tempo do trabalho]”, sublinhou
Hinrichs.
Ao Diário Económico o director-geral
da fábrica disse que
“paraesteanonãoestáprevisto
avançar com medidas de ‘layoff’
nem mais ‘down days’ [paragens
remuneradas]”, já que
este ano já se realizaram dois
João Paulo Dias
‘down days’ e está previsto mais
um. Neste momento, a Autoeuropa
continua em negociações
com os trabalhadores para apelar
à maior necessidade de flexibilidade
laboral, ou seja, “que se
trabalhe ao sábado quando há
maior procura e que se tenha
semanas de quatro dias na altura
de menor procura”, explicou
o director de recursos humanos.
“Queremos aumentar a flexibilidade,
queremos ser a fábrica
europeia mais atractiva da
Volkswagen”, disse Andreas
Hinrichs. Para isso, é preciso reduzir
os custos, principalmente
os que estão relacionados com o
transporte de componentes. A
incorporação nacional de componentes
subiu de 55% para
57%. Além disso, a Autoeuropa
conseguiu angariar mais cinco
fornecedores nacionais no primeiro
trimestre deste ano.■