12Evite o 'stand by' e desligue - Económico
12Evite o 'stand by' e desligue - Económico
12Evite o 'stand by' e desligue - Económico
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
4Água<br />
no lava loiça<br />
Sempre que lavar a loiça<br />
à mão, encha o lava loiça<br />
com detergente e água<br />
quente. Gasta menos do<br />
que à torneira. No caso<br />
da roupa, pode terminar<br />
oprogramadelavagem<br />
10 minutos antes, para<br />
que a roupa fique mais<br />
húmida e seja mais fácil<br />
passar. Consegue ainda<br />
poupar energia se <strong>desligue</strong><br />
o ferro uns minutos<br />
antesdeacabardepassar.<br />
15Solares térmicos<br />
nas máquinas de loiça<br />
A instalação de sistemas solares térmicos<br />
podem ser aproveitados nas máquinas<br />
de lavar loiça. Já existem no<br />
mercado máquinas preparadas para<br />
receber água quente solar, sendo esta<br />
uma forma de rentabilizar melhor o<br />
sistema e de poupar energia no aquecimento<br />
da água, tarefa que mais energia<br />
consome no funcionamento das<br />
máquinas de lavar loiça.<br />
20Transportes<br />
amigos do ambiente<br />
Pode optar por andar a pé. Menos<br />
carros nas estradas, menos CO2<br />
na atmosfera. Ir de transportes<br />
públicos para o trabalho é também<br />
uma boa escolha, havendo já<br />
empresas com opções ecológicas.<br />
5Pequenos gestos na cozinha<br />
Desligue a chama-piloto do esquentador quando não o<br />
utiliza. No Verão, baixe a temperatura da água do esquentador<br />
ou caldeira. Ao cozinhar com as panelas tapados,<br />
o gasto será menor. Desligue o bico antes de a comida<br />
estar cozinhada, pois o calor residual será suficiente<br />
para finalizar a cozedura. O mesmo se aplica ao forno.<br />
10Lâmpadas económicas<br />
Face às lâmpadas incandescentes, as fluorescentes,<br />
permitem poupar mais de 80% de energia. Já as<br />
lampadas LED, embora mais caras, acabam por ser<br />
mais económicas., o que compensa o custo de<br />
aquisição. É que têm baixíssimo consumo, uma<br />
vida útil extremamente longa e baixo custo de manutenção.<br />
Além disso, têm dimensões compactas,<br />
luz direcionada, alta resistência a vibração e estão<br />
100% livre de metais pesados.<br />
16Aquecimento ambiente<br />
através de renováveis<br />
Para fazer o aquecimento ambiente, pode utilizarse<br />
um sistema misto solar térmico + biomassa. Este<br />
é mais vantajoso do que um sistema apenas solar<br />
térmico pois beneficia de outra fonte de energia renovável<br />
disponível em qualquer altura, nomeadamente<br />
no período nocturno.<br />
OPINIÃO LEONOR<br />
SARSFIELD COSTA FREITAS,<br />
Sócia da GPA – Gouveia Pereira,<br />
Costa Freitas & Associados<br />
Energia Eólica:<br />
Concursos<br />
eDesafios<br />
A nova Estratégia Nacional para a Energia - ENE<br />
2020 -, aprovada pela Resolução do Conselho de<br />
Ministros nº 29/2010, de 15 de Abril, vem reforçar<br />
a centralização da política energética nacional<br />
para a próxima década nas Energias Renováveis.<br />
Quanto à energia eólica, na qual assenta, actual e<br />
primordialmente, em conjunto com a energia hídrica,<br />
a produção renovável do País, a ENE 2020<br />
prevê, para além da instalação até 2012 da capacidade<br />
eólica já atribuída em concursos anteriores<br />
(2000MW) e a promoção do sobre-equipamento<br />
dos parques eólicos já existentes (instalação de<br />
mais 400MW), a possibilidade de instalação, até<br />
2020, também por concurso, de mais 3000MW de<br />
potência. Esta última atribuição dependerá, prevê<br />
a Resolução, de um conjunto de factores como a<br />
evolução da procura da electricidade, a penetração<br />
dos veículos eléctricos, a capacidade de transferência<br />
de consumos de períodos de ponta para<br />
período de vazio, a viabilidade técnica e custos<br />
das tecnologias eólicas off-shore e ainda os impactos<br />
ambientais associados aos diferentes tipos<br />
de tecnologia.<br />
Dada a abrangência da ENE 2020 e as metas por<br />
esta traçadas, quer quanto ao desenvolvimento de<br />
“clusters energéticos”, quer quanto à criação de<br />
postos de trabalho, será de contar com concursos<br />
de atribuição de potência com critérios de avaliação<br />
diversificados, na linha dos que presidiram ao<br />
concurso de 2005 (para atribuição de 1800MW):<br />
desconto à tarifa e apresentação de projecto de<br />
cluster industrial de apoio ao sector. É natural que<br />
se estabeleçam igualmente outros critérios, como<br />
a combinação com projectos hídricos, com o projecto<br />
do carro eléctrico ou com o desenvolvimento<br />
de tecnologias off-shore.<br />
Esta modalidade de concurso permitiria, em princípio,<br />
ir simultaneamente ao encontro de várias<br />
metas da ENE2020. No entanto, como é expressamente<br />
reconhecido, estará dependente dos factores<br />
acima enumerados. Afigura-se-nos, contudo,<br />
outro factor a ponderar: a adjudicação de potência,<br />
mesmo por concurso, não dispensa o adjudicatário<br />
das obrigações legais e administrativas associadas<br />
ao licenciamento de centrais eólicas.<br />
Ora, os procedimentos necessários ao cumprimento<br />
de tais obrigações envolvem vários organismos,<br />
sujeitos a tutelas distintas, o que origina,<br />
por vezes, falhas de comunicação, decisões contraditórias<br />
e, naturalmente, delongas que podem<br />
pôr em risco a implantação do projecto em tempo<br />
útil e em condições de rentabilidade.<br />
A complexidade que actualmente caracteriza tal<br />
processo de licenciamento pode originar situações<br />
de verdadeiro impasse, ainda menos desejáveis<br />
quando a instalação de parques eólicos se encontra<br />
associada, em regime de interdependência,<br />
à implementação de outros projectos, sujeitos<br />
a diferentes termos e prazos de licenciamento.<br />
A este respeito, veja-se o recentemente divulgado<br />
estudo da European Wind Energy Association: o<br />
tempo médio de licenciamento de um Parque Eólico<br />
em Portugal é de 58 meses (numa média europeia<br />
de 42 meses, havendo países com médias<br />
de 10, 15 e 18 meses).<br />
Importaria assim, na senda das metas da<br />
ENE2020, reformular os processos de licenciamento,<br />
integrando-os de forma eficiente e, sem<br />
descurar a componente ambiental, dotando-os de<br />
maior agilidade, simplicidade e clareza.<br />
Para o efeito, seria também importante a revisão e<br />
uniformização dos diversos diplomas legais que<br />
regulam esta matéria, de modo a clarificar e,<br />
eventualmente, unificar o regime jurídico que dos<br />
mesmos emana.<br />
A aposta está feita e os desafios são conhecidos -<br />
esperamos, por isso, que se criem as condições<br />
efectivas para a sua superação. ■<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XV