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12Evite o 'stand by' e desligue - Económico

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LucrodaSemapacresce43,6%<br />

A Semapa obteve lucros de 18,3 milhões de euros no primeiro trimestre<br />

de 2010, mais 43,6% face ao período homólogo do ano passado.<br />

O volume de negócios ascendeu a 365,2 milhões de euros, mais 6,7%,<br />

enquanto o EBITDA foi de 87,1 milhões (mais 19,3%). Os lucros da Secil,<br />

detida em 51% pela Semapa, ascenderam a 5,9 milhões de euros, dos<br />

quais 4,7 milhões foram atribuídos aos accionistas da Semapa. Segundo a<br />

empresa, o aumento dos lucros resultou do aumento do EBITDA.<br />

COM MANDATO ATÉ 2013<br />

Francisco Lacerda<br />

O novo CEO da Cimpor é<br />

licenciado em Administração<br />

e Gestão de Empresas pela<br />

Católica. Vários anos na gestão do<br />

BCP, foi o responsável pela<br />

operação do banco na Polónia.<br />

José Edison<br />

É um dos homens fortes da<br />

Camargo Corrêa, onde se encontra<br />

desde 1996. É membro do Comité<br />

Executivo do grupo desde 2007 e<br />

presidente da administração da<br />

Camargo Corrêa Cimentos.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Cimpor reúne em assembleia geral<br />

de acionistas.<br />

● Incubadora InSerralves organiza<br />

sessões sobre Indústrias Criativas.<br />

● Wolkswagen divulga contas do<br />

primeiro trimestre de 2010, Berlim.<br />

● Novabase reúne em assembleia<br />

geral de accionsitas.<br />

João Paulo Dias<br />

Walter Schalka<br />

Formado pelo Instituto Tecnológico<br />

de Aeronáutica, no Brasil, este<br />

engenheiro entrou em 2005 na<br />

Votorantim para assumir a<br />

presidência da Votorantim<br />

Cimentos, cargo que mantém.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 31<br />

Futuro continua<br />

em dúvida apesar<br />

dos novos donos<br />

Camargo Corrêa e Votorantim<br />

dividem controlo da empresa.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

A chegada de dois novos accionistas<br />

de dimensão no sector cimenteiro<br />

internacional poderia<br />

ter representado o definitivo estado<br />

de acalmia de que a Cimpor<br />

tem estado afastada nos últimos<br />

anos. Mas, o que salta à primeira<br />

vista, é que a nova estrutura accionista<br />

da empresa não dá garantias<br />

de que o futuro da Cimpor<br />

nos próximos anos seja mais sereno<br />

do que nos últimos meses.<br />

Para já, parece ter-se encontrado<br />

uma solução de compromisso<br />

entre os principais accionistas<br />

da empresa, mas só os próximos<br />

tempos poderão dizer se<br />

esse não é um equilíbrio frágil. De<br />

um lado, está a Votorantim. Do<br />

outro, está a Camargo Corrêa.<br />

Dois gigantes do sector cimenteiro<br />

no Brasil, e um pouco também<br />

a nível mundial. E esta realidade<br />

levanta diversas questões. Quem<br />

vai mandar à séria na Cimpor nos<br />

próximos tempos? Aliado a<br />

quem? Como vai reagir o lado<br />

perdedor? Como é que concorrentes<br />

se vão conseguir entender?Aistoháquejuntarosprotagonistas<br />

nacionais desde a Caixa<br />

(aliada à Votorantim), passando<br />

por Manuel Fino e pelo fundo<br />

de pensões do BCP.<br />

Dúvidas que só o tempo irá<br />

desfazer, mas que são vitais para<br />

o rumo da Cimpor. Não esquecendo<br />

que, quer Votorantim,<br />

quer Camargo Corrêa, são concorrentes<br />

directos da Cimpor no<br />

Brasil. Será natural que qualquer<br />

delas tente limitar ao máximo a<br />

actividade da Cimpor naquele<br />

mercado, tentando tirar benefícios<br />

próprios da situação. Um cenário<br />

que deverá ser acautelado<br />

na assembleia-geral de hoje, com<br />

a possibilidade de travar a entrada<br />

dos administradores brasileirosdaCimpornarespectivacomissão<br />

executiva.<br />

Outro factor decisivo para o<br />

futuro da Cimpor será a decisão<br />

da autoridade brasileira da concorrência,<br />

que há vários anos estuda<br />

indícios de cartelização no<br />

sector brasileiro dos cimentos.<br />

Além da Cimpor, estão a ser investigadas<br />

pelas instituições do<br />

governo de Lula da Silva cerca de<br />

duas dezenas de empresas e instituições,<br />

entre as quais se contam<br />

a Cimpor, Lafarge, Votorantim,<br />

e Camargo Corrêa.<br />

Todas estas quatro cimenteiras<br />

estiveram envolvidas na batalha<br />

pelo controlo accionista da empresa<br />

portuguesa. Essa guerra<br />

deflagrou de forma incontornável,<br />

quando, a 18 de Dezembro<br />

passado, a CSN – Companhia Siderúrgica<br />

Nacional – outro conglomerado<br />

industrial brasileiro –<br />

lançou uma OPA – Oferta Pública<br />

de Aquisição de surpresa à totalidade<br />

do capital social da cimenteira<br />

nacional.<br />

Depois de mais de dois meses<br />

de luta intensa nos bastidores e<br />

de uma revisão de preço em alta,<br />

o grupo de Benjamin Steinbruch<br />

não conseguiu os seus intentos,<br />

tendo aparentemente desistido<br />

da hipótese da Cimpor e procurado<br />

outras alternativas no mercado<br />

internacional. A CSN, no entanto,<br />

poderá sempre voltar à<br />

carga, desde que os principais<br />

accionistas da ‘nova Cimpor’ demonstrem<br />

não se entender.<br />

Aliás, foi esse ambiente de<br />

permanente conflito entre a anterior<br />

estrutura accionista da cimenteira<br />

portuguesa que levou<br />

Benjamin Steinbruch a avançar<br />

para a referida OPA, conforme<br />

Benjamin Steinbruch confidenciou<br />

em diversas declarações ao<br />

Diário <strong>Económico</strong>.<br />

Todasestasdúvidasdosúltimos<br />

anos resultaram numa travagem<br />

significativa da estratégia de<br />

expansão da vertente internacional<br />

da empresa, uma vez que desde<br />

2008 que não entra em nenhum<br />

novo mercado. Este é um<br />

factoessencialnodesenvolvimento<br />

da Cimpor, uma vez que os<br />

mercados de construção e obras<br />

públicas interno e de Espanha se<br />

encontram em grande contracção<br />

desdeháváriosanos.■<br />

Cimpor, Camargo<br />

Corrêa e Votorantim<br />

aguardam uma<br />

decisão da autoridade<br />

brasileira<br />

da concorrência<br />

sobre alegada prática<br />

de cartelização<br />

no sector<br />

dos cimentos.

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