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12Evite o 'stand by' e desligue - Económico

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2<br />

OLIXODEREGRESSOASUACASA<br />

É mesmo assim: o lixo sai de sua casa para<br />

um dia voltar, através de uma lâmpada.<br />

Tudo porque a central incineradora Valorsul,<br />

em São João da Talha, transforma parte<br />

do lixo que queima em energia. E muita. São<br />

normalmente produzidos diariamente 1150<br />

MWh. No entanto, são exportados apenas<br />

1000 MWh, que daria para iluminar uma<br />

cidade com 100 mil habitantes. A diferença<br />

entre a energia produzida e a exportada<br />

corresponde à energia para consumo<br />

da própria Valorsul. Em 2009, a central<br />

de tratamento de resíduos sólidos urbanos<br />

produziu 343GWh, tendo injectado para<br />

a rede nacional 294 Gwh. Em breve,<br />

a Valorsul receberá o lixo de mais<br />

15 concelhos (19 no total).<br />

1. O lixo chega e é deitado num poço. Uma<br />

garra metálica pega nele e deita-o no forno;<br />

2. A sala de controlo da garra metálica;<br />

3. A luz que sai do forno onde o lixo está<br />

a ser queimado reflecte -se na cara<br />

de um colaborador;<br />

4. É nesta sala que o forno é controlado.<br />

Fotos: Ana Brígida<br />

ENTREVISTA<br />

TERESA PONCE DE LEÃO,<br />

Presidente do Laboratório<br />

Nacional de Energia e Geologia<br />

“Esperam-se<br />

grandes<br />

desenvolvimentos<br />

na eólica ‘offshore’”<br />

Há quanto tempo se devia ter começado a investigar<br />

tecnologias de produção de energia limpa<br />

para que hoje se usasse só este tipo de energia?<br />

Há muita incerteza e muitas variáveis neste<br />

processo de maximização da exploração das<br />

energias limpas que não permitem quantificar<br />

com exactidão quanto tempo se deveria ter dedicado<br />

à investigação. Mas estes desafios de<br />

longo prazo implicam estratégias de longo prazo<br />

que têm que ser sustentáveis e a aposta na<br />

capacitação tecnológica tem que seguir os padrões<br />

da sustentabilidade. Há inúmeros factores<br />

com implicações directas na valia das tecnologias,<br />

em particular com a análise de ciclo de<br />

vida, isto é, quanto custa uma tecnologia em<br />

termos económicos, sociais e ambientais desde<br />

o início, à produção da tecnologia, o seu fabrico,<br />

manutenção e até ao seu fim de vida.<br />

Quais são as cinco tecnologias actualmente em<br />

investigação em que deposita as suas esperanças?<br />

Aqui também não se deve falar de tecnologias<br />

isoladas, mas a curto prazo esperam-se grandes<br />

desenvolvimentos na eólica ‘offshore’, nas tecnologias<br />

do solar concentrado (térmico e fotovoltaico),<br />

novas técnicas de estimação de potencial<br />

de vento, geotermia estimulada e novas<br />

técnicas de estimação de potencial geotérmico<br />

e sua exploração, bio-energia e não consumo<br />

(redução das necessidades de consumo para<br />

igual conforto - ‘smart cities’).<br />

Pode dar exemplos portugueses de investigações<br />

a decorrer?<br />

T.Urban - microturbina eólica para ambiente urbano,<br />

bio-refinarias, novas baterias e ‘fuel cells’,<br />

novas técnicas de estimação do potencial geotérmico,<br />

integração de renováveis na rede eléctrica<br />

incluindo exploração dos veículos eléctricos<br />

como fonte de armazenamento de energia.<br />

Quais são os problemas com que ainda se debatem<br />

?<br />

As renováveis em geral têm uma enorme incerteza<br />

associada ao recurso natural. Em particular<br />

a energia do vento é aquela que, pelas suas característica<br />

e potencial instalado, coloca mais<br />

problemas em termos de garantia de produção,<br />

sem provocar falhas de abastecimento nem reduzir<br />

os padrões mínimos de segurança de funcionamento<br />

das redes eléctricas. As tecnologias<br />

de armazenamento seja conseguido através de<br />

bombagem de água para albufeiras, seja através<br />

de armazenamento térmico sobre a forma de<br />

vapor ou de novos materiais são fundamentais<br />

e uma área onde as instituições de investigação<br />

devem apostar.<br />

O nível de aposta em novas tecnologias é suficiente<br />

em Portugal? Porquê?<br />

O governo português aposta nesse rumos e tem<br />

sido pelo facto reconhecido internacionalmente.<br />

Está dependente da evolução tecnológica mas podemos<br />

dizer que o esforço é muito ambicioso.<br />

Quanto canaliza o LNEG para a investigação?<br />

A actividade do LNEG é investigar em<br />

energia e geologia para a sustentabilidade.<br />

O nosso orçamento de funcionamento, que<br />

financia a actividade foi em 2009 de 11milhões<br />

de euros que representam os custos<br />

directos. A este montante acresce 16,5 milhões<br />

de euros de salários dos investigadores<br />

e funcionários para apoio à investigação.<br />

■ I.M.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> III

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