12Evite o 'stand by' e desligue - Económico
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XVI Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
Carros eléctricos vão diminuir<br />
custos energéticos<br />
ANTÓNIO VIDIGAL, DA EDP INOVAÇÃO diz que se todo o parque automóvel<br />
português fosse movido a electricidade, os custos energéticos diminuiriam 38%.<br />
Carlos Caldeira<br />
carlos.caldeira@economico.pt<br />
A população mundial não vai diminuir, vai continuar<br />
a crescer, e o número de serviços para<br />
pessoas também vai aumentar. Mas, a “energia<br />
gasta por serviço pode ser feita de uma forma<br />
muitomaiseficiente,comoéocasodoscarros<br />
eléctricos”, afirmou António Vidigal, CEO da<br />
EDP Inovação, durante a V Conferência Energias<br />
Renováveis do Diário <strong>Económico</strong>.<br />
Aquele gestor, que considerou a aposta no desenvolvimento<br />
das energias renováveis como<br />
uma alavanca para a recuperação económica a<br />
médio e longo prazo, referiu ainda que se o parque<br />
automóvel nacional fosse todo eléctrico, “o<br />
benefício seria enorme. As emissões de CO2<br />
cairiam 12%, os custos energéticos desceriam<br />
38% e a nossa dependência energética face ao<br />
exterior diminuiria 8%”.<br />
Já Fernando Pacheco, vice-presidente da<br />
Iberdrola Portugal, mostrou-se confiante que<br />
“estamos num período de mutação energética.<br />
Haverá algo que eliminará o petróleo como fonte<br />
de energia, só ainda não sabemos bem o que<br />
será”. E realçou a importância da aposta nas renováveis,<br />
que é “um investimento privado, que<br />
só se pode fazer se ficar provada a sua capacidade<br />
económica, rentabilidade e independência<br />
dos ciclos conjunturais”. Por outro lado, salientou<br />
que “estamos a falar de um investimento<br />
muito importante para diminuir o défice externo<br />
do País”.<br />
Por sua vez, Gustavo Fernandes, administrador<br />
Se toda a gente usar carros<br />
eléctricos, as emissões de CO2<br />
cairiam 12%, os custos energéticos<br />
desceriam 38% e a nossa<br />
dependência energética face<br />
ao exterior diminuiria 8%.<br />
da Martifer Solar, realçou o potencial de Portugal<br />
neste tipo de energias, por ser um País com<br />
“muito sol, que é o nosso petróleo e não tem<br />
sido aproveitado.” Gustavo Fernandes defendeu<br />
mesmo que Portugal tem “condições para vir a<br />
exportar energia para o Norte de África e para a<br />
Europa”.<br />
António Vidigal, CEO da EDP Inovação, na conferência do Diário <strong>Económico</strong><br />
sobre Energias Renováveis, que decorreu na semana passada.<br />
Finalmente, Nuno Ribeiro da Silva, presidente<br />
da Endesa Portugal, alertou para a necessidade<br />
de se dar “mais atenção às energias renováveis<br />
e a todos os recursos, sem termos propriamente<br />
de acabar no electrão”, mostrando-se contra a<br />
energia nuclear. E concluiu que “nunca a electricidade<br />
foi tão barata como agora”.<br />
Emissões CO2 a diminuir nos automóveis<br />
Noutro contexto, Helder Barata Pedro, presidente<br />
da ACAP, disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />
que, de um modo geral, “a indústria soube<br />
corresponder ao desafio do ambiente, desenvolvendo<br />
novas tecnologias capazes de reduzir<br />
quer as emissões de CO2, quer de poluentes<br />
como os NOx, partículas de fumo, hidrocarbonetos<br />
e monóxido de carbono.” E dá<br />
exemplos concrectos do resultado da estratégia<br />
desta indústria, destcanado que os automóveis<br />
vendidos em Portugal em 2007, 2008<br />
e 2009 apresentaram emissões de CO2 de,<br />
respectivamente, 144 g/km, 139 g/km e 136<br />
g/km. “Verificou-se, pois, uma evolução notável<br />
em termos médios e podemos afirmar<br />
que este esforço é transversal a todas os fabricantes.<br />
É de salientar que, em 1998, foi assinado<br />
um acordo voluntário entre os Construtores<br />
de Automóveis e a União Europeia, o<br />
qual previa já uma redução das emissões de<br />
poluentes dos veículos colocados no mercado.”<br />
■ com R.C.<br />
Paulo Alexandre Coelho