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12Evite o 'stand by' e desligue - Económico

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sem ter na sua sombra o<br />

medo de falhar. Vamos lá<br />

Portugueses. Tempos<br />

difíceis todos conhecemos<br />

desde tenra idade. É a<br />

nossa realidade.<br />

PEDRO<br />

A culpa é só do governo.<br />

José Sócrates e Passos Coelho<br />

indicaram um entendimento para<br />

responder à crise. O Governo anunciou<br />

a antecipação de medidas do PEC.<br />

portuguesa<br />

movimentada da sua história.<br />

OS TÍTULOS MAIS NEGOCIADOS NA SESSÃO DE ONTEM<br />

Carlos Santos<br />

Ferreira<br />

Presidente do<br />

BCP<br />

O banco liderado por Carlos<br />

Santos Ferreira foi ontem a<br />

cotada mais transaccionada.<br />

150,56 milhões<br />

António Mexia<br />

presidente da<br />

EDP<br />

A eléctrica ocupa o último lugar<br />

do pódio das cotadas mais<br />

negociadas na sessão de ontem.<br />

27,5 milhões<br />

Não é da oposição. Quem<br />

manda pode. Sócrates<br />

sabe muito bem tomar<br />

medidas sozinho quando<br />

visa a classe média, por<br />

exemplo. O que fez nos<br />

últimos tempos contra o<br />

défice? Nada. Ainda<br />

perseguiram a Manuela<br />

Paula Nunes<br />

FECHO DE ONTEM<br />

-1,89% para<br />

7.016,9 pontos<br />

S&P baixa<br />

classificação<br />

da dívida<br />

de Espanha<br />

Paulo Azevedo<br />

presidente da<br />

Sonae SGPS<br />

Pelas mãos dos investidores<br />

foram trocados quase 30 milhões<br />

de acções da Sonae SGPS<br />

29,1 milhões<br />

Ricardo<br />

Salgado<br />

presidente do<br />

BES<br />

Além do rival BCP, o BES também<br />

representa o sector ao ser a<br />

quarta cotada mais negociada.<br />

12,45 milhões<br />

Ferreira Leite só porque<br />

falou de défice. Como<br />

cidadão deste país também<br />

sou afectado, mas só<br />

lamento as pessoas<br />

embarcarem em fantasias.<br />

Pagam todos a factura de<br />

uma má governação... É<br />

uma tristeza um país não<br />

Vender, comprar ou apostar<br />

nas quedas?<br />

Rui Barroso<br />

e Tiago Figueiredo Silva<br />

rui.barroso@economico.pt<br />

Antes de se dar início à negociação<br />

em bolsa nos últimos dias, os<br />

mercados deveriam conter a seguinte<br />

mensagem: “Esta sessão é<br />

susceptível de ferir a carteira dos<br />

investidores mais susceptíveis”.<br />

O nervosismo do PSI 20 está em<br />

máximos e as acções nacionais<br />

estãonoolhodofuracãodos<br />

mercados. Os especialistas não se<br />

arriscam a prever o fim da volatilidade,<br />

mas, dependendo do perfil<br />

e dos objectivos dos investidores,<br />

há decisões que podem servir<br />

de paliativo aos portefólios dos<br />

investidores.<br />

1<br />

DEVO VENDER AS ACÇÕES<br />

NACIONAIS?<br />

Tudo depende do seu horizonte<br />

de investimento. Os investidores<br />

de médio e longo prazo poderão<br />

ter o factor tempo a ajudar a diluir<br />

as perdas das últimas sessões. No<br />

entanto, convém sempre estipular<br />

o limite máximo de perdas que<br />

está disposto a assumir e desfazer-se<br />

das posições quando os<br />

activos atingirem o valor mínimo<br />

pré-definido, colocando ‘stop<br />

losses’, por exemplo. Outro factor<br />

ateremcontaéaalturaemque<br />

entrou no mercado. Se ainda está<br />

a ganhar dinheiro com as suas<br />

posições e não tiver nervos de aço<br />

para enfrentar o ‘stress’ dos mercadostemsempreaopçãoderealizar<br />

mais-valias. Mas, acima de<br />

tudo, “os investidores não devem<br />

entrar em pânico e devem ter<br />

sempre em consideração os objectivos<br />

iniciais que levaram ao<br />

investimento”, referiu o CEO da<br />

Dif Broker, Pedro Lino.<br />

2<br />

AS ACÇÕES FICARAM EM<br />

SALDOS COM AS QUEDAS?<br />

Mesmo com as quedas da bolsa<br />

nacional, o PSI 20 não está em<br />

saldos. “Em termos de valor, o<br />

PSI20 perdeu cerca de 50% da recuperação<br />

efectuada desde Março<br />

de 2009, o que o coloca com um<br />

rácio de preço face aos resultados<br />

(PER – rácio dos mais usados na<br />

controlar suas contas. Falta<br />

de responsabilidade...<br />

AMÂNDIO MARTINS, SEIXAL<br />

Portanto, a bola está do<br />

lado dos governantes. A<br />

forma de resolver a<br />

situação (a sério!) vai<br />

obrigar a retirar muitos<br />

avaliação de atractividade dos activos)<br />

na ordem dos 12.73 (2010) e<br />

10.20 (2011), o que continua ligeiramente<br />

acima da média dos países<br />

mais desenvolvidos na Europa,<br />

podendo condicionar a atractividade<br />

no curto-prazo”, explica<br />

o ‘trader’ da GoBulling, Bruno<br />

Costa. Apesar disto, pode haver<br />

investidores que entendam que<br />

há acções na bolsa a negociar<br />

abaixo do seu potencial. Mas<br />

quem quiser arriscar e tirar partido<br />

das descidas tem de ter sempre<br />

presente que não deve investir<br />

capital que lhe seja necessário no<br />

futuro. “Creio que para o longo<br />

prazoestaéumaboaentrada,<br />

mas o investidor não pode aplicar<br />

capital que irá necessitar”, alerta<br />

Pedro Lino. Outra opção é aproveitar<br />

os momentos de fraqueza<br />

para entrar aos poucos nos mercados,<br />

por exemplo, em empresas<br />

que tenham potencial para crescer<br />

nos próximos anos. No entanto,<br />

“para quem não quer ter<br />

‘stress’ o melhor é mesmo esperar”,<br />

referiu o analista da IG<br />

Markets, Duarte Leite de Castro.<br />

3<br />

QUAIS OS SECTORES<br />

A EVITAR?<br />

A turbulência das bolsas tem origem<br />

na dívida soberana. Os ana-<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 11<br />

Até que ponto está<br />

disposto a enfrentar o<br />

‘stress’ dos mercados?<br />

Não investir dinheiro<br />

que seja necessário<br />

no futuro, estabelecer<br />

as perdas máximas<br />

que consegue<br />

suportar e ter sempre<br />

presente os objectivos<br />

de investimento<br />

são regras de ouro<br />

para fintar o ‘stress’<br />

da bolsa.<br />

benefícios sociais por que<br />

os sindicatos tanto<br />

trabalharam... Depois terão<br />

de começar de novo. Mas<br />

esta transição súbita vai<br />

levar a que eles se queixem<br />

e muito, claro! Greves e<br />

mais greves estão no<br />

horizonte.<br />

listas referem que o aumento dos<br />

custos de financiamento do Estado<br />

também se reflectirão no<br />

sector financeiro, um dos mais<br />

fustigadosembolsacomacrise.<br />

Para além disto, as maiores<br />

casas de investimento internacionais<br />

recomendam evitar títulos<br />

com níveis de endividamento<br />

elevado.<br />

4<br />

QUAIS AS ALTERNATIVAS<br />

À BOLSA NACIONAL?<br />

Apesar da bolsa nacional registar<br />

perdas desde o início do<br />

ano, há mercados que estão a<br />

conseguirbrindarosinvestidores<br />

com ganhos . “O que<br />

está sob pressão é o Sul da Europa.<br />

Os resultados empresariais<br />

das maiores empresas têm<br />

sido bons e vêm confirmar um<br />

cenário de alguma recuperação<br />

económica no mundo”. As<br />

bolsas dos EUA levam ganhos<br />

de 6,8% desde o início do ano<br />

eaalemãsobemaisde2%.<br />

Outra opção passa por investir<br />

em fundos com classes de activos<br />

de menor risco, como<br />

obrigações empresariais ou de<br />

países sem desequilíbrios orçamentais<br />

preocupantes. Para<br />

os mais conservadores, que<br />

prefiram sacrificar as perspectivas<br />

de retorno pela segurança,<br />

há ainda os depósitos.<br />

5<br />

É POSSÍVEL GANHAR<br />

COMASQUEDASDABOLSA?<br />

É. Através da utilização de instrumentos<br />

derivados que permitem<br />

tomar posições curtas,<br />

ou seja, que lucram com a descida<br />

dos activos (acções ou índices)<br />

como ‘contracts for<br />

differences’ (CFD), ‘exchange-traded<br />

funds’ (ETF) ou futuros.<br />

No entanto, estes instrumentos<br />

são apenas recomendados<br />

para investidores<br />

experientes e, em alguns casos,<br />

permitem o recurso à alavancagem,<br />

o que potencia os<br />

ganhos ou as perdas. O recurso<br />

a estas técnicas pode ainda ser<br />

uma solução para os investidores<br />

que queiram proteger o<br />

portefólio, apostando nas descidas<br />

para compensar as eventuais<br />

perdas que os activos em<br />

carteira possam sofrer. ■

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