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XVIII Diário Económico Quinta-feira 29 Abril 2010 Paula Nunes A Sociedade de Advogados Rui Pena & Associados é um exemplo a seguir. Foi pioneira na instalação de um painél fotovoltaico, mas também prima pelo facto de ter colocado um contador que permite a contagem da produção instantânea para a produção acumulada, bem como do CO2 evitado. Empresas mais amigas do ambiente ■ As solicitações por parte de empresas dos mais variados sectores relativamente a equipamentos de energias renováveis, são crescentes e a tendência é apara se manter a procura. Quem o diz é José de Melo Bandeira, administradordelegado da Dalkia, que assegura que as empresas procuram projectos que permitam “a optimização das instalações existentes até às novas soluções de produção de energia descentralizada, com forte pendor para soluções tecnologicamente mais eficientes e com recurso a gás”. O responsável diz haver grande procura por soluções “com recurso a renováveis como solares, biomassa, geotermia e pilha de combustível”. Com as soluções que desenvolve, a Dalkia “já reduziu, em termos globais, 6 milhões de toneladas de CO2 as emissões dos clientes”, introduzindo “benefícios nas suas contas de exploração”, diz. R.C. Portucel produz em 2009, mais 18% de energia Grupo investe 200 mil euros na área de energia. A Soporcel/Portucel, produziu, em 2009, 54% da energia eléctrica proveniente de biomassa florestal, em Portugal. O grupo investe na área da energia, “cerca de 200 milhões de euros com retornos a longo prazo”, informa fonte oficial. O grupo estima que, a partir de 2011, as instalações dos seus complexos fabris “venham a ser responsáveis por cerca de 5% de toda a energia eléctrica produzida no país, obtida na sua maioria a partir de recursos renováveis”, refere. A Soporcel/Portucel é, actualmente, o maior produtor nacional de ‘energia verde’ proveniente de biomassa florestal. Em 2009, o grupo atingiu uma capacidade de produção bruta de energia eléctrica de 1148 GWh, registando-se um aumento de cerca de 18% face ao ano anterior. “Uma produção total que corresponde ao consumo médio de 520 mil habitantes e a 2,5% da produção total nacional”, frisa a empresa, que, em meados de 2009, concluiu a central de ciclo combinado a gás natural associada à nova fábrica de papel de Setúbal, “com uma capacidade instalada de 80 MW, que vai permitir produzir anualmente cerca de 600 GWh”, diz fonte do grupo. De salientar ainda a entrada em funcionamento, no final do ano, de duas novas centrais de produção de energia eléctrica a partir de biomassa nas fábricas de Cacia e de Setúbal. “Com o arranque destas centrais, cuja capacidade unitária corresponde a 12,5 MWh, verificou-se um acréscimo da produção anual de energia renovável do grupo em 167 GWh, e consequente reforço da sua posição na área da biomassa”, frisa fonte do grupo, que, em 2009, começou os trabalhos de implementação da nova turbina de cogeração a biomassa, a instalar no complexo industrial da Figueira da Foz, que deverá entrar em funcionamento na segunda metade de 2010. A Sopoprcel/Portucel procedeu ainda à reformulação das caldeiras de biomassa das co-gerações das unidades fabris “projectos que permitiram uma melhoria significativa da eficiência energética e do desempenho ambiental das mesmas”, salienta. De frisar os importantes reflexos na redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera destas medidas. “Entre 2005 e 2009, o grupo obteve uma redução de 29% nas emissões de CO2 e de 13% no consumo de água, por tonelada de produto”, destaca. ■R.C. Marcel de Button, presidente da Logoplaste, pousa orgulhoso junto de alguns dos 630 painéis fotovoltaicos que a empresa instalou há um ano. Uma autêntica central que permite à sede da empresa ser independente no que toca à produção de energia consumida. A capacidade é de 180 mil Kwh por ano. Painel fotovoltaico econtador O Grupo Soporcel/Portucel produziu em 2009, 54% da energia eléctrica proveniente de biomassa florestal em Portugal. Os complexos fabris da empresa podem mesmo ser responsáveis por 5% de toda a energia eléctrica produzida no país. Pelo menos é essa a ambição do Grupo que conseguiu entre 2005 e 2009, reduzir em 29% as emissões de CO2 para a atmosfera. Retorno esperado pela RPA é de 4 mil euros por ano. “A substituição de copos de plástico para beber água por uma caneca por advogado e colaborador, permitiu à Sociedade de advogados Rui Pena Arnault & Associados - RPA, poupar mais de 400 euros/ano”. Quem o diz é Mónica Carneiro Pacheco, sócia coordenadora da área de energia, ambiente e recursos humanos da RPA. Mas outras formas há de poupança de energia, como instalar sensores de movimento, que levam que as luzes apenas se acendam quando as zonas são efectivamente usadas, ou sincronizar elevadores do edifício para que apenas o mais próximo do piso de chamada se movimente. Estas foram regras implementadas pela RPA que tem ainda por hábito desligar os computadores durante a noite, tendo substituído os monitores por monitores com eficiência energética de classe A. Mas além dos cuidados internos com a poupança de energia, a sociedade de advogados, produz também a sua própria energia. Como? instalando um painel fotovoltaico produzido pela Home Energy. “O painel é um conjunto de células fotovoltaicas ligadas entre si composto por 20 módulos fotovoltaicos e com uma potência de 4,40 kWp”, informa Mónica Carneiro Pacheco. O sistema é ainda composto “por um inversor para transformação da energia DC para AC, um contador de energia, um quadro de ligação à rede e cabos de ligação”, explica. O painel foi instalado em Janeiro e desde Fevereiro que está a injectar potência na rede. É por isso, ainda muito cedo para se poder avaliar o retorno, e fazer um cálculo em termos de poupança. Porém, a expectativa é que “a poupança esperadacorrespondaaquiloqueéoretorno esperado, ou seja cerca de 4 mil euros por ano”. A sociedade de advogados instalou ainda um contador. Um sistema que permite a contagem da produção instantânea para produção acumulada e do CO2 evitado. “O contador é um dos elementos do sistema e não indica/controla o gasto em energia mas a energia produzida (instantânea e acumulada) e o CO2 evitado”, explica Mónica Carneiro Pacheco que informa que, actualmente, “o contador mostra uma produção acumulada de 1082 kWh e 757 kg de CO2 evitado”. O investimento total realizado pela sociedade foi cerca de 21 mil euros. ■R.C. 800 m2 com 630 painéis fotovoltaicos Logoplaste reduziu em 30% consumo de energia. São 800 m2 de painéis fotovoltaicos que a Logoplaste tem instalados no seu Campus em Cascais. Ao todo são 630 painéis, responsáveis pela produção de 110 Kwh de energia, e uma capacidade anual de 180 mil Kwh “o que chega para cobrir 25% das necessidades da sede da empresa onde se encontra toda a gestão e parte administrativa da actividade da Logoplaste nos 17 países onde está presente”, informa Marcel de Button, presidente da empresa. Os painéis estão a funcionar há um ano, tendo demorado cerca de ano e meio a serem instalados, “num investimento total de 54 mil euros com retorno esperado dentro de 12 anos”, esclarece o responsável, que partilha a ambição de, “a longo prazo, a empresa querer instalar o mesmo sistema nas 17 fábricas do país”. As preocupações ambientais da empresa remontam a 1996, quando a Logoplaste inaugurou a sociedade Ponto Verde e a política mantém-se nos dias de hoje. O ano passado, a empresa procedeu a alterações na produção de garrafas de plástico. Tampas mais baixas e redução da espessura, “o que implica um ganho de peso em cada embalagem”, diz Marcel de Button. Assim, se, em 2005, “por cada tonelada transformada, eram necessários 1017 Kwt de energia, o valor baixou para 935 Kwh, -8%”, explica o presidente. Estas alterações tiveram consequências igualmente positivas nas emissões libertadas de CO2 para a atmosfera. A Logoplaste conseguiu reduzir em 4,5% a geração indirecta de CO2, ou seja, 60 toneladas, ao mesmo tempo que economizou 1500 toneladas de garrafas, das 30 mil que produz em média, anualmente, o que representa, assegura Marcel de Button, “menos 1000 KWh, e uma diminuição de 30% nos gastos energéticos das fábricas”, o que se justifica com o facto da alteração ter implicado a utilização de materiais mais amigos do ambiente. É que até a forma de secagem das garrafas mudou. “Antes era a calor e agora é em vácuo, o que permite uma poupança energética”, afirma o responsável que acrescenta que, anualmente a Logoplaste investe em pesquisas na área das energias, “cerca de 0.5% das vendas da empresa. Internamente, a empresa tem ainda o cuidado de utilizar os dois versos da folha para imprimir e de ter iluminação mais económica. ■R.C. Fotos cedidas por Andritz AG da autoria de Lars Behrendt

Hospitais podem poupar até 80% com LED A cogeração pode diminuir a factura energética de um hospital até 30% Raquel Carvalho raquel.carvalho@economico.pt A eficiência energética nos hospitais passa muito pela redução dos consumos de iluminação, pela utilização de aparelhos de climatização mais eficientes e por sistemas de gestão técnica centralizada. Para isso, basta saber escolher fornecedores que implementem tecnologias amigas do ambiente. E um sistema de iluminação eficiente a nível energético faz toda a diferença. A redução do consumo de energia pode chegar aos 80%. No caso do Novo Hospital Internacional do Algarve, que alocou à Arquiled o desenvolvimento de toda a sua iluminação com a tecnologia LED, a poupança varia “entre 55 e 60%. Cerca de 1200 euros”, informa Rafael Santos, CEO da Arquiled. O que foi possível porque aquela unidade de saúde reduziu os custos de exploração. “Além da evidente poupança energética directa obtida através da aplicação da tecnologia Led”, Rafael Santos explica que, no caso do Hospital Internacional do Algarve, conseguiu-se também “em aplicações de iluminação interior uma efectiva redução energética no consumo das soluções de avac, graças à redução de temperatura nas fontes de luz”. De facto, a tecnologia LED tem imensas vantagens face às fontes tradicionais. O CEO da Arquiled destaca como vantagens, “a sua maior eficiência energética, as suas dimensões reduzidas, a durabilidade, a maior resistência ao choque e vibrações, os reduzidos custos de manu- Paula Nunes O Novo Hospital Internacional do Algarve poupou com a iluminação LED, entre 55% e 60%, ou seja, cerca de 1200 euros. tenção e os baixos consumos de potência”, factores que contribuem para uma factura mensal de energia bastante mais reduzida, a par de uma redução da emissão de gases de efeito de estufa. É por isso uma vantagem para unidades de saúde aderirem a esta tecnologia. No caso do Novo Hospital Internacional do Algarve, o retorno foi de 19 meses. “Isto se tivermos em conta uma matriz de utilização de 365 dias/ano 12 horas/dia”, explica. Nesse caso, “a poupança é de 11.708,51 KWh/ano”. Rafael Santos informa que “a solução de tecnologia convencional tinha um custo de cerca de 17.000 euros e a solução de tecnologia led aplicada custou de investimento inicial cerca de 18.831 euros”, acrescentado que a Arquiled tem alocado 750 mil euros para o desenvolvimento de sistemas. Depois desta parceria, a empresa prevê estender a colaboração para outras unidades de saúde. São elas as unidades de saúde da Beira Alta, da Beira Baixa, Lisboa e Braga, estando a empresa “a trabalhar em alguns projectos a nível nacional para hospitais de retaguarda e centros geriátricos”, diz. Além de sistemas de iluminação eficientes, os hospitais ganham também em implementar sistemas que ajudem a controlar a temperatura sem gastar muito. Em Portugal, são três os hospitais que utilizam sistemas de trigeração para produção de electricidade, calor e frio: o Pedro Hispano, em Matosinhos, o Garcia da Orta, em Almada, e o S. Francisco Xavier, em Lisboa. A grande vantagem da cogeração em hospitais passa por permitir uma poupança dos custos energéticos entre os 15% e os 20%. Esta tecnologis faz aproveitamentos térmicos bastante significativos em águas quentes sanitárias, sistemas de climatização e esterilização, no que diz respeito ao calor, e em sistemas de climatização, no que diz respeito ao frio. Na grande maioria das instalações onde existem sistemas de cogeração obtêm-se reduções na factura energética de 20 - 30%, o que se traduz em retornos de investimento da ordem dos 3 anos. O futuro Hospital de Loures vai ter um sistema de cogeração que lhe vai permitir uma poupança de energia entre os 15 e os 20%. É a Dalkia a empresa que irá explorar este sistema. ■ Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário Económico XIX Uma lâmpada LED.

XVIII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

Paula Nunes<br />

A Sociedade de Advogados Rui Pena<br />

& Associados é um exemplo a seguir. Foi<br />

pioneira na instalação de um painél fotovoltaico,<br />

mas também prima pelo facto de ter colocado<br />

um contador que permite a contagem<br />

da produção instantânea para a produção<br />

acumulada, bem como do CO2 evitado.<br />

Empresas<br />

mais amigas<br />

do ambiente<br />

■ As solicitações por parte<br />

de empresas dos mais<br />

variados sectores<br />

relativamente a<br />

equipamentos de energias<br />

renováveis, são crescentes<br />

e a tendência é apara se<br />

manter a procura. Quem o<br />

diz é José de Melo<br />

Bandeira, administradordelegado<br />

da Dalkia, que<br />

assegura que as empresas<br />

procuram projectos que<br />

permitam “a optimização<br />

das instalações existentes<br />

até às novas soluções de<br />

produção de energia<br />

descentralizada, com forte<br />

pendor para soluções<br />

tecnologicamente mais<br />

eficientes e com recurso<br />

a gás”. O responsável diz<br />

haver grande procura por<br />

soluções “com recurso a<br />

renováveis como solares,<br />

biomassa, geotermia e<br />

pilha de combustível”.<br />

Com as soluções que<br />

desenvolve, a Dalkia<br />

“já reduziu, em termos<br />

globais, 6 milhões de<br />

toneladas de CO2 as<br />

emissões dos clientes”,<br />

introduzindo “benefícios<br />

nas suas contas de<br />

exploração”, diz. R.C.<br />

Portucel produz<br />

em 2009, mais<br />

18% de energia<br />

Grupo investe 200 mil euros<br />

na área de energia.<br />

A Soporcel/Portucel, produziu, em 2009, 54%<br />

da energia eléctrica proveniente de biomassa<br />

florestal, em Portugal. O grupo investe na área<br />

da energia, “cerca de 200 milhões de euros com<br />

retornos a longo prazo”, informa fonte oficial.<br />

O grupo estima que, a partir de 2011, as instalações<br />

dos seus complexos fabris “venham a ser<br />

responsáveis por cerca de 5% de toda a energia<br />

eléctrica produzida no país, obtida na sua maioria<br />

a partir de recursos renováveis”, refere.<br />

A Soporcel/Portucel é, actualmente, o maior<br />

produtor nacional de ‘energia verde’ proveniente<br />

de biomassa florestal. Em 2009, o grupo atingiu<br />

uma capacidade de produção bruta de energia<br />

eléctrica de 1148 GWh, registando-se um aumento<br />

de cerca de 18% face ao ano anterior.<br />

“Uma produção total que corresponde ao consumo<br />

médio de 520 mil habitantes e a 2,5% da<br />

produção total nacional”, frisa a empresa, que,<br />

em meados de 2009, concluiu a central de ciclo<br />

combinado a gás natural associada à nova fábrica<br />

de papel de Setúbal, “com uma capacidade<br />

instalada de 80 MW, que vai permitir produzir<br />

anualmente cerca de 600 GWh”, diz fonte do<br />

grupo. De salientar ainda a entrada em funcionamento,<br />

no final do ano, de duas novas centrais de<br />

produção de energia eléctrica a partir de biomassa<br />

nas fábricas de Cacia e de Setúbal. “Com<br />

o arranque destas centrais, cuja capacidade unitária<br />

corresponde a 12,5 MWh, verificou-se um<br />

acréscimo da produção anual de energia renovável<br />

do grupo em 167 GWh, e consequente reforço<br />

da sua posição na área da biomassa”, frisa<br />

fonte do grupo, que, em 2009, começou os trabalhos<br />

de implementação da nova turbina de cogeração<br />

a biomassa, a instalar no complexo industrial<br />

da Figueira da Foz, que deverá entrar em<br />

funcionamento na segunda metade de 2010. A<br />

Sopoprcel/Portucel procedeu ainda à reformulação<br />

das caldeiras de biomassa das co-gerações<br />

das unidades fabris “projectos que permitiram<br />

uma melhoria significativa da eficiência energética<br />

e do desempenho ambiental das mesmas”,<br />

salienta. De frisar os importantes reflexos na redução<br />

das emissões de dióxido de carbono para<br />

a atmosfera destas medidas. “Entre 2005 e 2009,<br />

o grupo obteve uma redução de 29% nas emissões<br />

de CO2 e de 13% no consumo de água, por<br />

tonelada de produto”, destaca. ■R.C.<br />

Marcel de Button,<br />

presidente da<br />

Logoplaste, pousa<br />

orgulhoso junto de<br />

alguns dos 630<br />

painéis fotovoltaicos<br />

que a empresa<br />

instalou há um ano.<br />

Uma autêntica<br />

central que permite à<br />

sede da empresa ser<br />

independente no que<br />

toca à produção de<br />

energia consumida.<br />

A capacidade é de<br />

180 mil Kwh por ano.<br />

Painel<br />

fotovoltaico<br />

econtador<br />

O Grupo<br />

Soporcel/Portucel<br />

produziu em 2009,<br />

54% da energia<br />

eléctrica proveniente<br />

de biomassa florestal<br />

em Portugal. Os<br />

complexos fabris da<br />

empresa podem<br />

mesmo ser<br />

responsáveis por 5%<br />

de toda a energia<br />

eléctrica produzida no<br />

país. Pelo menos é<br />

essa a ambição do<br />

Grupo que conseguiu<br />

entre 2005 e 2009,<br />

reduzir em 29% as<br />

emissões de CO2 para<br />

a atmosfera.<br />

Retorno esperado pela RPA<br />

é de 4 mil euros por ano.<br />

“A substituição de copos de plástico para beber<br />

água por uma caneca por advogado e colaborador,<br />

permitiu à Sociedade de advogados Rui<br />

Pena Arnault & Associados - RPA, poupar mais<br />

de 400 euros/ano”. Quem o diz é Mónica Carneiro<br />

Pacheco, sócia coordenadora da área de<br />

energia, ambiente e recursos humanos da RPA.<br />

Mas outras formas há de poupança de energia,<br />

como instalar sensores de movimento, que levam<br />

que as luzes apenas se acendam quando as<br />

zonas são efectivamente usadas, ou sincronizar<br />

elevadores do edifício para que apenas o mais<br />

próximo do piso de chamada se movimente. Estas<br />

foram regras implementadas pela RPA que<br />

tem ainda por hábito desligar os computadores<br />

durante a noite, tendo substituído os monitores<br />

por monitores com eficiência energética de<br />

classe A.<br />

Mas além dos cuidados internos com a poupança<br />

de energia, a sociedade de advogados, produz<br />

também a sua própria energia. Como? instalando<br />

um painel fotovoltaico produzido pela<br />

Home Energy. “O painel é um conjunto de células<br />

fotovoltaicas ligadas entre si composto por<br />

20 módulos fotovoltaicos e com uma potência<br />

de 4,40 kWp”, informa Mónica Carneiro Pacheco.<br />

O sistema é ainda composto “por um inversor<br />

para transformação da energia DC para AC,<br />

um contador de energia, um quadro de ligação à<br />

rede e cabos de ligação”, explica.<br />

O painel foi instalado em Janeiro e desde Fevereiro<br />

que está a injectar potência na rede. É por<br />

isso, ainda muito cedo para se poder avaliar o<br />

retorno, e fazer um cálculo em termos de poupança.<br />

Porém, a expectativa é que “a poupança<br />

esperadacorrespondaaquiloqueéoretorno<br />

esperado, ou seja cerca de 4 mil euros por ano”.<br />

A sociedade de advogados instalou ainda um<br />

contador. Um sistema que permite a contagem<br />

da produção instantânea para produção acumulada<br />

e do CO2 evitado. “O contador é um dos<br />

elementos do sistema e não indica/controla o<br />

gasto em energia mas a energia produzida (instantânea<br />

e acumulada) e o CO2 evitado”, explica<br />

Mónica Carneiro Pacheco que informa que,<br />

actualmente, “o contador mostra uma produção<br />

acumulada de 1082 kWh e 757 kg de CO2 evitado”.<br />

O investimento total realizado pela sociedade<br />

foi cerca de 21 mil euros. ■R.C.<br />

800 m2 com<br />

630 painéis<br />

fotovoltaicos<br />

Logoplaste reduziu em<br />

30% consumo de energia.<br />

São 800 m2 de painéis fotovoltaicos que a Logoplaste<br />

tem instalados no seu Campus em Cascais.<br />

Ao todo são 630 painéis, responsáveis pela<br />

produção de 110 Kwh de energia, e uma capacidade<br />

anual de 180 mil Kwh “o que chega para<br />

cobrir 25% das necessidades da sede da empresa<br />

onde se encontra toda a gestão e parte administrativa<br />

da actividade da Logoplaste nos 17<br />

países onde está presente”, informa Marcel de<br />

Button, presidente da empresa.<br />

Os painéis estão a funcionar há um ano, tendo<br />

demorado cerca de ano e meio a serem instalados,<br />

“num investimento total de 54 mil euros<br />

com retorno esperado dentro de 12 anos”, esclarece<br />

o responsável, que partilha a ambição de,<br />

“a longo prazo, a empresa querer instalar o mesmo<br />

sistema nas 17 fábricas do país”.<br />

As preocupações ambientais da empresa remontam<br />

a 1996, quando a Logoplaste inaugurou<br />

a sociedade Ponto Verde e a política mantém-se<br />

nos dias de hoje. O ano passado, a empresa procedeu<br />

a alterações na produção de garrafas de<br />

plástico. Tampas mais baixas e redução da espessura,<br />

“o que implica um ganho de peso em<br />

cada embalagem”, diz Marcel de Button. Assim,<br />

se, em 2005, “por cada tonelada transformada,<br />

eram necessários 1017 Kwt de energia, o valor<br />

baixou para 935 Kwh, -8%”, explica o presidente.<br />

Estas alterações tiveram consequências igualmente<br />

positivas nas emissões libertadas de CO2<br />

para a atmosfera. A Logoplaste conseguiu reduzir<br />

em 4,5% a geração indirecta de CO2, ou seja,<br />

60 toneladas, ao mesmo tempo que economizou<br />

1500 toneladas de garrafas, das 30 mil que<br />

produz em média, anualmente, o que representa,<br />

assegura Marcel de Button, “menos 1000<br />

KWh, e uma diminuição de 30% nos gastos<br />

energéticos das fábricas”, o que se justifica com<br />

o facto da alteração ter implicado a utilização de<br />

materiais mais amigos do ambiente. É que até a<br />

forma de secagem das garrafas mudou. “Antes<br />

era a calor e agora é em vácuo, o que permite<br />

uma poupança energética”, afirma o responsável<br />

que acrescenta que, anualmente a Logoplaste<br />

investe em pesquisas na área das energias,<br />

“cerca de 0.5% das vendas da empresa.<br />

Internamente, a empresa tem ainda o cuidado<br />

de utilizar os dois versos da folha para imprimir<br />

e de ter iluminação mais económica. ■R.C.<br />

Fotos cedidas por Andritz AG da autoria de Lars Behrendt

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