12Evite o 'stand by' e desligue - Económico
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Paulo Alexandre COelho<br />
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www.economico.pt / mobile.economico.pt<br />
SUBSÍDIOS<br />
Governo força<br />
desempregados<br />
a aceitar ofertas<br />
de trabalho<br />
Quem estiver no desemprego,<br />
não vai poder receber mais de<br />
75% do salário líquido.<br />
QUINTA-FEIRA, 29DEABRIL2010|Nº4880<br />
PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />
BCP Santos Ferreira desdramatiza<br />
corte de ‘rating’ e mostra lucros<br />
do BCP acima do esperado. ➥ P38<br />
Reg. no ISP na categoria de Corretor de Seguros sob o nº 607243481, desde 27-01-2007, nos ramos Vida e Não Vida, como se atesta em www.isp.pt<br />
Hoje com o Diário <strong>Económico</strong> Dois<br />
suplementos: ‘Inovação e Tecnologia’,<br />
‘Novas Energias’ e ainda um Guia Fiscal.<br />
Bloco Central<br />
chega a acordo<br />
para novas<br />
medidas de<br />
austeridade<br />
Fumo branco em São Bento. José Sócrates e Passos<br />
Coelho decidiram antecipar e pôr em prática as<br />
medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento.<br />
Na calha está um novo pacote de austeridade.<br />
Foi preciso mais de um mês e um<br />
corte na notação da dívida da República<br />
para que o primeiro-ministro<br />
e o líder do PSD chegassem a<br />
acordo sobre a necessidade de passar<br />
o PEC à prática. Ontem, o primeiro-ministro<br />
e o líder do PSD<br />
prometeram trabalhar em conjunto<br />
para acrescentar mais medidas de<br />
austeridade ao pacote já previsto. O<br />
Diário <strong>Económico</strong> sabe que em<br />
cima da mesa estão mais restrições<br />
nas despesas, no endividamento e<br />
nas obras públicas. ➥ P4A13<br />
MERCADOS<br />
Debandada<br />
geralnabolsa<br />
quechegoua<br />
afundar 6,5%<br />
Foi um dia impróprio para<br />
cardíacos na bolsa com 508<br />
milhões de euros negociados.<br />
PSI 20 chegou a cair ontem mais<br />
de 6%, no dia com mais negócios<br />
de sempre na bolsa de Lisboa.<br />
Onde outros vêem Riscos<br />
nós vemos Oportunidades<br />
PedroPassosCoelhoe<br />
José Sócrates ontem<br />
em São Bento.<br />
INTERNACIONAL<br />
Europa e FMI<br />
reforçam ajuda<br />
à Grécia para<br />
evitar bancarrota<br />
Atenas recebe 120 mil milhões<br />
em três anos para fugir dos<br />
especuladores de mercado.<br />
marsh.pt<br />
DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA<br />
SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA, VITOR COSTA,<br />
PEDRO SOUSA CARVALHO E HELENA CRISTINA COELHO<br />
6%<br />
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Reformas<br />
antecipadas são<br />
penalizadas<br />
a partir de hoje<br />
Hoje, com a entrada em vigor do Orçamento<br />
do Estado, as reformas antecipadas vão<br />
sofrer uma penalização de 6%. ➥ P14E15<br />
▼ PSI 20<br />
▼ IBEX 35<br />
▼ FTSE 100<br />
▲ Dow Jones<br />
▲ Euro<br />
▲ Brent<br />
CIMENTOS<br />
Ex-presidente da<br />
Cimpor negoceia<br />
indemnização para<br />
sair da cimenteira<br />
Salavessa Moura apresentou a renúncia.<br />
Francisco de Lacerda assume hoje a<br />
presidência na assembleia geral. ➥ P30<br />
CALÇADO<br />
-1,89%<br />
-2,99%<br />
-0,3%<br />
0,48%<br />
0,50%<br />
0,21%<br />
7.016,90<br />
10.167,00<br />
5.586,61<br />
11.045,27<br />
1,3205<br />
Trabalhadores<br />
da Rohde decidem<br />
fechar as portas e<br />
liquidar a empresa<br />
85,94<br />
Os trabalhadores da maior empregadora<br />
do sector do calçado do País decidem votar<br />
a favor da liquidação dos activos. ➥ P56
2 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
A NÃO PERDER<br />
29.04.10<br />
■ Chefias públicas sem “progressões<br />
automáticas” a partir de hoje, com a<br />
entrada em vigor do Orçamento de Estado<br />
para 2010. É o ponto final no tratamento<br />
mais favorável das chefias face ao conjunto<br />
dos trabalhadores do Estado. ➥ P14<br />
■ Feira do Livro testa concorrência entre<br />
Leya e Porto Editora, os dois colossos da<br />
edição cada um representado por<br />
16 pavilhões, a partir de hoje, no Parque<br />
Eduardo VII. No total a Feira do Livro<br />
de Lisboa incluirá 236 pavilhões. ➥ P20<br />
■ Director-geral da Autoeuropa acredita<br />
que este ano “a produção vai crescer 20%<br />
em relação ao ano passado e ultrapassar<br />
os 100 mil carros”. O crescimento basearse-á<br />
no início da produção do novo<br />
monovolume “Sharan”. ➥ P32<br />
■ Zon contrata o estratega da Cabovisão<br />
para as questões jurídicas, Paulo Valente.<br />
É o novo episódio da ‘guerra’ entre as duas<br />
operadoras, aberta com uma queixa da<br />
Cabovisão junto da AdC por alegado abuso<br />
de posição dominante pela Zon. ➥ P33<br />
■ Metro responde a Tribunal de Contas,<br />
salientando as melhorias na qualidade de<br />
serviço prestado nos últimos anos. Quanto<br />
à dívida constituída, faz notar que ela foi<br />
para investimento na rede, que em 20 anos<br />
passou de 7 para mais de 40 km. ➥ P34<br />
■ Tributação das mais-valias bolsistas a<br />
20% excede em 6% a média da UE, e<br />
torna Portugal no 9º país com a tributação<br />
mais elevada da União, cuja média se fixa<br />
em quase 14% para as acções detidas há<br />
mais de um ano e menos de três. ➥ P40<br />
■ Estoril Open quase pronto para voltar<br />
a receber Roger Federer. O maior ‘court’<br />
central da história do torneio terá 7.147<br />
lugares e as bolas ostentarão pela primeira<br />
o nome Estoril Open, à semelhança de<br />
Roland Garros e dos Master 1.000. ➥ P48/49<br />
■ Portugal é 3º no ‘ranking’ da FIFA,<br />
tendo à frente apenas Brasil e Espanha.<br />
A actualização de ontem, que elevou<br />
Portugal à melhor classificação de sempre,<br />
impõe “maior sentido de responsabilidade”,<br />
anota Carlos Queiroz. ➥ P50<br />
■ Diz-se “a Tina Turner da publicidade”.<br />
EdsonAthayde,após20anosdetrabalho<br />
em Portugal, passagens por Los Angeles<br />
e Barcelona, regressou ao Brasil como<br />
vice-presidente da Master. E, acentua,<br />
como “publicitário português”. ➥ P52<br />
SOCIEDADE ABERTA<br />
António Gomes Mota<br />
Professor na ISCTE Business School<br />
Energia positiva<br />
Por uma vez consagro esta coluna de opinião à divulgação<br />
de uma iniciativa interessante da minha escola,<br />
a ISCTE Business School, até para fazer um simbólico<br />
contraste com o clima profundamente depressivo em<br />
que estamos, decorrente da baixa do ‘rating’ da República<br />
e do semi-pânico instalado nos mercados, que<br />
tem, justamente, ocupado a maioria das páginas de<br />
notícias, comentários e opiniões nos último dois dias.<br />
Refiro-me ao Energy MBA, recentemente anunciado e<br />
que representa um programa inovador não só em termos<br />
dos MBA nacionais como também a nível internacional.<br />
O Energy MBA aproveita e potencia<br />
a visibilidade de Portugal<br />
nesta nova era da energia.<br />
Tem subjacente um acordo com uma das mais prestigiadas<br />
universidades do mundo, a Columbia University,<br />
que possibilitará que o programa se divida por<br />
dois semestres em Portugal e um em Nova Iorque,<br />
onde os alunos frequentarão cadeiras mais especializadasnaáreadaenergiaeaparcomalunosdaquela<br />
universidade.<br />
Trata-sedeumprogramaquenasuaessênciatemas<br />
características fundamentais de qualquer MBA, embora<br />
com alguns elementos distintivos, como um inovador<br />
programa de criatividade, mas que oferece uma<br />
especialização na área da energia. É um programa de<br />
âmbito internacional, leccionado em língua inglesa e<br />
visando captar também alunos não portugueses.<br />
Conta-se com um envolvimento significativo de<br />
empresas portuguesas do sector, muito expressivo no<br />
Energy Living Lab, um segmento do programa em que<br />
os alunos terão oportunidade de visitar e contactar directamente<br />
as diferentes unidades de produção de<br />
energia, das centrais térmicas, às barragens, passando<br />
pelos parques eólicos, solar, etc. E neste âmbito temos<br />
o privilégio de, num raio de poucos quilómetros,<br />
termos à nossa disposição unidades produtoras das<br />
diferentes formas de energia, o que não é facilmente<br />
replicável noutros países.<br />
Este programa simultaneamente aproveita e potencia<br />
a visibilidade de Portugal nesta nova era da energia,<br />
reconhecidamente um caso de referência internacional<br />
no domínio das energias renováveis, independentemente<br />
das polémicas e manifestos, o que<br />
sustenta e justifica o aparecimento de um programa<br />
desta natureza em Portugal, contribuindo, assim,<br />
para a projecção de uma imagem de modernidade e<br />
inovação, acentuada pelo facto de no ‘portfolio’ internacional<br />
de MBA, não se encontrar um programa<br />
com características similares.<br />
No desenho deste projecto e na concretização do<br />
acordo com Columbia, há o contributo decisivo e que<br />
importa destacar de Manuel Pinho, que aceitou dirigir<br />
o programa, mostrando, como tantas vezes acontece,<br />
que no exterior se reconhece com mais facilidade,<br />
capacidades e competências que desbaratamos<br />
localmente. ■<br />
AFRASE<br />
“A crise financeira, a não ser<br />
contida rapidamente, pode<br />
transformar-se em crise política.”<br />
—Joaquim Pina Moura, ex-ministro das Finanças e da Economia<br />
Alertando para a necessidade de um “novo racional político”,<br />
o ministro de Guterres e actual presidente da<br />
Iberdrola Portugal considera ainda, que “as dificuldades<br />
presentes precisam de mais Europa”. ➥ P5<br />
Francisco Murteira Nabo<br />
Bastonário da Ordem dos Economistas<br />
Decisões inadiáveis<br />
O que se temia aconteceu: por razões de natureza eleitoral<br />
ou dificuldades dentro do Governo e/ou Parlamento –<br />
dado que as eleições na Alemanha ocorrerão no próximo<br />
dia 9 de Maio – Ângela Merkel exigiu à Comissão Europeia<br />
medidas mais rigorosas para apoiar o plano de ajudas financeiras<br />
da União Europeia à Grécia, desencadeando uma<br />
crise nos mercados financeiros mediterrânicos de enorme<br />
gravidade, em especial na Grécia, e por contágio em Portugal<br />
e na Espanha, além evidentemente de poder induzir<br />
uma crise de consequências imprevisíveis para o futuro do<br />
euro e para a coesão da Europa.<br />
Rapidamente o custo da dívida subiu acima dos 900 e<br />
300 pontos base respectivamente para a Grécia e Portugal,<br />
levando a agência Standard & Poor’s a baixar o ‘rating’ da<br />
Grécia para o nível de ‘junk’, (lixo), ou títulos especulativosdealtorisco,eodePortugalpara“A-”.Esteadiamento<br />
da Alemanha em apoiar as ajudas financeiras europeias à<br />
Grécia é tanto mais incompreensível porquanto se sabe serem<br />
os bancos, e outras instituições financeiras alemãs, os<br />
maiores credores da Grécia, com uma exposição da ordem<br />
dos 400 mil milhões de euros.<br />
Na hora em que escrevo esta crónica – 10 horas de<br />
ontem, dia 28 – apenas se sabe que Ângela Merkel se<br />
reunirá de imediato com o BCE, o FMI e a OCDE para<br />
apreciar a situação emergente ao nível europeu e que,<br />
em Portugal, o primeiro-ministro se reunirá de urgência<br />
com o principal líder da oposição e com o Presidente<br />
da República.<br />
Em Portugal será inevitável um maior<br />
comprometimento a curto prazo, pelo<br />
menos do maior partido da oposição,<br />
com o PEC, seja ele o actual ou outro.<br />
Sejam quais forem as decisões que entretanto possam<br />
ser tomadas nestas reuniões o que parece claro face à crise<br />
é que já não será possível, por um lado, adiar só para 10 de<br />
Maio uma decisão sobre o apoio alemão às ajudas financeiras<br />
à Grécia, como se anunciou, sob pena do agravamento e<br />
do alastramento da crise a toda a Europa e, por outro, já<br />
será inevitável em Portugal um muito maior comprometimento<br />
a curto prazo, pelo menos do maior partido da oposição,<br />
com PEC, seja ele o actual ou outro, desde que conduza<br />
à criação de claras condições políticas que levem ao<br />
sucesso da sua implementação.<br />
É agora bem visível que foram os países do sul da Europa<br />
que, em termos de competitividade, mais ficaram expostos<br />
à globalização das economias e à adopção de uma moeda<br />
única europeia, não sendo justo continuar a pedir-lhes<br />
que, sozinhos, consigam restaurar as suas finanças públicas<br />
e, simultaneamente, tomar medidas que promovam<br />
um crescimento económico, que conduza a um alinhamento<br />
mínimo com os seus parceiros europeus.<br />
No caso concreto de Portugal é agora bem mais visível a<br />
importância que terão no futuro o mar, o atlântico sul e os<br />
mercados da lusofonia na nossa estratégia de crescimento.<br />
É altura de a implementar e não apenas de a enunciar,<br />
como temos vindo a fazer. ■<br />
O NÚMERO<br />
6%<br />
A taxa de juro (’yield’) das<br />
Obrigações do Tesouro a 10 anos<br />
chegou ontem a superar a fasquia<br />
dos 6%, o valor mais alto desde<br />
1997, embora tenha fechado<br />
o dia nos 5,809%. A crescerem<br />
há nove sessões consecutivas,<br />
só desde o início da semana<br />
as ‘yields’ das OT a 10 anos,<br />
já subiram mais de 16,5%. ➥ P8
A FACE VISÍVEL<br />
Miguel Coutinho<br />
miguel.coutinho@economico.pt<br />
Nasceu ontem o Bloco Central dos Aflitos. A criança está bem, na medida do possível<br />
Nasceu ontem às 11.30 da manhã, o novo Bloco Central. O recém-nascido encontra-se bem, na medida<br />
do possível, e não adoptou o apelido dos pais – assim, chamar-se-á Bloco Central dos Aflitos e não dos<br />
Interesses. Apesar de um pouco atarantados, os pais – PS e PSD –, estão a ponderar convidar os<br />
mercados internacionais e os especuladores, responsáveis por esta imprevisível união, para padrinhos<br />
da criança. Segundo apurámos, estes terão colocado como condição para aceitar o convite a<br />
responsabilidade pela educação da criança que será, desde a mais tenra idade, absolutamente<br />
espartana. Os pais estarão, ainda, proibidos de mimar a criança com luxos dispensáveis e estão<br />
intimados a habituá-la a viver com o que tem e não com o que gostaria de ter.<br />
90 minutos bem empregues<br />
José Sócrates e Pedro Passos<br />
Coelho estiveram bem na forma<br />
concertada como prometeram<br />
resposta a um “ataque<br />
especulativo sem fundamento”<br />
ao euro e à dívida soberana<br />
portuguesa. Ambos fizeram o que<br />
era suposto: colocar o interesse<br />
nacional à frente dos interesses<br />
PUB<br />
circunstanciais de cada um.<br />
Parece, também, evidente que<br />
face à tibieza europeia numa<br />
defesa inequívoca do euro e das<br />
economias mais frágeis da zona<br />
euro, Portugal tem de fazer<br />
otrabalhodecasa–eestepassa<br />
por uma maior ambição<br />
e assertividade das medidas<br />
concretas de redução da despesa<br />
pública. Passos Coelho tem o<br />
mérito de ter tomado a iniciativa<br />
e de ter revelado disponibilidade<br />
para construir uma solução.<br />
Sócrates tem a possibilidade de<br />
conduzir o país num momento<br />
de particular dificuldade. Os 90<br />
minutos que durou a reunião em<br />
São Bento parecem ter sido<br />
bem empregues.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 3<br />
EDITORIAL<br />
Será suficiente?<br />
Primeiro os pontos positivos.<br />
José Sócrates e Pedro Passos<br />
Coelho fizeram ontem o inevitável,<br />
mas que ainda há uns<br />
meses parecia impossível. Puseram<br />
de lado as divergências<br />
políticas e, em nome do País,<br />
deram um sinal de que estariam<br />
juntos para defender a<br />
economia portuguesa.<br />
A mensagem passou em Portugal,<br />
mas neste caso em concreto,<br />
mais importante, passou<br />
no exterior, dando resposta<br />
a uma das dúvidas levantadas<br />
na véspera pela<br />
Standard&Poor’s.<br />
Aperguntaqueagorasecolocaéadesaberseoqueontem<br />
foi anunciado será suficiente?<br />
E à primeira vista a<br />
resposta é não.<br />
O Governo não anunciou medidas<br />
adicionais, antes se limitou<br />
a voltar a anunciar o<br />
que já tinha prometido. Não é<br />
assim de estranhar que os<br />
economistas ouvidos hoje<br />
pelo Diário <strong>Económico</strong> peçam<br />
mais ao Executivo. Pedem<br />
mais contenção na despesa.<br />
Os próximos dias serão decisivos<br />
para a economia nacional<br />
e é notório que enquanto não<br />
se vislumbrar uma decisão<br />
definitiva para a Grécia, os<br />
mercados não nos darão descanso.Ficaaesperançadeque<br />
a ausência de medidas de ontem<br />
seja uma questão táctica e<br />
que o Governo esteja a guardar<br />
para outro momento as<br />
respostas que os mercados<br />
possam vir a exigir. ■<br />
Fica a esperança de que<br />
a ausência de medidas<br />
de ontem seja uma questão<br />
táctica e que o Governo esteja<br />
a guardar para outro<br />
momento as respostas que os<br />
mercados possam vir a exigir.
4 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
DESTAQUE<br />
DESTAQUE CRISE FINANCEIRA<br />
Governo e PSD<br />
prometem acordo<br />
para reforçar PEC<br />
Sócrates e Passos Coelho estão a negociar mais medidas<br />
para o PEC. Os mercados esperam, com os nervos em franja.<br />
Margarida Peixoto<br />
margarida.peixoto@economico.pt<br />
Foi preciso mais de um mês e um<br />
corte na notação da dívida da República<br />
para que o primeiro-ministro<br />
e o líder do PSD chegassem<br />
a acordo sobre a necessidade de<br />
passar à prática o Programa de<br />
Estabilidade e Crescimento (PEC).<br />
Ontem, José Sócrates e Pedro Passos<br />
Coelho prometeram trabalhar<br />
em conjunto para acrescentar<br />
mais medidas de austeridade ao<br />
pacotejáprevisto.ODiário<strong>Económico</strong><br />
sabe que em cima da<br />
mesa estão mais restrições nas<br />
despesas, no endividamento e nas<br />
obras públicas.<br />
Da reunião de ontem entre<br />
Passos Coelho e Sócrates saiu,<br />
para já, pouco mais do que um sinal<br />
político de confiança enviado<br />
ao país e ao exterior. “O Governo<br />
e o principal partido da oposição<br />
decidiram trabalhar em conjunto<br />
para responder em primeiro lugar<br />
ao ataque especulativo e sem<br />
fundamento ao euro e à dívida<br />
soberana”, garantiu o primeiroministro,<br />
à saída do encontro,<br />
perante dez câmaras, dez fotógrafos<br />
e dezenas de jornalistas,<br />
entre os quais sete meios de comunicação<br />
estrangeiros.<br />
Passos Coelho, por seu lado,<br />
deu um passo atrás no discurso de<br />
oposição ao PEC que tem feito desde<br />
que foi eleito e fez questão de<br />
dissipar as dúvidas sobre a capacidade<br />
do Governo de implementar<br />
as medidas de austeridade: “Manifestei<br />
a disponibilidade do PSD<br />
para neste momento em que precisamos<br />
de uma resposta pronta<br />
não deixar dúvidas de que estas<br />
medidas possam entrar em vigor”,<br />
disse o líder dos social-democratas,<br />
sinalizando assim que o PSD<br />
não vai bloquear na Assembleia a<br />
aprovação das medidas.<br />
Contudo, o PSD não inverteu o<br />
tom do discurso sem garantir nada<br />
em troca. “Estamos muito disponíveis<br />
para considerar e ouvir propostas<br />
do PSD e de outros partidos”,<br />
reconheceu José Sócrates.<br />
“O primeiro-ministro mostrou<br />
abertura para considerar medidas<br />
de reforço no PEC que se venham a<br />
afigurar necessárias para se garantir<br />
a trajectória descendente do défice<br />
orçamental”, sublinhou Passos<br />
Coelho sem dizer quais.<br />
O primeiro acordo alcançado<br />
foi a necessidade de antecipar já<br />
para este ano três medidas que só<br />
estavam previstas para 2011 – as<br />
alterações às regras do subsídio de<br />
desemprego, a introdução de mais<br />
condições para aceder a prestações<br />
sociais e mais fiscalização na atribuição<br />
destes apoios.<br />
Mas isto não chega. “O PSD está<br />
a preparar mais medidas” para<br />
apresentar, confirmou Miguel Relvas,<br />
secretário-geral do partido ao<br />
Diário <strong>Económico</strong>, acrescentando<br />
quesãodecontençãodadespesa<br />
mas que ainda não estão fechadas.<br />
Segundo apurou o Diário <strong>Económico</strong>,<br />
os social-democratas estão<br />
em negociações com o Governo<br />
para decidir quais serão aquelas<br />
que se somarão ao PEC. Em cima<br />
da mesa estão mais restrições à<br />
despesa (eventualmente a definição<br />
de um tecto para a despesa total)<br />
e ao endividamento, em troca<br />
da viabilização dos limites aos benefícios<br />
e deduções fiscais. Também<br />
está a ser considerado um<br />
maior aperto nas obras públicas.<br />
Para já, o Governo decidiu não<br />
avançar com as auto-estradas que<br />
ainda não tenham sido lançadas,<br />
mas não colocou qualquer data<br />
para o arranque, nem alterou o calendário<br />
das que já têm troços concessionados.PeranteoacordoentreoGovernoeoPSD,PauloPortas,líderdo<br />
CDS, já marcou posição: “No PEC o<br />
O ministro alemão<br />
da Economia,<br />
Rainer Bruederle,<br />
vai encontrar-se<br />
comoGoverno<br />
português em<br />
Lisboa, no final da<br />
semana, para<br />
discutir a crise<br />
financeira.<br />
Paul Krugman<br />
defendeu que “o<br />
desequilíbrio das<br />
contas públicas de<br />
Portugal não é,<br />
nem de perto, tão<br />
severo com o<br />
problema grego”.<br />
Governo não quis conversar com o<br />
CDS. Mantenho sempre a mesma<br />
atitude”, disse, propondo a suspensãoimediatadoTGVerescisões<br />
por mútuo acordo na Função<br />
Pública, entre outras medidas. Já o<br />
BE e o PCP condenaram o acordo<br />
do Governo com a direita. “Vai<br />
exigir às vítimas da crise o pouco<br />
que têm”, criticou Francisco Louçã,<br />
líder do Bloco. “Perante este<br />
verdadeiro roubo feito a Portugal, o<br />
papel que PS e PSD (com o apoio<br />
do Presidente da República) se<br />
preparam para assumir é de participarem<br />
nessa operação”, defendeu<br />
Jerónimo de Sousa, secretário-geral<br />
do PCP.<br />
Holofotes virados para Portugal<br />
A descida do ‘rating’ da República<br />
e as constantes comparações da<br />
economia portuguesa à grega – à<br />
beira de entrar em incumprimento<br />
– viraram os holofotes todos<br />
para Portugal. Ontem, a linguagem<br />
da Comissão não foi diferente<br />
da usada na avaliação do PEC,<br />
mas havia uma declaração pronta<br />
sobre as áreas onde há maior<br />
preocupação. “As receitas não fiscais,<br />
as despesas de capital e as<br />
transferências sociais”, explicou<br />
Amadeu Altafaj, porta-voz de Olli<br />
Rehn.Nuncaocomissáriosetinha<br />
pronunciado de forma tão<br />
clara sobre as rubricas onde suspeita<br />
que o OE/2010 vai falhar.<br />
Jürgen Stark, membro do comité<br />
executivo do Banco Central<br />
Europeu, já tinha dito que não vê<br />
“qualquer relação entre Portugal e<br />
a Grécia” e Paul Krugman defendeu<br />
no seu blog que “o desequilíbrio<br />
das contas públicas de Portugal<br />
não é, nem de perto, tão severo<br />
com o problema grego”. Ainda assim,<br />
o Nobel da Economia sublinhou<br />
que “o país foi palco de uma<br />
bolha imobiliária e o mercado<br />
pensa agora que os bancos portugueses<br />
estão em sarilhos”.<br />
Outro problema a considerar é<br />
a possibilidade da ajuda à Grécia<br />
ter de ser maior do que o inicialmente<br />
previsto. O director do FMI<br />
elevou a fasquia das necessidades<br />
gregas para 120 mil milhões de<br />
euros a três anos. Se o FMI mantiver<br />
a parcela de um terço, sobram<br />
80 mil milhões para a UE, dos<br />
quais Portugal teria de suportar<br />
dois mil milhões de euros, o equivalente<br />
a 1,2% do PIB português.<br />
(Ver pág. 12). ■ Com L.R.<br />
“ Transmiti a<br />
disponibilidade<br />
do PSD para neste<br />
momento em que<br />
precisamos de dar<br />
uma resposta<br />
pronta não deixar<br />
dúvidas de que<br />
estas medidas<br />
[as do PEC] possam<br />
entrar em vigor.<br />
O primeiroministro<br />
mostrou<br />
abertura para<br />
considerar medidas<br />
de reforço no PEC<br />
quesevenham<br />
a afigurar<br />
necessárias.<br />
Quaisquer que<br />
sejam as diferenças<br />
políticas, não<br />
nos impedirão de<br />
oferecer a Portugal<br />
um quadro de<br />
estabilidade. Não<br />
se conte com falta<br />
de condições para<br />
que os objectivos<br />
sejam atingidos.”<br />
Economistas nacio<br />
Antecipar medidas do PEC é um<br />
bom começo, mas insuficiente.<br />
Luís Reis Pires<br />
luis.pires@economico.pt<br />
PedroPassosCoelho<br />
A Standard & Poor’s (S&P) conseguiu<br />
o que ainda ninguém tinha<br />
conseguido: pôs o Governo a<br />
negociar com a oposição as medidas<br />
de consolidação e a discutir<br />
o melhor caminho para acalmar<br />
os mercados e evitar um cenário<br />
de incumprimento. O resultado<br />
da reunião de ontem é<br />
um bom primeiro passo, mas insuficiente,<br />
dizem os economistas<br />
contactados pelo Diário <strong>Económico</strong>,<br />
que pedem mais medidas,<br />
sobretudo do lado da despesa.<br />
“Ainda bem [que Governo e<br />
oposição já se começaram a en-<br />
tender]”, diz Silva Lopes, economista<br />
e ex-ministro das Finanças,<br />
para quem o resultado da<br />
reunião de ontem entre José Sócrates<br />
e Pedro Passos Coelho “é<br />
um bom indício”. Mas a antecipação<br />
de algumas medidas previstas<br />
no PEC é apenas “um primeiro<br />
passo”, que precisa de<br />
continuidade. (ver págs. 6 e 7)<br />
“AgoraéprecisooGovernoouvir<br />
as propostas do PSD, porque admito<br />
que haja para lá algumas<br />
coisas legítimas e que podem ser<br />
aproveitadas”, remata.<br />
Já João César das Neves, economista<br />
e professor da Universidade<br />
Católica, concorda que a<br />
abertura do Governo para negociar<br />
e o sentido de Estado do<br />
maior partido da oposição são<br />
bons sinais, mas acrescenta que
MANIFESTO<br />
ENTENDAM-SE<br />
Perante a gravidade da crise que se abateu sobre Portugal, o Diário<br />
<strong>Económico</strong> decidiu lançar um apelo a uma concertação política em<br />
nome do país. Foram inúmeros os comentários dos leitores que<br />
subscreveram esse repto. O manifesto continua aberto a quem deseje<br />
participar no email: ➥ PORPORTUGAL@ECONOMICO.PT<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 5<br />
ANÁLISE<br />
Épreciso<br />
mais Europa<br />
JOAQUIM PINA MOURA<br />
Economista e ex-ministro das Finanças<br />
A evolução da situação financeira<br />
nacional e europeia é preocupante.<br />
Os sucessivos ‘downgrade’ das<br />
variáveis mais críticas (dívida pública<br />
e endividamento global; défice<br />
orçamental; ‘ratings’ em<br />
queda; “afundamentos” sucessivos<br />
nalguns mercados de capitais)<br />
evidenciam uma cascata de factoresadversosque,emboracentrados<br />
na Grécia, estão a produzir<br />
um indesejável “efeito de contágio”<br />
noutros espaços da zona euro,<br />
nomeadamente em Portugal.<br />
Parece necessária uma resposta<br />
com um “novo racional económico<br />
e financeiro” largamente já<br />
contemplado nos PEC apresentados<br />
e aprovados pela Comissão<br />
Europeia. Mas parece também<br />
necessário um “novo racional político”<br />
para enfrentar a crise financeira<br />
que, a não ser contida<br />
rapidamente, se pode transformar<br />
em crise política a nível europeu<br />
e nacional. As dificuldades<br />
presentes precisam de mais Europa;<br />
mais articulação das políticas<br />
económicas e financeiras; mais<br />
determinação na concretização<br />
das medidas anunciadas para isolar<br />
e superar o “efeito de contágio”<br />
que fragiliza não apenas tal<br />
ou tal país da União Europeia, mas<br />
aUEnoseuconjunto.■<br />
nais pedem ao Governo mais cortes na despesa<br />
“Agora é preciso<br />
o Governo ouvir<br />
as propostas<br />
do PSD, porque<br />
admito que haja<br />
para lá algumas<br />
coisas legítimas<br />
e que podem<br />
ser aproveitadas”,<br />
dizSilvaLopes.<br />
“Há uma coisa<br />
que já foi feita<br />
no passado e que<br />
se calhar devíamos<br />
começar a pensar,<br />
que é pagar<br />
osubsídio<br />
de férias em títulos<br />
de dívida”, admite<br />
Mira Amaral.<br />
“é pena que tenha acontecido<br />
desta maneira [foi preciso um<br />
corte no ‘rating’ da República] e<br />
não antecipadamente”. César<br />
das Neves sublinha ainda que, a<br />
partir de agora, é obrigatório<br />
“abordar a situação com muito<br />
mais seriedade” e mexer mais<br />
“na despesa”, porque só assim os<br />
mercados vão dar tréguas a Portugal.<br />
“E é preciso esperar que a<br />
Europacomeceaagircomoum<br />
todo, porque há uma grande<br />
parte disto que não tem a ver<br />
connosco”, conclui.<br />
Atacar o problema do lado da<br />
despesa é uma receita consensual<br />
entre os economistas contactados.<br />
Mas Mira Amaral, economista<br />
e ex-ministro da Indústria,<br />
acredita que “há uma medidadoladodareceitadaqual[o<br />
LEITORES DO ECONÓMICO RESPONDEM AO MANIFESTO<br />
Governo] não se vai safar”, que é<br />
“a subida do IVA”. Mira Amaral<br />
também vê a antecipação de algumas<br />
medidas do Programa de<br />
Estabilidade e Crescimento<br />
(PEC) com bons olhos, mas diz<br />
que “não chega” e são precisas<br />
novas medidas, “mais profunda”,<br />
porque os mercados querem<br />
coisas mais visíveis e concretas.<br />
“Há uma coisa que já foi feita no<br />
passado e que se calhar devíamos<br />
começar a pensar, que é pagar o<br />
subsídio de férias em títulos de<br />
dívida”, sugere.<br />
Uma medida que, a avançar,<br />
causarianovafrentedecombate<br />
entre o Governo e os funcionários<br />
públicos, que ainda continuam<br />
a contestar o congelamento<br />
dos salários este ano e a garantiadequenãohaveráganhos<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
“ OGoverno<br />
e o principal<br />
partido da oposição<br />
decidiram trabalhar<br />
em conjunto para<br />
responder em<br />
primeiro lugar ao<br />
ataque especulativo<br />
e sem fundamento<br />
aoeuroeàdívida<br />
soberana.<br />
Decidimos<br />
dialogar, entre<br />
Governo e PSD,<br />
por forma a que<br />
o desenvolvimento<br />
da situação seja<br />
acompanhado e<br />
para trocar pontos<br />
de vista.<br />
Estamos muito<br />
disponíveis para<br />
considerar e ouvir<br />
propostas do PSD e<br />
de outros partidos.<br />
José Sócrates<br />
reais nos próximos. Depois da<br />
grevegeralde4deMarço,os<br />
funcionários públicos vão voltar<br />
a manifestar-se a 29 de Maio<br />
juntamente com os professores.<br />
Mas a situação é cada vez mais<br />
grave e, independentemente dos<br />
protestos da Função Pública, é<br />
preciso apertar mais uns furos no<br />
cinto.<br />
“Agora é fazer tudo o que for<br />
necessário para evitar o incumprimento”,<br />
afirma João Duque,<br />
economista e presidente do<br />
ISEG, para quem o resultado da<br />
reunião de ontem é “insuficiente”.<br />
“É um bom sinal, porque o<br />
Governo está finalmente a negociar”,<br />
diz, mas “é preciso mais”.<br />
Duque que também admite que,<br />
se for necessário, se pague o 13º<br />
mês com títulos de dívida, avan-<br />
A crise financeira<br />
que, a não ser contida<br />
rapidamente, pode<br />
transformar-se<br />
em crise política.<br />
ça outra proposta: “Pode fazerse,<br />
por exemplo, uma reestruturação<br />
da própria dívida”.<br />
O facto de os políticos só agora<br />
darem os passos necessários<br />
para concertarem posições é<br />
visto pelos economistas como<br />
um esforço que “já chega tarde”.<br />
“Comoéquesóagorasecomeça<br />
a olhar para isto?”, questiona<br />
João Duque. “Parece que as pessoas<br />
não sabem como funcionam<br />
os mercados”, remata em tom de<br />
crítica.<br />
Sejam quais forem as novas<br />
medidas, a única coisa certa é<br />
que têm que chegar rápido,<br />
porque Portugal vai ter duas<br />
emissões de Bilhetes do Tesouro<br />
em Maio (dias 5 e 19) e não<br />
pode dar-se ao luxo de pagar<br />
juros de 6%. ■
6 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
DESTAQUE<br />
MANIFESTO<br />
ENTENDAM-SE<br />
Cristina Oliveira da Silva<br />
cristina.silva@economico.pt<br />
Se as medidas que o Governo<br />
apresentou ontem aos parceiros<br />
sociais forem avante, mais de um<br />
terço dos desempregados terá de<br />
aceitar ofertas de emprego que<br />
paguem um salário igual ao subsídio<br />
de desemprego.<br />
Actualmente, para além de<br />
outros critérios que se mantêm<br />
(despesas e tempo de deslocação,<br />
por exemplo), os desempregados<br />
há menos de seis meses só são<br />
obrigados a aceitar emprego<br />
quando o salário oferecido for superior<br />
em 25%. Já os desempregados<br />
há mais de seis meses têm<br />
de aceitar salários superiores em<br />
10%. Agora, no que diz respeito<br />
apenas ao salário, o Governo propõe<br />
alterar esta situação e quer<br />
que os desempregados há mais de<br />
um ano sejam obrigados a aceitar<br />
uma remuneração igual ou superior<br />
ao valor do subsídio. Ora,<br />
tendo em conta os actuais desempregados,<br />
são quase 207 mil os<br />
inscritos nos centros de emprego<br />
(ou seja 36,2% do total, peso pouco<br />
superior ao registado em 2009)<br />
há mais de um ano que terão de<br />
aceitar esta opção, sob pena de, à<br />
segunda recusa, perderem a inscrição<br />
e o subsídio de desemprego<br />
(caso o recebam). Já os restantes<br />
365 mil desempregados, nessa situação<br />
há menos de um ano, terão<br />
de aceitar uma oferta que pague<br />
mais 10% do que o subsídio.<br />
Seovalormédiodaprestação<br />
se mantiver em 532 euros (como<br />
em 2009), isto significa que os<br />
desempregados terão de aceitar<br />
salários iguais a este valor se estiverem<br />
desempregados há mais de<br />
um ano ou, caso contrário, superiores<br />
a 585,2 euros. Mas esta<br />
nova regra não chega para compensar<br />
o valor médio das ofertas<br />
de emprego, que, no ano passado,<br />
ficou em 523 euros.<br />
O documento de trabalho<br />
apresentado ontem ainda não é<br />
final e espera pela posição de patrões<br />
e sindicatos mas já aponta<br />
para a redução do subsídio máximo<br />
que os desempregados podem<br />
receber, apesar de manter a regra<br />
de que o subsídio equivale a 65%<br />
do salário de referência. Mas a<br />
proposta do Governo sugere que<br />
ninguém possa, “em qualquer<br />
caso”, receber uma prestação<br />
Toda a gente fala e sabe<br />
que durante anos a fio a<br />
vaidade lusa era quem mais<br />
ordenava. E o que fizeram<br />
os governantes? Nada.<br />
Zero.<br />
Agora aguentem-se.<br />
Quanto a entendimentos<br />
estamos conversados. Onde<br />
houver dois portugueses há<br />
discussão. Ninguém quer<br />
ser o índio.<br />
FERNANDO, LISBOA<br />
Chegou a hora da verdade.<br />
Somos tão fracos quanto a<br />
Grécia. Vivemos há muitos<br />
anos acima das nossas<br />
“superior a 75% do valor líquido<br />
da remuneração de referência”<br />
(composta por um conjunto de 12<br />
salários). Actualmente, este tecto<br />
era mais alto uma vez que se fixava<br />
em 100% do valor líquido da<br />
remuneração de referência. Ainda<br />
assim, o Diário <strong>Económico</strong> sabe<br />
queonovolimitesóseráaplicado<br />
a salários médio-altos, apesar de<br />
ainda não estar definido onde começa<br />
este limiar.<br />
Estas alterações não impedem<br />
quesecontinueamanterumsubsídiomínimode419,22eurose<br />
um máximo de 1258 euros.<br />
A ministra do Trabalho defendeu<br />
ontem que as propostas do<br />
Executivo são “equilibradas” e<br />
que podem apoiar o regresso rápido<br />
ao mercado de trabalho,<br />
adiantando ainda que a intenção<br />
não é reduzir o valor do subsídio.<br />
O corte no subsídio e as regras<br />
mais restritas na recusa de emprego<br />
já tinham sido anunciadas<br />
no Programa de Estabilidade e<br />
Crescimento. Ontem, o primeiroministro<br />
falou em antecipar a<br />
aplicação das novas medidas já<br />
para este ano, apesar de essa ter<br />
sido uma intenção sempre demonstrada<br />
pela ministra Helena<br />
André. José Sócrates também disse<br />
que entraria em vigor já em<br />
2010 medidas como a auditoria e a<br />
introdução de condição de recursos<br />
nas prestações sociais. Juntamente<br />
com outras iniciativas já<br />
aprovadas, esta é uma forma de o<br />
Executivo dar um sinal de empenho<br />
na redução do défice (ver página<br />
7).<br />
Segurança Social corta<br />
subsídio mais cedo<br />
No documento ontem distribuído<br />
aos parceiros, o Governo sugere<br />
“encurtar” os prazos que hoje são<br />
aplicados no corte da prestação de<br />
desemprego, nomeadamente<br />
quando há recusa de ofertas de<br />
emprego. E assume o mesmo critério<br />
para faltas de comparência. Só<br />
faltasaberseo Executivoquerapenas<br />
acelerar o processo administrativo<br />
ou se também quer restringirasfaltas.Actualmente,sódetermina<br />
o fim da inscrição do desempregadoasegundafaltadecomparência<br />
no centro de emprego ou no<br />
local de trabalho para o qual tenha<br />
sido encaminhado, bem como o<br />
segundo incumprimento de apresentação<br />
quinzenal. ■<br />
possibilidades. Acabaramse<br />
os tempos das vacas<br />
gordas e dos benefícios<br />
sociais e pensões chorudas.<br />
Temos mesmos de apertar<br />
os cintos e bem<br />
apertadinhos!<br />
MANUEL DE FREITAS, VISEU<br />
Desempregados forçados a<br />
aceitar oferta igual ao subsídio<br />
A medida aplicar-se-ia a um terço dos actuais desempregados. Governo<br />
também quer limitar o valor dos subsídios de desemprego mais elevados.<br />
Cortes no subsídio<br />
de desemprego<br />
O Governo ainda não decidiu a<br />
partir de que limiar poderá<br />
aplicar o novo tecto de subsídio<br />
de desemprego. No entanto, se a<br />
decisão abarcar salários<br />
superiores a mil euros, estes<br />
sentirão a redução da prestação.<br />
Um trabalhador que formule a<br />
sua remuneração de referência<br />
(que conta com um conjunto de<br />
12 salários) através de um<br />
ordenado bruto de cerca de 1.040<br />
euros, tem hoje direito a um<br />
subsídio de 676 euros. Se o seu<br />
salário líquido for de 842 euros, o<br />
beneficiário terá um corte no<br />
valor da prestação, já que o<br />
subsídio ultrapassa 75% do<br />
ordenado líquido (cerca de 632<br />
euros). Já quem ganha o salário<br />
mínimo (475 euros) nunca seria<br />
afectado pela mudança, não<br />
sendo também essa a intenção<br />
do Executivo. Estas pessoas<br />
contam com um salário líquido de<br />
422,75 euros (descontando<br />
apenas para a Segurança Social)<br />
e recebem um subsídio de 308,75<br />
euros. O valor mantém-se já que<br />
75% do salário líquido ultrapassa<br />
aquele montante (317 euros).<br />
AS OUTRAS PROPOSTAS<br />
● O Governo quer flexibilizar<br />
a acumulação de rendimentos<br />
de trabalho com prestações,<br />
“nomeadamente” de desemprego<br />
parcial, o que abre a porta<br />
à introdução deste regime<br />
no caso de empregos a tempo<br />
inteiro, tal como a UGT sugeria.<br />
● Para combater a fraude,<br />
o Governo propõe que os<br />
trabalhadores tenham de se<br />
inscrever na Segurança Social<br />
antes de começarem a trabalhar.<br />
● Metade das entrevistas de<br />
emprego que ocorram em áreas<br />
consideradas prioritárias (a partir<br />
de indicadores de recusa de<br />
emprego) serão acompanhadas<br />
por técnicos de emprego.<br />
● Os Gabinetes de Inserção<br />
Profissional terão metas<br />
quantificáveis de inserção<br />
profissional e colocações.<br />
● Prioridade à integração<br />
de beneficiários de baixas<br />
prestações em contratos<br />
de emprego-inserção<br />
(trabalho social).<br />
● Maior eficácia na aplicação<br />
de sanções.<br />
● Designação de 200 gestores<br />
de ofertas.<br />
● Todas as medidas adoptadas<br />
serão avaliadas no prazo<br />
de um ano pela Comissão<br />
de Acompanhamento.<br />
O manifesto do DE está<br />
correcto. Penso que<br />
realmente os dois maiores<br />
partidos (PS e PSD) devem<br />
chegar o mais rapidamente<br />
aumacordosérioequese<br />
deixem de “guerras” de<br />
politiquice que não leva a<br />
lado nenhum. Tenho<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
ANTÓNIO CARLOS SANTOS<br />
Antigo secretário de Estado<br />
dos Assuntos Fiscais<br />
“Não é impensável<br />
um cenário<br />
mais exigente”
esperança que depois da<br />
mudança do presidente do<br />
PSD, agora, o PS e PSD se<br />
vão entender. Caso não<br />
façam esse esforço, então<br />
o País estará MUITO MAL.<br />
F. PINTO, S. J. MADEIRA<br />
Oqueénecessário,em<br />
O coordenador do grupo de peritos<br />
para o estudo da política fiscal, não<br />
afasta medidas mais exigentes na<br />
despesa. E dúvida que o aumento<br />
do IVA seja eficaz.<br />
Como avalia as medidas do PEC<br />
no lado da despesa?<br />
As medidas pretendem contribuir<br />
para a redução do défice, com<br />
contidos impactos sociais. O<br />
congelamento salarial na<br />
Administração Pública é uma<br />
medida conjuntural de curto prazo.<br />
Não é impensável ser necessário<br />
um cenário mais exigente, quer no<br />
lado da redução da despesa, em<br />
especial da corrente, e da<br />
contenção de despesa por<br />
primeiro lugar, é manter a<br />
calma e evitar alarmismos<br />
hipócritas. Um<br />
entendimento entre PS e<br />
PSD era bem-vindo. Mas o<br />
problema não está<br />
exactamente nos partidos.<br />
Está na imensa maioria de<br />
neoliberais<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Teixeira dos Santos, participou ontem na habitual reunião semanal do<br />
Presidente da República com o primeiro ministro, no Palácio de Belém, que<br />
durou cerca de uma hora e quarenta minutos. A participação de um<br />
ministro nos encontros regulares entre Cavaco Silva e José Sócrates não é<br />
comum, e ocorreu no mesmo dia em Cavaco Silva promulgou o Orçamento<br />
do Estado para 2010, na última quinta-feira. O OE entra hoje em vigor.<br />
adiamento ou anulação de<br />
projectos de investimento menos<br />
urgentes ou justificáveis.<br />
Enadespesafiscal?<br />
Apesar da significativa redução da<br />
despesa fiscal, que é apresentada<br />
como alternativa à subida de taxas<br />
de imposto, sou ainda favorável à<br />
introdução de limites à despesa<br />
fiscal (como a definição de um<br />
tecto global e de um tecto de<br />
crescimento relativamente ao PIB)<br />
a considerar em cada Orçamento.<br />
E o aumento do IVA, por<br />
exemplo, em 1 ponto?<br />
Mesmo que fosse mais simples, as<br />
anteriores subidas de taxas do IVA<br />
permitem pôr em dúvida que essa<br />
(independentemente dos<br />
partidos) que passam a<br />
vida a destilar veneno. O<br />
que mudou de há dois<br />
meses para cá que<br />
justifique o alarmismo<br />
actual? Isto é sobretudo<br />
especulação. E<br />
especulação que visa mais<br />
soluçãofosseamaiseficaz.Mas<br />
mais justa não seria certamente. O<br />
IVA é, por definição, um imposto<br />
regressivo. Só quem tenha<br />
desistido de utilizar a fiscalidade<br />
como instrumento de<br />
redistribuição, um imperativo<br />
constitucional, apostará nessa<br />
solução. A subida de 1 % da taxa<br />
normal reportada a 2009 valeria<br />
cercade350milhõesdeeuros,<br />
dependendo o valor final do IVA<br />
arrecadado do nível de evasão e<br />
fraude que um aumento de taxa<br />
propiciaria. Nas experiências<br />
anteriores de subidas de taxas, a<br />
receita foi normalmente inferior ao<br />
valor estimado. ■ L.S<br />
o euro que a pequenina<br />
economia portuguesa. E a<br />
especulação assim como<br />
vem também vai,<br />
independentemente do<br />
que façamos e do que<br />
preguem os neoliberais.<br />
Esta situação vai-se<br />
manter até à aprovação<br />
Mais valias<br />
comtaxade20%<br />
O Governo decidiu<br />
✔ aumentar a taxa de<br />
tributação das mais-valias de<br />
10% para 20% e acabar com a<br />
isenção para as acções detidas<br />
há menos de um ano. A<br />
proposta de lei foi aprovada no<br />
Conselho de Ministros de há<br />
uma semana e irá agora para o<br />
Parlamento. O ministro<br />
explicou que o regime prevê<br />
que todas as mais-valias<br />
realizadas este ano ficam já<br />
sujeitas às novas regras. O<br />
cálculo será feito através do<br />
saldo entre as mais valias e as<br />
menosvaliaseosprimeiros<br />
500 euros estão isentos.<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 7<br />
SEIS MEDIDAS DO PEC DÃO OS PRIMEIROS PASSOS<br />
Faz hoje uma semana que o<br />
Governo deu o pontapé de saída<br />
na implementação do Programa de<br />
Estabilidade e Crescimento (PEC)<br />
com a aprovação de três medidas<br />
no Conselho de Ministros:<br />
tributação das mais-valias,<br />
portagens nas SCUT e taxa de<br />
45% no IRS. Ontem, pressionado<br />
pelo pânico que se instalou nos<br />
mercados, o Governo reuniu com<br />
o PSD e viu-se obrigado a avançar<br />
commaistrês.Destavez,José<br />
Sócrates explicou que para 2010<br />
foi antecipada a entrada em vigor<br />
das novas regras do subsídio de<br />
desemprego (ver texto ao lado),<br />
as auditorias às prestações sociais<br />
e da nova lei de condição de<br />
recursos. No entanto, uma das<br />
principais medidas da área fiscal<br />
e também das mais difíceis de<br />
aprovar - o tecto nas deduções à<br />
colecta - ainda não viu a luz do dia.<br />
SCUT portajadas<br />
a 1 de Julho<br />
O Governo vai introduzir<br />
✔ portagens nas autoestradas<br />
onde até agora o<br />
utilizador não tinha de pagar<br />
nada. A medida está prevista<br />
no PEC e na semana passada,<br />
com a sua aprovação no<br />
Conselho de Ministros, ficou<br />
definida a entrada em vigor.<br />
São três as concessões<br />
rodoviárias que passarão a ter<br />
portagens: Costa de Prata<br />
(entre Mira e Porto), Grande<br />
Porto (área urbana da capital<br />
nortenha) e Norte Litoral (entre<br />
oPortoeFronteiracoma<br />
Galiza). As outras quatro SCUT<br />
mantêm-se sem portagens.<br />
da ajuda à Grécia<br />
em 10 de Maio.<br />
REALISTA, PORTO<br />
Não embarquemos<br />
em falsas soluções,<br />
de remedeio, porque<br />
não é disso que os<br />
portugueseseosseus<br />
Avaliar financeiramente<br />
os que recebem apoios<br />
Os beneficiários de<br />
✘ apoios sociais do regime<br />
não contributivo - ou seja, do<br />
Rendimento Social de Inserção,<br />
dos abonos de família, entre<br />
outros-vãopassaraterde<br />
provar que não têm<br />
rendimentos suficientes para<br />
ficarem excluídos daquele<br />
apoio. E por rendimentos não<br />
se entende apenas o salário,<br />
mas também, por exemplo, o<br />
património. A nova lei de<br />
condição de recursos, que está<br />
prevista no PEC, vai já avançar<br />
esteanoefazpartedolotede<br />
três medidas que o Governo diz<br />
ter antecipado para 2010.<br />
Auditorias e fiscalizações<br />
às prestações sociais<br />
Todas as prestações<br />
✘<br />
sociais vão ser objecto<br />
de auditoria e fiscalização. A<br />
intenção do Governo é verificar<br />
se os beneficiários das ajudas<br />
do Estado reúnem de facto as<br />
condições de acesso aos<br />
apoios. A medida foi<br />
apresentada pelo Governo<br />
como sendo uma das que será<br />
antecipada para este ano, com<br />
o objectivo de sinalizar o<br />
empenho do Governo na<br />
redução do défice. No plano de<br />
combate à fraude, o Ministério<br />
de Helena André prevê 40 mil<br />
acções de fiscalização ao RSI,<br />
mais 2,8% que em 2009.<br />
Mais ricos pagam<br />
IRS de 45%<br />
Depois de na legislatura<br />
✔ anterior ter criado o<br />
novo escalão de IRS de 42%, o<br />
Governo avança agora com<br />
uma nova taxa: 45% para<br />
rendimentos superiores a 150<br />
mil euros. A medida foi<br />
aprovada no Conselho de<br />
Ministros da passada quinta-<br />
-feira e, sendo uma matéria<br />
fiscal, ainda terá de passar pela<br />
Assembleia da República.<br />
A medida apesar de render 30<br />
milhões aos cofres do Estado,<br />
é a que menos vai ajudar<br />
a reduzir o défice. A nova taxa<br />
aplica-se aos rendimentos<br />
obtidos em 2010.
8 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
MANIFESTO<br />
ENTENDAM-SE<br />
Rui Barroso e<br />
Tiago Figueiredo Silva<br />
rui.barroso@economico.pt<br />
O mercado continua a castigar as<br />
Obrigações do Tesouro a dez anos,<br />
a menos de um mês do Estado ter<br />
de reembolsar 6,9 mil milhões de<br />
euros de dívida nacional. A taxa<br />
(‘yield’) exigida pelos investidores<br />
para deterem dívida portuguesa a<br />
dez anos subiu ontem pela nona<br />
sessão consecutiva.<br />
Pouco antes das declarações de<br />
entendimento entre o Governo e o<br />
PSD sobre as medidas a tomar<br />
para reduzir o défice, a ‘yield’ das<br />
obrigações nacionais chegou<br />
mesmo a superar a fasquia dos<br />
6%, o valor mais alto desde 1997.<br />
No entanto, o ritmo na escalada<br />
dos juros da República diminuiu<br />
durante a tarde, com a taxa a situar-se<br />
nos 5,809%. Desde o início<br />
da semana os juros da dívida a<br />
dez anos encareceram 16,5%.<br />
Mas, numa altura em que o Estado<br />
se prepara para ir ao mercado<br />
emitir Bilhetes do Tesouro a<br />
seis meses para encaixar entre<br />
500 a 750 milhões de euros, o<br />
credores necessitam.<br />
O que os portugueses e os<br />
seus credores necessitam<br />
é que o Estado seja<br />
produtivo, isto é, seja<br />
eficaz e eficiente, que<br />
concentre as suas tarefas<br />
apenas naquilo que devem<br />
ser as suas obrigações,<br />
Juros da República romperam os<br />
6% pela primeira vez em 13 anos<br />
Mercado de dívida viveu sessão volátil. Juros das Obrigações a dez<br />
anos superaram os 6% durante a sessão. Fecharam o dia nos 5,809%.<br />
ESCALADA NOS JUROS<br />
Evolução das ‘yields’ das<br />
Obrigações do Tesouro nacionais<br />
a dois e dez anos em 2010.<br />
6,0<br />
3,5<br />
Dez anos<br />
Dois anos<br />
1,0<br />
31 Dez 09<br />
Fonte: Bloomberg<br />
28 Abr 10<br />
libertando-se rapidamente<br />
de todas as outras tarefas,<br />
e execute bem essas<br />
tarefas, com as melhores<br />
práticas e melhoria<br />
contínua, combatendo<br />
tudo o que é desperdício e<br />
tudo o que é fraude e fuga<br />
fiscal, sem piedade mas<br />
mercado deu uma trégua ligeira à<br />
dívida com maturidade mais curta.<br />
Os juros das OT a dois anos interromperam<br />
um ciclo de 11 sessões<br />
seguidas de fortes subidas,<br />
descendo dos 4,915% para os<br />
4,833%. Apesar do aligeirar de<br />
ontem da ‘yield’ das OT a dois<br />
anos, só desde o início da semana,<br />
os juros destes títulos subiram<br />
mais de 60%, o que causa preocupação<br />
nos analistas.<br />
“Os riscos de ‘default’ estão a<br />
aumentar e o FMI precisa de reagir<br />
rapidamente. A Grécia e, em<br />
breve, Portugal simplesmente<br />
não conseguirão aguentar as taxas<br />
actuais, independentemente<br />
de quão dramáticos sejam os cortes<br />
na despesa pública”, defenderam<br />
ontem os especialistas do<br />
banco escandinavo SEB Enskilda.<br />
“O trabalho das autoridades é<br />
tentar contrariar esta tendência.<br />
Oproblemaéquesetemdeemitir<br />
dívida para refinanciar a dívida<br />
existente”, referiu o analista da IG<br />
Markets, Duarte Leite de Castro.<br />
De acordo com dados da entidade<br />
que gere o crédito público, o<br />
Estado terá de reembolsar em<br />
com forte sentido de<br />
responsabilidade e<br />
exemplo.<br />
ROSA PRATAS<br />
Concordo plenamente, mas<br />
aculpaédetodos<br />
portanto o esforço deve<br />
ser repartido por todos. Já<br />
PATRÕES LOUVAM “ENTENDIMENTO” ENTRE GOVERNO E PSD E APELAM A “GRANDE CONSENSO PATRIÓTICO”<br />
“É urgente construir um consenso nacional que possibilite e credibilize as medidas difíceis que têm de ser<br />
tomadas. Por isso, a AEP e a AIP-CE registam com muita satisfação o sinal de entendimento e colaboração que<br />
acaba de ser dado”, disseram as associações em comunicado que apela à contenção do investimento público.<br />
DR<br />
5,627 mil milhões de euros os detentores<br />
de OT que chegam à maturidade<br />
a 20 de Maio e em 1,286<br />
mil milhões os investidores da sériedeBTquevencea21deMaio.<br />
Custo de protecção sobre Portugal<br />
tem maior descida do mundo<br />
Já o mercado de ‘credit-default<br />
swaps’ deu sinais animadores<br />
ontem. O custo pago pelos investidores<br />
para se protegerem<br />
de um eventual incumprimento<br />
da República foi o que mais<br />
desce no mundo, segundo dados<br />
da consultora CMA. A cotação<br />
caiu 15,90% para os<br />
324,55 pontos. Ainda assim, de<br />
acordo com a CMA os preços<br />
indicam que o mercado está a<br />
incorporar uma probabilidade<br />
de ‘default’ de 24,52%.<br />
A Grécia também viu o preço<br />
dos seguros sobre a sua dívida<br />
descer, apesar do mercado continuar<br />
a não dar tréguas aos juros<br />
das obrigações helénicas. A<br />
‘yield’ das obrigações a dois<br />
anos subiu para os 15,9%. Já a<br />
taxa dos títulos a dez anos atingiu<br />
os 9,971%. ■<br />
ouvi alguns “doutores<br />
catedráticos” da nossa<br />
praça apontarem baterias<br />
só para alguns, cuidado,<br />
isso é criar divisões sociais<br />
quando o País precisa de<br />
união e esforço.<br />
RICARDO<br />
COLUNA VERTEBRAL<br />
Mercado<br />
JOÃO PAULO GUERRA<br />
A expressão “o mercado funciona”<br />
como “o mercado regula”<br />
perdeu todo o sentido embora<br />
tenha ganho um enorme significado.<br />
O mercado não funciona<br />
eportantonãoregula.Oque<br />
funciona, e à grande, é a especulação.<br />
E nas mãos dos especuladores,<br />
os destinos de países<br />
e de povos parecem barquinhos<br />
de papel lançados ao mar no<br />
Cabo das Tormentas.<br />
À crise provocada pela delinquência<br />
financeira segue-se a<br />
crise provocada pelos especuladores.<br />
Ninguém o quer reconhecer<br />
mas o que está verdadeiramente<br />
em crise é o capitalismo.Depoisdeenterrardevez<br />
toda e qualquer preocupação de<br />
índole social, depois de arrasar<br />
conquistas sociais históricas, o<br />
capitalismo submerge numa<br />
imensa crise porque não consegue<br />
satisfazer todos os patamares<br />
de ganância sem que ele<br />
próprio se afunde.<br />
Há poucos meses, dos “capitalistas<br />
selvagens” aos “socialistas<br />
modernos” – que dificilmente<br />
se distinguem dos capitalistas<br />
do século XIX – todos<br />
diziamquenadavoltariaaser<br />
como dantes em matéria de direitos<br />
sociais ou seja, de direitos<br />
humanos de âmbito social: Ninguém<br />
será mantido em escravidão<br />
ou servidão; todos têm direito<br />
ao trabalho, à protecção<br />
contra o desemprego, a remuneração<br />
justa e satisfatória, ao<br />
repouso e ao lazer, a um padrão<br />
de vida capaz de assegurar a<br />
saúde e bem-estar. Mas agora<br />
ninguém se entende porque os<br />
vencedores dessa guerra contra<br />
direitos humanos não conseguem<br />
chegar a acordo quanto à<br />
partilha do saque. O “capitalismo<br />
selvagem” passou os limites<br />
da selvajaria.<br />
E depois as receitas são sempre<br />
as mesmas, sejam quais forem<br />
os agentes ou as causas das<br />
crises: espremem-se mais um<br />
pouco os que vivem do trabalho<br />
assalariado. Nunca como hoje se<br />
percebe tão bem o que queria<br />
dizer Almeida Garrett ao falar<br />
do número de pobres necessário<br />
para fazer um rico. ■<br />
joaopaulo.guerra@economico.pt
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10 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
MANIFESTO<br />
ENTENDAM-SE<br />
ABERTURA NA TERÇA-FEIRA<br />
7493,94 pontos<br />
As oito horas e meia de caos na bolsa<br />
Num dia de verdadeira montanha-russa, o PSI 20 termina a recuar quase 2% e regista a sessão mais<br />
“<br />
Tiago Figueiredo Silva<br />
e Rui Barroso<br />
tiago.silva@economico.pt<br />
A sessão de ontem da praça lisboeta<br />
foi o equivalente a comprar<br />
um bilhete para andar numa das<br />
“montanhas-russas” espalhadas<br />
pelo mundo. Ao longo das oito<br />
horas de negociação, o PSI 20 enfrentou<br />
um sobe-e-desce como<br />
há muito não se via. O despertar<br />
não podia ter sido mais abrupto,<br />
com o índice a resvalar uns históricos<br />
6,54%. Mas a hora de almoço<br />
abriu o apetite dos investidores.<br />
A esperança de que fossem<br />
revelados novos detalhes no planodeajudaàGréciaeoentendimentoentrePSePSDlevaramo<br />
PSI 20 a subir 1%. No entanto, o<br />
desfecho da sessão viria a ditar a<br />
estocada final, com a bolsa nacional<br />
a registar uma queda de<br />
1,89%, numa sessão em que 11<br />
empresas tocaram mínimos de,<br />
pelo menos, mais de um ano.<br />
Além do caos e da incerteza<br />
terem sido as características do-<br />
Entendam-se?! É preciso<br />
ter lata. Devia ser antes um<br />
ultimato ao Governo:<br />
Resolvam. E se não são<br />
capazes demitam-se.<br />
Também podem fugir - aliás<br />
nem sequer seriam os<br />
primeiros. Já outros o<br />
fizeram antes, ainda que<br />
Os dois dias “loucos” vividos pelo PSI 20<br />
As últimas duas sessões do índice de referência nacional tem sido uma<br />
verdadeira “loucura”. O desempenho do PSI 20 oscilou ao “sabor” das<br />
notícias relativas ao ‘rating’ nacional e à crise de dívida na Grécia.<br />
Depois de na terça-feira ter registado a sessão mais “negra” do último<br />
ano e meio, ontem, o sobe-e-desce foi uma constante. Contas feitas, o<br />
PSI 20 acumula uma perda de 7,15% nas últimas duas sessões.<br />
minantes, a sessão entrou para os<br />
livros de história do PSI 20, pelo<br />
facto de nunca se terem negociado<br />
tantas acções como ontem.<br />
Contas feitas, trocaram de mãos<br />
mais de 271 milhões de acções<br />
num montante de 508 milhões<br />
de euros. Na prática, isto significa<br />
que num só dia foram transaccionados<br />
quase cinco vezes<br />
mais títulos do que a média de<br />
volume verificada desde o arranquedoano.<br />
O recorde anterior do dia<br />
mais movimentado de sempre<br />
remontavaa16deFevereirode<br />
2007, com a revisão em alta da<br />
OPA lançada pela Sonaecom sobre<br />
a PT a fazer disparar o volume<br />
de negócios para os 266,5<br />
milhões de títulos. O principal<br />
contributo para o volume histórico<br />
veio do BCP. O banco liderado<br />
por Carlos Santos Ferreira,<br />
que chegou a afundar 17% para<br />
negociar num novo mínimo recorde<br />
de 0,55 euros. Negociou<br />
150 milhões de títulos que representaram<br />
mais de metade do<br />
para cargos dourados na<br />
esfera internacional, depois<br />
de deixarem o lodo e a<br />
podridão para trás. E<br />
também não vamos lá com<br />
um governo presidencial.<br />
Não esquecer o grande<br />
contributo que o actual PR<br />
deu com a história da “boa<br />
É noticiado<br />
que a S&P se<br />
prepara para<br />
cortar o ‘rating’<br />
de Portugal.<br />
Para já não acredito<br />
que a volatilidade<br />
acabe. No final<br />
do dia a S&P cortou<br />
o ‘rating’ de Espanha,<br />
portanto espera-se<br />
queapressão<br />
continue” hoje.<br />
Duarte Leite de Castro<br />
IG Markets<br />
moeda”. Para não falar que<br />
agora, como antes, à frente<br />
dos outros estará o seu<br />
próprio interesse.<br />
ISA<br />
Não existem Portugueses<br />
de Esquerda ou de Direita.<br />
Existem apenas<br />
S&P baixa<br />
‘rating’ de<br />
Portugal em dois<br />
níveis para A-.<br />
ABERTURA<br />
DE ONTEM<br />
-4,33%<br />
nos 6.843<br />
pontos.<br />
S&P coloca<br />
dívida grega<br />
em ‘junk bond’.<br />
total transaccionado no PSI 20.<br />
“Háfugadeinvestidorese,<br />
dado o elevado volume, são os<br />
institucionais que estão a sair”,<br />
justificou o analista da IG<br />
Markets, Duarte Leite de Castro,<br />
ao Diário <strong>Económico</strong>. O CEO da<br />
corretora Dif Broker foi mais longe<br />
ao considerar que “este dia<br />
histórico apenas é comparável,<br />
em termos de volume, aos<br />
‘crashs’ de 1998 e 1998, com a<br />
crise da América Latina, dia em<br />
que a bolsa abriu a baixar quase<br />
20%”. Pedro Lino refere que “assistimos<br />
a quedas superiores a<br />
12% de acções principais, o que<br />
indicia que o pânico tomou conta<br />
dos investidores”.<br />
Além do pânico, que se agudizou<br />
depois da Standard &<br />
Poor’s ter cortado o ‘rating’ de<br />
Espanha (ver pág. 13), a volatilidade<br />
poderá ser o melhor adjectivo<br />
para caracterizar o dia<br />
de ontem. Reflexo disso, a diferença<br />
entre o mínimo e o máximodoPSI20duranteodia,que<br />
atingiu os 8,9%, o sexto dife-<br />
Portugueses! A obrigação<br />
de quem assume a<br />
responsabilidade de<br />
governar é a de garantir<br />
que Portugal sobreviva<br />
independente e soberano. É<br />
OBRIGAÇÃO deles garantir<br />
que todos aqueles que<br />
querem trabalhar o possam<br />
Depois do fecho do mercado,<br />
a S&P cortou os ‘ratings’ dos bancos<br />
portugueses. O líder do PSD anunciou<br />
que iria reunir-se de emergência<br />
com José Sócrates e o ministro das<br />
Finanças garantiu que o país iria<br />
fazer o que fosse necessário para<br />
eliminar o défice. Bolsa caiu 5,36%.<br />
rencial mais elevado de sempre.<br />
“Após as vendas de acções e<br />
com a estabilização dos mercados<br />
europeus, muitos investidores<br />
quevenderamosseustítulosvoltaram<br />
a recomprar, originando<br />
esta volatilidade histórica”, referiu<br />
Pedro Lino. Já o ‘trader’ da<br />
GoBulling, Bruno Costa, disse<br />
que “a volatilidade reflecte quase<br />
sempre a aversão ao risco esperada,<br />
pelo que as novas intervenções<br />
das agências de ‘rating’ e as<br />
promessas de mais cortes no curto-prazo<br />
para outros países agitouosentimentodomercado”.<br />
A somar a isto, o PSI 20 é o<br />
segundo índice mais volátil nos<br />
últimos 20 e nos últimos 30<br />
dias, sendo apenas superado<br />
pela inevitável bolsa grega. Tendo<br />
em conta os especialistas, a<br />
volatilidade veio para ficar.<br />
“Para já não acredito que a volatilidade<br />
acabe. No final do dia a<br />
S&P cortou o ‘rating’ de Espanha,<br />
portanto espera-se que a<br />
pressão continue” hoje, perspectiva<br />
Leite de Castro. ■
sem ter na sua sombra o<br />
medo de falhar. Vamos lá<br />
Portugueses. Tempos<br />
difíceis todos conhecemos<br />
desde tenra idade. É a<br />
nossa realidade.<br />
PEDRO<br />
A culpa é só do governo.<br />
José Sócrates e Passos Coelho<br />
indicaram um entendimento para<br />
responder à crise. O Governo anunciou<br />
a antecipação de medidas do PEC.<br />
portuguesa<br />
movimentada da sua história.<br />
OS TÍTULOS MAIS NEGOCIADOS NA SESSÃO DE ONTEM<br />
Carlos Santos<br />
Ferreira<br />
Presidente do<br />
BCP<br />
O banco liderado por Carlos<br />
Santos Ferreira foi ontem a<br />
cotada mais transaccionada.<br />
150,56 milhões<br />
António Mexia<br />
presidente da<br />
EDP<br />
A eléctrica ocupa o último lugar<br />
do pódio das cotadas mais<br />
negociadas na sessão de ontem.<br />
27,5 milhões<br />
Não é da oposição. Quem<br />
manda pode. Sócrates<br />
sabe muito bem tomar<br />
medidas sozinho quando<br />
visa a classe média, por<br />
exemplo. O que fez nos<br />
últimos tempos contra o<br />
défice? Nada. Ainda<br />
perseguiram a Manuela<br />
Paula Nunes<br />
FECHO DE ONTEM<br />
-1,89% para<br />
7.016,9 pontos<br />
S&P baixa<br />
classificação<br />
da dívida<br />
de Espanha<br />
Paulo Azevedo<br />
presidente da<br />
Sonae SGPS<br />
Pelas mãos dos investidores<br />
foram trocados quase 30 milhões<br />
de acções da Sonae SGPS<br />
29,1 milhões<br />
Ricardo<br />
Salgado<br />
presidente do<br />
BES<br />
Além do rival BCP, o BES também<br />
representa o sector ao ser a<br />
quarta cotada mais negociada.<br />
12,45 milhões<br />
Ferreira Leite só porque<br />
falou de défice. Como<br />
cidadão deste país também<br />
sou afectado, mas só<br />
lamento as pessoas<br />
embarcarem em fantasias.<br />
Pagam todos a factura de<br />
uma má governação... É<br />
uma tristeza um país não<br />
Vender, comprar ou apostar<br />
nas quedas?<br />
Rui Barroso<br />
e Tiago Figueiredo Silva<br />
rui.barroso@economico.pt<br />
Antes de se dar início à negociação<br />
em bolsa nos últimos dias, os<br />
mercados deveriam conter a seguinte<br />
mensagem: “Esta sessão é<br />
susceptível de ferir a carteira dos<br />
investidores mais susceptíveis”.<br />
O nervosismo do PSI 20 está em<br />
máximos e as acções nacionais<br />
estãonoolhodofuracãodos<br />
mercados. Os especialistas não se<br />
arriscam a prever o fim da volatilidade,<br />
mas, dependendo do perfil<br />
e dos objectivos dos investidores,<br />
há decisões que podem servir<br />
de paliativo aos portefólios dos<br />
investidores.<br />
1<br />
DEVO VENDER AS ACÇÕES<br />
NACIONAIS?<br />
Tudo depende do seu horizonte<br />
de investimento. Os investidores<br />
de médio e longo prazo poderão<br />
ter o factor tempo a ajudar a diluir<br />
as perdas das últimas sessões. No<br />
entanto, convém sempre estipular<br />
o limite máximo de perdas que<br />
está disposto a assumir e desfazer-se<br />
das posições quando os<br />
activos atingirem o valor mínimo<br />
pré-definido, colocando ‘stop<br />
losses’, por exemplo. Outro factor<br />
ateremcontaéaalturaemque<br />
entrou no mercado. Se ainda está<br />
a ganhar dinheiro com as suas<br />
posições e não tiver nervos de aço<br />
para enfrentar o ‘stress’ dos mercadostemsempreaopçãoderealizar<br />
mais-valias. Mas, acima de<br />
tudo, “os investidores não devem<br />
entrar em pânico e devem ter<br />
sempre em consideração os objectivos<br />
iniciais que levaram ao<br />
investimento”, referiu o CEO da<br />
Dif Broker, Pedro Lino.<br />
2<br />
AS ACÇÕES FICARAM EM<br />
SALDOS COM AS QUEDAS?<br />
Mesmo com as quedas da bolsa<br />
nacional, o PSI 20 não está em<br />
saldos. “Em termos de valor, o<br />
PSI20 perdeu cerca de 50% da recuperação<br />
efectuada desde Março<br />
de 2009, o que o coloca com um<br />
rácio de preço face aos resultados<br />
(PER – rácio dos mais usados na<br />
controlar suas contas. Falta<br />
de responsabilidade...<br />
AMÂNDIO MARTINS, SEIXAL<br />
Portanto, a bola está do<br />
lado dos governantes. A<br />
forma de resolver a<br />
situação (a sério!) vai<br />
obrigar a retirar muitos<br />
avaliação de atractividade dos activos)<br />
na ordem dos 12.73 (2010) e<br />
10.20 (2011), o que continua ligeiramente<br />
acima da média dos países<br />
mais desenvolvidos na Europa,<br />
podendo condicionar a atractividade<br />
no curto-prazo”, explica<br />
o ‘trader’ da GoBulling, Bruno<br />
Costa. Apesar disto, pode haver<br />
investidores que entendam que<br />
há acções na bolsa a negociar<br />
abaixo do seu potencial. Mas<br />
quem quiser arriscar e tirar partido<br />
das descidas tem de ter sempre<br />
presente que não deve investir<br />
capital que lhe seja necessário no<br />
futuro. “Creio que para o longo<br />
prazoestaéumaboaentrada,<br />
mas o investidor não pode aplicar<br />
capital que irá necessitar”, alerta<br />
Pedro Lino. Outra opção é aproveitar<br />
os momentos de fraqueza<br />
para entrar aos poucos nos mercados,<br />
por exemplo, em empresas<br />
que tenham potencial para crescer<br />
nos próximos anos. No entanto,<br />
“para quem não quer ter<br />
‘stress’ o melhor é mesmo esperar”,<br />
referiu o analista da IG<br />
Markets, Duarte Leite de Castro.<br />
3<br />
QUAIS OS SECTORES<br />
A EVITAR?<br />
A turbulência das bolsas tem origem<br />
na dívida soberana. Os ana-<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 11<br />
Até que ponto está<br />
disposto a enfrentar o<br />
‘stress’ dos mercados?<br />
Não investir dinheiro<br />
que seja necessário<br />
no futuro, estabelecer<br />
as perdas máximas<br />
que consegue<br />
suportar e ter sempre<br />
presente os objectivos<br />
de investimento<br />
são regras de ouro<br />
para fintar o ‘stress’<br />
da bolsa.<br />
benefícios sociais por que<br />
os sindicatos tanto<br />
trabalharam... Depois terão<br />
de começar de novo. Mas<br />
esta transição súbita vai<br />
levar a que eles se queixem<br />
e muito, claro! Greves e<br />
mais greves estão no<br />
horizonte.<br />
listas referem que o aumento dos<br />
custos de financiamento do Estado<br />
também se reflectirão no<br />
sector financeiro, um dos mais<br />
fustigadosembolsacomacrise.<br />
Para além disto, as maiores<br />
casas de investimento internacionais<br />
recomendam evitar títulos<br />
com níveis de endividamento<br />
elevado.<br />
4<br />
QUAIS AS ALTERNATIVAS<br />
À BOLSA NACIONAL?<br />
Apesar da bolsa nacional registar<br />
perdas desde o início do<br />
ano, há mercados que estão a<br />
conseguirbrindarosinvestidores<br />
com ganhos . “O que<br />
está sob pressão é o Sul da Europa.<br />
Os resultados empresariais<br />
das maiores empresas têm<br />
sido bons e vêm confirmar um<br />
cenário de alguma recuperação<br />
económica no mundo”. As<br />
bolsas dos EUA levam ganhos<br />
de 6,8% desde o início do ano<br />
eaalemãsobemaisde2%.<br />
Outra opção passa por investir<br />
em fundos com classes de activos<br />
de menor risco, como<br />
obrigações empresariais ou de<br />
países sem desequilíbrios orçamentais<br />
preocupantes. Para<br />
os mais conservadores, que<br />
prefiram sacrificar as perspectivas<br />
de retorno pela segurança,<br />
há ainda os depósitos.<br />
5<br />
É POSSÍVEL GANHAR<br />
COMASQUEDASDABOLSA?<br />
É. Através da utilização de instrumentos<br />
derivados que permitem<br />
tomar posições curtas,<br />
ou seja, que lucram com a descida<br />
dos activos (acções ou índices)<br />
como ‘contracts for<br />
differences’ (CFD), ‘exchange-traded<br />
funds’ (ETF) ou futuros.<br />
No entanto, estes instrumentos<br />
são apenas recomendados<br />
para investidores<br />
experientes e, em alguns casos,<br />
permitem o recurso à alavancagem,<br />
o que potencia os<br />
ganhos ou as perdas. O recurso<br />
a estas técnicas pode ainda ser<br />
uma solução para os investidores<br />
que queiram proteger o<br />
portefólio, apostando nas descidas<br />
para compensar as eventuais<br />
perdas que os activos em<br />
carteira possam sofrer. ■
12 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
DESTAQUE<br />
MANIFESTO<br />
ENTENDAM-SE<br />
Luís Rego, em Bruxelas<br />
luis.rego@economico.pt<br />
Com o contágio da situação grega<br />
a atingir Madrid, depois de<br />
Lisboa, os europeus e o FMI viram-se<br />
obrigados ontem a pisar<br />
a fundo no acelerador das negociações<br />
para ultimar os detalhes<br />
de uma ajuda, que poderá chegar<br />
a 120 mil milhões de euros,<br />
libertando Atenas de recorrer ao<br />
mercado de capitais durante os<br />
próximos três anos.<br />
Esta soma foi ontem avançada<br />
pelo presidente do Fundo Monetário<br />
Internacional, Dominique<br />
Strauss-Kahn, numa reunião em<br />
Berlim com a chanceler alemã,<br />
Angela Merkel e líderes de várias<br />
organizações económicas mundiais.<br />
Neste cenário, de “100 e 120<br />
mil milhões” avançado em Berlim,<br />
os Estados europeus assumiriam<br />
uma fatia de dois terços - 67<br />
a 80 mil milhões, o que é mais do<br />
dobro dos 30 mil milhões já acordados.<br />
De acordo com a repartição<br />
acordada (chave do capital do<br />
BCE), Portugal teria de montar<br />
um empréstimo de 1,7 a dois mil<br />
milhões, ou seja entre 1 a 1,2% do<br />
Aconteceu na Grécia e vai<br />
acontecer cá.<br />
PEDRO C.<br />
Por favor! Deixem governar.<br />
Acabem com qualquer tipo<br />
de quezília. É altura do<br />
povo verificar quem está<br />
com Portugal e quem está<br />
AjudaàGréciapodechegar<br />
aos 120 mil milhões<br />
Europeus e FMI aceleram negociações em Atenas para travar risco de contágio.<br />
“Precisamos de<br />
um bom programa<br />
e de uma decisão<br />
rápida”, disse<br />
Trichet.<br />
“O Governo grego<br />
tem uma grande<br />
responsabilidade<br />
nacional e também<br />
perante a Europa e<br />
já a assumimos<br />
completamente”,<br />
disse George<br />
Papandreou.<br />
“A razão de preparar<br />
medidas<br />
de apoio é assegurar<br />
a estabilidade<br />
financeira e não a<br />
ajuda à Grécia, que<br />
se meteu sozinha<br />
nesta situação<br />
difícil”, disse Weber.<br />
contra. Vamos todos só<br />
votar no PSD e PS. Vamos<br />
acabar democraticamente<br />
com quem não quer ajudar<br />
a salvar Portugal. Não às<br />
greves. Sim à requisição<br />
civil para todas as greves.<br />
Prisão com trabalhos<br />
forçados para os<br />
seu PIB em 2010. Uma decisão<br />
que seria tomada na cimeira de líderes<br />
convocada de urgência para<br />
Bruxelas para 10 de Maio. O FMI<br />
não assume as contas, mas os valores<br />
foram tornados públicos<br />
pelo líder do grupo parlamentar<br />
do Partido Verde, Jürgen Trittin e<br />
por Thomas Opperman, responsável<br />
do SPD, também presentes<br />
nesse encontro.<br />
Os mercados acalmaram ontem<br />
ligeiramente, mas a taxa de<br />
juro para as obrigações a dois anos<br />
à Grécia está agora a 16%, o dobro<br />
dasemanapassadaeamaiordo<br />
mundo, pior que Argentina ou<br />
Venezuela. A descida do ‘rating’<br />
da S&P à Espanha (ver texto ao<br />
lado) fez soar novos alarmes.<br />
Strauss-Khan adverte que “se<br />
não estancarmos [o problema] na<br />
Grécia, [a crise] pode ter consequências<br />
no resto da UE”. Para<br />
Merkel “é completamente claro<br />
que as negociações […] têm de<br />
acelerar agora”. E até o sempre<br />
prudente líder do BCE, Jean-<br />
Claude Trichet, diz que “precisamosdeumbomprogramaede<br />
uma decisão rápida”. Angel Gurría,<br />
o secretário-geral da OCDE<br />
instigadores da<br />
Democracia. Todos unidos.<br />
Porque o Povo Unido<br />
jamais será vencido. Vamos<br />
mostrar ao mundo que<br />
somos capazes de imitar os<br />
nossos conquistadores. De<br />
mãos dadas tudo se<br />
consegue. Hoje é difícil.<br />
Tobias Schwarz / Reuters<br />
A chanceler Angela Merkel foi ontem a anfitrião<br />
das principais organização internacionais. À<br />
mesa estiveram Angel Gurria, director-geral da<br />
OCDE, Robert Zoellick, presidente do Banco<br />
Mundial, Dominique Strauss-Kahn, director-geral<br />
do FMI para analisar os problemas da Grécia.<br />
também presente em Berlim,<br />
prefere uma visão macabra: “O<br />
contágio é como o Ébola - quando<br />
nos damos conta, temos de cortar<br />
uma perna para sobreviver”.<br />
Os mercados não baixam a<br />
guarda até ver a cor do dinheiro.<br />
“Se dissessem que temos um programaplurianualde120milmilhões<br />
já aprovados nos parlamentos,<br />
essa podia ser o tipo de mensagem<br />
que quebrava o ciclo vicioso”,<br />
diz Nick Kounis, economistachefedoFortis.Eesteatrasona<br />
decisão alemã, até o final da próxima<br />
semana, pode comprometer<br />
emissõesnãosódaGréciamas<br />
também de Portugal, explica.<br />
Mais de 60% dos alemães são<br />
contra a ajuda à Grécia mas cresce<br />
uma nova campanha na oposição<br />
em Berlim para incluir a<br />
banca privada na ajuda. O ministro<br />
de Finanças, Wolfgang<br />
Schäuble diz que essa ideia “é<br />
compreensível, mas como se implementa<br />
sem falar de uma reestruturação<br />
da dívida, o que desestabilizaria<br />
ainda mais a situação?”,<br />
questionou garantindo<br />
que “por isso é que essa questão<br />
não está na mesa em Atenas”. ■<br />
Amanhã é tarde. Obrigado<br />
a todos para o bem de<br />
todos.<br />
ANTÓNIO MATOS, SANTARÉM<br />
Que desta reunião formem<br />
um Governo/acordo de<br />
salvação nacional e que o<br />
Presidente de todos os<br />
ANÁLISE<br />
Os amigos<br />
e as ocasiões<br />
FRANCISCO SEIXAS DA COSTA<br />
Embaixador de Portugal em França<br />
Na imprensa francesa tem-se<br />
feito eco dos mais recentes ataques<br />
especulativos contra Portugal<br />
e não deixa de assinalar<br />
duas evidências: a radical diferença<br />
entre a situação portuguesaeagregae,emalgunscasos,<br />
o facto dos nossos índices<br />
não estarem muito distantes dos<br />
da França.<br />
Ninguém tinha dúvidas de<br />
que, se a situação grega evoluísse<br />
de forma negativa, Portugalseriaopróximo‘target’<br />
dos especuladores. Alguns talveznãocontassemcomum<br />
grau tão acentuado de indiferença<br />
por parte da Alemanha –<br />
o grande beneficiário do mercado<br />
interno e o país que sustenta<br />
o seu poder europeu à<br />
custa do euro, cujas drásticas<br />
condições macro-económicas<br />
impôs e que hoje são o referente<br />
pelo qual são medidos os<br />
desvios nacionais. Será que a<br />
Europa existe mesmo?<br />
As agência de ‘rating’ repercutem<br />
a perplexidade colectiva<br />
perante a hesitação e falta de<br />
solidariedade germânica. A<br />
perversidade está no facto de,<br />
ao tomarem decisões de ‘upgrading’<br />
de risco, agravarem ainda<br />
mais a situação, conduzindo os<br />
mercados a cobrarem mais pelos<br />
empréstimos. O seu lamentável<br />
impressionismo na avaliação<br />
relativa das situações nacionais<br />
confirma-as como os melhores<br />
cúmplices dos piores especuladores<br />
internacionais. Alguma<br />
novidade? ■<br />
As agência de ‘rating’<br />
repercutem<br />
a perplexidade<br />
colectiva perante<br />
a hesitação e falta<br />
de solidariedade<br />
germânica.
portugueses obrigue a<br />
decretarem medidas de<br />
corte radical na despesas e<br />
não me venham dizer que<br />
os cortes nos salários e<br />
mordomias das elites são<br />
uma gota de água no<br />
imenso problema que<br />
temos pela frente. Seria no<br />
Mónica Silvares<br />
monica.silvares@economico.pt<br />
Não há duas sem três. Assim reza<br />
o ditado que foi ontem, mais uma<br />
vez, confirmado. Depois da Grécia<br />
e de Portugal, chegou a vez de<br />
Espanha ver o seu ‘rating’ revisto<br />
em baixa pela agência de notação<br />
financeira Standard & Poor’s.<br />
As razões são as mesmas: a debilidade<br />
do crescimento, que<br />
“enfraquece a posição orçamental”,<br />
o forte nível de endividamento<br />
do sector privado, que<br />
atinge já os 178% do PIB, um<br />
mercado de trabalho pouco flexível,<br />
uma fraca capacidade exportadora<br />
e ainda, a incapacidade de<br />
PUB<br />
mínimo moralizador e<br />
incentivante.<br />
ANTÓNIO CARLOS, MINDE<br />
É, não vale a pena gritar<br />
nem entrar em fúteis<br />
histerias, os portugueses<br />
nunca lhes perdoariam (a<br />
estas duas figuras e aos<br />
cumprir a meta de consolidação<br />
orçamental.<br />
De acordo com o relatório da<br />
S&P, o défice orçamental em Espanha<br />
deverá exceder os 5% do<br />
PIB em 2013, um valor muito superior<br />
aos 3% estimados pelo<br />
Executivo socialista de José Luis<br />
Zapatero e exigido pela Comissão<br />
Europeia. A agência de ‘rating’<br />
explica o seu pessimismo: no<br />
médio prazo, o principal parceiro<br />
comercial de Portugal será confrontado<br />
com um “desempenho<br />
mais fraco das receitas e pressões<br />
de despesa mais elevadas”. Mais<br />
uma vez, um crescimento económico<br />
débil está na origem destas<br />
preocupações que já tinham sido<br />
partidos que representam)<br />
a bancarrota pois bem ou<br />
mal, foram os partidos que<br />
eles representam quem<br />
mais tempo esteve a (des)<br />
governar Portugal. Não se<br />
distraiam com comissões<br />
de inquéritos estéreis,<br />
exijam a mudança de<br />
País ‘Rating’ (’outlook’)<br />
Espanha AA (negativo)<br />
Portugal A- (negativo)<br />
Grécia<br />
Fonte: Standard & Poor’s<br />
BB+ (negativo)<br />
expressas no dia anterior para a<br />
economia portuguesa.<br />
Quanto à trajectória da dívida,<br />
a S&P também se mostra mais<br />
pessimista do que o Executivo espanhol,<br />
apontando para um desequilíbrio<br />
de 85% do PIB, em<br />
2013, que manterá a rota ascendente<br />
até meados da década. Por<br />
outro lado, o aumento dos custos<br />
de endividamento levam a agência<br />
de ‘rating’ a temer a “redução”<br />
da margem de manobra do<br />
Executivo “para cumprir as metas<br />
orçamentais este ano e no<br />
próximo”. É precisamente esta<br />
capacidade reduzida e os riscos<br />
de que a situação se possa agravar<br />
ainda mais que levam a S&P a<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 13<br />
Espanha teve um corte no ‘rating’<br />
Depois de Portugal e Grécia, agora é Espanha que viu o ‘rating’ da S&P descer um nível para AA.<br />
ÚLTIMAS DECISÕES<br />
Emdoisdias,aS&Previuem<br />
baixa o ‘rating’ de três países.<br />
alguns ministros<br />
claramente políticos e<br />
troquem-nos por gente da<br />
economia credível, aceitem<br />
as sugestões dos outros<br />
partidos que foram eleitos<br />
e de Cavaco Silva esperase<br />
muito mais que palavras<br />
de ocasião. Vamos<br />
mobilizar-nos mas temos<br />
de sentir que vai valer a<br />
pena e que ninguém tenha<br />
ilusões que se o não<br />
fizermos, alguém nos<br />
obrigará a fazer e aí sem<br />
glória nem história que nos<br />
valha.<br />
JOTA, FUNCHAL<br />
manter o ‘outlook’ negativo.<br />
Esta revisão em baixa do ‘rating’<br />
não teve para já um reflexo<br />
na notação dos bancos espanhóis<br />
– embora nenhuma entidade<br />
possa ter um ‘rating’ superior ao<br />
da República –, mas a S&P lembra<br />
que o ‘outlook’ negativo “na<br />
grande maioria das instituições<br />
financeiras espanholas, reflecte<br />
as potenciais pressões de crédito<br />
e de desempenho que podem resultar<br />
de um ambiente económico<br />
desfavorável prolongado”.<br />
O excesso de concentração de<br />
risco no sector imobiliário e a<br />
qualidade dos activos são riscos<br />
que a S&P promete continuar a<br />
vigiar de perto. ■
14 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
ECONOMIA<br />
Progressões automáticas<br />
nas Chefias do Estado<br />
terminam hoje<br />
Orçamento do Estado coloca um ponto final no tratamento mais favorável<br />
aos dirigentes face à maioria dos funcionários públicos.<br />
Denise Fernandes<br />
denise.fernandes@economico.pt<br />
A partir de hoje, com a entrada<br />
em vigor do Orçamento do Estado<br />
para 2010, os novos dirigentes<br />
da função pública deixam de<br />
ter direito às chamadas “progressões<br />
automáticas” na carreira.<br />
Segundo esclareceu o Ministério<br />
das Finanças, a lei orçamental<br />
coloca de imediato um<br />
ponto final no tratamento mais<br />
favorável das chefias públicas<br />
face à generalidade dos trabalhadores<br />
do Estado quanto às<br />
subidas na escala salarial.<br />
Porém, os actuais trabalhadores<br />
destacados para cargos de<br />
chefiamantêmodireitoàprogressão<br />
automática, mas apenas<br />
até à renovação da sua comissão<br />
de serviço, conforme refere a lei<br />
orçamental.<br />
O fim das progressões automáticas<br />
da função pública foi<br />
uma das primeiras medidas<br />
anunciadas pelo Governo de José<br />
Sócrates, em 2005, tendo sido<br />
concretizada para a generalidade<br />
dos funcionários públicos em<br />
2008, com a entrada em vigor do<br />
novo sistema de avaliação de desempenho<br />
(SIADAP). Até aqui,<br />
bastavatertrêsanosdeserviço<br />
para se subir na escala salarial.<br />
Ao contrário da maioria dos<br />
funcionários, que em 2008 passaram<br />
a depender do seu desempenho<br />
para poderem progredir<br />
na carreira e com regras<br />
mais apertadas, os dirigentes<br />
públicos mantiveram o direito às<br />
progressões automáticas. Ou<br />
seja, o desempenho, bom ou<br />
mau, não contava, no caso dos<br />
dirigente. Isto só não acontecia<br />
numa situação extrema em que<br />
os dirigentes obtinham dois<br />
anos consecutivos de avaliação<br />
negativa, pois nesse caso tinham<br />
as suas funções cessadas. Uma<br />
regra de 2008 que vai continuar<br />
a vigorar.<br />
Automatismo era “incentivo”<br />
ao exercício do cargo<br />
Os dirigentes públicos são avaliados<br />
actualmente pelo SIADAP<br />
2 e, enquanto trabalhadores no<br />
local de origem, são avaliados<br />
pela ponderação curricular e é<br />
no lugar de origem que sobem<br />
na escala salarial.<br />
A manutenção da progressão<br />
automática no lugar de origem<br />
foi justificada na altura pelo Governo<br />
como sendo um “incentivo<br />
ao exercício de cargo dirigente”,<br />
já que o tempo de serviço<br />
do trabalhador destacado<br />
para um cargo de chefia não<br />
conta para efeitos de avaliação<br />
de desempenho.<br />
“Apartirdeagora,comaentrada<br />
em vigor da lei do Orçamento<br />
do Estado, [os dirigentes<br />
serão avaliados] sem o mecanismo<br />
automatizante de progressão<br />
NÚMERO TOTAL<br />
5.551 dirigentes<br />
No final do ano passado<br />
existiam 5.551 dirigentes na<br />
administração central. Tendo<br />
em conta os dados do Boletim<br />
do Observatório do Emprego<br />
Público, este valor significa uma<br />
redução de 5,3% face a 2008.<br />
PUB<br />
que operava no momento do regresso<br />
ao serviço de origem”,<br />
esclarece o Ministério das Finanças<br />
ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />
Dirigentes entram nas quotas<br />
Assim, os dirigentes públicos<br />
são avaliados como chefes (pelo<br />
SIADAP2),maspassamaserreposicionados<br />
na tabela remuneratórianoâmbitodoSIADAP3,<br />
sistema que define as regras para<br />
todos os trabalhadores do Estado,<br />
entrando assim para as quotas<br />
de desempenho globais.<br />
Num ano, apenas 5% dos trabalhadores<br />
pode obter a classificação<br />
máxima (“excelente”) e esta<br />
menção dá direito a prémios de<br />
desempenho anuais equivalentes<br />
a um salário base.<br />
Mas como passam então a<br />
progredir na carreira as chefias<br />
do Estado? Tal como todos os<br />
trabalhadores, a subida na escala<br />
salarial passa a depender das últimas<br />
avaliações de desempenho.<br />
O dirigente só sobe se houver<br />
orçamento para o efeito e se<br />
tiver obtido duas menções máximas,<br />
consecutivas; ou três<br />
menções imediatamente inferiores<br />
às máximas, consecutivas;<br />
ou cinco menções imediatamente<br />
inferiores às anteriores.<br />
A progressão é obrigatória (não<br />
depende do orçamento disponível)<br />
nos casos em que o dirigente<br />
público tenha acumulado 10<br />
pontos nas avaliações do seu desempenho,<br />
sendo que a nota<br />
máxima equivale a três pontos.<br />
Poderá ainda progredir, por opção<br />
gestionária.<br />
Recorde-se que, recentemente,<br />
o secretário de Estado do Orçamento,<br />
Emanuel dos Santos,<br />
admitiu que a corrida às reformas<br />
na função pública (ver texto<br />
ao lado) está a criar problemas de<br />
falta de pessoal em alguns sectores,comoéocasoda“classedirigente”.<br />
No ano passado, o Estado<br />
perdeu 310 dirigentes face a<br />
2008, depois de os cargos de<br />
chefias já terem sido significativamente<br />
emagrecidos com a reforma<br />
do Estado. No final do ano<br />
passado existiam, segundo dados<br />
oficiais, 5.551 dirigentes na<br />
administração central. ■<br />
COMO SE PROGRIDE?<br />
● Os dirigentes, tal como<br />
os restantes trabalhadores,<br />
passam a subir na escala salarial<br />
em função da sua avaliação<br />
de desempenho.<br />
● O chefe deixa de progredir<br />
automaticamente de três em<br />
três anos. Só poderá subir<br />
na escala salarial se houver<br />
orçamento e se tiver obtido duas<br />
notas máximas consecutivas;<br />
ou três notas imediatamente<br />
inferiores à máxima; ou cinco<br />
notas imediatamente inferiores<br />
aestaúltima.<br />
● A progressão é obrigatória<br />
(não depende do orçamento)<br />
caso tenha obtido dez pontos<br />
na avaliação, sendo que a nota<br />
máxima equivale a três pontos.<br />
Pode ainda progredir por opção<br />
de gestão, se houver dinheiro<br />
para isso.<br />
A tutela da Administração Pública<br />
cabe ao secretário de Estado<br />
Gonçalo Castilho dos Santos.
EURO<br />
face ao dólar<br />
1,3168<br />
PETRÓLEO<br />
valor em dólares<br />
85,75<br />
TAXA EURIBOR<br />
a seis meses<br />
0,964<br />
João Paulo Dias<br />
AGENDA DO DIA<br />
● INE divulga inquéritos de<br />
conjuntura às empresas e aos<br />
consumidores, em Abril.<br />
● Eurostat publica confiança dos<br />
consumidores na zona euro e<br />
indicador do clima económico.<br />
● Estados Unidos revelam novos<br />
pedidos de subsídio de desemprego.<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 15<br />
Corrida às reformas<br />
fica por aqui<br />
Penalização de 6% nas pensões<br />
antecipadas entra hoje em vigor<br />
com o Orçamento.<br />
Denise Fernandes<br />
denise.fernandes@economico.pt<br />
A corrida à aposentação no Estado,<br />
que foi desencadeada pelas<br />
medidas anunciadas a 26 de Janeiro,<br />
com o Orçamento do Estado,<br />
deverá ficar por aqui. É que, a<br />
partir de hoje, os funcionários<br />
públicos que pedirem a reforma<br />
antecipada à Caixa Geral de Aposentações<br />
(CGA) serão mais penalizados.<br />
O aumento das penalizações<br />
na reforma antecipada, de 4,5%<br />
ao ano para 0,5% ao mês (6% ao<br />
ano) entra hoje em vigor, com a<br />
lei do Orçamento do Estado, tal<br />
como tinha sido anunciado.<br />
Quem pediu a aposentação antes<br />
desta data conseguiu escapar a<br />
esta subida na penalização das<br />
reformas antecipadas, mesmo<br />
que a sua reforma ainda não tenha<br />
sido aprovada pela CGA.<br />
Só no primeiro trimestre do<br />
ano, mais de 15.800 funcionários<br />
públicos pediram a reforma à<br />
CGA, o triplo do registado no<br />
mesmo período do ano passado e<br />
ficando a 30% do total de novas<br />
pensões previstas pela CGA para<br />
todo o ano de 2010. Os últimos<br />
dados divulgados pelo Ministério<br />
das Finanças revelam que, só no<br />
mêsdeMarço,onúmeroderequerimentos<br />
de aposentação<br />
mais do que quadruplicou face ao<br />
mesmo mês de 2009.<br />
Com a entrada em vigor hoje<br />
da lei orçamental, também o cálculo<br />
da pensão será alterado,<br />
passando a contar para a primeira<br />
parcela a última remuneração<br />
de 2005, actualizada em linha<br />
com a inflação, e não o último salário<br />
da vida activa. Segundo o<br />
Ministério das Finanças, cerca de<br />
um terço dos funcionários públicos<br />
será afectado pela alteração<br />
na fórmula de cálculo.<br />
Por outro lado, para atenuar o<br />
corte nas pensões antecipadas, é<br />
dada, a partir de hoje, uma bonificação<br />
a quem tem carreiras<br />
mais longas. Por cada três anos a<br />
mais que os 30 de serviço necessários<br />
para pedir a reforma, aos<br />
55 anos de idade, o trabalhador<br />
tem direito a uma redução da penalização<br />
de 6%.<br />
Os funcionários públicos que<br />
se reformaram, este ano, antes da<br />
idade legal exigida (62 anos e seis<br />
meses), perderam, em média, 155<br />
euros mensais no valor da sua<br />
pensão,talcomoanunciouo<br />
Diário <strong>Económico</strong>. O corte médio<br />
das pensões antecipadas atribuídas<br />
entre Janeiro e Abril deste<br />
ano foi de 12,9%, contra 13,9%<br />
emtodooanopassado.Eestes<br />
dados não integram ainda a<br />
maioria dos pedidos feitos no primeirotrimestredoano,jáque<br />
entreopedidoeaaprovaçãoda<br />
reforma,oprazomédioédetrêsa<br />
quatro meses.<br />
A corrida às reformas está a<br />
provocar problemas em alguns<br />
sectores, como é o caso da Saúde,<br />
em que mais de 600 médicos já<br />
pediram a reforma desde o início<br />
do ano. A ministra Ana Jorge já<br />
reconheceu o problema e anunciou<br />
medidas para travar a saída<br />
de médicos do Serviço Nacional<br />
de Saúde. A solução passa por<br />
permitir que os médicos aposentados<br />
por antecipação possam<br />
voltar ao activo durante três<br />
anos, passando o tempo de serviço<br />
a contar para o segundo momento<br />
da aposentação.<br />
Também o Programa de Estabilidade<br />
e Crescimento, apresentado<br />
a 8 de Março, trouxe más<br />
notícias para os funcionários públicos,<br />
o que reforçou a corrida às<br />
reformas. Em linha com o OE, o<br />
Governo anunciou a antecipação<br />
para 2012 ou 2013 da convergência<br />
da idade da reforma com o<br />
sector privado, para os 65 anos. ■<br />
Só no primeiro<br />
trimestre do ano,<br />
mais de 15.800<br />
funcionários públicos<br />
pediram a reforma.<br />
O triplo face<br />
ao mesmo período<br />
do ano passado.
16 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
VISÃO EMPRESARIAL<br />
O ‘downsizing’ é habitualmente entendido como forma de recuperar organizações em declínio, reduzir custos ou melhorar competências.<br />
Porém, pode ocorrer em períodos de prosperidade e valorizar as empresas. É o que dia 11 estará em debate na AEP.<br />
Empresários e gestores<br />
debatem a redução de estruturas<br />
dentro das empresas.<br />
‘Downsizing’ vai estar<br />
em debate na AEP<br />
António Pires de Lima e António<br />
Saraiva serão oradores.<br />
A Associação Empresarial de Portugal<br />
(AEP) promove na tarde do<br />
próximo dia 11, no seu edifício de<br />
serviços, em Leça de Palmeira,<br />
Matosinhos, uma conferência em<br />
que estará em equação o ‘downsizing’.<br />
Empresários, gestores e<br />
consultores darão conta das suas<br />
experiências e pontos de vista sobre<br />
uma opção de gestão que vem<br />
incorporando a resposta de muitas<br />
empresas portuguesas a situações<br />
ditadas, principalmente, pela globalização,<br />
movimentos de fusão e<br />
aquisição e inovação tecnológica.<br />
Entre outros, participarão na<br />
conferência os CEO da Unicer e<br />
da Metalúrgica Luso-Italiana,<br />
António Pires de Lima e António<br />
Saraiva, respectivamente, e especialistas<br />
de diversas áreas (direito,<br />
recursos humanos, finanças,<br />
etc.). Na oportunidade, Yves<br />
Turquin, presidente da consultora<br />
Transitar, apresentará o estudo<br />
“Please go; please stay – as novas<br />
regras do ‘downsizing’ e da retenção<br />
de talentos”.<br />
O propósito da conferência,<br />
gratuita mediante inscrição prévia,<br />
é confrontar os participantes<br />
com as razões e motivações para o<br />
‘downsizing’. Serão também partilhadas<br />
boas práticas levadas a<br />
cabo em Portugal e noutros países<br />
nesta matéria, casando inovação,<br />
produtividade e responsabilidade<br />
social.<br />
Entende-se por ‘downsizing’ a<br />
redução consciente e permanente<br />
de trabalhadores numa tentativa<br />
de melhorar a eficiência e/ou eficácia<br />
de uma empresa. É um termo<br />
frequentemente associado a<br />
‘rightsizing’ ou “reestruturação”<br />
eumaopçãodegestãoquenosúltimos<br />
anos vem afectando traba-<br />
lhadores de todos os sectores de<br />
actividade, com diferentes formações<br />
e a desempenhar funções das<br />
mais variadas e de qualquer nível<br />
salarial.<br />
O ‘downsizing’ é habitualmente<br />
entendido como uma forma<br />
de recuperar organizações em<br />
declínio, para reduzir custos ou<br />
melhorar competências. No entanto,<br />
pode ocorrer em períodos<br />
de prosperidade e ser factor de valorização<br />
das empresas. É habitual,<br />
por isso, merecer o aplauso<br />
de gestores e accionistas e a crítica<br />
de trabalhadores e sindicatos. A<br />
verdade, porém, é que as notícias<br />
sobre as empresas envolvidas em<br />
processos destes são normalmentebemrecebidaspelasbolsas.<br />
Nesta conferência da AEP, os<br />
participantes serão chamados a<br />
reflectir sobre estes tópicos e a debater<br />
as tendências actuais do<br />
‘downsizing’.<br />
Mais informações em www.<br />
aeportugal.com ou através do telf.<br />
229981753. ■<br />
Direcção da AEP<br />
Formação e Conhecimento<br />
AEP coopera com organizações empresariais de Moçambique<br />
A Associação Empresarial de<br />
Portugal (AEP) assina amanhã com<br />
as duas principais organizações<br />
representativas do empresariado<br />
moçambicano outros tantos<br />
protocolos de cooperação.<br />
Aprofundar o relacionamento<br />
institucional entre a AEP e a CTA –<br />
Confederação das Associações<br />
Económicas de Moçambique e a<br />
Associação Industrial de Moçambique<br />
(AIMO), por um lado, e desenvolver as<br />
relações económicas bilaterais,<br />
promovendo as exportações e o<br />
investimento de empresas<br />
portuguesas naquele país africano e<br />
apoiando a internacionalização de<br />
empresas moçambicanas em<br />
mercados onde Portugal está<br />
Há boas práticas<br />
no âmbito<br />
do ‘downsizing’<br />
que recomendam<br />
inovação,<br />
produtividade<br />
e responsabilidade<br />
social.<br />
presente, por outro, são os objectivos<br />
essenciais das parcerias.<br />
Para tanto, são prioridades das três<br />
instituições o “diagnóstico das<br />
necessidades mais prementes para o<br />
desenvolvimento da economia local”,<br />
a identificação das “possibilidades<br />
de investimento conjunto” entre<br />
empresas dos dois países e a<br />
detecção de “oportunidades de<br />
internacionalização conjunta”. A<br />
primeiratarefavaiser,porisso,a<br />
criação de um sítio na Internet para<br />
informação recíproca e divulgação<br />
de oportunidades de negócio entre<br />
a comunidade empresarial lusomoçambicana.<br />
A formalização destes protocolos<br />
ocorre na altura em que o Presidente<br />
da República de Moçambique,<br />
Armando Guebuza, visita<br />
oficialmente o nosso país. Da<br />
respectiva comitiva fazem<br />
parte dezenas de empresários<br />
moçambicanos e os presidentes<br />
da CTA, Salimo Abdula, e da AIMO,<br />
Carlos Simbine. Serão eles, a par de<br />
José António Barros, presidente da<br />
AEP, os subscritores dos protocolos.<br />
Os dois acordos de cooperação serão<br />
assinados durante um seminário<br />
sobre a “Nova dinâmica nas relações<br />
económicas e empresariais” entre<br />
Portugal e Moçambique que amanhã,<br />
à tarde, tem lugar em Lisboa.<br />
No encerramento da sessão<br />
participarão os presidentes Cavaco<br />
Silva e Armando Guebuza.<br />
Paulo figueiredo<br />
SUPLEMENTOS DO JORNAL OFICIAL DA UE<br />
CONCURSOS PÚBLICOS<br />
Contacto:<br />
AEP – Associação Empresarial de Portugal<br />
Av. Dr. António Macedo 4450-617<br />
Leça da Palmeira<br />
Tel: (351) 22 998 1580 Fax: (351) 22 998 1774<br />
www.aeportugal.pt<br />
147<br />
TÍTULO: NL-Haren: Mobiliário de escritório<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 114902-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Gemeente Haren<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário de escritório. Assentos, cadeiras<br />
e produtos afins e peças associadas. Secretárias e mesas. Aparadores<br />
e estantes.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 28.5.2010 - 12:00<br />
148<br />
TÍTULO: SE-Haninge: Vestuário profissional, vestuário de trabalho especial<br />
e acessórios<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 116246-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Haninge kommun<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Vestuário profissional, vestuário de trabalho<br />
especial e acessórios.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 31.5.2010<br />
149<br />
TÍTULO: E-Rubí: Materiais de construção e artigos afins<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 116253-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Ayuntamiento de Rubí<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Materiais de construção e artigos afins.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 31.5.2010 - 13:00<br />
150<br />
TÍTULO: E-Granada: Contentores e baldes para lixo e resíduos<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 116295-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Diputación de Granada<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Contentores e baldes para lixo e resíduos.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 31.5.2010 - 12:00<br />
151<br />
TÍTULO: D-Lüneburg: Máquinas-ferramentas<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 119650-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: HWK Braunschweig-Lüneburg-Stade<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Máquinas-ferramentas.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 6.2010 - 09:00<br />
152<br />
TÍTULO: UK-Wakefield: Peixe em conserva ou em lata e outras preparaçõesouconservasàbasedepeixe<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 114869-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Yorkshire Purchasing Organisation<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Peixe em conserva ou em lata e outras<br />
preparações ou conservas à base de peixe. Atum em lata. Salmão em<br />
lata.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 2.6.2010 - 14:00<br />
153<br />
TÍTULO: UK-Beverley: Cerveja<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 116416-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: East Riding of Yorkshire Council<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Cerveja. Vinhos. Aguardentes.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 2.6.2010 - 12:00<br />
154<br />
TÍTULO: F-Nancy: Candeeiros<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 114850-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: SDIS de Meurthe-et-Moselle<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Candeeiros.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 1.6.2010 - 12:00<br />
155<br />
TÍTULO: F-Avinhão: Mobiliário de escritório<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 117890-2010<br />
DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Ville d’Avignon<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário de escritório. Cadeiras. Secretárias<br />
e mesas. Aparadores. Cárters.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 1.6.2010 - 11:30
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18 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
POLÍTICA<br />
Professores alegam<br />
ilegalidades no concurso<br />
e recorrem ao PGR<br />
Fenprof garante que inclusão da avaliação cria situações de discriminação,<br />
sobretudo para professores que estavam de licença. Especialistas apoiam.<br />
Catarina Madeira<br />
catarina.madeira@economico.pt<br />
A Federação Nacional dos Professores<br />
(Fenprof) vai recorrer ao<br />
Procurador-geral da República<br />
para tentar suspender a norma<br />
que impõe a avaliação como critério<br />
a ter em conta no concurso<br />
dos professores contratados, que<br />
decorreu até sexta-feira passada.<br />
A Fenprof entende que a inclusão<br />
da avaliação como critério<br />
pode ser inconstitucional porque<br />
gera discriminações. Mário Nogueira,<br />
secretário-geral da<br />
Fenprof, garantiu ontem que a<br />
queixa será entregue ao PGR esta<br />
semana, considerando “que a<br />
avaliação nos concursos é legal,<br />
mas desencadeia um conjunto de<br />
ilegalidades que proporcionalmente<br />
são mais gravosas”. Uma<br />
opinião partilhada por especialistas<br />
em direito do trabalho.<br />
Mário Nogueira alega que os<br />
professores que não obtiveram a<br />
avaliação quantitativa (que é exigida<br />
no concurso) – alguns porque<br />
se encontravam de licença de<br />
maternidade, isenção de componente<br />
lectiva ou porque estavam<br />
colocados nos Açores, onde esta<br />
avaliação não decorreu – serão<br />
prejudicados. Foi também com<br />
base neste argumento que o sindicato,<br />
(que representa quase<br />
60% dos professores) recorreu<br />
também aos tribunais, apresentando<br />
providências cautelares no<br />
Tribunal Administrativo de<br />
Coimbra e Beja e duas intimações,<br />
em Lisboa e Porto.<br />
Especialistas em direito do<br />
trabalho contactados pelo Diário<br />
O concurso contestado<br />
Nototal,sãocercade30mil<br />
professores que estão abrangidos<br />
pelo concurso que agora está a<br />
suscitar polémica. São apenas os<br />
professores contratados<br />
(professores a contrato a termo).<br />
O concurso refere-se ao biénio<br />
2010/2011. Os professores que<br />
concorrem às vagas abertas pelas<br />
escolas são organizados com base<br />
numa lista hierárquica que, além<br />
de ter em conta factores como o<br />
“Existem<br />
ilegalidades e<br />
situações de<br />
legalidade<br />
duvidosa (...).<br />
Estamos perante<br />
uma situação em<br />
que a PGR pode<br />
intervir”, explicou<br />
Mário Nogueira.<br />
“São várias as<br />
situações de<br />
tratamento<br />
desigual de<br />
docentes que se<br />
encontram na<br />
mesma situação”,<br />
sublinha Ana<br />
Drago, deputada<br />
do Bloco.<br />
tempo de serviço e as<br />
habilitações profissionais, leva em<br />
conta a avaliação. Esta dá uma<br />
bonificação de um a dois pontos<br />
(caso a nota seja “Muito Bom” ou<br />
“Excelente”) na candidatura, além<br />
de ser factor preferencial de<br />
desempate. Contudo, há escolas<br />
que decidiram dar a mesma nota<br />
a todos os professores, como por<br />
exemplo na Madeira, onde todos<br />
tiveram “Bom”.<br />
<strong>Económico</strong> acreditam que a<br />
queixa da Fenprof pode ter fundamento,<br />
já que as consequências<br />
da inclusão da avaliação no<br />
concurso podem violar alguns<br />
princípios da Constituição, a começar<br />
pelo princípio da igualdade<br />
(artigo 13º). “Pode levantar<br />
questões de incompatibilidade<br />
constitucional”, avalia Luís Gonçalves<br />
da Silva, professor na Faculdade<br />
de Direito da Universidade<br />
de Lisboa. “Caso não se verifique<br />
nenhuma norma transitória<br />
ou um regime específico que<br />
salvaguarde uma situação como a<br />
maternidade”, conclui. Apesar<br />
da legislação contemplar um regime<br />
específico, Mário Nogueira<br />
argumentaquealeiremeteparaa<br />
avaliação futura ou para a do ano<br />
anterior.“Oraafuturanãoéconhecidaeadoanopassadonão<br />
foi quantitativa”, acrescenta.<br />
Pedro Romano Martinez, presidente<br />
do Instituto do Direito do<br />
Trabalho da Faculdade de Direito<br />
da Universidade de Lisboa, defende<br />
que, “se alguns professores<br />
não podem cumprir um dos critérios<br />
e, por isso, não concorrem<br />
em pé de igualdade, pode estar<br />
em causa o princípio da igualdade”<br />
e sublinha que “a questão da<br />
maternidadeéamaisóbvia”e<br />
“põe em causa, não só o princípio<br />
da igualdade, mas também a protecção<br />
da maternidade consagrado<br />
na Constituição”.<br />
Os sindicatos esperam agora<br />
queasituaçãoseresolvaentrea<br />
JustiçaeoParlamento.Nasemana<br />
passada, o PS rejeitou agendar<br />
a votação de um diploma do PCP<br />
para impedir avaliação no concurso<br />
de professores, que reunia<br />
o consenso de toda a oposição.<br />
Ontem o Bloco de Esquerda entregou<br />
no Parlamento um projecto<br />
com a mesma finalidade. E segunda-feira,<br />
a própria Fenprof,<br />
que chegou a declarar “guerra” à<br />
ministra, marcou uma concentração<br />
em S. Bento, pedindo para<br />
ser recebida pelo primeiro-ministro<br />
(texto ao lado).<br />
A Fenprof garante que recebeu<br />
agarantiadaministradequea<br />
avaliação não teria efeitos, mas<br />
Isabel Alçada garante, por sua<br />
vez,quenãodeuessagarantia.■<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
LUÍS MIGUEL MONTEIRO<br />
Especialista em direito do trabalho<br />
“Não pode haver<br />
prejuízo por uma<br />
razão que não<br />
lhes seja imputada”<br />
Luís Miguel Monteiro, especialista<br />
em direito do trabalho, defende que<br />
pode estar em causa o princípio da<br />
igualdade e o da protecção da<br />
maternidade.<br />
Aoteremcontaaavaliação,<br />
que alguns professores não<br />
puderam concluir, o concurso<br />
viola o princípio da igualdade?<br />
Se a avaliação é tida como um<br />
critério e alguns professores não<br />
puderam cumprir esse critério<br />
deveria haver um regime de<br />
excepção. As pessoas não podem<br />
ser prejudicadas se não tiverem<br />
completado a avaliação por uma<br />
razão que não lhes seja imputada.<br />
Éocasodasdocentesem<br />
licença de maternidade ou<br />
colocados nos Açores, onde a<br />
avaliação exigida não foi feita?<br />
A questão da licença de<br />
maternidadeéamaisevidente,<br />
porque põe em causa o princípio da<br />
igualdade mas também da<br />
protecção da maternidade.<br />
O que pode ser feito?<br />
Um dos mecanismos de correcção é<br />
a atribuição da nota máxima a<br />
todos os professores nestas<br />
condições, o que não parece justo.<br />
Também se pode aplicar a mesma<br />
regra aplicada aos funcionários<br />
públicos ausentes, por exemplo por<br />
requisição, substituindo a avaliação<br />
de desempenho por uma avaliação<br />
curricular. ■<br />
PRIMEIRA GREVE DOS FUNCIO<br />
Protestos<br />
Professores concentra-se junto à<br />
residência oficial de Sócrates<br />
após semana de greves.<br />
Inês David Bastos<br />
Inês.bastos@economico.pt<br />
É já na próxima segunda-feira - e<br />
depois de uma semana marcada<br />
porgreves-queosprofessores<br />
vão concentrar-se junto à residência<br />
oficial do primeiro-ministro<br />
em protesto contra a inclusão<br />
da avaliação no concurso<br />
de professores. Esta concentração<br />
- que faz parte de um pacote<br />
de protestos estipulado pela<br />
Fenprof - vem elevar o tom da<br />
contestação social, que esta semana<br />
ficou marcada pela greve<br />
dos transportes públicos (sobretudo<br />
na CP), dos CTT (que se prolonga<br />
até dia 7 de Maio) e ontem
Vinte dias para decidir casamento ‘gay’<br />
O acórdão do Tribunal Constitucional que considera conforme<br />
à Constituição o diploma que consagra o casamento entre pessoas<br />
do mesmo sexo foi ontem publicado em Diário da República. A partir dessa<br />
data, o Presidente da República tem 20 dias para promulgar ou vetar o<br />
diploma. Em 17 páginas, o Tribunal Constitucional considera que “a extensão<br />
do casamento a pessoas do mesmo sexo” não colide com o reconhecimento<br />
e protecção da família como “elemento fundamental da sociedade”.<br />
NÁRIOS ‘PÁRA’ PARLAMENTO, COM ADESÃO PERTO DOS 96%<br />
dos funcionários parlamentares.<br />
Os professores decidiram<br />
ainda juntar-se no próximo sábado<br />
à concentração do Dia do<br />
Trabalhador (1º de Maio), bem<br />
como à manifestação da Administração<br />
Pública, marcada para<br />
o final de Maio.<br />
CTTeParlamento<br />
A greve dos carteiros dos CTT registou<br />
ontem, ao segundo dia, e<br />
de acordo com as contas do sindicato,<br />
uma adesão de 81%. Mas a<br />
empresa garante que se ficou pelos<br />
10,3%, tendo apenas aderido<br />
“43 carteiros de um universo de<br />
416 carteiros. Vítor Narciso, do<br />
Sindicato Nacional dos Trabalhadores<br />
dos Correios e Telecomunicações,<br />
em declarações à Lusa,<br />
disse que a adesão à greve foi de 81<br />
por cento, ressalvando, contudo,<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Conselho de Ministros na Rua<br />
Professor Gomes Teixeira, às 10h00.<br />
● Comissão de Inquérito<br />
Governo/TVI, com audições de Luís<br />
Pacheco de Melo, José Eduardo<br />
Moniz e Zeinal Bava.<br />
● Presidente de Moçambique,<br />
Armando Guebuza, na AR.<br />
em S. Bento elevam contestação social<br />
FUNCIONÁRIOS<br />
96%<br />
Segundo as contas do Sindicato<br />
dos Funcionários Parlamentares,<br />
menos de 20 dos 374<br />
trabalhadores se apresentaram<br />
ao serviço.<br />
CORREIOS<br />
De 10% a 81%<br />
Ao segundo dia de greve,<br />
sindicatos falam em adesão de<br />
81%, mas os CTT falam que se<br />
ficou, apenas, pelos 10,3% e que<br />
o correio foi encaminhado com<br />
normalidade.<br />
que esta percentagem ainda não<br />
contabiliza os grevistas do distrito<br />
de Braga. Mas os CTT garantiram<br />
que o correio estava a ser “encaminhado<br />
com normalidade”.<br />
Também os funcionários da Assembleia<br />
da República estiveram<br />
ontem em greve (ver foto em<br />
cima), com uma adesão a rondar<br />
os 96%, segundo as contas do<br />
sindicato que os representa. Os<br />
funcionários parlamentares protestam<br />
contra o novo vínculo<br />
contratual.<br />
Em banho-maria parece ter ficado<br />
a anunciada greve das transportadoras.<br />
“Há uma luzinha ao<br />
fundo do túnel”, disse ontem António<br />
Lóios, presidente da assembleia-geral<br />
da Associação Nacional<br />
das Transportadoras Portuguesas<br />
(ANTP). Declarações que<br />
surgem depois das reuniões que a<br />
direcção da ANTP manteve segunda<br />
e terça-feira com o Governo.<br />
Certo é que após estas reuniões,<br />
a direcção da ANTP decidiu<br />
“manifestar total disponibilidade<br />
para continuar as negociações<br />
com o Governo e encontrar soluções<br />
para as reivindicações”.<br />
António Lóios salientou ainda<br />
que “as transportadoras não querem<br />
esticar a corda”. E acrescentou:<br />
“Tenho um ‘feeling’, daquilo<br />
que conheço do gabinete do Sr.<br />
Ministro [das Obras Públicas e<br />
Transportes], que vamos resolver<br />
isto rapidamente”. As principais<br />
reivindicações da ANTP dizem<br />
respeito à aplicação em Portugal<br />
da directiva comunitária que permite<br />
a redução de oito cêntimos<br />
no preço do litro do gasóleo e o<br />
não pagamento de portagens nas<br />
SCUT. ■ com S.S.P.<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 19<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Deumtotalde374<br />
funcionários<br />
parlamentares, menos<br />
de 20 apresentaram-se<br />
ontem ao serviço na<br />
Assembleia da República.<br />
Aprimeiragreve<br />
dos funcionários<br />
da Assembleia da<br />
República desde o<br />
nascimento de Democracia<br />
teve ontem, segundo<br />
o sindicato, uma adesão<br />
perto dos 96%, o que<br />
forçouaoadiamento<br />
de debates e audições.<br />
OParlamento<br />
praticamente ‘parou’. Na<br />
origem dos protestos estão<br />
as novas regras de<br />
contratação resultantes<br />
da entrada em vigor<br />
do regime de contrato<br />
de trabalho em funções<br />
públicas ao invés do<br />
vínculo por nomeação,<br />
que era o que vigorava<br />
até ao momento. “Não<br />
podemos ser funcionários<br />
do Governo”, justifica João<br />
Amaral, dirigente do<br />
sindicato dos funcionários<br />
parlamentares. A greve<br />
levouaoadiamentodo<br />
debate com a ministra da<br />
Educação, Isabel Alçada,<br />
que levava ao Parlamento<br />
a proposta sobre o Estatuto<br />
do Aluno.<br />
CALENDÁRIO<br />
● Professores - mobilizados pela<br />
Fenprof - vão juntar-se Sábado<br />
à concentração do Dia<br />
do Trabalhador.<br />
● Segunda-feira, dia 3 de Maio,<br />
professores concentram-se junto<br />
à Residência Oficial do Primeiroministro<br />
para pedir uma reunião<br />
com José Sócrates.<br />
● Dia 29 de Maio, juntam-se<br />
à manifestação da Administração<br />
Pública, mas com um trajecto<br />
alternativa, uma vez que começam<br />
junto ao Ministério de Educação.<br />
● Professores intentaram quatro<br />
providências cautelares.
20 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
POLÍTICA<br />
MEDICAMENTO<br />
Médico Jorge Torgal substitui Vasco Maria<br />
no Infarmed a partir de 1 de Junho<br />
O presidente do Infarmed, Vasco Maria, vai ser substituído a 1 de Junho<br />
por Jorge Torgal, antigo director do Instituto de Higiene e Medicina<br />
Tropical. Vasco Maria anunciou ontem que não aceitava o convite da<br />
ministra para continuar e horas depois Ana Jorge anunciava o nome do<br />
médico e professor de Saúde Pública na Faculdade de Ciências Médicas,<br />
que tem no currículo ainda o cargo de curador da fundação<br />
GlaxoSmithKline, que exerceu até ao Verão passado.<br />
Feira do Livro<br />
testa concorrência<br />
entre Leya<br />
e Porto Editora<br />
Mercado livreiro terá crescimento até 7%. Feira<br />
arranque hoje com um leque de novidades.<br />
Miguel Costa Nunes<br />
miguel.costanunes@ecoomico.pt<br />
A Feira do Livro de Lisboa arranca<br />
hoje com 236 pavilhões, incluindo<br />
16 diferenciados do grupo<br />
Leya e igual número de<br />
‘stands’ da Porto Editora - os dois<br />
colossos do país. O aumento do<br />
número de expositores este ano<br />
leva Paulo Teixeira Pinto, presidente<br />
da Associação Portuguesa<br />
de Editores e Livreiros (APEL), a<br />
garantir que há um crescimento<br />
do mercado livreiro em Portugal<br />
na ordem dos 5% a 7%.<br />
As principais novidades da presente<br />
edição que termina a 16 de<br />
Maio são o prolongamento horário<br />
até às 23h30, uma ‘happyhour’<br />
com descontos de 50% na<br />
última hora da Feira de segunda a<br />
quinta-feira, e mais animação<br />
cultural destinada a preencher<br />
sobretudo os finais de dia.<br />
“Acredito que as vendas este<br />
ano podem subir, porque a Feira<br />
vai ter mais horas e estará aberta<br />
entre as 12h30 e as 23h30. Ao<br />
contrário de anos anteriores em<br />
que fechava às 20h00”, diz José<br />
Meneses, director de comunicação<br />
da Leya. Por seu lado, Manuel<br />
Valente, director editorial da Porto<br />
Editora coloca o enfoque das<br />
boas expectativas para esta Feira<br />
do Livro no reforço de ‘stands’ e<br />
na melhoria da imagem: “A nossa<br />
expectativa é boa, porque temos<br />
uma presença reforçada este ano,<br />
com mais ‘stands’: passámos de<br />
12 para 16. E fizemos um reforço<br />
com três palcos para animação<br />
cultural e sessões de autógrafos.<br />
Marcelo Rebelo<br />
de Sousa<br />
apresenta hoje, às<br />
18h00,<br />
na Feira do Livro,<br />
aobradeAura<br />
Miguel “As Razões<br />
de Bento XVI”.<br />
ALeyavaiternestaFeirado<br />
Livro a visita de 150 autores, com<br />
especial relevo para alguns já<br />
neste fim-de-semana, como Alice<br />
Vieira, António Lobo Antunes,<br />
Daniel Sampaio, Gonçalo Tavares,<br />
Inês Pedrosa, Tiago Rebelo,<br />
Henrique Monteiro, Judite de<br />
Sousa, Júlio Isidro ou Margarida<br />
Rebelo Pinto. E reclama um crescimento<br />
das vendas de 20% no<br />
ano passado face a 2008. “Sendo<br />
que a Feira de 2009 teve menos<br />
dias e menos horas que a de<br />
2008”, sublinha José Meneses.<br />
No espaço da Porto Editora,<br />
Manuel Valente congratula-se<br />
com o facto de ter já neste fimde-semana<br />
escritores estrangeiros<br />
de renome como Luis Sepúlveda,<br />
Ricardo Menéndez Salmón<br />
ou Paul Hoffman, “todos com livros<br />
com muito bons resultados”.<br />
“Já somos um grupo maior<br />
do que o grupo Leya e temos uma<br />
facturação anual de 92 milhões<br />
de euros, que foi o resultado consolidado<br />
em 2009”, acrescenta<br />
Valente para testemunhar a diferenciação<br />
face ao outro gigante<br />
da edição livreira em Portugal.<br />
Novidades e imagem<br />
“A nossa expectativa é boa, tendo<br />
em conta que já amadurecemos o<br />
formato, vamos ter pavilhões<br />
abertos e as pessoas já se habituaram<br />
à nossa Praça Leya, em que<br />
privilegiamos o contacto directo.<br />
Além disso, tendo em conta os<br />
anos anteriores, temos razões<br />
para estar optimistas. E esperamse<br />
boas condições climatéricas,<br />
portanto também uma boa participação<br />
e boas vendas”, diz José<br />
Mendes. O responsável do grupo<br />
Leya destaca ainda a apresentação,<br />
hoje pelas 18h00, do livro de<br />
Aura Miguel, “As Razões de Bento<br />
XVI”, que será apresentado por<br />
Marcelo Rebelo de Sousa. E novidades<br />
como as sessões de autógrafos<br />
com Manuel Alegre e Pepetela<br />
a realizar amanhã. Mas também<br />
as “Noites de Poesia”, às sextas-feiras,<br />
um “Karaoke de Leitura”,<br />
em que os visitantes poderão<br />
ler, enquadrados por um orientador<br />
literário, e actividades infantisdeanimaçãoeoficinasdeartes<br />
plásticas. “Teremos dezenas de<br />
Zeinal Bava, CEO da PT, é hoje ouvido<br />
na comissão parlamentar de inquérito.<br />
lançamentos de livros de autoajuda<br />
nas áreas de finanças pessoais,<br />
culinária, etiqueta, etc.”,<br />
acrescenta José Mendes.<br />
A Porto Editora fez um ‘rebranding’<br />
da marca e alterações<br />
no logótipo, na sequência de um<br />
estudo. Mas garante, nas palavras<br />
de Manuel Valente, que<br />
“isso não significa uma aproximação<br />
à Leya”. “Todos os estu-<br />
INQUÉRITO PT/TVI<br />
Zeinal Bava e Moniz são hoje ouvidos<br />
na comissão e Bloco questiona Taguspark<br />
A Comissão de Inquérito ao negócio PT/TVI prossegue hoje os trabalhos<br />
com a audição de Zeinal Bava, CEO da PT, Moniz, ex-director geral da<br />
TVI, e Pacheco de Melo, administrador da PT. Entretanto, ontem, o Bloco<br />
de Esquerda enviou um requerimento à administração do Taguspark a<br />
questionar se esta conhece o documento intitulado “Algumas ideias<br />
para a negociação no assunto Tagus”, que foi encontrado no âmbito do<br />
processo Figo/Taguspark e publicado num jornal.<br />
dos de opinião que fizemos nos<br />
davamcomoaeditoramaisprofissional<br />
e mais séria e credível.<br />
Mas também como a mais conservadora<br />
e, por isso, quisemos<br />
modernizar o logo e adoptar o<br />
azul como cor base [a Leya usa o<br />
encarnado]. Por isso, promovemos<br />
este ‘rebranding’ juntamente<br />
com a campanha na televisão<br />
e outra iniciativas”, acres-<br />
Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />
centa. Valente destaca ainda<br />
dois outros aspectos: o de terem<br />
criado um corredor e uma praça<br />
própria da Porto Editora – “que<br />
dá uma individualidade muito<br />
forte”–eodapresençanesta<br />
Feira de edições de autores portugueses<br />
relevantes, como<br />
Francisco José Viegas, a falecida<br />
Rosa Lobato Faria ou João Pedro<br />
Marques. ■
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22 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
MUNDO<br />
O LIBERAL-DEMOCRATA NICK CLEGG FOI A GRANDE SURPRESA NO PRIMEIRO DEBATE TELEVISIVO<br />
59%<br />
Nick Clegg<br />
Sondagens YouGov identificaram vencedores de cada um dos debates.<br />
‘Gaffe’ afunda Gordon Brown<br />
antes do último debate televisivo<br />
O primeiro-ministro chamou “fanática” e “intolerante” a uma eleitora e depois pediu desculpa.<br />
Bárbara Silva<br />
barbara.silva@economico.pt<br />
Se o arrependimento matasse, o<br />
primeiro-ministro britânico,<br />
Gordon Brown, estaria muito<br />
mais do que “mortificado” neste<br />
momento. A uma semana das<br />
eleições de 6 de Maio, o líder do<br />
Partido Trabalhista cometeu uma<br />
‘gaffe’ que poderá traduzir-se<br />
numa pesada derrota nas urnas. A<br />
mais recente sondagem do instituto<br />
YouGov dava ontem aos Trabalhistas<br />
28% das intenções de<br />
voto, atrás do Partido Conservador,<br />
que domina com 33% e dos<br />
Liberais-Democratas, com 29%.<br />
A polémica surgiu quando Brown<br />
se esqueceu que tinha um microfone<br />
da Sky News na lapela e depois<br />
de falar com uma eleitora<br />
(Gilliam Duffy, de 65 anos) chamou-a<br />
de “fanática” e “intolerante”,<br />
numa conversa com os<br />
assessores já dentro do carro. No<br />
breve encontro com o primeiroministro,<br />
a viúva não poupou<br />
Brown e fez perguntas incómodas.<br />
Depois de confrontado, o<br />
primeiro-ministro disse estar envergonhado<br />
e deslocou-se a casa<br />
de Gillian Duffy para pedir desculpa<br />
pessoalmente.<br />
Depois do incidente, no ‘site’<br />
de apostas Betfair as probabilida-<br />
29%<br />
David Cameron<br />
des de Brown ganhar as eleições<br />
diminuíram para 46-1.<br />
A somar às ‘gaffes’ e ao terceiro<br />
lugar nas sondagens, Gordon<br />
Brown enfrentará hoje pela últimavezosseusopositores-o<br />
conservador David Cameron e o<br />
liberal-democrata Nick Clegg -<br />
num debate televisivo sobre temas<br />
económicos. Nos primeiros<br />
dois debates, sobre saúde, segurança<br />
e política externa, Brown<br />
foi o pior classificado em termos<br />
de performance.<br />
Nos últimos dias, os temas<br />
económicos tornaram-se centrais<br />
na campanha eleitoral no Reino<br />
Unido, depois de um estudo do<br />
‘think thank’ independente Institute<br />
for Fiscal Studies ter acusado<br />
os três principais partidos britânicos<br />
de conspiração, ao esconder<br />
dos eleitores a verdadeira dimensão<br />
dos respectivos planos de<br />
austeridade para equilibrar do<br />
país, onde o PIB cresceu 0,2% no<br />
primeiro trimestre de 2010. (ver<br />
caixa)<br />
Em reacção ao estudo, o Partido<br />
Trabalhista rejeitou de imediato as<br />
críticas, com o ministro das Finanças,<br />
o chanceler Alistair Darling, a<br />
sublinhar que deixou “bem claro”<br />
que será necessário cortar 43,8 mil<br />
milhões de euros na despesa pública<br />
para controlar o défice (11%<br />
A mais recente<br />
sondagem do<br />
instituto YouGov<br />
dava ontem aos<br />
Trabalhistas 28%<br />
das intenções de<br />
voto, atrás do Partido<br />
Conservador, que<br />
domina com 33%<br />
e dos Liberais-<br />
Democratas,<br />
com 29%.<br />
21%<br />
Gordon Brown<br />
Ho New / Reuters<br />
do PIB) e aumentar os impostos<br />
num total de 22 mil milhões de euros.<br />
O secretário da Indústria, Peter<br />
Mandelson, reforçou dizendo<br />
que“oReinoUnidoiráenfrentaro<br />
pior clima financeiro dos últimos<br />
dez anos”. No entanto, Mandelson<br />
disse que é “ridículo” comparar o<br />
país com a Grécia , depois do responsável<br />
dos liberais-democratas<br />
para a pasta das Finanças, Vince<br />
Cable, ter dito à Reuters que o Reino<br />
Unido poderia cair numa crise<br />
financeira semelhante se o próximo<br />
governo não reduzir a dependência<br />
face à banca. Numa entrevista<br />
ao “The Times”, o líder liberal-democrata<br />
Nick Clegg acusou<br />
o Partido Trabalhista, há 13 anos no<br />
poder, pela situação económica no<br />
Reino Unido. “Estamos numa situação<br />
muito diferente da Grécia.<br />
A economia britânica está a crescer<br />
e a ganhar força”, disse Mandelson,<br />
em defesa do governo de<br />
Gordon Brown.<br />
Por seu lado, o líder dos conservadores,<br />
David Cameron, disse<br />
num comício que “a Grécia é um<br />
exemplo do que acontece quando<br />
se pede mais dinheiro do que<br />
aquele que se pode pagar”. “Graças<br />
a Deus que não estamos no<br />
euro”, sublinhou o chanceler do<br />
Tesouro sombra dos Conservadores,<br />
George Osborne. ■<br />
NO SEGUNDO DEBATE, SOBRE POLÍTICA EX<br />
36%<br />
David Cameron<br />
Milhões de euros de<br />
cortes por explicar<br />
De acordo com o estudo do Institute<br />
forFiscalStudies,oPartidoConservador<br />
está a planear, caso vença as<br />
eleições, os maiores cortes na despesa<br />
pública no espaço de cinco<br />
anos (até 2015) desde a Segunda<br />
Guerra Mundial, enquanto as medidas<br />
de contenção dos Trabalhistas e<br />
dos Liberais igualam a crise dos<br />
anos 70. De acordo com os dados do<br />
Tesouro britânico, o próximo governo<br />
terá de fazer ajustes anuais de 82<br />
mil milhões, face ao ano fiscal 2010-<br />
2011. Tendo em conta as promessas<br />
eleitorais até agora, os Conservadores<br />
terão de fazer cortes monumentais<br />
e planeiam consegui-lo diminuindo<br />
drasticamente a despesa pública<br />
(com uma redução de sete mil<br />
milhões de euros já este ano). Por<br />
explicar estão cortes de 60 mil milhões.<br />
Os Trabalhistas anunciaram<br />
aumentos dos impostos na ordem<br />
dos 19,5 mil milhões de euros, mas o<br />
IFS estima que o Labour terá de<br />
acrescentar mais oito mil milhões a<br />
este valor e identifica 51 mil milhões<br />
em cortes não identificados. Aos Liberais<br />
Democratas falta-lhes justificar<br />
reduções orçamentais de 40 mil<br />
milhões de euros.
Americanos perdem confiança na Saúde<br />
Apesar da aprovação da reforma do sistema de Saúde dos EUA, os<br />
norte-americanos acreditam cada vez menos no sistema. Segundo uma<br />
sondagem da Thomson/Reuters ontem divulgada, o índice que mede a<br />
confiança dos cidadãos dos EUA na sua capacidade de pagar e receber<br />
cuidados médicos recuou em Março. “De modo chocante, os americanos<br />
esperam que a situação piore muito nos próximos três meses”, disse<br />
Gary Pickens, director de pesquisa da agência.<br />
TERNA, O CONSERVADOR DAVID CAMERON DOMINOU<br />
32%<br />
Nick Clegg<br />
PUB<br />
29%<br />
Gordon Brown<br />
Stefan Rousseau/Pool<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Terceiro debate entre os líderes<br />
dos três maiores partidos britânicos.<br />
● Início da Assembleia de Paz de<br />
todas as tribos do Afeganistão.<br />
● Publicado relatório de 2010 da<br />
Liberdade de Imprensa.<br />
● MNE russo fala perante o Conselho<br />
da Europa.<br />
QUATRO PERGUNTAS A...<br />
GEMMA TETLOW<br />
Senior Research Economist<br />
do Institute for Fiscal Studies (IFS)<br />
“Reino Unido tem<br />
margem de manobra<br />
para estabilizar<br />
finanças”<br />
OInstituteforFiscalStudies<br />
publicou um estudo que causou<br />
polémica a uma semana das<br />
eleições no Reino Unido,<br />
acusando os três principais<br />
partidos de esconderem<br />
informações sobre política<br />
económica para ganharem votos<br />
a 6 de Maio.<br />
Concorda com a comparação<br />
entre o Reino Unido e a Grécia?<br />
Há claras diferenças entre os dois<br />
países. O Reino Unido ainda tem<br />
margem de manobra para<br />
conseguir estabilizar as suas<br />
finanças. No entanto, terá<br />
de diminuir a dependência<br />
face ao sector financeiro.<br />
Como reage às afirmações<br />
dos três principais partidos<br />
britânicos, que negaram<br />
as conclusões do IFS?<br />
Trata-se de um estudo<br />
independenteeaverdade<br />
é que ainda há muito por explicar<br />
“Todos os partidos<br />
falamemaumento<br />
de impostos. Os<br />
trabalhistas mais, os<br />
conservadores menos”.<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 23<br />
nos planos de austeridade<br />
económica para os próximos anos.<br />
Têm de fornecer mais detalhes.<br />
A nossa intenção ao fazer este<br />
estudo foi esclarecer os eleitores,<br />
para que não se vejam<br />
confrontados com aumentos<br />
inesperados dos impostos.<br />
Tendo em conta a situação<br />
económica, será inevitável<br />
sobrecarregar os contribuintes<br />
britânicos?<br />
Todos os partidos falam em aumentar<br />
os impostos. Os Trabalhistas mais,<br />
os Conservadores menos.<br />
Porque é que os partidos<br />
omitiram estas informações?<br />
As questões económicas serão<br />
o maior desafio do próximo<br />
governo britânico, por isso<br />
é impressionante a reticência<br />
dos três principais partidos<br />
em explicar como enfrentarão<br />
essa tarefa. Não querem revelar<br />
todos os detalhes para<br />
não perderem eleitores. ■
24 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
MUNDO<br />
RADAR MUNDO<br />
1<br />
Suíça<br />
5<br />
A Suíça quer acabar com a sua<br />
imagem de local de refúgio para<br />
as fortunas que os ditadores do<br />
terceiro mundo roubam aos seus<br />
países. O parlamento do país vai<br />
votar um projecto de lei que tem<br />
como objectivo evitar que os fundos<br />
desviados por chefes de Estado<br />
não voltem a cair em mãos<br />
criminosas, caso estes sejam bloqueados<br />
pelas autoridades.<br />
Ao falar em conferência de<br />
imprensa, a ministra dos Negócios<br />
Estrangeiros Micheline<br />
Calmy-Rey apelou às duas câmaras<br />
do parlamento para que aprovem<br />
a nova lei já em Junho, para<br />
que “casos como os de Mobotu<br />
[antigo ditador do antigo Zaire,<br />
actual Congo] e de Duvalier [exditador<br />
do Haiti] não se voltem a<br />
repetir”. A governante adiantou<br />
que a proposta recebeu fortes<br />
apoios de todos os partidos, pelo<br />
quedeveráseraprovadaassim<br />
que a votação tenha lugar.<br />
Os especialistas notam que as<br />
vítimas do sismo, que devastou<br />
o Haiti, deverão ser das primeiras<br />
beneficiadas com a lei, já que<br />
esta irá permitir à Suíça dar aos<br />
grupos humanitários que ope-<br />
6 1<br />
Dinheiro de ditadores<br />
perde refúgio suíço<br />
4<br />
ram no país pelo menos 3,5 milhões<br />
de euros que estão congelados<br />
nas contas bancárias do<br />
país e que são reclamados pelo<br />
antigo ditador do país, Jean-<br />
Claude ‘Baby Doc’ Duvalier.<br />
Ajudar países mais fracos<br />
Calmy-Rey adiantou que o governo<br />
suíço considerou ser “urgente”<br />
proceder à criação de<br />
uma legislação contra o desvio<br />
2<br />
3<br />
de fundos por parte de ditadores,<br />
depois de terem sido detectados<br />
vários casos em que os Estados<br />
lesados não estavam em<br />
condições de avançar eles próprios<br />
com processos penais, devido<br />
à fraqueza dos seus sistemas<br />
judiciais.<br />
Anovalei,queprevêarestituição<br />
dos bens de origem ilícita,iráseraplicadaemtrêsetapas.<br />
Num primeiro momento, o<br />
tribunal administrativo suíço<br />
poderá congelar ou confiscar<br />
dinheiro que seja alvo de disputas<br />
nos bancos nacionais, mesmo<br />
se o país não puder processar<br />
o seu líder deposto. O governo<br />
terá assim uma base legal que<br />
evitará o recurso a regras de excepção,<br />
que têm demasiadas<br />
cláusulas de segurança e não<br />
garantemarecuperaçãododinheiro<br />
roubado pelos ditadores.<br />
O projecto prevê ainda vários<br />
mecanismos para uma restituição<br />
rápida dos montantes desviados,<br />
de modo a melhorar as<br />
condições de vida nos países de<br />
origem das quantias, sendo usado<br />
para financiar programas de<br />
interesse público. ■<br />
2 Tailândia<br />
Novos confrontos com “camisas vermelhas” causam um morto<br />
Os protestos dos manifestantes<br />
‘camisas vermelhas’ em Banguecoque<br />
voltaram a ter um<br />
desfecho fatal. Um militar perdeu<br />
a vida e 18 pessoas ficaram<br />
feridas quando as forças de segurança<br />
do país abriram fogo<br />
durante confrontos numa grande<br />
estrada nos subúrbios da capital<br />
tailandesa. Segundo as autoridades,<br />
a vítima perdeu a<br />
vida quando os militares abriram<br />
fogo por engano sobre um<br />
grupo de motociclistas também<br />
eles militares e que se dirigiam<br />
O Parlamento suíço<br />
está pronto a votar<br />
uma lei que prevê<br />
a devolução aos países<br />
de origem do dinheiro<br />
que seja roubado<br />
pelos seus antigos<br />
governantes.<br />
Os confrontos causaram 18 feridos.<br />
para as posições do exército. O<br />
casoestáasertratadocomoum<br />
acidente, embora existam suspeitas<br />
de que militares se estejam<br />
a aliar aos ‘camisas vermelhas’.<br />
O incidente teve lugar<br />
porque centenas de manifestantes<br />
se estavam a tentar concentrar<br />
numa das áreas da capital<br />
usando motas e camiões,<br />
mas os caminhos para a zona<br />
estavam bloqueados pelas forças<br />
de segurança. Após o tiroteio,<br />
os ‘camisas vermelhas’ recuaram<br />
para a sua base. ■<br />
3 Japão<br />
Tóquio estabelece<br />
primeira base<br />
militar no exterior<br />
As forças armadas nipónicas<br />
estão a construir no Djibouti<br />
(África) a sua primeira base<br />
militar no estrangeiro desde<br />
1945. Tóquio tenta assim<br />
proteger os seus navios<br />
comerciais contra os piratas<br />
da Somália, que atacam as<br />
rotas do Índico, onde passam<br />
90% das exportações<br />
japonesas. ■<br />
4 Polónia<br />
Varsóvia reforça maior IPO da Europa<br />
A procura das acções da maior<br />
seguradora polaca PZU, que se<br />
vai estrear na Bolsa em Maio,<br />
tem sido forte. Tão forte que o<br />
governo de Varsóvia decidiu<br />
privatizar mais 5% do capital da<br />
empresa, aumentando para os<br />
2,12 mil milhões de euros o valor<br />
da parcela da empresa que<br />
será colocada em bolsa.<br />
“Devido ao forte interesse na<br />
oferta, queremos que a participação<br />
a ser oferecida vá até aos<br />
30%”, afirmou o ministro das<br />
5 Venezuela<br />
Chávez rende-se ao Twitter<br />
56.241<br />
Finanças polaco, Aleksandr<br />
Grad. Fontes bancárias adiantaram<br />
que o interesse dos investidores<br />
institucionais na PZU<br />
também é “muito elevado”.<br />
O governo polaco, em conjunto<br />
com a seguradora holandesa<br />
Eureko são os maiores accionistas<br />
da PZU, e ontem estabeleceram<br />
nos 312,5 zlotys (79,5<br />
euros) o preço a que cada acção<br />
da empresa irá ser vendida, um<br />
valor próximo da tranche mais<br />
baixa das expectativas. ■<br />
É o número de seguidores que o presidente venezuelano Hugo Chávez<br />
conseguiu no dia em que se estreou no Twitter, na conta<br />
@chavezcandanga. Na sua primeira mensagem, Chávez disse que “vou<br />
pró Brasil. E muito contente a trabalhar pela Venezuela. Venceremos!”.<br />
U.S. Coast Guard/Handout/Reuters<br />
6 EUA<br />
Mancha de petróleo pode ser queimada<br />
As autoridades norte-americanas<br />
estão dispostas a tomar<br />
medidas drásticas para conter<br />
a mancha de petróleo, que<br />
ameaça as reservas naturais ao<br />
largo da Florida, depois da<br />
plataforma ‘Deepwater Horizon’<br />
se ter afundado na semana<br />
passada e começado a despejar<br />
para o oceano o equivalente<br />
a mil barris de petróleo<br />
por dia.<br />
Segundo a Guarda Costeira<br />
dos Estados Unidos, está a ser<br />
seriamente estudada a possi-<br />
Hatoyama quer proteger rotas<br />
comerciais japonesas.<br />
bilidade de deitar fogo ao crude,<br />
de modo a destruí-lo antes<br />
que chegue à costa, uma vez<br />
que os esforços para travar a<br />
fuga não estão a ter sucesso e<br />
esta ameaça tornar-se no<br />
maior derrame de petróleo da<br />
história dos EUA.<br />
Segundo a contra-almirante<br />
Mary Landry da Guarda<br />
Costeira, a mancha será selada<br />
por bóias especiais de contenção<br />
à superfície da água,<br />
sendo depois “queimada de<br />
modo controlado”. ■
PUB<br />
RELATÓRIO E CONTAS 2009<br />
SUMÁRIO EXECUTIVO<br />
A TF Turismo Fundos SGFII, S.A. (Turismo Fundos) tem por missão “Contribuir para as políticas públicas visando o fortalecimento da competitividade<br />
do turismo nacional, intervindo sobre a componente imobiliária das empresas do sector”.<br />
A actividade da sociedade em 2009 desenvolveu-se no âmbito de uma envolvente caracterizada pela crise económica internacional e pelos seus<br />
impactos no turismo europeu e nacional. O número de turistas na Europa sofreu uma quebra de 4%, tendo Portugal fechado o ano com uma descida<br />
de 3,1% face a 2008, quebra muito infl uenciada pelo mercado britânico. Esta quebra foi apenas parcialmente mitigada com o aumento do turismo<br />
interno e com os acréscimos no número de turistas espanhóis e franceses. Os proveitos totais da hotelaria portuguesa registaram um decréscimo<br />
de cerca de 9%.<br />
No plano interno, 2009 foi um ano de mudança na Turismo Fundos - mudança ao nível do volume dos fundos sob gestão e mudança ao nível dos<br />
recursos humanos da empresa.<br />
Com efeito, no contexto das medidas anti-crise criadas pelo Governo, a Turismo Fundos foi incumbida de gerir o novo Fundo Imobiliário Especial de<br />
Apoio às Empresas (FIEAE), tendo, assim, quase duplicado o valor dos fundos sob gestão. Este novo fundo, ao contrário dos demais sob gestão da<br />
Sociedade, abrange todos os sectores de actividade, incluindo, para além do turismo, os sectores industriais e de serviços.<br />
Com o reforço deste fundo em € 50 milhões, já aprovado em Dezembro, os valores globais sob gestão da Sociedade ultrapassarão os € 250<br />
milhões.<br />
Foi no âmbito do FIEAE que ocorreu o maior número de operações: deram entrada 129 projectos, dos quais, até<br />
Dezembro de 2009, foram 34 aprovados e 23 rejeitados. As operações aprovadas totalizaram € 137,3 milhões, envolvendo 7.400 postos de<br />
trabalho.<br />
A actividade no âmbito dos dois Fundos de Investimento Imobiliário Turísticos centrou-se essencialmente no acompanhamento da carteira patrimonial,<br />
tendo ocorrido três alienações e um reforço de investimento.<br />
Para fazer face ao alargamento de âmbito e aumento de actividade da Sociedade, foi reforçado o seu quadro técnico.<br />
Também o Conselho de Administração e a Comissão Executiva da Sociedade foram alargados, com a nomeação de dois novos membros com<br />
funções executivas.<br />
Do ponto de vista fi nanceiro assinala-se que o resultado líquido da Sociedade aumentou cerca de 53% relativamente ao ano anterior, alcançando<br />
€ 357.994.<br />
O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico registou uma evolução negativa do seu valor de 1%, fruto de ajustamentos desfavoráveis no<br />
valor de alguns imóveis, enquanto que o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II alcançou uma valorização positiva de 3%.<br />
O balanço global que o Conselho de Administração faz da actividade da Sociedade é muito positivo, consciente de que os fundos que a sociedade<br />
tem sob gestão têm contribuído decisivamente para o desenvolvimento da competitividade das empresas.<br />
É devido, assim, um agradecimento a todos os colaboradores da Turismo Fundos pelo trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2009, decisivo<br />
para os resultados alcançados.<br />
NOTA INTRODUTÓRIA<br />
A SOCIEDADE<br />
A TF Turismo Fundos - SGFII, S.A., criada em 28 de Setembro de 1995 como resultado da parceria entre o Turismo de Portugal, ip (ex-Fundo de<br />
Turismo), a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santo, tem por objecto exclusivo a administração, gestão e representação de fundos de<br />
investimento imobiliário, fechados ou abertos.<br />
MISSÃO DA TURISMO FUNDOS<br />
A TF Turismo Fundos - SGFII, S.A. (Turismo Fundos) tem por missão “Contribuir para as políticas públicas visando o fortalecimento da competitividade<br />
do turismo nacional, intervindo sobre a componente imobiliária das empresas do sector”.<br />
Esta intervenção materializa-se na gestão de fundos de investimento imobiliários que visam:<br />
► Contribuir para reforço da capacidade fi nanceira e empresarial das empresas, nomeadamente do sector do turismo, e para o reforço da sua<br />
competitividade;<br />
► Potenciar a melhoria e aumento da oferta hoteleira nacional, estimulando o reforço da imagem de marca dos grupos hoteleiros nacionais;<br />
► Contribuir para a redução da excessiva concentração geográfi ca e sazonal da actividade turística.<br />
OS FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO<br />
Os fundos de investimento imobiliário constituem poderosos instrumentos fi nanceiros vocacionados para apoiar as pequenas e médias empresas.<br />
As operações consistem na aquisição e subsequente arrendamento dos imóveis afectos à actividade das empresas, permitindo a separação entre<br />
a propriedade dos activos imobiliários e a respectiva gestão.<br />
A decisão sobre operações de aquisição e de arrendamento de imóveis tem por base critérios de rigor e rendibilidade, sendo o imóvel avaliado na<br />
óptica do rendimento.<br />
ESTRUTURA ACCIONISTA<br />
O capital social da Turismo Fundos é de 375.000 € (trezentos e setenta e cinco mil euros) e a sua estrutura accionista é a seguinte:<br />
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL<br />
ÓRGÃOS SOCIAIS<br />
Rua Ivone Silva, nº. 6 – 8º Dtº. – 1050 – 124 Lisboa – Telefone: 21 781 57 20 – Fax: 21 781 57 39 Capital Social: 350.000 Euros – Conservatória do registo Comercial de Lisboa, sob o número único de matrícula e de pessoa colectiva 503 511 668<br />
Assembleia Geral<br />
Presidente Dr. Rui M. D. Sousa da Silveira<br />
Vice-Presidente Dr. Nuno M. A. Queiroz de Barros<br />
Secretário Dr. Pedro M. R. Araújo Martinez<br />
Conselho de Administração<br />
Presidente Dra. Maria José Martins Catarino<br />
Vogal Prof. Jorge Manuel R. Umbelino<br />
Vogal Dr. Rui Manuel M. Coelho Valente<br />
Vogal Dra. Ana M. J. L. C. Mendes Godinho<br />
Vogal Prof. Célia M. C. M. da Costa Cabral<br />
Vogal Dr. Alcides Saraiva de Aguiar<br />
Vogal Dr. Marco Paulo Salvado Neves<br />
Comissão de Vencimentos<br />
Presidente Dr. Nuno Manuel Oliveira Santos<br />
Vogal Dr. Pedro M. R. Araújo Martinez<br />
Vogal Dr. Rui M. D. Sousa da Silveira<br />
TURISMO FUNDOS<br />
(Euros)<br />
Nº de<br />
valor acções %<br />
Turismo de Portugal, ip 199.500 39.900 53,2%<br />
CGD 125.500 25.100 33,5%<br />
BES 50.000 10.000 13,3%<br />
375.000 75.000 100%<br />
Órgão de Fiscalização (Conselho Fiscal)<br />
Presidente Dr. Serafi m Ribeiro Amorim<br />
Vogal Dr. Licínio Cruz Dias Calado<br />
Vogal ROC efectivo – PWC & Associados, SROC, representada pelo Dr. António Alberto Henriques Assis<br />
Vogal ROC suplente – Dr. José Manuel H. Bernardo<br />
A gestão corrente da sociedade está a cargo da Comissão Executiva, que reúne semanalmente, composta por cinco administradores: Dr. Rui Manuel<br />
M. Coelho Valente, Dra. Ana M. Mendes Godinho, Prof. Célia M. da Costa Cabral, Dr. Alcides Saraiva de Aguiar, e Dr. Marco Salvado Neves.<br />
Os administradores não executivos acompanham regularmente a actividade da sociedade, através das reuniões mensais do Conselho de Administração.<br />
Apresenta-se, de seguida, o organigrama da Sociedade:<br />
Comissão de<br />
Vencimentos<br />
Assessoria<br />
Jurídica<br />
Direcção de Análise e<br />
Investimento<br />
Assembleia Geral<br />
Conselho de Administração<br />
Comissão<br />
Executiva<br />
Conselho Fiscal<br />
Recursos<br />
Contabilidade<br />
Financeira<br />
Humanos<br />
QUADRO DE PESSOAL<br />
Em 2009, a estrutura de pessoal era composta pelos seguintes colaboradores: Assistente de Direcção e Administração, dois Adjuntos da Direcção de<br />
Análise e Investimento, Adjunto da Direcção Administrativa e Financeira, Director Administrativo e Financeiro e Directora de Análise e Investimento.<br />
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO<br />
A ECONOMIA INTERNACIONAL<br />
Com início em 2008, e prolongando-se por todo o ano de 2009, verifi cou-se uma extrema turbulência nos mercados fi nanceiros com consequências<br />
severas para a economia real, que se agravaram com a queda de alguns dos principais bancos de investimento americanos. As condições económicas<br />
mundiais deterioraram-se rapidamente como consequência da queda de confi ança tanto dos consumidores como da indústria, que se seguiu. Por<br />
outro lado, as condições de crédito cada vez mais apertadas e os efeitos adversos resultantes da redução do valor dos activos, incluindo os imobiliários,<br />
contribuíram decisivamente para que a maior parte das economias mais desenvolvidas tenham entrado em recessão em 2009 – alastrando<br />
pouco a pouco para as economias emergentes.<br />
Por todo o mundo, a infl ação reduziu, infl uenciada pela queda dos preços das commodities, com o preço do petróleo a atingir níveis mínimos históricos.<br />
Os principais bancos centrais coordenaram esforços para restabelecer a liquidez, e as taxas de juro registaram, também, níveis mínimos.<br />
A UNIÃO EUROPEIA<br />
Os primeiros sinais de abrandamento económico na Zona Euro surgiram no fi nal de 2007. A crise verifi cada nos mercados fi nanceiros internacionais<br />
teve como resultado uma diminuição da confi ança dos consumidores e das empresas. A esta quebra, veio adicionar-se o efeito da subida do preço<br />
dos bens energéticos e a apreciação do euro na primeira metade de 2008.<br />
Secretariado<br />
Direcção Administrativa e<br />
Financeira<br />
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2009<br />
Após as difi culdades experimentadas durante o ano de 2008, a Comissão Europeia elaborou um “Plano de Relançamento da Economia Europeia”,<br />
aprovado em Dezembro de 2008 em reunião dos chefes de Estado e de Governo da EU. Este Plano de Relançamento proposto assentava em dois<br />
pilares – o estímulo orçamental em até 1,5% do PIB, mantendo-se em pleno respeito do PEC e o reforço da competitividade da Europa a longo prazo<br />
(Estratégia de Lisboa), através de investimentos inteligentes. Neste contexto, foi ainda reconhecida a necessidade de serem adoptadas pelos Estados<br />
Membros medidas extraordinárias e transitórias de apoio ao emprego e às empresas.<br />
A ECONOMIA PORTUGUESA<br />
A economia portuguesa apresentou uma performance que não deixa de refl ectir a crise internacional vivida. Em 2009, o PIB caiu 2,7% relativamente<br />
a 2008 e a infl ação anual média foi de -0,8%.<br />
A política económica seguida pelo Governo não deixou de refl ectir claramente as recomendações do Conselho Europeu acima descritas, levando a<br />
um signifi cativo aumento do défi ce orçamental mas consagrando diversas medidas de apoio à recuperação da procura e de aumento da liquidez<br />
disponível para as empresas, dada a forte condicionante por parte do sector bancário. É neste âmbito que foi criado o Fundo Imobiliário Especial de<br />
Apoio às Empresas, com uma dotação inicial de € 100 Milhões (com reforço adicional de € 50 milhões entretanto já aprovado) – fundo cuja entidade<br />
gestora é a Turismo Fundos, e que adiante se encontra descrito em maior pormenor.<br />
O SECTOR DO TURISMO<br />
Em 2009, Portugal posicionou-se no 17º lugar dos destinos mais competitivos do mundo para a atracção de investimento nos sectores do Turismo e Viagens,<br />
segundo o Índice de Competitividade Viagens e Turismo (Travel & Tourism Competitiveness Index), elaborado pelo World Economic Forum,<br />
Mas 2009 foi um ano difícil para a actividade turística em termos mundiais e, também, em Portugal.<br />
Em termos estatísticos, o número de turistas na Europa sofreu uma quebra de 4%, tendo Portugal fechado o ano com uma descida de 3,1% face a<br />
2008, quebra muito infl uenciada pelo mercado britânico (em que à crise se veio juntar uma forte desvalorização da libra).<br />
Em compensação, Portugal assistiu a um aumento do número de turistas espanhóis e franceses, em 2009, numa procura que tem vindo a crescer<br />
nos últimos anos.<br />
Também o aumento do turismo interno permitiu contrariar o comportamento adverso do mercado do Reino Unido, tendo atingido 36,3% da ocupação<br />
da hotelaria.<br />
Os destinos regionais que sentiram mais quebras foram a Madeira e o Algarve, fruto de uma grande dependência dos mercados do Reino Unido e<br />
da Alemanha, mercados especialmente afectados pela crise fi nanceira.<br />
O ano turístico encerrou em Portugal com 13 milhões de hóspedes e 36,7 milhões de dormidas.<br />
Ao nível dos proveitos totais da hotelaria portuguesa houve um decréscimo de cerca de 9%, o que se refl ectiu nos resultados operacionais das<br />
empresas turísticas, que tinham tido nos anos de 2007 e 2008 resultados excepcionais.<br />
PERSPECTIVAS PARA 2010<br />
A OMT prevê a retoma da actividade turística já em 2010, antevendo para a Europa um crescimento na ordem de +1.3%.<br />
A esta previsão não são alheias as recentes declarações do FMI segundo o qual a recuperação global está a ocorrer de uma forma mais rápida do<br />
que era esperado.<br />
Também o mais recente estudo do World Travel Trends Report divulgado pela ITB e realizado pela IPK International, defende que a quebra registada<br />
pelos destinos europeus em 2009 deverá ser mais moderada em 2010, podendo alguns destinos registar taxas de crescimento positivo.<br />
2010 promete ser um ano de transformação e oferece alguns desafi os:<br />
► A crise de emprego ainda não acabou, particularmente nas economias mais desenvolvidas e muitos postos de trabalho estão ainda em risco;<br />
► O crescimento das economias da maior parte dos mercados emissores ainda é frágil;<br />
► O preço do petróleo continua volátil;<br />
Mas também oportunidades:<br />
► Retoma económica e da confi ança do consumidores;<br />
► Taxas de juro e infl ação permanecem em níveis historicamente baixos, prevendo-se que subam a um ritmo moderado no curto prazo;<br />
► A fl exibilidade demonstrada pelo sector do turismo em responder de forma rápida e efi caz aos desafi os surgidos fortaleceu esta indústria, estando<br />
hoje melhor preparada;<br />
Por outro lado, e no caso de Portugal, as fortes medidas de apoio à actividade turística desencadeadas pelo Governo irão continuar, nomeadamente<br />
ao nível da promoção e do fi nanciamento, constituindo uma oportunidade para que as empresas se reestruturem e encontrem soluções que respondam<br />
às novas realidades e desafi os.<br />
Prevê-se que em 2010 continue a forte tendência de reservas de última hora e que o preço constitua cada vez mais um factor decisivo na escolha<br />
por parte dos consumidores.<br />
Os mercados emissores escandinavos, apesar da debilidade económica, demonstram alguma vitalidade. Nas primeiras semanas de Janeiro registouse<br />
um aumento considerável de reservas para destinos de praia para o próximo Verão, enquanto companhias aéreas e operadores anunciam novas<br />
rotas e novos conceitos de férias.<br />
Ainda não é possível afi rmar com certeza a solidez desta evolução, mas há uma expectativa positiva quanto à recuperação da actividade turística<br />
em Portugal.<br />
A EVOLUÇÃO DO MERCADO DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS EM PORTUGAL<br />
Em 2009, o mercado dos fundos de investimento imobiliário continuou a expandir-se, quer em termos de valor líquido sob gestão (VLG) quer em<br />
termos de número de fundos. O VLG cresceu 11%, fi xando-se em €11.776 milhões, e o número de fundos aumentou, em termos líquidos, em 20<br />
veículos (um acréscimo de 9%), perfazendo um total de 251.<br />
Assistiu-se a uma desaceleração do crescimento do número de fundos constituídos, embora se tenha mantido uma taxa de crescimento elevada<br />
(9% em 2009 versus 13% em 2008).<br />
Contrariamente, o VLG em 2009 registou um aumento superior ao verifi cado em 2008, que tinha sido apenas de 2%.<br />
Os fundos existentes são geridos por 34 sociedades gestoras. As sete maiores sociedades gestoras são responsáveis pela gestão de 62,4% do<br />
volume líquido sob gestão correspondendo a um total de €7.348 milhões. Os dez maiores fundos representam 38,4% do volume sob gestão, isto<br />
é €4.526 milhões.<br />
14.000,00<br />
12.000,00<br />
10.000,00<br />
8.000,00<br />
6.000,00<br />
4.000,00<br />
2.000,00<br />
0,00<br />
milhões de euros<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
total de fundos fundos abertos fundos fechados fundos especiais<br />
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
total de fundos fundos abertos fundos fechados fundos especiais<br />
Fonte: CMVM<br />
Em Dezembro de 2009, a Turismo Fundos detinha uma quota de mercado de 0,9% dos fundos imobiliários sujeitos a supervisão da CMVM, correspondente<br />
a um VLG de €110 milhões (uma vez que o FIEAE está excluído) num total de €11.776 milhões. Com esta quota, a Turismo Fundos<br />
posicionava-se no 19º lugar (em 34) do ranking global.<br />
Ranking Sociedade Gestora Valor<br />
Quota de<br />
Mercado<br />
1 Fundimo 1.578 € 13,4%<br />
2 Interfundos 1.201 € 10,2%<br />
3<br />
(…)<br />
ESAF 1.189 € 10,1%<br />
18 Fundiestamo 177 € 1,5%<br />
19 TF Turismo Fundos 110 € 0,9%<br />
20<br />
(…)<br />
TDF 91 € 0,8%<br />
Fonte: CMVM<br />
ACTIVIDADE DA TURISMO FUNDOS EM 2009<br />
I. A SOCIEDADE<br />
Em Maio de 2009, a Turismo Fundos foi incumbida de gerir o novo Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE), tendo, assim, quase<br />
duplicado o valor dos fundos sob gestão. Este novo fundo, ao contrário dos demais sob gestão da Sociedade, abrange todos os sectores de actividade<br />
incluindo, para além do turismo, os sectores industriais e de serviços.<br />
Estas alterações substanciais implicaram a necessidade de reforçar os recursos humanos da Sociedade.<br />
Assim, em Maio de 2009, a Sociedade viu a sua Administração reforçada em mais dois elementos e a estrutura de pessoal foi alargada, tendo sido<br />
contratado um Adjunto da Direcção de Análise e Investimento (especialmente dedicado a este fundo) e um Adjunto da Direcção Administrativa e<br />
Financeira.<br />
Atendendo à natureza transitória do FIEAE e ao volume de projectos entrados – 129 – optou-se por recorrer aos serviços de consultores externos<br />
para avaliação económica e fi nanceira das empresas proponentes.<br />
Foi igualmente reforçado o apoio jurídico, tendo-se contratado duas sociedades de advogados para conseguir dar resposta em tempo útil às necessidades<br />
das empresas que recorreram a este novo instrumento fi nanceiro.<br />
A actuação do Conselho de Administração em 2009 teve presente as linhas de orientação, objectivos e metas aprovados no âmbito das Orientações<br />
Estratégicas defi nidas para o período 2008-2010, tendo sido aprovadas operações relativas a imóveis turísticos no valor total de € 54,7 milhões.<br />
No âmbito dos Fundos Imobiliários Turísticos salienta-se a aprovação de uma operação no Algarve (Martinhal Resort, sito em Sagres), alinhada<br />
estrategicamente com o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), e a alienação de dois imóveis cujo prazo de arrendamento tinha terminado e<br />
em que os inquilinos não exerceram a opção de compra, dando cumprimento também ao defi nido nas Orientações Estratégicas.<br />
Foi feito um acompanhamento regular e sistemático das carteiras de imóveis dos Fundos Imobiliários Turísticos, quer na prevenção de eventuais<br />
incumprimentos, quer na monitorização do respectivo estado físico, promovendo a realização de visitas quando tal foi considerado pertinente.<br />
1
PUB<br />
Também no âmbito do FIEAE, e no que respeita aos imóveis afectos à actividade turística, as operações concretizadas e aprovadas estiveram de<br />
acordo com as Orientações Estratégicas, tratando-se de projectos inovadores e que contribuem para a competitividade do sector, estando alinhados<br />
estrategicamente com o PENT.<br />
Neste contexto, foi adquirido o imóvel Douro Palace, localizado em Baião, um hotel de qualidade superior que contribui para o desenvolvimento e<br />
afi rmação do Pólo de Desenvolvimento turístico Douro e aprovadas operações relativas à aquisição de:<br />
► dois imóveis no Algarve -, um Centro de wellness e um kartódromo - que contribuem para a diversifi cação da oferta do destino Algarve;<br />
► dois imóveis na Madeira, dos quais se destaca o Choupana Hills, que constitui um hotel claramente diferenciador, contribuindo para a requalifi -<br />
cação e reposicionamento deste destino tradicional;<br />
► um imóvel na Serra da Estrela – Varanda dos Carqueijais, destinando-se a aplicação dos fundos resultantes da operação à realização por parte<br />
da Turistrela de investimentos nos equipamentos da Serra da Estrela, nomeadamente na recuperação dos edifícios da Torre e na construção de<br />
uma piscina no Hotel Serra da Estrela, investimentos importantes para a afi rmação deste pólo de desenvolvimento turístico.<br />
Em termos globais, em 2009, os fundos imobiliários sob gestão da Turismo Fundos adquiriram 13 imóveis, no valor global de 28.977.532 €. Adicionalmente,<br />
efectuaram-se benfeitorias num imóvel já detido no valor total de 2.412.797 €.<br />
Em 2009, foram alienados 3 imóveis pelos fundos imobiliários turísticos.<br />
Em 31 de Dezembro de 2009, os fundos imobiliários geridos pela Turismo Fundos detinham 44 imóveis.<br />
Segue uma resenha sobre a actividade de cada um dos fundos sob gestão da Turismo Fundos.<br />
II. FIIFT<br />
Durante o ano de 2009, a actividade do Fundo centrou-se na rentabilização da carteira imobiliária, tendo em atenção as condições dos mercados<br />
fi nanceiros, imobiliário e turístico. Em 2009 não foi adquirido nenhum imóvel e foram alienados dois imóveis. Assim:<br />
► Em Maio o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico vendeu o imóvel “Hotel Porta do Sol”, localizado em Caminha;<br />
► Em Julho o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico vendeu o imóvel “Hotel Ibis Viseu”, localizado em Viseu.<br />
Em 31 de Dezembro de 2009, o património imobiliário do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico, constituído por 13 imóveis, ascendia,<br />
considerando o seu valor contabilístico total, a 28.106.286 €, correspondendo a uma diminuição, em relação ao ano transacto, de cerca de 15%.<br />
Em 2009 a yield média bruta do património imobiliário do Fundo foi de 4,68%, tendo-se assistido a uma inversão da tendência de crescimento<br />
verifi cada nos últimos três anos, conforme evidenciado no gráfi co a seguir apresentado:<br />
A conjuntura de contracção económica e as consequentes difi culdades de exploração das unidades hoteleiras originaram algumas situações de<br />
incumprimento no pontual pagamento das rendas. Face a esta situação a Turismo Fundos reavaliou a situação de arrendamento de alguns imóveis,<br />
tendo estudado e posto em prática planos de pagamento de rendas a fi m de manter viável a exploração hoteleira de alguns imóveis e evitar situações<br />
de incumprimento graves e consequentes acções de despejo.<br />
Também como refl exo da conjuntura económico-fi nanceira e da crise no mercado imobiliário verifi cou-se, relativamente a alguns imóveis, uma redução<br />
do respectivo valor venal, com consequente impacto (negativo) nos resultados líquidos e no valor global líquido do fundo.<br />
III. FIIFT II<br />
O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II centrou a sua actividade durante o período em análise na rentabilização da carteira imobiliária,<br />
tendo em atenção as condições dos mercados fi nanceiros, imobiliário e turístico. Ao longo do ano de 2009 não foi adquirido nenhum imóvel, tendo-se<br />
realizado um reforço de investimento num imóvel propriedade do Fundo. Foi ainda alienado um imóvel e aprovada uma operação. Assim:<br />
► Em Julho de 2009 o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II reforçou o investimento no imóvel “Memmo Baleeira Hotel”, localizado<br />
em Sagres;<br />
► Em Outubro de 2009 o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II alienou o imóvel “Kartódromo de Almancil”, localizado em Almancil.<br />
► Em Dezembro de 2009 o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II aprovou a operação de compra e de arrendamento subsequente<br />
do imóvel “Martinhal Resort”, localizado em Sagres.<br />
Em 31 de Dezembro de 2009 o património imobiliário do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II, constituído por 18 imóveis, ascendia,<br />
considerando o seu valor contabilístico total, a 65.113.468 €, representando um crescimento, face ao ano transacto, de cerca de 2%.<br />
Em 2009 a yield média ponderada bruta do património imobiliário do Fundo foi de 5,15%, tendo-se assistido a uma inversão da tendência de crescimento<br />
verifi cada nos últimos três anos, conforme evidenciado no gráfi co a seguir apresentado:<br />
A conjuntura de contracção económica e as consequentes difi culdades de exploração das unidades hoteleiras originaram algumas situações de<br />
incumprimento no pontual pagamento das rendas. Face a esta situação a Turismo Fundos reavaliou a situação de arrendamento de alguns imóveis,<br />
tendo estudado e posto em prática planos de pagamento de rendas a fi m de manter viável a exploração hoteleira de alguns imóveis e evitar situações<br />
de incumprimento graves e consequentes acções de despejo.<br />
IV. O FUNDO IMOBILIÁRIO ESPECIAL DE APOIO ÀS EMPRESAS (FIEAE)<br />
Como já referido, em Maio de 2009 foi criado, pelo Decreto-lei n.º 104/2009, no âmbito do PME Consolida, o novo Fundo Imobiliário Especial de<br />
Apoio às Empresas, cuja gestão foi atribuída à Sociedade.<br />
O FIEAE teve uma dotação inicial de €100 milhões (€50 milhões subscritos pelo Turismo de Portugal e €50 milhões subscritos pelo IAPMEI), tendo<br />
em Dezembro sido aprovado um reforço de €50 milhões, atendendo ao volume de procura deste instrumento fi nanceiro.<br />
O Regulamento de operações foi aprovado em 5 de Junho de 2009.<br />
O FIEAE encontra-se especialmente vocacionado para a aquisição de imóveis integrados no património de empresas como forma de dotação destas<br />
de recursos fi nanceiros imediatos e visa permitir que as empresas mobilizem os seus activos imobiliários para acesso a disponibilidades fi nanceiras<br />
imediatas, assegurando, simultaneamente, que essa mobilização não constitui um entrave ao desenvolvimento das suas actividades com continuado<br />
recurso a esses activos.<br />
O objectivo é o de permitir o saneamento, estabilização e consolidação fi nanceira das empresas, bem como a sua modernização, eventual redimensionamento<br />
e a criação, manutenção e qualifi cação do emprego.<br />
O FIEAE tem como destinatários empresas economicamente viáveis, ainda que enfrentando eventuais difi culdades fi nanceiras, cuja situação esteja<br />
regularizada com a Segurança Social e com o Fisco. O FIEAE exclui empresas do sector imobiliário.<br />
Durante o ano de 2009 deram entrada 129 projectos no FIEAE, dos quais, até Dezembro de 2009, foram 34 aprovados e 23 rejeitados. As operações<br />
aprovadas totalizaram 137,3 M€, envolvendo 7.400 postos de trabalho. Até ao fi nal do ano, foi possível celebrar 13 escrituras das 34 operações<br />
aprovadas.<br />
V.O PLANO DE ACÇÃO CONTRA A CORRUPÇÃO<br />
Dando cumprimento às orientações emanadas pelo Conselho da Prevenção da Corrupção, o Conselho de Administração aprovou o Plano de Acção<br />
contra a Corrupção em Dezembro de 2009.<br />
EVOLUÇÃO FINANCEIRA<br />
I. TURISMO FUNDOS<br />
Em 2009 os fundos sob gestão aumentaram 94%, de cerca de €108 milhões para cerca de €209 milhões. Este aumento deveu-se, essencialmente,<br />
ao novo fundo gerido pela Turismo Fundos – o FIEAE, cujo valor global líquido ascendeu, em 31 de Dezembro de 2009, a cerca de € 99,7 milhões.<br />
Importa contudo salientar que o FIEAE não é um fundo imobiliário strictu sensu, na medida em que foi constituído por legislação própria e não é<br />
supervisionado pela CMVM, pelo que se este fundo não for considerado, os fundos sob gestão aumentaram 2%, de cerca de €108 milhões para<br />
cerca de €110 milhões.<br />
A capacidade não utilizada de gestão de fundos reduziu-se ligeiramente (€695 milhões a 31 de Dezembro de 2009 versus €743 milhões um ano<br />
antes), apesar de se manter elevada.<br />
No exercício de 2009, como nos anos anteriores, o resultado líquido voltou a crescer e de forma mais acentuada, como efeito da gestão de mais<br />
um fundo.<br />
O resultado líquido do exercício aumentou cerca de 53% relativamente ao ano anterior, passando de 233.423 €, em 2008, para 357.994 €, em<br />
2009. Esta situação resulta do efeito conjugado do:<br />
► aumento dos proveitos, em cerca de 114%, devido ao crescimento, em cerca de 105%, da rubrica comissões, que representa 90% do total dos<br />
proveitos e ao crescimento da rubrica outros resultados de exploração, que representa 6% do total dos proveitos;<br />
► crescimento registado nos custos de exploração, que conheceram um acréscimo de cerca de 156%, como resultado, essencialmente, do aumento<br />
dos gastos gerais administrativos (299%) e dos custos com pessoal (71%).<br />
2<br />
Evolução do Património Imobiliário<br />
1999-2009<br />
6,75%<br />
6,56%<br />
6,31%<br />
5,99%<br />
5,31%<br />
5,40%<br />
5,50%<br />
4,71%<br />
4,68%<br />
4,48%<br />
4,18%<br />
33.129.22432.897.314<br />
32.218.450<br />
30.507.588<br />
28.375.672 28.708.211 29.233.954<br />
27.423.577<br />
28.106.286<br />
23.500.116<br />
19.950.180<br />
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
património yield bruta<br />
6,64%<br />
5,95%<br />
5,04%<br />
Evolução do Património Imobiliário<br />
2001 - 2009<br />
65.113.468 €<br />
6,32%<br />
5,51%<br />
5,15%<br />
4,59% 4,51% 4,80%<br />
63.756.386 €<br />
56.070.626 €<br />
53.336.784 €<br />
43.241.954 €<br />
38.200.442 €<br />
23.370.857 € 35.993.884 €<br />
9.964.186 €<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
património yield bruta<br />
TURISMO FUNDOS<br />
(Euros)<br />
Variação<br />
Homóloga<br />
2008 2009<br />
Fundos sob gestão 107.844.713 209.434.500 94%<br />
FIIFT 36.221.255 35.702.733 -1%<br />
FIIFT II 71.623.458 74.026.202 3%<br />
FIEAE 99.705.565 n/a<br />
Fundos próprios 1.151.206 1.204.630 5%<br />
Capacidade de gestão 851.206.000 904.629.720 6%<br />
Uma vez que se assistiu a um aumento do resultado líquido e dos capitais próprios, a rendibilidade dos capitais próprios cifrou-se em 22,91% em<br />
2009, observando um acréscimo face ao valor de 16,86% ocorrido em 2008.<br />
O activo líquido, no montante de 1.953.591 €, registou um aumento face ao ano de 2008, de cerca de 31%.<br />
Os capitais próprios da sociedade ascendem a 1.562.624 €, representando 79,99% do activo líquido total, verifi cando-se elevados níveis de liquidez e<br />
solvabilidade, apesar do decréscimo deste rácio face ao ano anterior, 92,91%. O aumento dos capitais próprios em 2009 foi de 13%, como resultado<br />
da variação positiva das rubricas reservas, resultados transitados e resultados líquidos.<br />
O resultado corrente foi de 347.914,52 €, o qual acrescido dos outros resultados de exploração e de alienação de outros activos no valor de 135.412,53<br />
€ e deduzido da dotação para impostos sobre os lucros de 125.333,21 € determinou um resultado líquido do exercício de 357.993,84 €. Assim, em<br />
relação a 2008, verifi cou-se um aumento de cerca de 8% do resultado corrente e de 53% do resultado líquido.<br />
II. FIIFT<br />
PRINCIPAIS INDICADORES<br />
III. FIIFT II<br />
PRINCIPAIS INDICADORES<br />
IV. FIEAE<br />
PRINCIPAIS INDICADORES<br />
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS<br />
Nos termos da alínea f) do nº 5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, propõe-se a seguinte aplicação do resultado do exercício no<br />
valor de 357.993,84 €:<br />
Reserva Legal 35.799,38 €<br />
Resultados Transitados 142.194,46 €<br />
Dividendos 180.000,00 €<br />
EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DA SOCIEDADE<br />
Face ao reconhecido papel que os fundos de investimento imobiliário podem desempenhar como instrumentos de alavancagem fi nanceira, é de<br />
prever, na actual conjuntura que haverá um aumento do número e valor global das operações de investimento, quer ao nível do sector do turismo,<br />
quer ao nível dos outros sectores.<br />
No âmbito das prioridades estratégicas oportunamente consagradas em Assembleia Geral, o Conselho de Administração prosseguirá a identifi cação<br />
de projectos turísticos inovadores, ao mesmo tempo que continuará atento a projectos de requalifi cação em destinos consolidados, a par dos que<br />
contribuam para a dinamização dos Pólos de Desenvolvimento Turístico e afi rmação dos Produtos Turísticos Estratégicos identifi cados no PENT.<br />
No âmbito do FIEAE, o Conselho de Administração norteará a sua actuação pelos princípios defi nidos no DL nº 104/2009 e no Regulamento de<br />
Operações.<br />
Antevê-se, a concretização de cerca de 35 novos investimentos, no montante global aproximado de € 130 milhões, repartidos entre o FIIFT, o FIIFT<br />
II e o FIEAE, estando previsto o levantamento de fundos adicionais para o efeito durante o ano de 2010.<br />
A Turismo Fundos continuará a apostar na diferenciação, inovação e capacidade dos seus recursos humanos, privilegiando os critérios de rigor e<br />
rendibilidade, esperando-se que 2010 seja um ano de reforço da componente de acompanhamento.<br />
DECLARAÇÃO E FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO<br />
A sociedade gestora não tem acções próprias e durante o exercício em análise não adquiriu nem alienou acções próprias.<br />
Durante o exercício em análise não foram concedidas autorizações para negócios entre a sociedade e os administradores, abrangidos pelo artigo<br />
397º do Código das Sociedades Comerciais.<br />
O Conselho de Administração não tem conhecimento da ocorrência de factos relevantes após o termo do exercício.<br />
AGRADECIMENTOS<br />
O Conselho de Administração agradece aqueles que colaboraram com a empresa ao longo deste ano de actividade, querendo destacar:<br />
• Os seus colaboradores directos pelo trabalho desenvolvido;<br />
• O Conselho Fiscal, pelo acompanhamento atento da actividade da empresa;<br />
• Os Accionistas, pela forma como distinguiram e apoiaram a empresa;<br />
• As Autoridades de Supervisão pelo apoio prestado.<br />
Lisboa, 2 de Março de 2010<br />
FIIFT II<br />
(Euros)<br />
TURISMO FUNDOS<br />
(Euros)<br />
Variação<br />
2008 2009 Homóloga<br />
Resultado Líquido 233.423 357.994 53%<br />
Proveitos 839.657 1.797.546 114%<br />
juros e rendimentos similares 41.537 38.205 -8%<br />
rendimentos de serviços e comissões 791.116 1.623.928 105%<br />
FIIFT 268.832 270.623 1%<br />
FIIFT II 522.284 547.826 5%<br />
FIEAE 805.479 n/a<br />
resultados de activos financeiros para venda 930 -100%<br />
resultados de alienação de outros activos 3.095 19.750 538%<br />
outros resultados de exploração 2.979 115.663 3783%<br />
Custos 512.876 1.314.219 156%<br />
juros e encargos similares 2.998 6.453 115%<br />
encargos com serviços e comissões 36.455 38.219 5%<br />
custos com pessoal 212.868 364.057 71%<br />
gastos gerais administrativos 220.009 877.817 299%<br />
amortizações do exercício 38.072 27.674 -27%<br />
resultados de activos financeiros para venda 1.454 -100%<br />
outros resultados de exploração 1.019 -100%<br />
Impostos 93.358 125.333 34%<br />
TURISMO FUNDOS<br />
(Euros)<br />
Variação<br />
2008 2009 Homóloga<br />
Activo líquido 1.490.276 1.953.591 31%<br />
Capitais próprios 1.384.630 1.562.624 13%<br />
RCP 16,86% 22,91% 36%<br />
Capitais próprios/Activo líquido 92,91% 79,99% -14%<br />
FIIFT<br />
(Euros)<br />
Variação<br />
2008 2009 Homóloga<br />
VGLF 36.221.255 35.702.733 -1%<br />
UP 7,24 7,14 -1%<br />
Proveitos 2.297.289 2.317.675 1%<br />
Custos 1.257.668 2.836.198 126%<br />
Resultado Líquido 1.039.621 -518.523 -150%<br />
2008 2009<br />
VGLF 71.623.458 74.026.202 3%<br />
UP 67,75 70,02 3%<br />
Proveitos 5.716.147 4.450.579 -22%<br />
Custos 1.958.779 2.047.835 5%<br />
Resultado Líquido 3.757.368 2.402.744 -36%<br />
FIEAE<br />
(Euros)<br />
2008 2009<br />
O Conselho de Administração<br />
Maria José Martins Catarino<br />
(Presidente)<br />
Jorge Manuel Rodrigues Umbelino<br />
(Vogal)<br />
Rui Manuel Martins Coelho Valente<br />
(Vogal Executivo)<br />
Ana Manuel Jerónimo Lopes Correia Mendes Godinho<br />
(Vogal Executivo)<br />
Célia Maria Castanheira de Moura Costa Cabral<br />
(Vogal Executivo)<br />
Alcides Saraiva de Aguiar<br />
(Vogal)<br />
Marco Paulo Salvado Neves<br />
(Vogal)<br />
Variação<br />
Homóloga<br />
Variação<br />
Homóloga<br />
VGLF 99.705.565 n/a<br />
UP 997,06 n/a<br />
Proveitos 556.885 n/a<br />
Custos 851.321 n/a<br />
Resultado Líquido -294.435 n/a
PUB<br />
TF TURISMO FUNDOS-SGFII, S.A.<br />
BALANÇO EM BASE INDIVIDUAL (NCA), EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009<br />
31-Dez-09 31-Dez-08<br />
Nota<br />
Activo Bruto<br />
Imparidade e<br />
Amortizações<br />
Activo Líquido Activo Líquido<br />
Nota 31-Dez-09 31-Dez-08<br />
Activo Passivo<br />
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 11 410,00 410,00 250,00 Passivos por impostos correntes<br />
18 55.496,21 25.843,28<br />
Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 12 34.647,98 34.647,98 6.901,68 Outros passivos<br />
19 335.471,58 79.803,24<br />
Aplicações em instituições de crédito 14 926.488,67 926.488,67 952.500,00<br />
Outros activos tangíveis 15 526.464,12 65.999,59 460.464,53 459.901,40 Total de Passivo 390.967,79 105.646,52<br />
Activos intangíveis 16 1.210,00 1.210,00 369,81<br />
Outros activos 17 531.580,17 531.580,17 70.353,35 Capital<br />
Capital<br />
20 375.000,00 375.000,00<br />
Outras reservas e resultados transitados 21 829.629,72 776.206,25<br />
Resultado do exercício<br />
357.993,84 233.423,47<br />
TOTAL DO ACTIVO<br />
Total de Capital 1.562.623,56 1.384.629,72<br />
2.020.800,94 67.209,59 1.953.591,35 1.490.276,24 TOTAL DE PASSIVO + CAPITAL<br />
1.953.591,35 1.490.276,24<br />
Outros dados:<br />
(95) RESPONSABILIDADES POR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS<br />
(952) Valores administrados pela instituição: Valor global líquido do FIIFT em 31/12/2009 de 35.702.732,55 € / Valor global líquido do FIIFT II em 31/12/2009 de 74.026.201,78 € / Valor global líquido do FIEAE em 31/12/2009<br />
de 99.705.564,58 €<br />
O Ténico Oficial de Contas nº 3458 O Conselho de Administração<br />
TF TURISMO FUNDOS - SGFII, S.A.<br />
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM BASE INDIVIDUAL (NCA), EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009<br />
(euros)<br />
Nota 31-Dez-09 31-Dez-08<br />
Juros e rendimentos similares 4 38.205,34 41.537,10<br />
Juros e encargos similares 4 -6.453,22 -2.997,70<br />
Margem Financeira 31.752,12 38.539,40<br />
Rendimentos de serviços e comissões 5 1.623.928,47 791.116,37<br />
Encargos com serviços e comissões 5 (38.219,18) (36.454,66)<br />
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 6 (524,27)<br />
Resultados de alienação de outros activos 19.750,00 3.095,00<br />
Outros resultados de exploração 7 115.662,53 1.959,76<br />
Produto Bancário 1.752.873,94 797.731,60<br />
Custos com pessoal 8 (364.056,61) (212.868,49)<br />
Gastos gerais administrativos 10 (877.816,55) (220.009,15)<br />
Amortizações do exercício 15 e 16 (27.673,73) (38.072,44)<br />
Resultado antes de impostos 483.327,05 326.781,52<br />
Impostos<br />
Correntes<br />
Diferidos<br />
18 (125.333,21) (93.358,05)<br />
Resultado após impostos 357.993,84 233.423,47<br />
Do qual: Resultado líquido após impostos de operações descontinuadas - -<br />
Resultado líquido 357.993,84 233.423,47<br />
Resultado por acção 4,80 3,11<br />
TF TURISMO FUNDOS-SGFII, S.A.<br />
DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS<br />
DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008<br />
Outras reservas Reserva de<br />
Prémios Reserva e Resultados reavaliação Lucro do<br />
Capital de emissão legal transitados de justo valor exercício Total<br />
Saldos em 31 de Dezembro de 2007 375.000 - 234.513 492.524 390 209.170 1.311.596<br />
Distribuição do resultado líquido de 2007:<br />
- Constituição reserva legal 20.917 (20.917) -<br />
- Incorporação em resultados transitados 28.253 (28.253) -<br />
Distribuição de dividendos (160.000) (160.000)<br />
Reservas de reavaliação (390) (390)<br />
Resultado do exercício 233.423 233.423<br />
Saldos em 31 de Dezembro de 2008<br />
Distribuição do resultado líquido de 2008<br />
375.000 - 255.430 520.777 - 233.423 1.384.630<br />
- Constituição reserva legal 23.342 (23.342) -<br />
- Incorporação em resultados transitados 30.081 (30.081) -<br />
Distribuição de dividendos (180.000) (180.000)<br />
Reservas de reavaliação -<br />
Resultado do exercício 357.994 357.994<br />
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 375.000 - 278.772 550.858 - 357.994 1.562.624<br />
(€)<br />
(euros)<br />
TF TURISMO FUNDOS-SGFII, S.A.<br />
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - EXERCÍCIO DE 2009 (€)<br />
Notas TOTAL 2009 TOTAL 2008<br />
ACTIVIDADES OPERACIONAIS<br />
Recebimentos de Juros e Proveitos Equiparados 14.216,67 39.829,16<br />
Recebimento Comissão de Gestão FIIFT 270.794,94 268.360,95<br />
Recebimento Comissão de Gestão FIIFT II 586.208,15 519.878,02<br />
Recebimento Comissão de Gestão FIEAE 364.383,56<br />
Recebimento Avaliações FIEAE 139.181,28<br />
Pagamentos a Credores (335.858,44) (224.890,09)<br />
Pagamentos de IRS-Tdi (81.891,79) (32.882,15)<br />
Pagamentos de IVA/IMI (10.351,08) -<br />
Pagamentos de Imposto de Selo (25,00) (5,00)<br />
Pagamentos de Contribuições para a Segurança Social (50.829,71) (40.610,50)<br />
Pagamentos de Remunerações (216.223,02) (117.493,75)<br />
Pagamentos CGA/ADSE (12.188,18)<br />
Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento (95.680,28) (108.536,63)<br />
Pagamentos Consultores/Avaliadores FIEAE (403.969,05)<br />
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional -<br />
Fluxos das actividades operacionais (1)<br />
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />
Recebimentos provenientes de:<br />
167.768,05 303.650,01<br />
Imobilizações incorpóreas - -<br />
Imobilizações corpóreas - 3.095,00<br />
Reembolso Aplicações Financeiras<br />
Pagamentos respeitantes a:<br />
1.014.000,00 4.882.740,74<br />
Imobilizações incorpóreas - -<br />
Imobilizações corpóreas - -<br />
Subscrição Aplicações Financeiras (964.000,00) (5.041.282,09)<br />
Fluxos das actividades de investimento (2)<br />
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />
Recebimentos provenientes de:<br />
50.000,00 (155.446,35)<br />
Empréstimos obtidos - -<br />
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão - -<br />
Subsídios e doacções - -<br />
Venda de acções próprias - -<br />
Cobertura de prejuízos<br />
Pagamentos respeitantes a:<br />
- -<br />
Empréstimos obtidos - -<br />
Amortização de contratos de locação financeira e AOV (33.801,75) (17.897,91)<br />
Juros e custos equiparados - -<br />
Dividendos (156.060,00) (138.720,00)<br />
Reduções de capital e prestações suplementares - -<br />
Aquisição de acções próprias - -<br />
Fluxos das actividades de financiamento (3) (189.861,75) (156.617,91)<br />
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (4)=(1)+(2)+(3)<br />
EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO<br />
27.906,30 (8.414,25)<br />
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 3.9 7.151,68 15.565,93<br />
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 3.9 35.057,98 7.151,68<br />
NOTAS À DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANO DE 2009<br />
NOTA INTRODUTÓRIA<br />
A TF Turismo Fundos-SGFII, S.A., criada em 28 de Setembro de 1995 como resultado da parceria entre o Turismo de Portugal, ip (ex-Fundo de Turismo),<br />
a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santo, tem por objecto exclusivo a administração, gestão e representação de fundos de investimento<br />
imobiliário, fechados ou abertos, podendo designadamente adquirir e alienar quaisquer valores e exercer os direitos directa ou indirectamente<br />
relacionados com os bens do fundo.<br />
NOTA 1 – BASES DE APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E COMPARABILIDADE<br />
De acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, as sociedades cujos valores mobiliários estiverem<br />
admitidos à negociação num mercado regulamentado de qualquer Estado membro, devem elaborar as suas contas consolidadas em conformidade<br />
com as Normas Internacionais de Contabilidade, com início em 1 de Janeiro de 2005. O referido regulamento estabelece ainda que, as sociedades cujos<br />
valores mobiliários não estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado, os Estados membros podem permitir ou exigir que as contas<br />
individuais das sociedades e as suas contas consolidadas sejam elaboradas em conformidade com as normas internacionais de contabilidade.<br />
O Banco de Portugal, no uso da sua competência, determinou, através do Aviso n.º 1/2005, a regulamentação e aplicação das referidas normas e<br />
estabeleceu o modelo de reporte para as entidades sujeitas à sua supervisão. Na carta-circular n.º 102/2004/DSB, de 23 de Dezembro de 2004, o<br />
Banco de Portugal determina a adopção do modelo contabilístico para as instituições sujeitas à sua supervisão e que não se encontrem abrangidas<br />
pelo artigo 4º do Regulamento n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu.<br />
A instrução 9/2005, que altera a instrução 23/2004, vem defi nir a elaboração da informação relativa à situação analítica individual elaborada em<br />
conformidade com as NCA.<br />
Em conformidade, as demonstrações fi nanceiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos, segundo a regulamentação emitida pelo<br />
Banco de Portugal, no uso da sua competência que lhe é conferida pelo n.º 1 do artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades<br />
Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro e pelo artigo 13º do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro.<br />
As demonstrações fi nanceiras da sociedade relativamente a 31 de Dezembro de 2009 foram preparadas no pressuposto da continuidade das<br />
operações, a partir dos registos contabilísticos e respectivo suporte documental, mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas<br />
de Contabilidade Ajustadas (NCA) e demais disposições emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo<br />
Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, tendo sido aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração em 23 de Fevereiro de 2010 e<br />
estando sujeitas à aprovação da Assembleia Geral, convocada para o efeito, em 23 de Março de 2010.<br />
No exercício de 2009, as demonstrações fi nanceiras anuais a 31 de Dezembro de 2009 foram preparadas com base nas Normas de Contabilidade<br />
Ajustadas, na sequência da Carta-circular n.º 102/2004/DSB, de 23 de Dezembro de 2004 pelo que são comparáveis com as demonstrações<br />
fi nanceiras anuais a 31 de Dezembro de 2008 que foram preparadas com base nestas mesmas Normas.<br />
NOTA 2 – GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO<br />
A actividade da Sociedade, dada a sua natureza, encontra-se exposta a uma variedade de riscos fi nanceiros que requerem a sua análise, avaliação,<br />
aceitação e gestão de um certo nível de risco ou combinações de risco. Assumir o risco é a essência da actividade fi nanceira e o risco operacional é<br />
uma consequência inevitável desta. O objectivo da Sociedade consiste portanto em obter equilíbrio apropriado entre o risco que assume e o proveito<br />
da sua actividade, minimizando potenciais efeitos adversos da sua performance fi nanceira.<br />
A actividade desenvolvida pela Sociedade compreende essencialmente a gestão de activos de Fundos de Investimento Imobiliários.<br />
2.1 Risco de Crédito<br />
A Sociedade não se encontra signifi cativamente exposta ao risco de crédito, uma vez que esta actividade não lhe é permitida. O risco de crédito é<br />
aplicável apenas às suas aplicações fi nanceiras.<br />
Na perspectiva da actividade dos fundos, e enquanto gestora dos mesmos, o risco de crédito dos activos que compõem a carteira dos mesmos é<br />
avaliado de acordo com a política de investimento defi nida nos prospectos dos fundos.<br />
2.2 Risco de Mercado<br />
O risco de mercado pelas características específi cas da actividade da Sociedade e pela composição do seu balanço, raramente é aplicável. A Sociedade<br />
não assume riscos de mercado relevantes, contudo o risco de mercado dos activos, que compõem a carteira dos fundos, está essencialmente<br />
associado ao risco de fl utuações da taxa de juro, por via das actualizações das rendas e do risco da taxa de ocupação dos imóveis que são factores<br />
importantes no desempenho da actividade dos fundos e que, em situações de mercado adversas, provocam um aumento da exposição dos fundos<br />
3
PUB<br />
a riscos não controlados directamente, o que tem impacto na valorização dos activos dos fundos e desta forma um efeito indirecto na Sociedade por<br />
via da comissão de gestão cobrada aos Fundos.<br />
2.2.1 Risco Cambial<br />
A sociedade detém exclusivamente activos e passivos denominados em euros, pelo que o seu risco cambial é nulo.<br />
2.2.2 Risco de Taxa de Juro<br />
O risco de taxa de juro associado a fl uxos de caixa corresponde ao risco dos fl uxos de caixa futuros de um instrumento fi nanceiro variarem devido a<br />
alterações nas taxas de juro de mercado.<br />
Uma vez que os proveitos da Sociedade advêm do desempenho dos fundos por si geridos, e tendo em consideração que as alterações nas taxas de<br />
juro de mercado têm um impacto na performance dos fundos, o risco a que a Sociedade está exposta traduz-se num impacto indirecto por via da<br />
comissão de gestão que é cobrada.<br />
2.3 Risco de Liquidez<br />
A Sociedade assume deliberadamente uma posição prudente e conservadora em matéria de gestão de liquidez, procurando manter em níveis<br />
confortáveis os principais indicadores.<br />
No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, para além das obrigações de solvabilidade a que se encontra sujeito por força da regulamentação<br />
prudencial do Banco de Portugal, a Sociedade recorre ainda ao conceito de Gap de liquidez, que lhe permite o planeamento das responsabilidades<br />
de tesouraria, rentabilizando a utilização dos fundos sem provocar oscilações signifi cativas na sua solvabilidade. Compondo o Balanço pelos prazos<br />
de vencimento das operações activas, obtém-se uma posição desagregada (positiva) segundo os prazos residuais de vencimento das operações.<br />
NOTA 3 PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS<br />
As Normas de Contabilidade Ajustadas refl ectem os princípios de reconhecimento contabilístico e de avaliação das IAS/IFRS, com excepção de algumas<br />
matérias, as quais o Banco de Portugal continua a regulamentar os procedimentos de contabilização e avaliação. São elas:<br />
(i) O crédito a clientes está sujeito à constituição de provisões específi cas e genéricas, que não poderão ser inferiores ao mínimo de referência nos<br />
termos do Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005;<br />
(ii) Os activos tangíveis continuarão a ser valorizados ao custo de aquisição, salvo quando se realizem reavaliações extraordinárias, legalmente<br />
autorizadas, caso em que as mais-valias serão registadas em reservas legais de reavaliação; e<br />
(iii) O impacto ao nível das responsabilidades por pensões de reforma, resultante da aplicação da IAS 19 com referência a 31 de Dezembro de 2005,<br />
situação não aplicável à Sociedade.<br />
Em 2009, apesar da entrada em vigor do IAS 1 revisto, a Sociedade não procedeu à elaboração da Demonstração de Rendimento Integral, por não<br />
ser aplicável.<br />
Normas Contabilísticas recentemente emitidas<br />
A Sociedade optou por não aplicar as normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 2009.<br />
Actualmente, a Sociedade encontra-se a avaliar estas normas, mas é entendimento do Conselho de Administração que as mesmas não têm impacto<br />
relevante ou aplicação nas demonstrações fi nanceiras da Sociedade.<br />
Os custos e proveitos são reconhecidos de acordo com o princípio de especialização do exercício, sendo registados quando se vencem, independentemente<br />
do momento do seu pagamento ou recebimento.<br />
As demonstrações fi nanceiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao<br />
justo valor, nomeadamente os activos fi nanceiros disponíveis para venda.<br />
3.1. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA<br />
Os activos fi nanceiros disponíveis para venda são inicialmente reconhecidos pelo seu justo valor, e subsequentemente, as respectivas variações são<br />
reconhecidas em reservas, até que os investimentos sejam desreconhecidos ou seja identifi cada uma perda de imparidade, momento em que o valor<br />
acumulado dos ganhos e perdas potenciais registado em reservas é transferido para resultados. O justo valor é baseado em cotações de mercado.<br />
3.2. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS<br />
As imobilizações corpóreas são registadas pelo seu custo de aquisição. As amortizações são calculadas por duodécimos com base no método das quotas<br />
constantes. As taxas de amortização utilizadas são as máximas fi scalmente aceites como custo, as quais refl ectem a vida útil esperada dos bens:<br />
3.3. OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS<br />
Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais necessárias à sua implementação. Estes<br />
custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos a qual se situa normalmente entre 3 a 6 anos.<br />
3.4. LOCAÇÕES<br />
As operações de locação são classifi cadas como locação fi nanceira ou locação operacional em função da sua substância, cumprindo os critérios<br />
defi nidos no IAS 17 – Locações. São classifi cadas como locações fi nanceiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de<br />
um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classifi cadas como locações operacionais.<br />
Os pagamentos efectuados pela Turismo Fundos, devido a contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem<br />
respeito.<br />
3.5. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS<br />
Remunerações variáveis aos empregados<br />
As remunerações variáveis (prémios de desempenho) aos colaboradores são decididas pelo Conselho de Administração sob proposta da Comissão<br />
Executiva e registadas directamente na rubrica de custos com o pessoal.<br />
3.6. RECONHECIMENTO DE RENDIMENTO DE COMISSÕES<br />
Comissão de Gestão<br />
Conforme previsto nos respectivos Regulamentos de Gestão dos Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico e do Fundo de Investimento<br />
Imobiliário Fechado Turístico II é calculada mensalmente uma comissão de gestão sobre o valor do património líquido de cada Fundo, apurado com<br />
referência ao último dia de cada mês. A comissão de gestão é destinada à cobertura de todas as despesas de gestão, com excepção das despesas<br />
com compra, venda e arrendamento por conta do Fundo.<br />
Relativamente ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico o cálculo da comissão de gestão obedece ao seguinte critério: se o valor do património<br />
líquido do Fundo for inferior a nove milhões novecentos e setenta e cinco mil e novecentos e cinquenta e oito euros, a comissão de gestão será de 1,75%<br />
ao ano; se o valor do património líquido se situar entre nove milhões novecentos e setenta e cinco mil e novecentos e cinquenta e oito euros e catorze<br />
milhões novecentos e sessenta e três mil novecentos e trinta e sete euros, a comissão de gestão será de 1,25% ao ano; quando o valor do património<br />
líquido for superior a dezanove milhões novecentos e cinquenta e um mil novecentos e dezasseis euros a comissão de gestão será de 0,75% ao ano.<br />
No que concerne ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II, o cálculo da comissão de gestão obedece ao seguinte critério: se o valor do<br />
património líquido do Fundo for inferior a setenta e cinco milhões de euros, a comissão de gestão será de 0,75% ao ano, se o valor do património líquido<br />
se situar entre setenta e cinco milhões de euros e cento e cinquenta milhões de euros, dividir-se-á este valor em duas partes: uma, igual a setenta e cinco<br />
milhões de euros à qual se aplicará a taxa de 0,75% ao ano; outra igual ao excedente a que se aplicará uma taxa de 0,5% ao ano, quando o património<br />
líquido do Fundo for superior a cento e cinquenta milhões de euros, dividir-se-á este valor em duas partes: uma, igual a cento e cinquenta milhões de<br />
euros à qual se aplicará a taxa de 0,625% ao ano; outra igual ao excedente, a que se aplicará uma taxa de 0,25% ao ano.<br />
O cálculo da comissão de gestão do Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas incide sobre o capital subscrito à taxa anual de 1,75%.<br />
Os rendimentos de comissões obtidos à medida que os serviços são prestados, são reconhecidos em resultados no período a que se referem, independentemente<br />
do momento do seu pagamento ou recebimento.<br />
3.7. IMPOSTO SOBRE LUCROS<br />
Os impostos sobre os lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre os lucros são reconhecidos em resultados,<br />
excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por<br />
contrapartida dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais próprios, decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para<br />
venda, são reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos os ganhos e perdas que lhes deram origem.<br />
Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fi scais em vigor<br />
e utilizando a taxa de imposto aprovada.<br />
Os impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fi scal,<br />
utilizando as taxas de imposto aprovadas e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.<br />
Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das diferenças resultantes do reconhecimento<br />
inicial de activos que não afectam quer o lucro contabilístico quer o fi scal.<br />
Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de<br />
absorver as diferenças temporárias dedutíveis.<br />
A sociedade encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e à correspondente derrama.<br />
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fi scais da Sociedade estão, na generalidade dos casos, sujeitas a correcção por parte das<br />
autoridades fi scais durante um período de quatro anos contado a partir do exercício a que respeitam.<br />
As declarações fi scais da Sociedade relativas aos exercícios de 2005 a 2009 encontram-se ainda pendentes de revisão pelas autoridades fi scais.<br />
A Administração da Sociedade entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fi scais àquelas declarações<br />
fi scais de impostos não deverão ter um efeito signifi cativo nas Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2009.<br />
3.8. RECONHECIMENTO DE JUROS<br />
Os resultados referentes a juros de activos fi nanceiros disponíveis para venda são reconhecidos na rubrica de juros e proveitos similares, utilizando<br />
a taxa efectiva.<br />
3.9. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA<br />
Para efeitos da demonstração dos fl uxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes engloba os valores registados no balanço com maturidade<br />
até 1 ano a contar da data de aquisição/contratação, onde se incluem os valores em caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.<br />
NOTA 4 – MARGEM FINANCEIRA<br />
O valor desta rubrica é composto por:<br />
NOTA 5 – RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES<br />
Pelo exercício da actividade de gestão e representação do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico, do Fundo de Investimento Imobiliário<br />
Fechado Turístico II e do Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas, a sociedade cobra mensalmente uma comissão de Gestão para os dois<br />
primeiros e trimestralmente para o último, respectivamente, correspondendo à maioria dos proveitos realizados da sociedade.<br />
O valor desta rubrica é composto por:<br />
NOTA 6 – RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA<br />
O valor desta rubrica é composto por:<br />
4<br />
Equipamento Anos de Vida Útil<br />
Mobiliário e material 8<br />
Máquinas e ferramentas 1<br />
Equipamento informático 3 - 4<br />
Instalações interiores 5 - 10<br />
Material de transporte 4<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Rendimentos de serviços e comissões<br />
Comissão de Gestão 1.623.928 791.116<br />
Encargos com serviços e comissões<br />
1.623.928 791.116<br />
Outras comissões pagas 38.219 36.455<br />
38.219 36.455<br />
TOTAL 1.585.709 754.662<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Proveitos<br />
Instrumentos de capital - Cxg Tesouraria 930<br />
0 930<br />
Custos<br />
Instrumentos de capital - Cxg Moeda 1.454<br />
0 1.454<br />
TOTAL 0 -524<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Juros e rendimentos similares<br />
Juros de aplicações em inst. de crédito 38.205 41.537<br />
Juros e encargos similares<br />
38.205 41.537<br />
Outros juros e encargos similares 6.453 2.998<br />
6.453 2.998<br />
TOTAL 31.752 38.539<br />
NOTA 7 – OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO<br />
O valor desta rubrica é composto por:<br />
A rubrica de Outros ganhos e rendimentos operacionais, no valor de 116.491 € (2008: 2.979 €), corresponde ao valor pago pelos arrendatários relativamente<br />
ao reembolso do valor das avaliações de imóveis, visível na NOTA 9 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS, na sub-rubrica “Avaliadores Externos”.<br />
NOTA 8 – CUSTOS COM PESSOAL<br />
O valor dos custos com pessoal é composto por:<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Remunerações 312.642 180.514<br />
Orgãos de gestão e de fiscalização 157.971 47.389<br />
Empregados 154.671 133.125<br />
Encargos sociais obrigatórios 44.419 28.575<br />
Outros encargos sociais obrigatórios 2.243 1.948<br />
Outros custos com pessoal 4.752 1.831<br />
TOTAL 364.057 212.868<br />
Em 2009, para fazer face ao aumento da actividade da Sociedade, foi reforçado o seu quadro técnico, tendo também sido nomeados dois novos<br />
membros para o Conselho de Administração.<br />
A rubrica “Outros encargos sociais obrigatórios” inclui os encargos incorridos com o seguro de acidentes de trabalho e a medicina no trabalho. A<br />
rubrica de “Outros custos com pessoal” inclui os encargos com o seguro de saúde dos empregados.<br />
Durante o exercício de 2009 o número médio de empregados ao serviço da sociedade foi de 8.<br />
NOTA 9 – POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO<br />
A Comissão de Vencimentos defi niu a remuneração a atribuir aos administradores da sociedade, procurando que a mesma refl icta o desempenho de<br />
cada um dos membros em cada ano do mandato e assente numa política que premeie os administradores com funções executivas pelo desempenho<br />
da sociedade a longo prazo, prosseguindo a satisfação dos interesses societários e a criação de valor para os accionistas.<br />
No âmbito das suas competências, a Comissão de Vencimentos estabeleceu os parâmetros de remuneração dos membros da administração com<br />
funções executivas, atendendo, especialmente, à complexidade, exigência e responsabilidade inerentes às funções a desempenhar, à situação<br />
económica da sociedade e à consonância com as remunerações praticadas no mercado para funções idênticas em sociedades congéneres.<br />
Realça-se que o Presidente da Comissão Executiva e as duas Administradoras propostas pelo Turismo de Portugal, I.P. exercem o mesmo cargo na<br />
sociedade TC Turismo Capital-SCR, S.A., não auferindo aquele remuneração na TF Turismo Fundos-SGFII, S.A..<br />
Os membros do Conselho de Administração não executivos, que acumulam funções com as de membros do Conselho Directivo do Turismo de<br />
Portugal, não auferem qualquer remuneração<br />
Em face da entrada em vigor do novo Regime Jurídico do Gestor Público, aprovado pela Lei nº 71/2007, de 27 de Março, designadamente do disposto<br />
no seu art.º 31º, as condições remuneratórias foram revistas pela comissão de vencimentos.<br />
Nos termos estatutários, os accionistas da sociedade podem deliberar, em cada assembleia-geral ordinária de aprovação das contas do exercício,<br />
a atribuição casuística de prémios de gestão aos administradores, os quais terão por referência os resultados obtidos, podendo ser fi xados percentualmente<br />
sobre os resultados líquidos do exercício e só serão entregues após a afectação dos montantes necessários à constituição ou reforço<br />
das reservas legais ou contratuais.<br />
Seguindo uma política de contenção, desde 2005 que não são atribuídos prémios de gestão aos administradores e a última actualização da remuneração<br />
fi xa dos administradores com funções executivas e dos membros do órgão de fi scalização foi feita em 1 de Maio de 2008.<br />
Não existe qualquer tipo de plano de atribuições de acções ou de opções de aquisição de acções por parte dos membros dos órgãos de administração<br />
e de fi scalização.<br />
Da mesma forma, não houve qualquer remuneração paga sob a forma de participação nos lucros, bem como qualquer indemnização paga a exadministradores,<br />
executivos ou não executivos, relativamente à cessação das suas funções, não existindo qualquer tipo de acordo ou política defi nida<br />
quanto aos termos de eventuais compensações a pagar a administradores da sociedade nestes casos.<br />
Não existe também nenhum regime complementar de pensões ou de reformas para os administradores da sociedade.<br />
Os administradores não auferem, a título de remuneração, qualquer benefício não pecuniário relevante.<br />
Pelo facto dos membros não executivos do Conselho de Administração não terem responsabilidades na operacionalização das estratégias defi nidas,<br />
não são remunerados.<br />
As remunerações atribuídas durante o exercício de 2009 são conforme segue:<br />
NOTA 10 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS<br />
O valor desta rubrica é composto por:<br />
A rubrica “Outros custos” inclui os encargos incorridos com serviços externos.<br />
A rubrica de Gastos Gerais Administrativos apresentou um crescimento de 220.009 € em 2008, para 877.817 € em 2009. Esta evolução deve-se,<br />
essencialmente: (i) à rubrica de Consultores e auditores externos, que engloba os custos de consultoria para avaliação dos projectos do FIEAE, e (ii)<br />
Avaliadores externos, que contempla em 2009 as avaliações dos imóveis do FIEAE.<br />
NOTA 11 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS<br />
A rubrica de caixa apresenta em 31 de Dezembro de 2009 um saldo de € 410,00 sendo que a 31 de Dezembro de 2008 apresentava um saldo<br />
de € 250,00.<br />
NOTA 12 – DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO<br />
Esta rubrica, a 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, é analisada como se segue:<br />
NOTA 14 – APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO<br />
Esta rubrica no fi nal do exercício de 2009 é analisada como se segue:<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Outros proveitos operacionais<br />
Outros ganhos e rendimentos operacionais 116.491 2.979<br />
Outros custos operacionais<br />
116.491 2.979<br />
Impostos indirectos 358 79<br />
Impostos directos 470 940<br />
828 1.019<br />
TOTAL 115.663 1.960<br />
Remunerações €<br />
Fixa Variável<br />
Conselho de Administração<br />
- Presidente (TP, ip) - -<br />
- Vogal em nome próprio - -<br />
- Presidente da Comissão Executiva em nome próprio - -<br />
- Vogal Executivo em nome próprio 62.284<br />
- Vogal Executivo em nome próprio 62.305<br />
- Vogal Executivo (CGD, S.A.) - -<br />
- Vogal Executivo (BES, S.A.) 20.585 -<br />
145.174 -<br />
Conselho Fiscal<br />
- Presidente em nome próprio 5.894 -<br />
- Vogal em nome próprio 5.409 -<br />
11.303 -<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Água, energia e combustíveis 6.458 4.357<br />
Material de consumo corrente 8.817 5.677<br />
Publicidade e publicações 28.795 3.868<br />
Material de Higiene e Limpeza 281 118<br />
Outros Fornecimentos 724 32<br />
Rendas e alugueres 17.909 9.438<br />
Comunicações e expedição 10.695 6.853<br />
Deslocações e representação 26.078 15.639<br />
Conservação e reparação 20.718 17.935<br />
Transportes 144<br />
Formação de Pessoal 1.720 1.073<br />
Seguros 4.506 4.886<br />
Avenças e honorários 75.440 40.612<br />
Judiciais, contencioso e notariado<br />
Outros serviços especializados<br />
1.138 4.426<br />
Consultores e auditores externos 439.140 3.319<br />
Avaliadores externos 193.213 52.672<br />
Criação/Registo Marca 2.640<br />
Serviço BPnet 1.272 723<br />
CGD Cargo de Vogal de CA<br />
Outros serviços de terceiros<br />
23.134 20.839<br />
Arquivo e Depósito 802 557<br />
Contabilidade 7.644 12.074<br />
Controlo Interno 4.200 2.423<br />
Outros custos 4.989 9.847<br />
TOTAL 877.817 220.009<br />
(€)<br />
31-12-2009 31-12-2008<br />
Depósitos à ordem 34.648 6.902<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Aplicações em inst. de crédito no país<br />
Depósitos a prazo 900.000 950.000<br />
Juros 26.489 2.500<br />
926.489 952.500<br />
As aplicações sobre instituições de crédito dizem respeito a depósitos a prazo com vencimento entre 3 meses a 1 ano, a taxas correntes de mercado.
Este suplemento faz parte integrante do Diário <strong>Económico</strong> Nº 4880 não<br />
pode ser vendido separadamente | 29 Abril 2010<br />
INOVAÇÃO<br />
&TECNOLOGIA<br />
Gadget<br />
Samsung<br />
lança o E60,<br />
oprimeiro<br />
‘e-reader’ para<br />
Portugal.<br />
P. IV<br />
Katty Xiomara<br />
Criadora de<br />
moda quer um<br />
‘desktop’ táctil<br />
(e não vive<br />
sem iPhone).<br />
P. VII<br />
4G<br />
Eles já trabalham na<br />
futura geração móvel<br />
Motorola, Cisco e Alcatel-Lucent são três das empresas que estão a desenvolver<br />
a tecnologia LTE que deve chegar ao mercado em 2011. Saiba tudo o que vai mudar.<br />
P. II<br />
Como dois arquitectos<br />
reinventaram as caixas do Ikea<br />
Os portugueses Diogo Aguiar e Teresa Otto transformaram 420 caixas de plástico num bar.<br />
A ideia inovadora está a ter destaque na imprensa internacional. P. VII
II<br />
INOVAÇÃO&TECNOLOGIA HOME PAGE<br />
Redes móveis<br />
àvelocidadedaluz<br />
chegam em 2011<br />
Chamam-lhe LTE ou 4ª geração móvel. O que traz de novo? Velocidades<br />
de dados mais rápidas e novos serviços para telemóveis, PC e televisão.<br />
Dentro de dois anos, vai<br />
ser possível ver no telemóvel<br />
um vídeo do Youtube<br />
sem falhas, fazer o<br />
‘download’ de um filme<br />
em cerca de um minuto<br />
e ter Mobile TV em<br />
tempo real. É esta a utopia<br />
do Long Term Evolution (LTE ), que já está<br />
em fase de testes e que deverá substituir, em<br />
breve,aactualredemóvel3G(3ªgeração).<br />
Fabricantes e operadores de telecomunicações<br />
têm-se desdobrado em parcerias e testes-piloto,<br />
num esforço de implementação<br />
desta tecnologia. Apesar dos avanços, e tecnicismos<br />
à parte, para o consumidor final ainda<br />
não é claro quais as vantagens que esta evolução<br />
pode trazer. “As aplicações que mais vão<br />
beneficiarcomoLTEsãoasligadasàtransmissão<br />
de grande quantidade de informação,<br />
como o vídeo”, e ainda a partilha de redes sociais,dizAlexandreRodrigues,directordaMotorola<br />
Portugal, ao Diário <strong>Económico</strong>. Para a<br />
fabricante, o LTE já é uma realidade em mercadoscomoaÁsiaouoMédioOriente.<br />
Além dos dispositivos pessoais para o utilizador<br />
– como o telemóvel, computador e televisão–oLTEvaipermitiràsredesmóveispraticamente<br />
o mesmo que a fibra óptica permite<br />
à rede fixa: telemedicina, sistemas de telepresença,<br />
monitorização remota de casa, controlo<br />
dos sistemas de segurança própria e uma<br />
nova forma de lidar com o entretenimento e a<br />
Internet. Em Portugal a Anacom, regulador<br />
das telecomunicações, ainda não regulou as<br />
frequências para o LTE, algo que deverá acontecer<br />
no final deste ano. A expectativa de Alexandre<br />
Rodrigues é que a implementação, nos<br />
paíseseuropeus,aconteçasóem2011.<br />
Também a Cisco já está a realizar testes com<br />
dez operadores em todo o mundo. “É expectável<br />
que surjam novos conceitos de equipamentosmóveisqueconjuguemaimplementaçãode<br />
uma aplicação específica com novas capacidades<br />
de comunicação sem fios”, diz Vírginia Teixeira,<br />
engenheira electrotécnica da Cisco. Telemóveis,PDA,PC,consolasdejogose‘e-readers’<br />
sãoalgunsdosequipamentosquevãoconhecer<br />
novos horizontes com o LTE. Contudo, a mas-<br />
1.Oqueéo‘LongTerm<br />
Evolution’ (LTE)?<br />
O ‘Long Term Evolution’ (em português,<br />
Evolução a Longo Prazo) é uma tecnologia<br />
móvel, também conhecida como 4G, de elevada<br />
performance. Ou seja, permite velocidades<br />
mais rápidas e uma maior capacidade<br />
da rede móvel. As velocidades atingem<br />
um máximo de 326 MB no ‘download’ (transferência<br />
de dados de um servidor para um<br />
PC ou MP3) e 86 no ‘upload’ (transferência<br />
de dados de um PC para um servidor).<br />
Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 29.04.2010<br />
Oquefaz<br />
hoje...<br />
com 3G<br />
- ‘High-definition’ (HD)<br />
em separado para<br />
cada televisão.<br />
- ‘Streaming’ (forma de<br />
distribuir informação<br />
multimédia em rede)<br />
no telemóvel com<br />
‘delay’ (atraso de<br />
alguns segundos).<br />
- Telepresença ou<br />
telemedicina na rede fixa.<br />
- 1 hora para fazer<br />
download’ de 1 GB<br />
- ‘Upload’ de uma<br />
fotografia com 2MB<br />
em 11 segundos.<br />
...efaráa<br />
partir de 2011<br />
com LTE<br />
- Transmissão de<br />
três vídeos de HD<br />
para uma televisão.<br />
- 3D e televisão no móvel<br />
com ‘streaming’ em<br />
tempo real.<br />
-Visualizaçãodevídeos<br />
e ‘download’ de ficheiros<br />
no carro.<br />
- Telepresença ou<br />
telemedicina<br />
na rede móvel.<br />
- Cerca de dois minutos<br />
para fazer ‘download’<br />
de 1 GB.<br />
- ‘Upload’ de uma<br />
fotografia de 2MB em<br />
menos de um segundo.<br />
2. O que diferencia<br />
esta tecnologia do 3G?<br />
O LTE será a tecnologia do futuro<br />
para as redes móveis. Uma maior<br />
velocidade, rapidez e eficiência<br />
do espectro vão permitir responder<br />
ao crescimento de tráfego de dados<br />
previsto. O facto de suportar diversas<br />
larguras de banda tem especial<br />
importância numa altura em que<br />
a banda larga móvel tem tido<br />
um crescimento exponencial.<br />
sificação da tecnologia vai depender da “disponibilização<br />
e qualidade dos terminais móveis”.<br />
António Beato Teixeira, presidente da Alcatel-Lucent<br />
Portugal, garante que “como estaremos<br />
equipados com alta velocidade, em modo<br />
móvel e com o aumento da qualidade dos ecrãs,<br />
vamos poder fazer dos conteúdos, texto, imagens,sonsevídeosaquiloquenosapetecer,sem<br />
esforçonemespecializaçãotécnica”.<br />
Econcretizaestanovarealidade:“vaipermitir<br />
que olhemos para a fachada de um museu<br />
numa cidade e consultar imediatamente quais<br />
as obras mais importantes, os horários, ter<br />
acesso a uma visita virtual ou comprar um bilhete”.<br />
O responsável destaca ainda, fora das<br />
comunicações móveis, o ‘connected car’ (carro<br />
com Internet): “possui capacidades inovadoras<br />
ao nível do entretenimento, informação e serviços<br />
de segurança, controlo da domótica do<br />
lar, navegação por GPS e monitorização do estadodoveículoedasestradas.”<br />
A demonstração foi feita em Aveiro, na passadasemana,emparceriacomaTMN.Aoperadora<br />
anunciou que estava a fazer testes do LTE<br />
em ambiente real e que os clientes já poderão<br />
aceder a conteúdos 3D no telemóvel, no PC ou<br />
na televisão. Fonte oficial da Optimus diz que<br />
ainda este ano dará início aos testes. “Com o<br />
LTE os utilizadores vão sentir menos latência<br />
(segundos que uma página demora a abrir) e<br />
qualidadedeserviçomaiscontrolada”.<br />
Também os dados vão passar a circular<br />
num volume muito maior. Se hoje acedemos à<br />
Internet, ao e-mail e a redes sociais através do<br />
telemóvel com o LTE poderemos fazê-lo com<br />
uma rapidez semelhante à do computador.<br />
“A tecnologia LTE será a base de suporte<br />
para serviços de dados e aplicações mais ricas<br />
e mais interactivas”, diz fonte oficial da Vodafone,<br />
que defende que “um dos factores que<br />
condiciona o lançamento desta tecnologia<br />
num período mais curto é a disponibilização<br />
do mercado de equipamentos que a suportem”.<br />
A empresa já começou os testes há vários<br />
meses e garante que “caso estejam reunidas<br />
as condições regulatórias e tecnológicas<br />
consideramos possível que os serviços possam<br />
ser comercialmente lançados dentro de<br />
um a dois anos”. Por Cátia Simões<br />
Long Term Evolution… em versão descomplicada<br />
3. Quando entrará<br />
na fase comercial?<br />
Os especialistas acreditam que esta<br />
tecnologia arrancará em força já em<br />
2011. Até agora as operadoras, como<br />
a TMN e a Vodafone, têm avançado<br />
com testes-piloto. A primeira foi a<br />
escandinava Telia Sonera, 14 de<br />
Dezembro de 2009 nas cidades de<br />
Estocolmo e Oslo. E a Samsung já criou<br />
um telemóvel que opera as duas redes<br />
em simultâneo.
HOME PAGE INOVAÇÃO&TECNOLOGIA III<br />
Paulo Alexandre Coelho Paula Nunes<br />
Alexandre<br />
Rodrigues<br />
MOTOROLA<br />
“LTE para o consumidor<br />
final significa a<br />
possibilidade de receber e<br />
transmitir mais conteúdos<br />
quando e onde quiser.”<br />
Virgínia Teixeira<br />
CISCO<br />
“Há uma maior facilidade<br />
na utilização dos<br />
terminais. Podemos passar<br />
de um serviço de um<br />
terminal para o outro sem<br />
precisar de interromper a<br />
aplicação e podem surgir<br />
novas aplicações que até<br />
agora não resultariam.”<br />
António Beato<br />
Teixeira<br />
ALCATEL-LUCENT<br />
“Ver vídeo em alta<br />
definição ou 3D passa<br />
a ser possível e isso vai<br />
trazer benefícios para<br />
o cidadão na informação,<br />
entretenimento e trabalho,<br />
no apoio médico remoto<br />
ou aulas com vídeo<br />
conferência.”<br />
Quinta-Feira – 29.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>
IV<br />
INOVAÇÃO&TECNOLOGIA MENU<br />
Páre, sente-se<br />
e ‘ligue’ um livro<br />
A Samsung lança em Junho o primeiro ‘e-reader’ em Portugal.<br />
A Editora Babel vai disponibilizar livros em formato digital.<br />
Quem gosta de livros já<br />
deve ter experimentado<br />
ler um exemplar num ‘ereader’<br />
(leitor digital).<br />
Dizem os especialistas<br />
que a leitura de um livro<br />
em formato digital ainda<br />
não é consensual: ou se<br />
odeia ou se adora. Mas a verdade é que a moda<br />
dos ‘e-books’ está a chegar a Portugal e os fabricantes<br />
de electrónica de consumo já começaramarevelarosseustrunfos.<br />
A Samsung Electrónica Portuguesa lança<br />
emJunhooE60,oprimeiro‘e-reader’damarca<br />
a chegar ao mercado português. Com um ecrã<br />
táctil de 6 polegadas, a Samsung garante que o<br />
visor é iluminado como se fosse luz natural, o<br />
que lhe dá uma aparência semelhante à do papel<br />
impresso ao mesmo tempo que protege os<br />
olhos. Além disso, o ‘e-reader’ da Samsung consome<br />
pouca energia, o que significa que quatro<br />
horas de carga dão para uma semana de utilização,<br />
dependendo sempre do uso diário.<br />
Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 29.04.2010<br />
PARA E-BOOKS<br />
EM PORTUGUÊS<br />
Biblioteca Nacional<br />
Digital permite o acesso<br />
gratuito à cópia digital de<br />
15 mil livros, publicações<br />
periódicas e outros.<br />
Projecto Gutenberg,<br />
criado em 1971, é a mais<br />
antiga biblioteca digital.<br />
Conta com 30 mil livros.<br />
European é conhecida<br />
como a biblioteca digital<br />
da UE. O projecto iniciouse<br />
com cerca de 2 milhões<br />
de livros.<br />
Google Books é outro<br />
arquivo digital de obras e<br />
textos.<br />
WikiSource tem perto 85<br />
mil textos em português<br />
que podem ser descarregadas<br />
em formato PDF.<br />
Para incentivar as vendas, a Samsung fez uma<br />
parceria com a editora Babel para disponibilizarconteúdosparao‘e-reader’.Quemcomprar<br />
o E60 terá acesso privilegiado aos mais recentes<br />
títulos desta editora, bastando para tal acederemaoservidoreadquirirolivro.<br />
Além disso, o Samsung E60 permite escrever<br />
directamente no visor, assinalar as selecções<br />
de leitura, calendários e notas de agenda<br />
com uma caneta electromagnética. Para Paulo<br />
Costa, director de vendas da unidade de negócio<br />
de IS da Samsung, “o livro em papel nunca<br />
irá acabar, nem é isso que pretendemos ao disponibilizarmos<br />
este equipamento. Pretendemos,issosim,tornaraleituraacessívelatodose<br />
em qualquer lugar.” Mas este ‘e-reader’ tem alguns<br />
concorrentes de peso. A Amazon. que lançou<br />
o Kindle. está a investir na plataforma que<br />
permite carregar conteúdos em diversas línguas,<br />
incluindo em português. Também a Sony<br />
está na corrida e o seu e-reader PRS-600 Reader<br />
Touch Edition já está à venda na loja online<br />
www.pixmaina.com/pt. Por SaraPiteiraMota<br />
CONCORRENTES<br />
Amazon Kindle<br />
O‘e-reader’daAmazonfoioprimeiroa<br />
surgir no mercado. A última versão, o<br />
DX, tem um ecrã de 9,7 polegadas e<br />
rede ‘wireless’. A Amazon já disponibilizaoequipamentoparaterritórionacional<br />
e alguns livros em português.<br />
Também será possível aceder, em breve,<br />
a jornais e revistas nacionais.<br />
PVP: a partir de € 190<br />
Sony PRS-600<br />
Com um ecrã sensível ao toque de<br />
seis polegadas tem capacidade para<br />
armazenar até 350 livros. A bateria<br />
tem autonomia para cerca de duas<br />
semanas e tem como mais-valia o<br />
facto de permitir fazer anotações à<br />
margem.<br />
PVP: sob consulta<br />
7 560 Éonúmerodeutilizadoresqueosis-<br />
Éonúmerodeequipamentoselectrónicosque<br />
cadaportuguêscomprou,emmédia,em2009.<br />
temaSkypetemnomundointeiro.
Este suplemento faz parte integrante do Diário <strong>Económico</strong> n.º 4880 e não pode ser vendido separadamente<br />
PROJECTOS<br />
ESPECIAIS<br />
29 de Abril de 2010<br />
NOVAS ENERGIAS Luke<br />
De onde virá<br />
a energia<br />
do futuro?<br />
● Conheça as tecnologias<br />
que estão em investigação<br />
● São as energias renováveis<br />
amigas do ambiente?<br />
● Licenciamentos em Portugal são<br />
os mais lentos da União Europeia<br />
MacGregor/Reuters
II Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
DESTAQUE<br />
NOVAS<br />
ENERGIAS<br />
DE<br />
José Manuel Perdigoto<br />
Director-Geral<br />
Direcção-Geral da Energia e Geologia<br />
“A alteração à<br />
legislação está a ser<br />
feita com o objectivo<br />
de um mercado<br />
mais flexível.<br />
Não pode haver um<br />
estrangulamento<br />
à criatividade.”<br />
Paulo Ferrão<br />
Director Geral MIT Portugal<br />
“Há poucos<br />
incentivos para as<br />
empresas investirem<br />
na investigação em<br />
energias renováveis.<br />
Projectos como<br />
o InovGrid são<br />
importantes para<br />
para chamar as<br />
empresas para junto<br />
das universidades.”<br />
ENERGIA<br />
INOVADORA<br />
“NÃO PODE HAVER um estrangulamento à criatividade<br />
nas energias renováveis”, afirma o director da DGEG.<br />
Irina Marcelino<br />
irina.marcelino@economico.pt<br />
De um processo de produção quase directo,<br />
que só tinha de ir da central para a rede e da<br />
rede para a casa dos consumidores, o futuro da<br />
produção de energia vai ser muito mais complexo.<br />
A electricidade, que surge em nossa casa<br />
sem pensarmos de onde vem, assim como os<br />
sistemas de aquecimento e arrefecimento, virão<br />
de muitas mais fontes: do vento (do meio do<br />
mar), do sol, do rio, do oceano, da madeira e até<br />
do lixo. Os nossos carros serão, um dia, eléctricos,<br />
usarão biocombustível ou andarão com recurso<br />
ao hidrogénio. Mas para que esse dia chegue,<br />
ainda há muitas coisas que têm de ser acertadas.<br />
E se, durante anos, nada ou quase nada se investiu<br />
em novas tecnologias, esquecidas à conta<br />
dos baixos preços dos combustíveis fósseis - há,<br />
no entanto, quem ainda discuta o fim do petróleo<br />
- , hoje as empresas e governos correm para<br />
descobrir a tecnologia ou o combustível mais<br />
completo. Mas não só. Futuramente terão de se<br />
desenvolver novas formas de ligação, armazenamento<br />
e distribuição de energia. E os próprios<br />
consumidores terão possibilidade de controlar<br />
toda a energia que consomem. Aliás, já<br />
começam a ter.<br />
A EDP Inovação, por exemplo, lançou um projecto<br />
neste sentido, o InovGrid (ver página 4<br />
deste suplemento), que visa dotar a rede eléctrica<br />
de informação e equipamentos capazes<br />
de automatizar a gestão das redes, melhorar a<br />
qualidade de serviço, diminuir os custos de<br />
operação e, principalmente, promover a eficiência.<br />
“Antes de pensar na geração de energia,<br />
teremos de colocar um enorme foco na<br />
eficiência energética”, afirmou fonte oficial da<br />
EDP Inovação ao Diário <strong>Económico</strong>. A empresa<br />
do Grupo EDP está, actualmente, envolvida<br />
em vários projectos de inovação em parceria<br />
com os segmentos de inovação de várias áreas<br />
de negócio do Grupo EDP. Grupo que, aliás,<br />
investiu em 2009 qualquer coisa como 41 milhões<br />
de euros em I&D. Entre os projectos está<br />
o Ondas de Portugal - cuja Companhia de<br />
Energia Oceânica foi adquirida pela EDP e<br />
pela Efacec, tendo uma infraestrutura montada<br />
em Aguçadoura - o projecto WindFloat,<br />
que tem em investigação projectos de eólicas<br />
‘offshore’, o Centro Demonstração CPV (tecnologiasdefotovoltaicoconcetrado),ojáreferido<br />
InovGrid e ainda o projecto de rede de<br />
carregamento de veículos eléctricos, um tema<br />
que, acredita a empresa, será “um vector de<br />
crescimento da EDP”. Até porque os próprios<br />
carros serão um factor de estabilidade para a<br />
PRIORIDADES NA INVESTIGAÇÃO<br />
■ A construção de eólicas nas<br />
cidades, as eólicas ‘offshore’,<br />
adaptação das torres eólicas ao meio<br />
ambiente, as células fotovoltaicas, as<br />
pilhas de combustível, o hidrogénio, o<br />
bioetanol ou o combustível feito a<br />
partir de algas, os veículos eléctricos,<br />
a energia das ondas. Além do<br />
software de gestão de sistemas que<br />
integração todas estas energias.<br />
Estas são algumas das tendências<br />
que marcarão o futuro da<br />
investigação no sector energético,<br />
que se quer mais amigo do ambiente<br />
e menos dependente dos<br />
combustíveisfósseis.Éoquedefende<br />
o ‘Research Prioritiies for Renewable<br />
Energy Technology by 2020<br />
and beyond’, feito pela EUREC,<br />
associação europeia<br />
de investigadores científicos<br />
em energias. I.M.<br />
rede, através do conceito V2G: os veículos<br />
compram energia à rede quando necessitam<br />
ou está barata e vendem-na quando não precisam<br />
ou esta está mais cara.<br />
Mas há muito mais inovação em Portugal. Quer<br />
nas empresas, quer nas universidades. Paulo<br />
Ferrão, director do MIT Portugal, lembra alguns<br />
casos de empresas e projectos inovadores<br />
na área da energia, nomeadamente da Efacec,da<br />
empresa Bruno Janz, o ISA e o próprio<br />
InovGrid, “importante para para chamar as empresas<br />
para junto das universidades.”<br />
No que respeita precisamente às universidades,<br />
Paulo Ferrão afirma existirem muitos casos de<br />
investigação em nichos ligados às renováveis. E<br />
acredita que Portugal terá algo a dizer no desenvolvimento<br />
de equipamentos, nomeadamente<br />
para as eólicas ‘offshore’ ou na energia fotovoltaica.<br />
Já Gustavo Fernandes, da Martifer Solar, destaca<br />
a importância da energia fotovoltaica: “Portugal<br />
tem excelente potencial”, referiu, também<br />
na conferência do Diário <strong>Económico</strong>, acrescentando:<br />
“Há centenas, senão milhares, de investigadores<br />
a trabalhar nesta área.”<br />
Teresa Ponce de Leão, presidente do Laboratório<br />
Nacional de Energia e Geologia (LNEG, o<br />
ex-INETI) afirma no entanto que “é um facto<br />
de que toda a investigação, mesmo a nível europeu,<br />
é pequena face às necessidades.”<br />
A Comissão Europeia já começou, entretanto, a<br />
incentivar as redes de conhecimento e trabalho<br />
conjunto, como é o caso da European Energy<br />
Research Alliance ou as European Industrial<br />
Initiatives, “que dependendo da maturidade<br />
tecnológica podem assumir o padrão de parcerias<br />
publico-privados ou programação conjunta<br />
a ser financiada parcialmente pela comissão”,<br />
recorda a responsável, que afirma ainda que<br />
Portugal seguiu a onda, criando pólos de competitividade<br />
e ‘clusters’ tecnológicos.<br />
E para potenciar a investigação, brevemente<br />
em Portugal será feita uma alteração à legislação<br />
com o objectivo de se ter um mercado<br />
mais flexível que permita o acesso a potências<br />
mais baixas por tecnologias inovadoras, disse,<br />
na semana passada, José Manuel Perdigoto, director<br />
geral da Direcção Geral de Energia e<br />
Geologia, na conferência Energias Renováveis,<br />
realizada pelo Diário <strong>Económico</strong>. “Não<br />
pode haver um estrangulamento à criatividade,<br />
tal como existe hoje”, afirmou, lembrando<br />
que é “necessário um sistema mais flexível,<br />
nomeadamente a atribuição de potência para<br />
as novas tecnologias.”<br />
Quanto a apoios financeiros para a investigação,<br />
José Manuel Perdigoto afirmou esta a preparar-se<br />
algumas linhas. E descartou quem critica<br />
o apoio público que é dado às renováveis:<br />
“todas as tecnologias que se lançam têm de ser<br />
incentivadas. O gás natural, quando foi lançado,<br />
foi financiado em termos de infraestruturas. O<br />
incentivo é necessário. É preciso perceber que<br />
vai haver retorno a médio-longo prazo.” Para o<br />
responsável, porém, é certo que, um dia, o apoio<br />
findará. E que os preços junto do consumidor<br />
final irão aumentar. “É nesse cenário que as tecnologias<br />
se tornarão rentáveis”, destacou.<br />
Uma coisa é certa: o paradigma energético, intensificado<br />
pela finitude dos hidrocarbonetos e<br />
os problemas ambientais, mudou. ■<br />
1<br />
3<br />
4
2<br />
OLIXODEREGRESSOASUACASA<br />
É mesmo assim: o lixo sai de sua casa para<br />
um dia voltar, através de uma lâmpada.<br />
Tudo porque a central incineradora Valorsul,<br />
em São João da Talha, transforma parte<br />
do lixo que queima em energia. E muita. São<br />
normalmente produzidos diariamente 1150<br />
MWh. No entanto, são exportados apenas<br />
1000 MWh, que daria para iluminar uma<br />
cidade com 100 mil habitantes. A diferença<br />
entre a energia produzida e a exportada<br />
corresponde à energia para consumo<br />
da própria Valorsul. Em 2009, a central<br />
de tratamento de resíduos sólidos urbanos<br />
produziu 343GWh, tendo injectado para<br />
a rede nacional 294 Gwh. Em breve,<br />
a Valorsul receberá o lixo de mais<br />
15 concelhos (19 no total).<br />
1. O lixo chega e é deitado num poço. Uma<br />
garra metálica pega nele e deita-o no forno;<br />
2. A sala de controlo da garra metálica;<br />
3. A luz que sai do forno onde o lixo está<br />
a ser queimado reflecte -se na cara<br />
de um colaborador;<br />
4. É nesta sala que o forno é controlado.<br />
Fotos: Ana Brígida<br />
ENTREVISTA<br />
TERESA PONCE DE LEÃO,<br />
Presidente do Laboratório<br />
Nacional de Energia e Geologia<br />
“Esperam-se<br />
grandes<br />
desenvolvimentos<br />
na eólica ‘offshore’”<br />
Há quanto tempo se devia ter começado a investigar<br />
tecnologias de produção de energia limpa<br />
para que hoje se usasse só este tipo de energia?<br />
Há muita incerteza e muitas variáveis neste<br />
processo de maximização da exploração das<br />
energias limpas que não permitem quantificar<br />
com exactidão quanto tempo se deveria ter dedicado<br />
à investigação. Mas estes desafios de<br />
longo prazo implicam estratégias de longo prazo<br />
que têm que ser sustentáveis e a aposta na<br />
capacitação tecnológica tem que seguir os padrões<br />
da sustentabilidade. Há inúmeros factores<br />
com implicações directas na valia das tecnologias,<br />
em particular com a análise de ciclo de<br />
vida, isto é, quanto custa uma tecnologia em<br />
termos económicos, sociais e ambientais desde<br />
o início, à produção da tecnologia, o seu fabrico,<br />
manutenção e até ao seu fim de vida.<br />
Quais são as cinco tecnologias actualmente em<br />
investigação em que deposita as suas esperanças?<br />
Aqui também não se deve falar de tecnologias<br />
isoladas, mas a curto prazo esperam-se grandes<br />
desenvolvimentos na eólica ‘offshore’, nas tecnologias<br />
do solar concentrado (térmico e fotovoltaico),<br />
novas técnicas de estimação de potencial<br />
de vento, geotermia estimulada e novas<br />
técnicas de estimação de potencial geotérmico<br />
e sua exploração, bio-energia e não consumo<br />
(redução das necessidades de consumo para<br />
igual conforto - ‘smart cities’).<br />
Pode dar exemplos portugueses de investigações<br />
a decorrer?<br />
T.Urban - microturbina eólica para ambiente urbano,<br />
bio-refinarias, novas baterias e ‘fuel cells’,<br />
novas técnicas de estimação do potencial geotérmico,<br />
integração de renováveis na rede eléctrica<br />
incluindo exploração dos veículos eléctricos<br />
como fonte de armazenamento de energia.<br />
Quais são os problemas com que ainda se debatem<br />
?<br />
As renováveis em geral têm uma enorme incerteza<br />
associada ao recurso natural. Em particular<br />
a energia do vento é aquela que, pelas suas característica<br />
e potencial instalado, coloca mais<br />
problemas em termos de garantia de produção,<br />
sem provocar falhas de abastecimento nem reduzir<br />
os padrões mínimos de segurança de funcionamento<br />
das redes eléctricas. As tecnologias<br />
de armazenamento seja conseguido através de<br />
bombagem de água para albufeiras, seja através<br />
de armazenamento térmico sobre a forma de<br />
vapor ou de novos materiais são fundamentais<br />
e uma área onde as instituições de investigação<br />
devem apostar.<br />
O nível de aposta em novas tecnologias é suficiente<br />
em Portugal? Porquê?<br />
O governo português aposta nesse rumos e tem<br />
sido pelo facto reconhecido internacionalmente.<br />
Está dependente da evolução tecnológica mas podemos<br />
dizer que o esforço é muito ambicioso.<br />
Quanto canaliza o LNEG para a investigação?<br />
A actividade do LNEG é investigar em<br />
energia e geologia para a sustentabilidade.<br />
O nosso orçamento de funcionamento, que<br />
financia a actividade foi em 2009 de 11milhões<br />
de euros que representam os custos<br />
directos. A este montante acresce 16,5 milhões<br />
de euros de salários dos investigadores<br />
e funcionários para apoio à investigação.<br />
■ I.M.<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> III
IV Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
Vitor Vieira, da AlgaFuel, já ganhou vários prémios de inovação, entre os quais o Prémio Europeu de<br />
Inovação 2009, com a Secil.<br />
Hidrogénio<br />
discutido em<br />
Torres Vedras<br />
■ Apesar das grande<br />
evolução recente, o<br />
hidrogénio ainda não é<br />
consensual. “O impacto<br />
ambiental depende da fonte<br />
que é usada para produzir<br />
hidrogénio”, destaca um<br />
estudodaEUREC.Em<br />
Portugal já há projectos a<br />
ser desenvolvidos com<br />
hidrogénio, nomeadamente<br />
pelo Instituto Superior<br />
Técnico, cujo protótipo<br />
automóvel consegiu<br />
percorrer 1257km com 1 litro<br />
de hidrogénio na Shell Eco<br />
Marathon de 2009. Este<br />
protótipo irá estar, aliás, na<br />
conferência “Hidrogénio e<br />
Sustentabilidade”, a realizar<br />
em Torres Vedras nos dias<br />
29 e 30 de Abril.<br />
Especialistas nacionais e<br />
mundiais estarão presentes<br />
para falar. E será discutido o<br />
papel que s regiões, os<br />
municípios, as pequenas<br />
comunidades têm nesta<br />
alteração de modelo.O<br />
programa tota está em<br />
http://h2ecocommunity.com<br />
/Programa.aspx.<br />
Energia<br />
inteligente<br />
em Évora<br />
Évora tornou-se na primeirda cidade portuguesa<br />
a aderir ao projecto Inovcity, mas não será a<br />
única. Desde o dia 6 de Abril que mais de 30 mil<br />
clientes de Baixa Tensão (entre clientes domésticos,<br />
pequeno comércio e indústria) vão produzir<br />
e distribuir electricidade.<br />
“Uma verdadeira revolução no modo como as<br />
pessoas têm acesso à energia”, afirmou, na apresentação<br />
do Inovgrid, o CEO da EDP, António<br />
Mexia. “As redes chamadas inteligentes têm um<br />
impacto decisivo não só na sua gestão própria<br />
com maior eficácia, mas também naquilo que é<br />
a capacidade de oferecer novos serviços às pessoas”.<br />
O secretário de Estado da Energia e Inovação,<br />
Carlos Zorrinho, afirmou, por outro lado,<br />
que o projecto “vai permitir aos fornecedores<br />
perceberem qual o tipo de consumo dos seus<br />
utilizadores.”<br />
O projecto InovGrid, desenvolvido pela EDP<br />
Distribuição, com o apoio de parceiros nacionais<br />
de produção industrial, de tecnologia e investigação<br />
como a EDP Inovação, a Lógica, o Inesc Porto,<br />
a Efacec a Janz e a Contar, quer “repensar toda<br />
a arquitectura de controlo da rede de distribuição<br />
eléctrica”, transformando-a num ‘enabler’<br />
para o crescimento da quota das energias renováveis,<br />
transformando-a numa rede ‘peer-topeer’,<br />
mais descentralizado, como explicou ao<br />
Diário <strong>Económico</strong> fonte oficial da EDP Inovação.<br />
O aparelho que substitui o velho contador chama-se<br />
Energy Box, ou Terminal Inteligente de<br />
Rede, e através dele será possível contar a energia<br />
consumida e a energia produzida que será<br />
vendida à rede. Este contador permitirá ainda<br />
aceder à informação sobre o consumo e corrigir<br />
hábitos menos eficientes.<br />
Évora é, assim, e segundo o CEO da EDP, António<br />
Mexia, “uma experiência única a nível europeu”<br />
na implementação do conceito que a EDP<br />
está a preparar enquanto líder de um consórcio.<br />
A troca dos contadores tradicionais não teve<br />
custos para os consumidores e o objectivo é<br />
que, em 2020, metade das casas portuguesas estejam<br />
equipadas com contadores inteligentes<br />
de electricidade. ■I.M.<br />
Biocombustível<br />
feito com<br />
microalgas<br />
Vencedora do Prémio Europeu de Inovação<br />
Ambiental no passado mês de Dezembro, a AlgaFuel<br />
é uma empresa portuguesa de bioengenharia<br />
que começou num laboratório de universidade<br />
há 12 anos.<br />
Hoje, as “soluções tecnológicas” baseadas em<br />
microalgas desenvolvidas por si servem empresas<br />
de vários quadrantes e com várias necessidades<br />
específicas.<br />
Vitor Verdelho Vieira, CDO da AlgaFuel, explicou<br />
ao Diário <strong>Económico</strong> da seguinte forma o<br />
que faz a AlgaFuel: ”a A4F AlgaFuel é uma empresa<br />
de bioengenharia na área da produção de<br />
microalgas, desenvolvendo soluções específicas<br />
para grandes clientes”. Tal é o caso da cimenteira<br />
Secil, “claramente, a nível mundial, a<br />
empresa que detém a tecnologia mais avançada<br />
na área da biotecnologia de bioalgas utilizando<br />
o gás de combustão de uma indústria de cimento”,<br />
tendo, Secil e Algafuel, juntas, ganho o Prémio<br />
Europeu de Inovação Ambiental, em Dezembro<br />
de 2009. Para a AlgaFuel, a Secil é “uma<br />
empresa visionária que entendeu ter no CO2<br />
não um problema mas sim um recurso”, já que o<br />
próprio CO2 é a principal matéria prima para a<br />
produção de microalgas.<br />
As soluções de bioengenharia que a AlgaFuel<br />
desenvolve podem ter vários fins, entre eles os<br />
biocombustíveis. As microalgas, aliás, têm uma<br />
produtividade oito a dez vezes superior aos biocombustíveis<br />
como os que se produzem a partir<br />
da soja ou o girassol, e acumulam duas a três vezes<br />
mais lípidos que qualquer uma das melhores<br />
plantas terrestres. Outra das suas vantagens<br />
é a captura de dióxido de carbono. E a AlgaFuel<br />
tem vários clientes que se preocupam com esta<br />
questão - normalmente provenientes de indústrias<br />
com grandes emissões. .<br />
A AlgaFuel começou por ser um projecto desenvolvido<br />
por empreendedores da Necton.<br />
Fundada em 1997, a Necton teve a sua origem<br />
Escola Superior de Biotecnologia da Universidade<br />
Católica. Desde 2008, e depois de um<br />
‘spin-out’ da empresa-mãe, que são duas empresas<br />
distintas. ■I.M.<br />
Leguminosas<br />
que capturam<br />
CO2<br />
É mais uma inovação portuguesa, com certeza.<br />
Nos anos 70 David Crespo desenvolveu um<br />
sistema de sementes e leguminisase,noanos<br />
90, criou, com os seus filhos, a Fertiprado, hoje<br />
presente em Portugal, Espanha e Itália. Entre<br />
2002 e 2006, o Instituto Superior Técnico,<br />
identificou o potencial do sistema utilizado<br />
pela empresa no âmbito do programa “Extensity<br />
- Sistemas de Gestão Ambiental e de Sustentabilidade<br />
na Agricultura Extensiva.<br />
Ainda em 2006 a EDP tornou-se na primeira empresa<br />
a financiar sequestro de carbono em terrenos<br />
agrícolas, tendo remunerado a empresa agrícola<br />
Terraprima pelo sequestro de 7 mil toneladasporanonoperíodoentre2006e2012naexploração<br />
piloto Quinta da França e em outras<br />
sete explorações distribuídas pelo país, num total<br />
de 1.500 hectares.<br />
Carbono capturado<br />
NoanopassadofoiaprovadopeloFundoPortuguês<br />
de Carbono um projecto submetido<br />
pela Terraprima para instalação de 42 mil hectares<br />
de novas pastagens no país. Este projecto<br />
será responsável pelo sequestro de qualquer<br />
coisa como 910 mil toneladas de CO2 até 2012.<br />
Nele, os agricultores são remunerados pelo<br />
carbono sequestrado, tendo ocorrido, até agoram,<br />
a adesão de mais de 300 agricultores, com<br />
uma área semada de 14 mil hectares,<br />
Se Portugal implementasse 300 mil hectares<br />
destas pastagens, seriam fixadas anualmente 1,5<br />
milhões de toneladas de CO2, da ordem de metade<br />
do défice de Portugal no Protocolo de<br />
Quioto, defende a empresa Terraprimam que<br />
acrescenta: “existem em Portugal mais de um<br />
milhão e meio de hectares onde este sistema<br />
pode ser implementado.”<br />
O processo de sequestro é simples: as pastagens<br />
baseadas em leguminosas servem para aumentar<br />
a matéria orgânica no solo e ajudam a fixar<br />
carbono. “Se retemos mais carbono no solo, retiramos<br />
dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo<br />
para a redução de gases de efeito de<br />
estufa.” ■I.M.<br />
Paula Nunes
PUB
VI Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
De Janeiro a Março de 2010, verificou-se um crescimento da produção de 4% de energia<br />
geotérmica nos Açores. A geotermia representa 18,5% da produção total da empresa<br />
de electricidade dos Açores. Na ilha de São Miguel é superior: ronda os 39%.<br />
Christine Lins,<br />
Secretária Geral do Conselho Europeu<br />
para a Energia Renovável (EREC)<br />
A União Europeia<br />
“tem de acelerar<br />
a sua ambição<br />
e criar um só<br />
mercado energético<br />
europeu baseado<br />
em energias<br />
renováveis”.<br />
“O novo sistema<br />
deverá ser<br />
suportado por um<br />
mercado interno<br />
que funcione bem<br />
e no qual sejam os<br />
investidores, e não<br />
os consumidores,<br />
a estar expostos ao<br />
risco do preço do<br />
combustível.”<br />
Como chegar a um mercado<br />
energético 100% renovável<br />
A TOTALIDADE ou a quase totalidade da electricidade, dos transportes poderá,<br />
um dia, vir de fontes renováveis, diz um estudo apresentado no Parlamento Europeu.<br />
Irina Marcelino<br />
irina.marcelino@economico.pt<br />
E se, em 2050, toda a energia for de origem renovável?<br />
Este foi o exercício feito pela European<br />
Renewable Energy Council (EREC), que apresentou<br />
este mês no Parlamento Europeu o ‘paper’<br />
“Rethinking 2050: A 100% Renewable<br />
Energy for the European Union”. A ser feito<br />
este investimento, dentro de 40 anos as emissões<br />
de gases com efeitos de estufa, como é o<br />
caso do dióxido de carbono (CO2), terá diminuído<br />
qualquer coisa como 90% face a 1990.<br />
Nessa altura, diz também o estudo, a indústria<br />
das energias renováveis empregará na UE 2,7<br />
milhões de pessoas em 2020 e 4,4 milhões em<br />
2030, em comparação às 550 mil pessoas que<br />
(já) empregava em 2009.<br />
O estudo acredita também que a quota de electricidade<br />
proveniente de fontes renováveis será<br />
de 41% em 2050”.<br />
A forma como as energias renováveis irão ser<br />
distribuídas, constituirá uma oportunidade de<br />
transformar o nosso sistema económico e social<br />
num modelo mais rico e mais justo”, disse<br />
Maria da Graça Carvalho, ex-ministra portuguesa,<br />
que apresentou o estudo no Parlamento<br />
Europeu.<br />
Christine Lins, secretária geral da EREC disse,<br />
em entrevista ao Diário <strong>Económico</strong>, que ainda<br />
hoje o sector energético europeu é como no passado:<br />
“centralizado, um sistema eléctrico nacional<br />
com tecnologias antigas e mercados energéticos<br />
pouco desenvolvidos.” E que para chegar<br />
aos objectivos de 2020 a União Europeia “tem de<br />
acelerar a sua ambição e criar um só mercado<br />
energético europeu baseado em energias renováveis”,<br />
além de que deve apostar na conectivi-<br />
dade entre fontes energéticas e na sua eficiência.<br />
A responsável da EREC disse ainda que há muito<br />
investimento a fazer até 2020, nomeadamente<br />
na substituição de centrais térmicas de produção<br />
de eléctrica. “Aproximadamente 330 GW<br />
de nova capacidade energética tem de ser construída<br />
até 2020, o que representa 42% da capacidade<br />
europeia actual”, refere. “O novo sistema<br />
energético deverá ser suportado por um mercado<br />
interno eléctrico que funcione bem e no qual<br />
sejam os investidores, e não os consumidores, a<br />
estar expostos ao carbono e ao risco do preço<br />
do combustível.”<br />
Entre os conselhos de novas políticas energéticas<br />
dados pela EREC, está a liberalização total<br />
domercadoeofimdossubsídios a energias<br />
fósseis e nucleares.<br />
Mas até 2050 há muito, para não dizer imenso,<br />
por fazer. Basicamente, são necessárias, diz a<br />
EREC, quatro décadas para que se passe de um<br />
panorama em que a maioria da produção energética<br />
ainda se baseia, na sua grande maioria,<br />
nas energias não renováveis, como o petróleo<br />
ou o carvão, para um panorama de 100% de<br />
energias renováveis. Neste panorama, aliás, os<br />
painéis fotovoltaicos serão os que mais capacidade<br />
eléctrica instalada terão (962 GW), seguidos,<br />
de longe, pela energia eólica (462 GW) e<br />
ainda pelas hídricas (194 GW) - de onde se exclui<br />
a energia que estas guardarão, proveniente<br />
de fontes renováveis.<br />
A instituição crê ainda numa redução considerável<br />
do consumo energético da população europeia<br />
até 2050. Uma redução que parece não<br />
estar a acontecer, com o consumo a subir nos<br />
três primeiros meses do ano, pelo menos em<br />
Portugal e em Espanha.<br />
Quanto ao sector dos transportes, “não há nenhum<br />
outro com um tão elevado nível de dependência<br />
de uma só fonte de energia”, refere<br />
Christine Lins, que defende: “Uma reforma dos<br />
transportes é agora mais urgente do que nunca”.<br />
Os transportes da União Europeia dependem<br />
em 98% dos derivados do petróleo, apesar<br />
de, a nível mundial, serem os maiores produtores<br />
e consumidores de biocombustíveis (não de<br />
bioetanol, refira-se). Christine Lins defende que<br />
são precisas “medidas que incrementem a eficiência,<br />
aumentem a utilização de biocombustíveis<br />
e de biogás, assim como a aposta em novas<br />
tecnologias como os veículos eléctricos, o hidrogénio<br />
renovável e os carros híbridos” são algumas<br />
das apostas que contribuirão para o decréscimo<br />
da procura do petróleo.<br />
Finalmente, no que respeita ao aquecimento/arrefecimento,<br />
a EREC acredita que a biomassa<br />
terá uma palavra a dizer.<br />
Para que tudo se concretize, diz Christine Lins,<br />
temdehaver“vontadepolítica”.Istoapesarda<br />
receptividade positiva do Parlamento Europeu,<br />
nomeadamente de sectores mais conservadores<br />
como os da portuguesa Maria da Graça Carvalho,<br />
que faz parte do grupo parlamentar PPE.<br />
Chrstine Lins conclui, dizendo que “todas as<br />
tecnologias existentes, da oceânica, eólica, painéis<br />
fotovoltaicos, energia solar concentrada,<br />
solar termal, bioenergia, geotérmica e hídrica,<br />
juntamente com as estratégias de eficiência<br />
energética, precisam de ser adoptadas massivamente”,<br />
conclui. ■<br />
João Paulo Dias
PUB
VIII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
Ralph Orlowski/Bloomberg<br />
HÍDRICAS<br />
A ser construída,<br />
será a terceira maior<br />
barragem do mundo.<br />
Mas implicará<br />
o desalojamento<br />
de índios e a destruição<br />
de fauna e flora únicas.<br />
A sua construção, no<br />
rio Xingu, Brasil, já está<br />
envolto em polémica.<br />
Enquanto o presidente<br />
brasileiro Lula da Silva<br />
a defende, tem contra<br />
pelo menos 13 tribos<br />
índias, algumas ONG e<br />
ainda James Cameron,<br />
o realizador<br />
de “Avatar”.<br />
ENTREVISTA FRANCISCO FERREIRA, Vice-presidente da Quercus<br />
“As renováveis têm uma<br />
vantagem ambiental muito forte”<br />
AS ENERGIAS RENOVÁVEIS são, afinal, amigas do ambiente? O vice-presidente<br />
da associação ambientalista Quercus, explica por que razão considera que sim.<br />
Irina Marcelino<br />
irina.marcelino@economico.pt<br />
É certo que o paradigma mudou. Mas as energias<br />
chamadas verdes porque não emitem tanto<br />
Co2 como os combustíveis fósseis, também têm<br />
influência negativa no ambiente, como é o caso<br />
de algumas grandes hídricas. Na semana passada<br />
defendeu, aliás, que o Governo renuncie à<br />
construção de quatro barragens do Alto Tâmega<br />
pelos “prejuízos demasiado avultados para<br />
os escassos benefícios decorrentes da construção<br />
destas quatro barragens.”<br />
São as energias renováveis de facto amigas do<br />
ambiente?<br />
Não se pode afirmar de forma alguma que as<br />
energias renováveis não tenham impactes no<br />
ambiente. O recurso a fontes renováveis pode<br />
implicar gastos de energia mais ou menos significativos<br />
na construção dos equipamentos, consumir<br />
importantes recursos materiais, pode ter<br />
fortes implicações na natureza, destruindo habitats<br />
ou afectando a paisagem. Porém, as energias<br />
renováveis têm uma vantagem ambiental muito<br />
forte, dado que, comparativamente com o uso<br />
tradicional dos combustíveis fósseis, não apenas<br />
utilizam um recurso que continuará a estar disponível,<br />
como as emissões de gases com efeito<br />
de estufa ou de outros poluentes associadas à<br />
sua operação são nulas ou quase nulas.<br />
Pode exemplificar?<br />
Com a utilização de energias renováveis é possível<br />
melhorar a qualidade do ar das cidades e<br />
também combater as alterações climáticas. Entre<br />
as diferentes fontes de energia renovável há<br />
Francisco Ferreira<br />
Vice-presidente da Quercus<br />
“Com a utilização de energias<br />
renováveis é possível melhorar<br />
a qualidade do ar das cidades<br />
e também combater<br />
as alterações climáticas.”<br />
impactes muito diferenciados pelo que podemos<br />
falar de origens mais amigas do ambiente,<br />
como a água quente solar, por exemplo, do que<br />
outras, como as grandes barragens. Uma análise<br />
de ciclo de vida e uma visão integrada e global<br />
das fontes de energia renovável é fundamental<br />
para uma caracterização mais séria – é necessário<br />
avaliar em cada caso quais são as vantagens/benefícios<br />
e desvantagens/custos de cada<br />
CONSUMO<br />
DE ELECTRICIDADE<br />
AUMENTA<br />
Não se sabe ao certo<br />
porquê, mas o consumo<br />
de electricidade subiu<br />
no primeiro trimestre<br />
de 2010, apesar da crise,<br />
dos programas que<br />
aconselham à poupança<br />
(na factura e na carteira).<br />
As previsões da evolução<br />
de consumo para este ano<br />
são,deacordocomaRede<br />
Electrica Nacional,<br />
de 5,4% face a 2009.<br />
Só no primeiro trimestre,<br />
a subida foi de 6,4%.<br />
solução ou projecto em termos ambientais, incluindo<br />
a componente económica e social.<br />
Como se pode, então, conjugar a protecção do<br />
ambiente com a produção energética?<br />
Em muitos casos os impactes ambientais associados<br />
podem perfeitamente ser minimizados<br />
ou no limite compensados.<br />
Até no caso das barragens?<br />
Em algumas grandes barragens, valores como o<br />
da conservação da natureza ou da paisagem, entre<br />
outros, merecem ser equacionados e podem<br />
e devem inviabilizar o projecto. Note-se que em<br />
muitos casos a decisão sobre alguns investimentos<br />
em energias renováveis não tem conseguido<br />
ter uma visão integrada que se exigia numa política<br />
de desenvolvimento sustentável. Mais ainda,<br />
as decisões têm sido tomadas num quadro<br />
sem uma estratégia coerente e pensada para o<br />
futuro da energia - e não apenas da electricidade<br />
- para Portugal, aprovando-se projectos cujos<br />
custos de natureza social e económica e obviamente<br />
também de natureza ambiental são e serão<br />
demasiado elevados. Quando o ênfase nas<br />
energias renováveis é maior do que na redução<br />
de consumo e eficiência energética, quando a<br />
nossa potência instalada prevista é muito maior<br />
do que efectivamente precisaríamos, quando<br />
sectores chave como os transportes se pensa resolver<br />
principalmente através do veículo eléctrico<br />
e não duma política integrada de transportes,<br />
a conjugação da protecção do ambiente com as<br />
necessidades energéticas torna-se mais difícil. ■
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X Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
Energia<br />
oceânica<br />
em Peniche<br />
■ A energia das ondas tem<br />
sido das mais faladas. A<br />
Martifer já teve um<br />
projecto (FLOW), mas “as<br />
condicionantes de<br />
mercado, e ainda algumas<br />
lacunas em termos<br />
legislativos” fez com que a<br />
empresa optasse por<br />
outros negócios. “O<br />
projecto não está<br />
esquecido, aguarda,<br />
contudo, condições que<br />
envolvam menos riscos”,<br />
disse fonte oficial ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>. A EDP também<br />
entrou, com a Efacec, nesta<br />
energia e o ministério da<br />
Economia disse estar em<br />
“fase de finalização a<br />
negociação do contrato de<br />
concessão para viabilizar<br />
uma zona - piloto para<br />
testes ao norte da Peniche<br />
que contribua para o<br />
desenvolvimento desta<br />
tecnologia.” I.M.<br />
Consumo de electricidade verde<br />
é o dobro das energias fósseis<br />
O CONSUMO ELÉCTRICO nacional com base em energias renováveis, como a eólica,<br />
atingiu o dobro da energia fóssil no primeiro trimestre deste ano.<br />
Irina Marcelino<br />
irina.marcelino@economico.pt<br />
A produção e instalação de energias renováveis<br />
em Portugal avançam com segurança.<br />
O abastecimento de energia eléctrica em Portugal<br />
é cada vez mais garantido pelas fontes limpas.<br />
Só no primeiro trimestre de 2009 Portugal<br />
consumiu 5.262 GWh de energias renováveis, o<br />
dobro do que consumiram de electricidade feitaporcarvão,gásefuel,deacordocomdados<br />
fornecidos pela rede Eléctrica Nacional ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>. Mas nem sempre isto foi assim.<br />
Segundo as mesmas estatísticas, as energias<br />
fósseis continuam a ser responsáveis pela maioria<br />
do abastecimento eléctrico em Portugal<br />
(23.708 GWh em 2009 num total de 49.869<br />
GWh global). E a sua evolução ao longo dos<br />
anos tem vindo a decrescer, sim, mas ligeiramente,<br />
apesar de, entre 2007 e 2008, ter crescido<br />
(23.425 GWh para 23.797 GWh).<br />
O saldo importador neste primeiro trimestre foi<br />
negativo em 150 GWh, o que significa que o país<br />
está a exportar mais e a importar menos, sendo<br />
as energias renováveis as grandes responsáveis<br />
por essa evolução.<br />
Já em relação à produção renovável, os dados<br />
são muito optimistas: no primeiro trimestre de<br />
2009, cerca de 73% do consumo foi garantido<br />
por energias limpas, entre as quais se contam as<br />
grandes hídricas, as eólicas, as mini hídricas,<br />
térmica renovável e a fotovoltaica. O valor, contudo,<br />
não é normal: na verdade, foram as condições<br />
meteorológicas (muito vento e chuva) dos<br />
três primeiros meses do ano que o permitiram.<br />
Dentro da produção em regime especial é a<br />
energia eólica que mais tem crescido, isto ape-<br />
O território nacional é limitado,<br />
assim como o seu mercado. E têm<br />
surgido alguns pequenos<br />
problemas ambientais na altura<br />
de licenciar parques eólicos.<br />
sar de as fontes renováveis em Portugal serem<br />
marcadas pelas grandes hídricas. No entanto, o<br />
Governo está também a apostar noutro tipo de<br />
energias: “Existe expectativa em relação à diminuição<br />
dos custos associados ao aproveitamento<br />
da energia solar para produção de electricidade<br />
pelo que o seu desenvolvimento será<br />
impulsionado através das licenças de demonstração<br />
já atribuídas e de inovadores programas<br />
de micro e mini-geração”, disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />
fonte oficial do ministério da Economia.<br />
E o mercado mexe-se<br />
Num mercado cujos ‘players’ são fabricantes,<br />
promotores, operadores e consórcios, algumas<br />
empresas portuguesas estão a olhar para fora<br />
do país com a intenção de expandirem o seu negócio.<br />
O território nacional é limitado, assim<br />
como o seu mercado. E têm surgido, de acordo<br />
com algumas empresas, alguns problemas ambientais<br />
na altura de licenciar os seus parques<br />
eólicos.<br />
Tal foi o caso da Iberwind (ver entrevista na página<br />
ao lado), cujos problemas com licenciamentos<br />
geraram “atrasos significativos na entrada<br />
em exploração de alguns parques, com<br />
O ministro espanhol da indústria espera obter um acordo antes do dia 1 de Julho sobre o novo marco<br />
regulatório para as energias renováveis. Em estudo está a redução das taxas que o governo paga para<br />
a produção de energias alternativas. No ano passado o regime especial recebeu 6.215 milhões de euros.<br />
consequente aumento dos seus custos de financiamento.”<br />
Também a Martifer disse ao Diário<br />
<strong>Económico</strong> ter havido alguns obstáculos e processos<br />
mais demorados, que já “estão ultrapassados.<br />
Vamos começar a instalar os primeiros<br />
MW do projecto Ventinveste (400MW) este<br />
ano”, disse fonte oficial da empresa.<br />
Os problemas parecem estar, de facto, resolvidosouemviasdeoser.ParaNavarroMachado,<br />
CEO da Iberwind, “o enquadramento regulamentar<br />
do licenciamento de parques eólicos é<br />
actualmente mais claro e eficiente do que era<br />
no passado, o que facilita e acelera o processo<br />
de licenciamento”. Também Dulce Pássaro, ministra<br />
do Ambiente, disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />
que se estão a licenciar “os projectos que respeitam<br />
a legislação em vigor, nomeadamente na<br />
área do ambiente”. E acrescenta: “todos os projectos,<br />
no âmbito dos respectivos procedimentos<br />
de licenciamento e autorização, têm de<br />
cumprir requisitos ambientais aplicáveis, pelo<br />
que seguem a tramitação legalmente estabelecida.Sóficamparadososinviáveis,oqueéuma<br />
franca minoria dos casos em projectos de energias<br />
renováveis. Por exemplo, no caso de parques<br />
eólicos a aprovação anda nos 95% quanto<br />
a projectos e nos 86% quanto a potência.”<br />
Já o ministério da Economia afirmou ter conhecimento<br />
“que as empresas promotoras estão a<br />
trabalhar com o ministério do Ambiente e do<br />
Ordenamento do Território no sentido de viabilizarem,<br />
do ponto de vista ambiental, a concretização<br />
dos seus projectos.”<br />
Navarro Pedro, contudo, deixa o alerta: “O crescente<br />
aumento da densidade de parques eólicos<br />
e a maior dificuldade de encontrar locais viáveis<br />
para a sua instalação permite prever uma<br />
cada vez maior dificuldade em licenciar com<br />
sucesso novos projectos.”<br />
Daí que as empresas portuguesas estejam a<br />
apostar nos mercados externos. A Martifer, por<br />
exemplo, está a apostar nas eólicas em Espanha,<br />
Itália, França, Belgica, Grécia, República Checa<br />
e Estados Unidos. Na área industrial também<br />
eólica está a Alemanha, Polónia, Roménia, Brasil,<br />
Estados Unidos e África do Sul. E na energia<br />
solar, estão em Cabo Verde.<br />
A EDP Renováveis, por seu turno, tem estado<br />
imparável. Ainda esta semana acordou com a<br />
Vestas um contrato global para o fornecimento<br />
de aerogeradores relativos a um máximo de 2,1<br />
GW de capacidade eólica, sendo este o maior<br />
contrato para o fornecimento de turbinas anunciado<br />
a nível mundial nos últimos dois anos. ■<br />
Lucy Nicholson / Reuters
ENTREVISTA ARNALDO NAVARRO MACHADO, CEO Iberwind<br />
“Estamos a estudar outros países europeus”<br />
A Iberwind está a estudar colocar painéis solares nos seus parques eólicos.<br />
A estratégia da Iberwind passa sempre pela<br />
energia eólica?<br />
A actual estratégia da Iberwind passa fundamentalmente<br />
pela energia eólica. Isto não significa<br />
contudo que a Iberwind não esteja a estudar<br />
hipóteses de um melhor aproveitamento<br />
dos actuais parques eólicos e das suas infra-estruturas,<br />
promovendo a conjugação da energia<br />
eólica com outras formas de energia, como por<br />
exemplo a solar.<br />
Quanto produzem actualmente?<br />
Actualmente somos o maior produtor eólico<br />
em território português com uma potência instalada<br />
de 680 MW, tendo os nossos parques em<br />
média cerca de 2 500 horas equivalentes de vento<br />
por ano, pelo que produzimos cerca de 1,7<br />
TWh de energia eléctrica anualmente (aproximadamente<br />
3% do consumo eléctrico Nacional).<br />
Quanto esperam produzir futuramente?<br />
Depende da forma como forem elaborados os<br />
próximos concursos para a atribuição de pontos<br />
de ligação, bem como do enquadramento<br />
regulamentar do regime de sobre-equipamento<br />
que se encontra em fase final de elaboração.<br />
O mercado português é o único onde estão?<br />
Desde 2009 que temos estado a estudar outros<br />
mercados em diversos países europeus. Contudo<br />
neste momento ainda só estamos a operar<br />
em Portugal.<br />
Quais foram os vossos resultados no ano passado<br />
e que resultados se prevê para este ano?<br />
PUB<br />
Arnaldo Navarro Machado,<br />
CEO Iberwind<br />
“A actual estratégia da Iberwind<br />
passa fundamentalmente pela<br />
energia eólica. Isto não significa<br />
que não esteja a estudar hipóteses<br />
de um melhor aproveitamento<br />
dos actuais parques eólicos e das<br />
suas infra-estruturas, promovendo<br />
a conjugação da energia eólica<br />
com outras formas de energia”<br />
Em 2009 o nosso EBITDA ajustado (i.e. Resultado<br />
antes de Amortizações, Depreciações, Juros<br />
e Impostos) foi de 117.6 milhões de euros estando<br />
previsto para 2010 a obtenção de um<br />
EBITDA ajustado de 129.5 milhões de euros.<br />
Este crescimento no EBITDA ajustado resulta,<br />
essencialmente, da entrada em exploração de<br />
quatro novos parques eólicos (com uma potência<br />
instalada de 156 MW) ao longo de 2009. Importa<br />
salientar que o valor do investimento associado<br />
ao desenvolvimento dos 31 parques eólicos<br />
do nosso portfolio ascendeu a aproximadamente<br />
1,2 mil milhões de euros.<br />
A Iberwind tem tido algum problema a nível<br />
ambiental no licenciamento dos seus projectos<br />
em Portugal?<br />
Ao longo do processo de licenciamento ambiental<br />
dos 31 parques eólicos que compõem o<br />
nosso portfolio, existiram em alguns casos problemas<br />
significativos durante o seu licenciamento<br />
ambiental, nomeadamente com condicionalismos<br />
ecológicos e restrições de ordenamento<br />
do território.<br />
O que vos fez perder?<br />
Os problemas de licenciamento geraram atrasos<br />
significativos na entrada em exploração de<br />
alguns parques eólicos com consequente aumento<br />
dos seus custos de financiamento. Noutros<br />
casos, as alterações impostas nos ‘layouts’<br />
dos parques pelas condicionantes ambientais<br />
implicam perdas de produção durante todo o<br />
período de exploração do parque eólico. ■ I.M.<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XI<br />
Quotas de mercado<br />
dos promotores<br />
de eólicas em<br />
Dezembro de 2009<br />
Parques ligados à rede<br />
Empresa Quota (%)<br />
Iberwind 19,8<br />
Enernova 15,8<br />
Generg 12,3<br />
EEVM 8,3<br />
Electrabel 6,1<br />
EDF EN Portugal 4,6<br />
ENEOP2 4,4<br />
Tecniera 3,4<br />
Acciona 3,3<br />
Iberdrola 2,6<br />
Outros<br />
INEGI<br />
19,4
XII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
Portugal já é<br />
consciente dos<br />
seus recursos<br />
■ Para Sá da Costa,<br />
Portugal teve muito tempo<br />
“adormecido”, pelo que<br />
está satisfeito com o facto<br />
do Executivo ter “acordado<br />
para os aproveitamento<br />
dos nossos recursos<br />
renováveis com força e<br />
pujança”, apesar de<br />
lamentar “alguns entraves<br />
que podem prejudicar<br />
alguns projectos,<br />
atrasando-os”. Sá da Costa<br />
critíca as queixas de<br />
algumas organizações<br />
ambientais, já depois de<br />
pareceres positivos da<br />
Comissão Europeia e elogia<br />
os apoios dados pelo<br />
Governo à instalação de<br />
colectores solares,<br />
informando que em 2007,<br />
se instalaram 30 mil m2,<br />
em 2008, 80 mil, e 250 mil<br />
m2, em 2009. R.C.<br />
ENTREVISTA ANTÓNIO SÁ DA COSTA, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis<br />
“SomososmaislentosdaUE<br />
nos licenciamentos”<br />
CERCA DE 3/4 DA ELECTRICIDADE consumida no país é renovável, diz a APREN.<br />
Raquel Carvalho<br />
raquel.carvalho@economico.pt<br />
António Sá da Costa disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />
acreditar que, daqui a 25 anos, Portugal possa<br />
estar a produzir a 100% energia a partir de fontes<br />
renováveis. O país está na linha da frente na<br />
produção de electricidade por via eólica, mas o<br />
presidente da Associação de Energias Renováveis<br />
(APREN), diz sermos os mais lentos em<br />
termos de licenciamento de parques.<br />
Como se encontra actualmente a produção<br />
de electricidade a partir de fontes renováveis?<br />
Este ano, 3/4 da electricidade que consumimos<br />
está a ser de origem renovável. 2010 tem sido um<br />
ano particularmente bom. A electricidade de<br />
origem renovável com maior expressão é a hídrica.<br />
Estamos com mais de 40%, uma percentagem<br />
acima da média. Mas a energia renovável<br />
mais constante ao longo do ano é a eólica. Portugal<br />
produziu desde o início do ano 20,4% de<br />
electricidade a partir do vento. Devido à contracção<br />
do consumo e às boas performances das<br />
outras fontes, como a biomassa e a energia solar,<br />
é provável que consigamos ultrapassar o limite<br />
que o Governo impôs de 45% da energia produzida<br />
ser de origem renovável até ao final do ano.<br />
Portugal está desenvolvido comparativamente<br />
a outros países no que respeira à energia eólica?<br />
Todos os anos, a percentagem de electricidade<br />
eólica tem vindo a aumentar. Em 2009 este valor<br />
foi de 15% e em 2008 tinha sido de 11,8%. Até<br />
ao final do ano, rondará os 18% a 20%. Números<br />
que permitem a Portugal destacar-se de outros<br />
países. O ano passado ultrapassamos a Espanha<br />
em seis décimas, sendo que em 2008 estávamos<br />
a perder cerca de duas décimas. Este ano já nos<br />
descolamos cerca de 2% e estamos a aproximarmo-nos<br />
dos dinamarqueses, líderes mundiais<br />
e que se encontram nos 22%. Se há cinco<br />
anos atrás se dissesse que 75% da electricidade<br />
era renovável e que destes 20% eram de origem<br />
eólica ninguém na REN acreditava.<br />
Qual é, neste momento, a diferença entre projectos<br />
de energias renováveis (especialmente eólicas)<br />
licenciados e concretizados?<br />
Temos mais de 3600 MW instalados. Do final<br />
do licenciamento à entrada em funcionamento,<br />
demora-se um ano e pouco e neste momento<br />
temos em construção cerca de 400 MW. Até ao<br />
final do ano, deveremos atingir os 4000 MW.<br />
Os pontos de ligação que estão concretizadas<br />
deverão estar todos realizados em 2014 ano em<br />
que deveremos chegar aos 5600 MW.<br />
É verdade que muitos projectos estão parados<br />
por razões ambientais? Tem ideia de quantos?<br />
Parados não estão porque os promotores que<br />
param os projectos são penalizados. Diria é que<br />
há projectos que estão a ir muito devagarinho<br />
no que diz respeito ao licenciamento porque<br />
surgem muitas restrições de natureza ambiental<br />
que obrigam a fazer estudos e mais estudos e<br />
alterações de localizações dos aerogeradores, e<br />
como os projectos são financiados não gerador<br />
a gerador, mas sim pelo seu conjunto, só quando<br />
se chega ao final o promotor pode começar a<br />
construir. E por isso há projectos que estão num<br />
ritmo mais lento do que seria desejável. Aliás,<br />
Portugal, apesar de estar na linha da frente<br />
quanto à produção de electricidade via energia<br />
eólica, é o pior país da União Europeia em termos<br />
de lentidão dos licenciamentos dos parques<br />
e outros projectos de cariz renovável.<br />
“A energia renovável com mais<br />
expressão no país é a hídrica<br />
que se situa actualmente nos 40%.<br />
Mas a mais constante ao longo<br />
do ano é a eólica que se encontra<br />
actualmente nos 20,4%”,<br />
informa Sá da Costa.<br />
Sá da Costa é formado em Engenharia Civil pelo IST,<br />
onde foi docente no Departamento de Hidráulica e<br />
Recursos Hídricos. Detém o grau de PhD e Master of<br />
Science pelo MIT em Recursos Hídricos e foi fundador<br />
e director do Grupo Enersis, de 1998 a 2008.<br />
E o que acha disso?<br />
As pessoas que estão a atrasar estes projectos<br />
ainda não perceberam bem o alcance e a dimensão<br />
para o país e para o ambiente, da estratégia<br />
definida pelo Governo quanto à produção<br />
de electricidade por fontes renováveis. Queremos<br />
substituir a electricidade de origem fóssil,<br />
por electricidade de origem renovável e temos<br />
que continuar a estratégia e manter o esforço de<br />
aumentar a percentagem e não tenho dúvidas<br />
que daqui a 20 ou 25 anos, teremos 100% de<br />
energia a partir de fontes renováveis.<br />
Qual é o valor que está neste momento parado<br />
em projectos licenciados mas não concretizados<br />
por razões ambientais?<br />
A potência está toda atribuída e se pensarmos<br />
que estão atribuídos 5600 MW e estão em operação<br />
3600 MW, 2/3 da potência está já construída.<br />
O outro terço que falta está no processo<br />
de licenciamento e construção, e que deverá<br />
Paula Nunes
estar todo em operação nos próximos três<br />
anos.<br />
Qual é a forma de produção de energia mais limpa<br />
e amiga do ambiente que existe?<br />
Na minha opinião é a hídrica. Considero que produzir<br />
energia através da água é uma das maneiras<br />
mais interessantes de se fazer. É que se nós obtivermos<br />
electricidade a partir de centrais hídricas<br />
em que tenhamos albufeira e capacidade de bombagem<br />
é uma fonte renovável, controlável, e que<br />
está armazenada. Além disso, tem uma gama de<br />
funcionamento para diferentes caudais com uma<br />
eficiência muito alta, ou seja, consegue satisfazer<br />
as flutuações pequenas e estrutura modelar e para<br />
mim continua a ser de longe a melhor.<br />
É também essa a fonte renovável que acha ter<br />
mais capacidade e futuro em Portugal?<br />
As centrais hidroeléctricas são intemporais e<br />
têm um período de vida longo. É neste momento<br />
a forma de obter energia renovável mais desenvolvida<br />
em Portugal seguramente e será cerca<br />
de 33% a sua quota na electricidade consumida.<br />
A seguir vem a eólica, com cerca de 30%,<br />
mas uma das fontes mais abundante e que não<br />
está suficientemente explorada, mas que terá<br />
um peso muito grande daqui a 20 anos é a solar.<br />
Provavelmente atingirá nessa altura o peso que<br />
a eólica tem agora, e em contra-partida a eólica,<br />
em 2020, deverá ter atingido a saturação. Teremos<br />
atingido o limite de utilização e não vai<br />
crescer de forma significativa.<br />
Estou convencido que em 2020 poderemos ter<br />
um número entre os 7 e os 10% de electricidade<br />
de origem solar, sendo que agora a percentagem<br />
é muito residual, estando nos 0,4%, o que<br />
se explica pelo facto da tecnologia não ter estado<br />
nos últimos anos madura. Agora, já está comercialmente<br />
sustentável e quando chegar a<br />
PUB<br />
sua instalação em massa, daqui a seis anos, será<br />
mais competitiva em termos de preço, relativamente<br />
à eólica. E como há muito menos potência<br />
instalada, a sua capacidade é maior.<br />
Em 2020, a hídrica entrará também em saturaçãoeocrescimento<br />
será menor. 80% do seu potencial<br />
terá já sido atingido e os 20% que faltam<br />
terão um desenvolvimento menor.<br />
A biomassa está limitada pela disponibilidade<br />
da matéria prima mas vão surgir novas tecnolo-<br />
Segundo um estudo da APREN e<br />
da Deloitte, os custos evitados pelo<br />
sector da electricidade renovável<br />
foi, em 2008, de 1500 milhões<br />
de euros e chegarão aos<br />
2330 milhões de euros em 2015.<br />
gias como a geotermia e a energia das ondas,<br />
havendo margem de progressão para que a<br />
energia das ondas continue a crescer.<br />
Como vê o futuro deste sector?<br />
A estratégia passa por diminuir as importações<br />
de combustíveis fósseis e aumentar as exportações<br />
de electricidade. Podemos começar a exportar<br />
porque a produção será sempre maior<br />
do que o gasto. Se existirem ligações eléctricas<br />
fortes entre França e Espanha, factor onde existe<br />
um estrangulamento, podemos começar a<br />
exportar electricidade verde para a Europa,<br />
atravésdaredeeléctrica,jáapartirde2020.<br />
Há novas tecnologias que estejam a ser investigadas<br />
e que considere de grande esperança para<br />
o mundo das energias renováveis?<br />
A electricidade a partir das ondas está a começar<br />
a dar passos bastante importantes. Também<br />
acredito que a eólica offshore pode ter grande<br />
peso, caso resolva as questões técnicas. Pode vir<br />
a substituir a eólica on-shore, e, se existirem<br />
tecnologias muito avançadas pode mesmo atingir<br />
a percentagem de 33%.<br />
Acho que Portugal não aproveita convenientemente<br />
a geotermia e temos capacidade para<br />
aproveitar o calor da terra para aquecer ou arrefecer<br />
o ambiente, por exemplo. Isto poderá trazer<br />
substanciais poupanças na energia eléctrica<br />
nacional. Há muita coisa a mexer e podemos ter<br />
o condicionamento do ambiente através de<br />
energia solar.<br />
Quanto vale o sector para a economia?<br />
O sector da electricidade renovável valia em<br />
2008 1,6% do PIB e no final de 2015 espera-se<br />
que valha 2,5%.<br />
A contribuição directa e indirecta para o PIB<br />
em 2008 foi de mais de 2 mil milhões de euros,<br />
em 2012 será de 3200 milhões de euros e em<br />
2015, 4120 milhões de euros. Estes números são<br />
resultado de um estudo que a APREN fez com a<br />
Deloitte sobre o impacto macro-econónimo do<br />
sector da electricidade renovável.<br />
Os empregos directos e indirectos em 2008<br />
foram de 36100 mil e irão crescer para 68800<br />
até 2015. Em 2008, os custos evitados pelo<br />
sector da electricidade renovável foi quase<br />
de 1500 milhões de euros, chegando em 2015,<br />
aos 2330 milhões de euros. De 2005 a 2015<br />
pouparemos 15300 milhões de euros, dos<br />
quais 13100 milhões são de importações evitadas<br />
e 2200 milhões são custos evitados de<br />
emissões de CO2. ■<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XIII
XIV Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
20 ITEMS PARA POUPAR ENERGIA<br />
1 Use os equipamentos<br />
de forma eficiente<br />
Compre electrodomésticos classe A. O<br />
consumo é menor em 70% do que os electrodoméstico<br />
classe D. Escolha os que<br />
anunciarem menor consumo anual. Ligue<br />
as máquinas de lavar só quando estiverem<br />
cheias e nas horas mais económicas , se<br />
contratou a tarifa bi-horária.<br />
6Manter portas fechadas<br />
do frigorífico<br />
Mantenha o frigorífico e o congelador com<br />
as portas fechadas, pois tal evita a acumulação<br />
de gelo e a entrada de calor. O frigorífico<br />
deve ter uma temperatura entre 3 e 5ºC e<br />
o congelador entre -18 e -24ºC. É importante<br />
que não esteja sempre a abrir e a fechar as<br />
portas, pelo que tire tudo de uma vez.<br />
11Caldeiras a gás natural<br />
ou ar condicionado central<br />
Para o aquecimento central, as escolhas<br />
económicas são as caldeiras a gás natural ou<br />
o ar condicionado central, sendo estes aparelhos<br />
preferíveis relativamente aos tradicionais<br />
radiadores electricos.<br />
17Carregador universal<br />
É já este ano que estará disponível um novo<br />
carregador univeresal para telemóveis que<br />
permitirá reduzir as cerca de 51 mil toneladas<br />
de carregadores de telemóveis que todos<br />
os anos se tornam obsoletos. Além disso,<br />
vai evitar a emissão anual de 13,6 milhões<br />
de toneladas de gases com efeito estufa.<br />
2Máquina cheia e baixas<br />
temperaturas<br />
Antes de colocar a loiça na máquina, retire os<br />
restos de comida com um guardanapo. Encha a<br />
máquina e seleccione carga completa, pois duas<br />
lavagens com meia carga, gastam mais energia.<br />
Não exceda a dosagem de detergente e escolha<br />
detergentes com boa performance a baixas temperaturas.<br />
Verifique o nível de sal.<br />
7Pequenos gestos<br />
na casa de banho Pode gastar menos<br />
gás e poupar 80 mil<br />
litros de água por<br />
ano se tomar duche<br />
em vez de banho de<br />
imersão. As torneiras<br />
de fluxo reduzido<br />
podem diminuir<br />
para metade a abundância<br />
de água. Fechar<br />
a torneira enquanto<br />
faz a barba<br />
ou lava os dentes<br />
permite poupar água<br />
e energia até 50 por<br />
cento.<br />
<strong>12Evite</strong> o ‘stand by’ e <strong>desligue</strong><br />
sempre os aparelhos<br />
O stand-by é responsável por 11% dos gastos<br />
de electricidade. Por isso, <strong>desligue</strong> a TV, o<br />
DVD e a aparelhagem directamente no aparelho,<br />
e retire da tomada a ficha do computador<br />
e dos periféricos. Desligue os aparelhos da<br />
corrente assim que estiverem carregados e<br />
retire de imediato o carregador da tomada.<br />
18Esquentadores<br />
inteligentes<br />
Prefira esquentadores inteligentes<br />
que abrem e fecham na torneira.<br />
A modulação automática<br />
da chama permite adaptar a chama<br />
às necessidades, poupandose<br />
no consumo de gás.<br />
3Programas económicos<br />
Privilegie sempre os programas económicos<br />
das máquinas e evite programas acima dos 40<br />
graus. Para uma lavagem mais eficiente lave<br />
com regularidade o filtro. Diminua o tempo de<br />
lavagem caso tenha máquina de secar. Prefira<br />
secar ao ar livre e apanhe a roupa meio húmida<br />
pois poupa mais energia ao passar e regule a potência<br />
do ferro consoante o tipo de tecido.<br />
8Ar condicionado<br />
As unidades exteriores de ar condicionado<br />
devem ser instaladas num local<br />
onde haja circulação de ar, sem estar<br />
exposto ao Sol. Feche as portas da<br />
divisão onde o ar condicionado está a<br />
funcionar, para não haver perdas<br />
energéticas. No Verão, mantenha as<br />
persianas o mais fechadas possível<br />
durante as horas de maior calor, para<br />
evitar que o ar condicionado trabalhe<br />
em esforço.<br />
19Carros<br />
ecológicos<br />
Também o seu carro pode ser<br />
amigo do ambiente. A oferta já é<br />
vasta e o retorno do maior gasto<br />
que terá na compra, sentirá na<br />
poupança com o consumo e na<br />
menor contribuição de CO2.<br />
9Vidros duplos<br />
Prefira janelas com vidros duplos,<br />
que isolam do frio e do ruído. A<br />
caixilharia em madeira é melhor<br />
do que o alumínio tradicional. Se<br />
optar por este, a caixilharia deverá<br />
ter corte térmico. No Inverno, cortinas<br />
pesadas ou carpetes ajudam a<br />
conservar o calor no interior da<br />
casa. Desligue as luzes em divisões<br />
vazias ou em zonas de passagem,<br />
como corredores. Tal pode significar<br />
uma redução em 25% do consumo<br />
energético anual.<br />
14Instale contadores<br />
Sabia que pode controlar em sua própria<br />
casa os seus gastos energéticos? O mercado<br />
dispõe de vários contadores, desde os<br />
monofásicos simples, até aos trifásicos<br />
multitarifa capazes de fazer a contagem<br />
energética com grande exactidão.<br />
13Opte por portáteis<br />
Os portáteis consomem menos energia<br />
do que os computadores de secretária.<br />
Desligue o monitor, a impressora e outros<br />
periféricos quando não os tiver a utilizar e<br />
para eliminar os consumos remanescentes<br />
utilize tomadas com interruptor.
4Água<br />
no lava loiça<br />
Sempre que lavar a loiça<br />
à mão, encha o lava loiça<br />
com detergente e água<br />
quente. Gasta menos do<br />
que à torneira. No caso<br />
da roupa, pode terminar<br />
oprogramadelavagem<br />
10 minutos antes, para<br />
que a roupa fique mais<br />
húmida e seja mais fácil<br />
passar. Consegue ainda<br />
poupar energia se <strong>desligue</strong><br />
o ferro uns minutos<br />
antesdeacabardepassar.<br />
15Solares térmicos<br />
nas máquinas de loiça<br />
A instalação de sistemas solares térmicos<br />
podem ser aproveitados nas máquinas<br />
de lavar loiça. Já existem no<br />
mercado máquinas preparadas para<br />
receber água quente solar, sendo esta<br />
uma forma de rentabilizar melhor o<br />
sistema e de poupar energia no aquecimento<br />
da água, tarefa que mais energia<br />
consome no funcionamento das<br />
máquinas de lavar loiça.<br />
20Transportes<br />
amigos do ambiente<br />
Pode optar por andar a pé. Menos<br />
carros nas estradas, menos CO2<br />
na atmosfera. Ir de transportes<br />
públicos para o trabalho é também<br />
uma boa escolha, havendo já<br />
empresas com opções ecológicas.<br />
5Pequenos gestos na cozinha<br />
Desligue a chama-piloto do esquentador quando não o<br />
utiliza. No Verão, baixe a temperatura da água do esquentador<br />
ou caldeira. Ao cozinhar com as panelas tapados,<br />
o gasto será menor. Desligue o bico antes de a comida<br />
estar cozinhada, pois o calor residual será suficiente<br />
para finalizar a cozedura. O mesmo se aplica ao forno.<br />
10Lâmpadas económicas<br />
Face às lâmpadas incandescentes, as fluorescentes,<br />
permitem poupar mais de 80% de energia. Já as<br />
lampadas LED, embora mais caras, acabam por ser<br />
mais económicas., o que compensa o custo de<br />
aquisição. É que têm baixíssimo consumo, uma<br />
vida útil extremamente longa e baixo custo de manutenção.<br />
Além disso, têm dimensões compactas,<br />
luz direcionada, alta resistência a vibração e estão<br />
100% livre de metais pesados.<br />
16Aquecimento ambiente<br />
através de renováveis<br />
Para fazer o aquecimento ambiente, pode utilizarse<br />
um sistema misto solar térmico + biomassa. Este<br />
é mais vantajoso do que um sistema apenas solar<br />
térmico pois beneficia de outra fonte de energia renovável<br />
disponível em qualquer altura, nomeadamente<br />
no período nocturno.<br />
OPINIÃO LEONOR<br />
SARSFIELD COSTA FREITAS,<br />
Sócia da GPA – Gouveia Pereira,<br />
Costa Freitas & Associados<br />
Energia Eólica:<br />
Concursos<br />
eDesafios<br />
A nova Estratégia Nacional para a Energia - ENE<br />
2020 -, aprovada pela Resolução do Conselho de<br />
Ministros nº 29/2010, de 15 de Abril, vem reforçar<br />
a centralização da política energética nacional<br />
para a próxima década nas Energias Renováveis.<br />
Quanto à energia eólica, na qual assenta, actual e<br />
primordialmente, em conjunto com a energia hídrica,<br />
a produção renovável do País, a ENE 2020<br />
prevê, para além da instalação até 2012 da capacidade<br />
eólica já atribuída em concursos anteriores<br />
(2000MW) e a promoção do sobre-equipamento<br />
dos parques eólicos já existentes (instalação de<br />
mais 400MW), a possibilidade de instalação, até<br />
2020, também por concurso, de mais 3000MW de<br />
potência. Esta última atribuição dependerá, prevê<br />
a Resolução, de um conjunto de factores como a<br />
evolução da procura da electricidade, a penetração<br />
dos veículos eléctricos, a capacidade de transferência<br />
de consumos de períodos de ponta para<br />
período de vazio, a viabilidade técnica e custos<br />
das tecnologias eólicas off-shore e ainda os impactos<br />
ambientais associados aos diferentes tipos<br />
de tecnologia.<br />
Dada a abrangência da ENE 2020 e as metas por<br />
esta traçadas, quer quanto ao desenvolvimento de<br />
“clusters energéticos”, quer quanto à criação de<br />
postos de trabalho, será de contar com concursos<br />
de atribuição de potência com critérios de avaliação<br />
diversificados, na linha dos que presidiram ao<br />
concurso de 2005 (para atribuição de 1800MW):<br />
desconto à tarifa e apresentação de projecto de<br />
cluster industrial de apoio ao sector. É natural que<br />
se estabeleçam igualmente outros critérios, como<br />
a combinação com projectos hídricos, com o projecto<br />
do carro eléctrico ou com o desenvolvimento<br />
de tecnologias off-shore.<br />
Esta modalidade de concurso permitiria, em princípio,<br />
ir simultaneamente ao encontro de várias<br />
metas da ENE2020. No entanto, como é expressamente<br />
reconhecido, estará dependente dos factores<br />
acima enumerados. Afigura-se-nos, contudo,<br />
outro factor a ponderar: a adjudicação de potência,<br />
mesmo por concurso, não dispensa o adjudicatário<br />
das obrigações legais e administrativas associadas<br />
ao licenciamento de centrais eólicas.<br />
Ora, os procedimentos necessários ao cumprimento<br />
de tais obrigações envolvem vários organismos,<br />
sujeitos a tutelas distintas, o que origina,<br />
por vezes, falhas de comunicação, decisões contraditórias<br />
e, naturalmente, delongas que podem<br />
pôr em risco a implantação do projecto em tempo<br />
útil e em condições de rentabilidade.<br />
A complexidade que actualmente caracteriza tal<br />
processo de licenciamento pode originar situações<br />
de verdadeiro impasse, ainda menos desejáveis<br />
quando a instalação de parques eólicos se encontra<br />
associada, em regime de interdependência,<br />
à implementação de outros projectos, sujeitos<br />
a diferentes termos e prazos de licenciamento.<br />
A este respeito, veja-se o recentemente divulgado<br />
estudo da European Wind Energy Association: o<br />
tempo médio de licenciamento de um Parque Eólico<br />
em Portugal é de 58 meses (numa média europeia<br />
de 42 meses, havendo países com médias<br />
de 10, 15 e 18 meses).<br />
Importaria assim, na senda das metas da<br />
ENE2020, reformular os processos de licenciamento,<br />
integrando-os de forma eficiente e, sem<br />
descurar a componente ambiental, dotando-os de<br />
maior agilidade, simplicidade e clareza.<br />
Para o efeito, seria também importante a revisão e<br />
uniformização dos diversos diplomas legais que<br />
regulam esta matéria, de modo a clarificar e,<br />
eventualmente, unificar o regime jurídico que dos<br />
mesmos emana.<br />
A aposta está feita e os desafios são conhecidos -<br />
esperamos, por isso, que se criem as condições<br />
efectivas para a sua superação. ■<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XV
XVI Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
Carros eléctricos vão diminuir<br />
custos energéticos<br />
ANTÓNIO VIDIGAL, DA EDP INOVAÇÃO diz que se todo o parque automóvel<br />
português fosse movido a electricidade, os custos energéticos diminuiriam 38%.<br />
Carlos Caldeira<br />
carlos.caldeira@economico.pt<br />
A população mundial não vai diminuir, vai continuar<br />
a crescer, e o número de serviços para<br />
pessoas também vai aumentar. Mas, a “energia<br />
gasta por serviço pode ser feita de uma forma<br />
muitomaiseficiente,comoéocasodoscarros<br />
eléctricos”, afirmou António Vidigal, CEO da<br />
EDP Inovação, durante a V Conferência Energias<br />
Renováveis do Diário <strong>Económico</strong>.<br />
Aquele gestor, que considerou a aposta no desenvolvimento<br />
das energias renováveis como<br />
uma alavanca para a recuperação económica a<br />
médio e longo prazo, referiu ainda que se o parque<br />
automóvel nacional fosse todo eléctrico, “o<br />
benefício seria enorme. As emissões de CO2<br />
cairiam 12%, os custos energéticos desceriam<br />
38% e a nossa dependência energética face ao<br />
exterior diminuiria 8%”.<br />
Já Fernando Pacheco, vice-presidente da<br />
Iberdrola Portugal, mostrou-se confiante que<br />
“estamos num período de mutação energética.<br />
Haverá algo que eliminará o petróleo como fonte<br />
de energia, só ainda não sabemos bem o que<br />
será”. E realçou a importância da aposta nas renováveis,<br />
que é “um investimento privado, que<br />
só se pode fazer se ficar provada a sua capacidade<br />
económica, rentabilidade e independência<br />
dos ciclos conjunturais”. Por outro lado, salientou<br />
que “estamos a falar de um investimento<br />
muito importante para diminuir o défice externo<br />
do País”.<br />
Por sua vez, Gustavo Fernandes, administrador<br />
Se toda a gente usar carros<br />
eléctricos, as emissões de CO2<br />
cairiam 12%, os custos energéticos<br />
desceriam 38% e a nossa<br />
dependência energética face<br />
ao exterior diminuiria 8%.<br />
da Martifer Solar, realçou o potencial de Portugal<br />
neste tipo de energias, por ser um País com<br />
“muito sol, que é o nosso petróleo e não tem<br />
sido aproveitado.” Gustavo Fernandes defendeu<br />
mesmo que Portugal tem “condições para vir a<br />
exportar energia para o Norte de África e para a<br />
Europa”.<br />
António Vidigal, CEO da EDP Inovação, na conferência do Diário <strong>Económico</strong><br />
sobre Energias Renováveis, que decorreu na semana passada.<br />
Finalmente, Nuno Ribeiro da Silva, presidente<br />
da Endesa Portugal, alertou para a necessidade<br />
de se dar “mais atenção às energias renováveis<br />
e a todos os recursos, sem termos propriamente<br />
de acabar no electrão”, mostrando-se contra a<br />
energia nuclear. E concluiu que “nunca a electricidade<br />
foi tão barata como agora”.<br />
Emissões CO2 a diminuir nos automóveis<br />
Noutro contexto, Helder Barata Pedro, presidente<br />
da ACAP, disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />
que, de um modo geral, “a indústria soube<br />
corresponder ao desafio do ambiente, desenvolvendo<br />
novas tecnologias capazes de reduzir<br />
quer as emissões de CO2, quer de poluentes<br />
como os NOx, partículas de fumo, hidrocarbonetos<br />
e monóxido de carbono.” E dá<br />
exemplos concrectos do resultado da estratégia<br />
desta indústria, destcanado que os automóveis<br />
vendidos em Portugal em 2007, 2008<br />
e 2009 apresentaram emissões de CO2 de,<br />
respectivamente, 144 g/km, 139 g/km e 136<br />
g/km. “Verificou-se, pois, uma evolução notável<br />
em termos médios e podemos afirmar<br />
que este esforço é transversal a todas os fabricantes.<br />
É de salientar que, em 1998, foi assinado<br />
um acordo voluntário entre os Construtores<br />
de Automóveis e a União Europeia, o<br />
qual previa já uma redução das emissões de<br />
poluentes dos veículos colocados no mercado.”<br />
■ com R.C.<br />
Paulo Alexandre Coelho
Os carros mais amigos do ambiente<br />
■ MINI CARROS<br />
1 Toyota IQ 1.0 2 Suzuki Alto 1.0 3 Nissan Pixo 1.0<br />
■ PEQUENOS CARROS<br />
1 Ford Fiesta 1.6 TDCi Econetic 2 Subaru Justy 1.0 3 Daihatsu Sirion 1.0 eco top<br />
■ COMPACTOS<br />
1 Honda Insight Hybrid Elegance 2 Volvo C30 1.6D DRIVe DPF Start/Stop 3 Volkswagen Golf 1.4 TSI DSG<br />
■ CLASSE MÉDIA<br />
1 Toyota Prius 1.5 Hybrid 2 Honda Civic 1.3i-DSI Hybrid 3 BMW 316d<br />
■ CLASSE MÉDIA SUPERIOR<br />
1 BMW 520d DPF 2 BMW 520i DPF 3 Ford Mondeo 1.8 TDCi Econetic<br />
■ CARRINHAS DE 6 OU MAIS LUGARES<br />
1 Opel Zafira 1.6 ECOflex Turbo CNG Erdgas 2 Peugeot 308SW 1.6 HDi DPF 3 Renault Grand Scénic III 1.5dCI<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XVII<br />
Como são<br />
encontrados<br />
os carros<br />
verdes<br />
■ Quercus e Agência do<br />
Ambiente reuniram.se para<br />
o projecto www.topten.pt<br />
para analisar<br />
os automóveis,<br />
electrodomésticos,<br />
lâmpadas e até<br />
impressoras mais amigas<br />
do ambiente. O projecto<br />
Topten.pt foi promovido,<br />
entre 2007 e 2008, pela<br />
EDP Distribuição. Desde<br />
Dezembro de 2008, que é<br />
financiado pelo programa<br />
europeu “Intelligent<br />
Energy – Europe” (IEE)<br />
da Comissão Europeia.<br />
O Topten.pt faz parte<br />
do projecto europeu<br />
Euro-Topten Plus,<br />
que reune 20 parceiros<br />
de 16 países, cada um<br />
partilhando experiências,<br />
a tecnologia dos produtos,<br />
iniciativas de comunicação,<br />
etc. O Euro-Topten Plus<br />
terá a duração de três<br />
anos, entre Janeiro<br />
de 2009 e Dezembro<br />
de 2011. I.M.
XVIII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
Paula Nunes<br />
A Sociedade de Advogados Rui Pena<br />
& Associados é um exemplo a seguir. Foi<br />
pioneira na instalação de um painél fotovoltaico,<br />
mas também prima pelo facto de ter colocado<br />
um contador que permite a contagem<br />
da produção instantânea para a produção<br />
acumulada, bem como do CO2 evitado.<br />
Empresas<br />
mais amigas<br />
do ambiente<br />
■ As solicitações por parte<br />
de empresas dos mais<br />
variados sectores<br />
relativamente a<br />
equipamentos de energias<br />
renováveis, são crescentes<br />
e a tendência é apara se<br />
manter a procura. Quem o<br />
diz é José de Melo<br />
Bandeira, administradordelegado<br />
da Dalkia, que<br />
assegura que as empresas<br />
procuram projectos que<br />
permitam “a optimização<br />
das instalações existentes<br />
até às novas soluções de<br />
produção de energia<br />
descentralizada, com forte<br />
pendor para soluções<br />
tecnologicamente mais<br />
eficientes e com recurso<br />
a gás”. O responsável diz<br />
haver grande procura por<br />
soluções “com recurso a<br />
renováveis como solares,<br />
biomassa, geotermia e<br />
pilha de combustível”.<br />
Com as soluções que<br />
desenvolve, a Dalkia<br />
“já reduziu, em termos<br />
globais, 6 milhões de<br />
toneladas de CO2 as<br />
emissões dos clientes”,<br />
introduzindo “benefícios<br />
nas suas contas de<br />
exploração”, diz. R.C.<br />
Portucel produz<br />
em 2009, mais<br />
18% de energia<br />
Grupo investe 200 mil euros<br />
na área de energia.<br />
A Soporcel/Portucel, produziu, em 2009, 54%<br />
da energia eléctrica proveniente de biomassa<br />
florestal, em Portugal. O grupo investe na área<br />
da energia, “cerca de 200 milhões de euros com<br />
retornos a longo prazo”, informa fonte oficial.<br />
O grupo estima que, a partir de 2011, as instalações<br />
dos seus complexos fabris “venham a ser<br />
responsáveis por cerca de 5% de toda a energia<br />
eléctrica produzida no país, obtida na sua maioria<br />
a partir de recursos renováveis”, refere.<br />
A Soporcel/Portucel é, actualmente, o maior<br />
produtor nacional de ‘energia verde’ proveniente<br />
de biomassa florestal. Em 2009, o grupo atingiu<br />
uma capacidade de produção bruta de energia<br />
eléctrica de 1148 GWh, registando-se um aumento<br />
de cerca de 18% face ao ano anterior.<br />
“Uma produção total que corresponde ao consumo<br />
médio de 520 mil habitantes e a 2,5% da<br />
produção total nacional”, frisa a empresa, que,<br />
em meados de 2009, concluiu a central de ciclo<br />
combinado a gás natural associada à nova fábrica<br />
de papel de Setúbal, “com uma capacidade<br />
instalada de 80 MW, que vai permitir produzir<br />
anualmente cerca de 600 GWh”, diz fonte do<br />
grupo. De salientar ainda a entrada em funcionamento,<br />
no final do ano, de duas novas centrais de<br />
produção de energia eléctrica a partir de biomassa<br />
nas fábricas de Cacia e de Setúbal. “Com<br />
o arranque destas centrais, cuja capacidade unitária<br />
corresponde a 12,5 MWh, verificou-se um<br />
acréscimo da produção anual de energia renovável<br />
do grupo em 167 GWh, e consequente reforço<br />
da sua posição na área da biomassa”, frisa<br />
fonte do grupo, que, em 2009, começou os trabalhos<br />
de implementação da nova turbina de cogeração<br />
a biomassa, a instalar no complexo industrial<br />
da Figueira da Foz, que deverá entrar em<br />
funcionamento na segunda metade de 2010. A<br />
Sopoprcel/Portucel procedeu ainda à reformulação<br />
das caldeiras de biomassa das co-gerações<br />
das unidades fabris “projectos que permitiram<br />
uma melhoria significativa da eficiência energética<br />
e do desempenho ambiental das mesmas”,<br />
salienta. De frisar os importantes reflexos na redução<br />
das emissões de dióxido de carbono para<br />
a atmosfera destas medidas. “Entre 2005 e 2009,<br />
o grupo obteve uma redução de 29% nas emissões<br />
de CO2 e de 13% no consumo de água, por<br />
tonelada de produto”, destaca. ■R.C.<br />
Marcel de Button,<br />
presidente da<br />
Logoplaste, pousa<br />
orgulhoso junto de<br />
alguns dos 630<br />
painéis fotovoltaicos<br />
que a empresa<br />
instalou há um ano.<br />
Uma autêntica<br />
central que permite à<br />
sede da empresa ser<br />
independente no que<br />
toca à produção de<br />
energia consumida.<br />
A capacidade é de<br />
180 mil Kwh por ano.<br />
Painel<br />
fotovoltaico<br />
econtador<br />
O Grupo<br />
Soporcel/Portucel<br />
produziu em 2009,<br />
54% da energia<br />
eléctrica proveniente<br />
de biomassa florestal<br />
em Portugal. Os<br />
complexos fabris da<br />
empresa podem<br />
mesmo ser<br />
responsáveis por 5%<br />
de toda a energia<br />
eléctrica produzida no<br />
país. Pelo menos é<br />
essa a ambição do<br />
Grupo que conseguiu<br />
entre 2005 e 2009,<br />
reduzir em 29% as<br />
emissões de CO2 para<br />
a atmosfera.<br />
Retorno esperado pela RPA<br />
é de 4 mil euros por ano.<br />
“A substituição de copos de plástico para beber<br />
água por uma caneca por advogado e colaborador,<br />
permitiu à Sociedade de advogados Rui<br />
Pena Arnault & Associados - RPA, poupar mais<br />
de 400 euros/ano”. Quem o diz é Mónica Carneiro<br />
Pacheco, sócia coordenadora da área de<br />
energia, ambiente e recursos humanos da RPA.<br />
Mas outras formas há de poupança de energia,<br />
como instalar sensores de movimento, que levam<br />
que as luzes apenas se acendam quando as<br />
zonas são efectivamente usadas, ou sincronizar<br />
elevadores do edifício para que apenas o mais<br />
próximo do piso de chamada se movimente. Estas<br />
foram regras implementadas pela RPA que<br />
tem ainda por hábito desligar os computadores<br />
durante a noite, tendo substituído os monitores<br />
por monitores com eficiência energética de<br />
classe A.<br />
Mas além dos cuidados internos com a poupança<br />
de energia, a sociedade de advogados, produz<br />
também a sua própria energia. Como? instalando<br />
um painel fotovoltaico produzido pela<br />
Home Energy. “O painel é um conjunto de células<br />
fotovoltaicas ligadas entre si composto por<br />
20 módulos fotovoltaicos e com uma potência<br />
de 4,40 kWp”, informa Mónica Carneiro Pacheco.<br />
O sistema é ainda composto “por um inversor<br />
para transformação da energia DC para AC,<br />
um contador de energia, um quadro de ligação à<br />
rede e cabos de ligação”, explica.<br />
O painel foi instalado em Janeiro e desde Fevereiro<br />
que está a injectar potência na rede. É por<br />
isso, ainda muito cedo para se poder avaliar o<br />
retorno, e fazer um cálculo em termos de poupança.<br />
Porém, a expectativa é que “a poupança<br />
esperadacorrespondaaquiloqueéoretorno<br />
esperado, ou seja cerca de 4 mil euros por ano”.<br />
A sociedade de advogados instalou ainda um<br />
contador. Um sistema que permite a contagem<br />
da produção instantânea para produção acumulada<br />
e do CO2 evitado. “O contador é um dos<br />
elementos do sistema e não indica/controla o<br />
gasto em energia mas a energia produzida (instantânea<br />
e acumulada) e o CO2 evitado”, explica<br />
Mónica Carneiro Pacheco que informa que,<br />
actualmente, “o contador mostra uma produção<br />
acumulada de 1082 kWh e 757 kg de CO2 evitado”.<br />
O investimento total realizado pela sociedade<br />
foi cerca de 21 mil euros. ■R.C.<br />
800 m2 com<br />
630 painéis<br />
fotovoltaicos<br />
Logoplaste reduziu em<br />
30% consumo de energia.<br />
São 800 m2 de painéis fotovoltaicos que a Logoplaste<br />
tem instalados no seu Campus em Cascais.<br />
Ao todo são 630 painéis, responsáveis pela<br />
produção de 110 Kwh de energia, e uma capacidade<br />
anual de 180 mil Kwh “o que chega para<br />
cobrir 25% das necessidades da sede da empresa<br />
onde se encontra toda a gestão e parte administrativa<br />
da actividade da Logoplaste nos 17<br />
países onde está presente”, informa Marcel de<br />
Button, presidente da empresa.<br />
Os painéis estão a funcionar há um ano, tendo<br />
demorado cerca de ano e meio a serem instalados,<br />
“num investimento total de 54 mil euros<br />
com retorno esperado dentro de 12 anos”, esclarece<br />
o responsável, que partilha a ambição de,<br />
“a longo prazo, a empresa querer instalar o mesmo<br />
sistema nas 17 fábricas do país”.<br />
As preocupações ambientais da empresa remontam<br />
a 1996, quando a Logoplaste inaugurou<br />
a sociedade Ponto Verde e a política mantém-se<br />
nos dias de hoje. O ano passado, a empresa procedeu<br />
a alterações na produção de garrafas de<br />
plástico. Tampas mais baixas e redução da espessura,<br />
“o que implica um ganho de peso em<br />
cada embalagem”, diz Marcel de Button. Assim,<br />
se, em 2005, “por cada tonelada transformada,<br />
eram necessários 1017 Kwt de energia, o valor<br />
baixou para 935 Kwh, -8%”, explica o presidente.<br />
Estas alterações tiveram consequências igualmente<br />
positivas nas emissões libertadas de CO2<br />
para a atmosfera. A Logoplaste conseguiu reduzir<br />
em 4,5% a geração indirecta de CO2, ou seja,<br />
60 toneladas, ao mesmo tempo que economizou<br />
1500 toneladas de garrafas, das 30 mil que<br />
produz em média, anualmente, o que representa,<br />
assegura Marcel de Button, “menos 1000<br />
KWh, e uma diminuição de 30% nos gastos<br />
energéticos das fábricas”, o que se justifica com<br />
o facto da alteração ter implicado a utilização de<br />
materiais mais amigos do ambiente. É que até a<br />
forma de secagem das garrafas mudou. “Antes<br />
era a calor e agora é em vácuo, o que permite<br />
uma poupança energética”, afirma o responsável<br />
que acrescenta que, anualmente a Logoplaste<br />
investe em pesquisas na área das energias,<br />
“cerca de 0.5% das vendas da empresa.<br />
Internamente, a empresa tem ainda o cuidado<br />
de utilizar os dois versos da folha para imprimir<br />
e de ter iluminação mais económica. ■R.C.<br />
Fotos cedidas por Andritz AG da autoria de Lars Behrendt
Hospitais podem poupar até 80% com LED<br />
A cogeração pode diminuir a factura energética de um hospital até 30%<br />
Raquel Carvalho<br />
raquel.carvalho@economico.pt<br />
A eficiência energética nos hospitais passa muito<br />
pela redução dos consumos de iluminação,<br />
pela utilização de aparelhos de climatização<br />
mais eficientes e por sistemas de gestão técnica<br />
centralizada.<br />
Para isso, basta saber escolher fornecedores<br />
que implementem tecnologias amigas do ambiente.<br />
E um sistema de iluminação eficiente a<br />
nível energético faz toda a diferença. A redução<br />
do consumo de energia pode chegar aos 80%.<br />
No caso do Novo Hospital Internacional do Algarve,<br />
que alocou à Arquiled o desenvolvimento<br />
de toda a sua iluminação com a tecnologia<br />
LED, a poupança varia “entre 55 e 60%. Cerca de<br />
1200 euros”, informa Rafael Santos, CEO da Arquiled.<br />
O que foi possível porque aquela unidade<br />
de saúde reduziu os custos de exploração.<br />
“Além da evidente poupança energética directa<br />
obtida através da aplicação da tecnologia Led”,<br />
Rafael Santos explica que, no caso do Hospital<br />
Internacional do Algarve, conseguiu-se também<br />
“em aplicações de iluminação interior uma<br />
efectiva redução energética no consumo das<br />
soluções de avac, graças à redução de temperatura<br />
nas fontes de luz”.<br />
De facto, a tecnologia LED tem imensas vantagens<br />
face às fontes tradicionais. O CEO da Arquiled<br />
destaca como vantagens, “a sua maior<br />
eficiência energética, as suas dimensões reduzidas,<br />
a durabilidade, a maior resistência ao choque<br />
e vibrações, os reduzidos custos de manu-<br />
Paula Nunes<br />
O Novo Hospital Internacional<br />
do Algarve poupou com a<br />
iluminação LED, entre 55% e<br />
60%, ou seja, cerca de 1200 euros.<br />
tenção e os baixos consumos de potência”, factores<br />
que contribuem para uma factura mensal<br />
de energia bastante mais reduzida, a par de uma<br />
redução da emissão de gases de efeito de estufa.<br />
É por isso uma vantagem para unidades de saúde<br />
aderirem a esta tecnologia. No caso do Novo<br />
Hospital Internacional do Algarve, o retorno foi<br />
de 19 meses. “Isto se tivermos em conta uma<br />
matriz de utilização de 365 dias/ano 12 horas/dia”,<br />
explica. Nesse caso, “a poupança é de<br />
11.708,51 KWh/ano”.<br />
Rafael Santos informa que “a solução de tecnologia<br />
convencional tinha um custo de cerca de<br />
17.000 euros e a solução de tecnologia led aplicada<br />
custou de investimento inicial cerca de<br />
18.831 euros”, acrescentado que a Arquiled tem<br />
alocado 750 mil euros para o desenvolvimento<br />
de sistemas.<br />
Depois desta parceria, a empresa prevê estender<br />
a colaboração para outras unidades de saúde.<br />
São elas as unidades de saúde da Beira Alta,<br />
da Beira Baixa, Lisboa e Braga, estando a empresa<br />
“a trabalhar em alguns projectos a nível nacional<br />
para hospitais de retaguarda e centros<br />
geriátricos”, diz.<br />
Além de sistemas de iluminação eficientes, os<br />
hospitais ganham também em implementar sistemas<br />
que ajudem a controlar a temperatura<br />
sem gastar muito. Em Portugal, são três os hospitais<br />
que utilizam sistemas de trigeração para<br />
produção de electricidade, calor e frio: o Pedro<br />
Hispano, em Matosinhos, o Garcia da Orta, em<br />
Almada, e o S. Francisco Xavier, em Lisboa.<br />
A grande vantagem da cogeração em hospitais<br />
passa por permitir uma poupança dos custos<br />
energéticos entre os 15% e os 20%. Esta tecnologis<br />
faz aproveitamentos térmicos bastante significativos<br />
em águas quentes sanitárias, sistemas<br />
de climatização e esterilização, no que diz<br />
respeito ao calor, e em sistemas de climatização,<br />
no que diz respeito ao frio. Na grande maioria<br />
das instalações onde existem sistemas de cogeração<br />
obtêm-se reduções na factura energética<br />
de 20 - 30%, o que se traduz em retornos de investimento<br />
da ordem dos 3 anos.<br />
O futuro Hospital de Loures vai ter um sistema<br />
de cogeração que lhe vai permitir uma poupança<br />
de energia entre os 15 e os 20%. É a Dalkia a<br />
empresa que irá explorar este sistema. ■<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XIX<br />
Uma lâmpada LED.
XX Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
FINANCIAMENTO<br />
APRIVADOS<br />
Santander<br />
financia de 3<br />
a 8 mil euros<br />
■ Para particulares, o<br />
Santander disponibiliza um<br />
montante que varia entre<br />
os3mileos8mileuros,<br />
comprazosde24a96<br />
mesesespreadde2%.<br />
Microgeração<br />
é líder nos<br />
pedidos ao BPI<br />
■ Os clientes particulares<br />
e pequenos negócios que<br />
procuram financiamento<br />
no BPI, querem soluções<br />
para projectos de<br />
microgeração, sobretudo<br />
fotovoltaico.<br />
Financiamento para<br />
renováveis a crescer<br />
NOVO ENQUADRAMENTO REGULATÓRIO tornou mais<br />
dinâmico sector das renováveis em Portugal.<br />
Raquel Carvalho<br />
raquel.carvalho@economico.pt<br />
Portugal está muito activo no que respeita ao financiamento<br />
em regime de ‘project finance’<br />
para projectos de energias renováveis. De acordo<br />
com fonte do BESI, “a procura tem-se mantido<br />
elevada ao longo dos últimos anos”, sendo<br />
este “já claramente um dos principais sectores<br />
de actividade dentro da área do ‘project finance’<br />
em Portugal”, garante aquele banco. A opinião é<br />
partilhada pelo Santander que afirma ser esta<br />
uma época de “dinâmica, de existência de muitos<br />
projectos de energias renováveis em fase de<br />
financiamento e é previsível que a tendência se<br />
mantenha pelos menos até meados de 2013”, garante<br />
fonte do banco.<br />
O mercado está em grande movimentação e o<br />
BESI esclarece já não serem só os projectos eólicos<br />
e as centrais hídricas a dominarem o negócio.<br />
“O sector apresenta agora uma maior diversidade,<br />
tendo surgido vários projectos de energia<br />
solar e sendo esperada também alguma actividade<br />
em torno da biomassa”, diz o banco.<br />
No entanto, convém lembrar que o mercado<br />
português foi um dos precursores desta forma<br />
de financiamento para operações ligadas aos<br />
portfolios essencialmente eólicos. Quem o afirma<br />
é o Millenniumbcp.<br />
Portugal chegou em 2009, aos 3.500MW de potência<br />
instalada, o que, segundo fonte do Millenniumbcp,<br />
“são notáveis para um país da dimensão<br />
do nosso, colocando-nos nos primeiros<br />
lugares a nível mundial em indicadores como<br />
MW renovável a dividir por habitante ou por<br />
Km2”. O banco elogia a capacidade da banca e<br />
dos promotores, mas diz que “nada disto teria<br />
sido possível sem o enquadramento regulatório<br />
correcto que o Governo delineou em 2005”.<br />
Segundo aquele banco, “nos próximos anos, o<br />
mercado de ‘project finance’ na área de renováveis<br />
deverá continuar a beneficiar dos enquadramentos<br />
regulatórios, e deverá ser suportado<br />
pela recuperação dos preços de electricidade<br />
fruto da antecipada aproximação dos preços do<br />
gás aos preços do petróleo”, sendo de esperar<br />
“interesse em novas transacções”.<br />
De facto, este é um sector atractivo e pode<br />
apontar-se responsabilidade deste facto, “além<br />
dos regimes tarifários em vigor, aos custos de<br />
investimento associados e ao grau de domínio<br />
das tecnologias”, diz o Millenniumbcp. Mas não<br />
só. No contexto de crise económica que a Europa<br />
atravessa, Luis Teles, responsável da Direcção<br />
de Structured Finance do Banif Investment<br />
Bank, garante que “o sector das energias renováveis<br />
demonstra uma atractividade interessante<br />
e uma matriz de riscos robusta que permi-<br />
te estruturar um financiamento em project finance<br />
sem recurso aos accionistas”. É por isso<br />
que os principais players do mercado se mantém<br />
activos, mesmo depois de se sentir alguma<br />
retracção da oferta de financiamentos de longo<br />
prazo, com o eclodir da crise nos mercados financeiros,<br />
no segundo semestre de 2007. O Santander<br />
admite que a crise financeira e escassez<br />
de liquidez teve um efeito negativo na capacidade<br />
de alguns bancos para participar nas transacções.<br />
Mas o pior já passou e no momento actual,<br />
“com o sentimento de recuperação da economia<br />
e um extenso pipeline acumulado de projectos,<br />
a evolução do sector nos próximos 2/3<br />
anos deverá ser muito positiva caso o enquadramento<br />
regulatório se mantenha estável”, diz o<br />
banco. A CaixaBi afirma mesmo que, “depois de<br />
algum marasmo, o apetite do mercado por activos<br />
no sector das energias renováveis está no-<br />
O sector das renováveis está cada<br />
vez mais atractivo, o que se deve,<br />
em parte, às iniciativas do governo<br />
de promoção do sector e<br />
ao lançamento de novas licenças.<br />
vamente ascendente”, acrescentando o banco<br />
que “o primeiro trimestre de 2010 marcou o início<br />
de uma nova fase do mercado, caracterizada<br />
por uma procura crescente de projectos no sector<br />
das energias renováveis”.<br />
Em Portugal, os projectos eólicos e fotovoltaicos<br />
são os que requerem mais pedidos de investimentos,<br />
sendo também os que têm mais perspectivas<br />
de futuro. Segundo Luís Teles,. “os investidores<br />
e o sistema financeiro privilegiam as<br />
tecnologias já comprovadas e com níveis de eficiência<br />
elevados e risco mais moderados”, explica,<br />
justificando que “as centrais hídricas, eólicas<br />
e de biomassa apresentam os melhores binómios<br />
risco-retorno, pelo que deverão contin<br />
uar a evidenciar fortes níveis de investimento”.<br />
Luis Teles antevê “forte investimento em energia<br />
solar, termo e fotovoltaico, antecipando um<br />
desenvolvimento tecnológico acelerado. ■<br />
COMO ACTUAM OS BANCOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE “PROJECT FINANCE”<br />
Santander 1 BPI 2 BES 3<br />
■ O Santander disponibiliza o ■ Os clientes do BPI tanto são ■ Além das preocupações com<br />
leasing para compra de empresas e promotores de o preço das operações e da<br />
equipamentos de energias projectos de média e grande necessidade de assegurar o<br />
renováveis. Existem soluções dimensão, através das<br />
apoio a longo prazo, do maior<br />
de financiamento a 100% do Direcções de Empresas e de número de bancos possível, as<br />
investimento, operações de Project Finance, como clientes empresas procuram estruturas<br />
locação financeira simples, particulares e pequenos de financiamento flexíveis para<br />
que se destinam a particulares negócios. O Banco tem estado poderem ser tidas em conta as<br />
e empresas com prazos de muito activo com<br />
especificidades de cada projecto<br />
pagamento alargados até 10 participações em projectos em matéria de perfis de<br />
anos. Acessoriamente, o fotovoltaicos, de biomassa e, desembolso e reembolso das<br />
banco tem um pacote de mais recentemente,<br />
facilidades de crédito, definições<br />
seguros de apoio.<br />
termossolares.<br />
dos rácios do projecto, etc.<br />
Em Portugal em 2008 três operações<br />
de financiamento originaram<br />
aproximadamente 262 milhões de euros para<br />
o desenvolvimento de dois parques solares<br />
fotovoltaicos e uma hidroeléctrica.<br />
4<br />
Millenniumbcp<br />
■ O Millennium bcp através<br />
do protocolo “Medida Solar<br />
Térmico 2009”, que promove<br />
a utilização de renováveis em<br />
particulares, financiou um<br />
máximo de 5 mil euros. O<br />
Banco disponibiliza ainda o<br />
Crédito Energias Renováveis,<br />
que se destina a financiar<br />
despesas com a aquisição de<br />
equipamentos passíveis de<br />
transformarem energias<br />
renováveis, até 15 mil euros.
5<br />
Caixa BI<br />
■ O CaixaBI financia projectos<br />
de empresas de áreas tão<br />
diversas como infraestruturas<br />
rodoviárias, energia, ambiente,<br />
gás natural, imobiliário,<br />
transportes, saúde,<br />
telecomunicações, tratamento<br />
e distribuição de água. O banco<br />
encontra-se organizado numa<br />
lógica de direcções e<br />
desenvolve soluções à medida,<br />
de forma a assegurar a melhor<br />
transacção para o cliente.<br />
6<br />
Banif<br />
■ O Banif disponibiliza uma<br />
oferta integrada de produtos e<br />
serviços. Actualmente o banco<br />
está a analisar um vasto pipeline<br />
de projectos eólicos,<br />
fotovoltaicos, termo-solares e de<br />
biomassa, em Portugal, Espanha<br />
e Brasil. O sector é estratégico<br />
para o Grupo e nos próximos<br />
anos será uma área de grande<br />
investimento tanto na vertente<br />
de capital, como na vertente de<br />
assessoria e financiamento.<br />
7<br />
Montepio<br />
■ Ao nível do consumo, o<br />
Montepio dispõe de linhas de<br />
crédito especializadas para<br />
PME que pretendam efectuar a<br />
conversão dos seus consumos<br />
energéticos. Para particulares o<br />
Banco proporciona o acesso a<br />
linhas bonificadas que<br />
possibilitam a migração para<br />
consumos energéticos verdes,<br />
com prazos de maturidade<br />
devidamente ajustados ao<br />
payback do investimento.<br />
Vincent Kessler/Reuters<br />
Índia é líder<br />
no volume<br />
de negócios<br />
Investiram-se 217 mil<br />
milhões de euros em 2009.<br />
O mercado das energias renováveis tem registado<br />
um crescimento significativo nos últimos<br />
anos. Os novos investimentos à escala mundial,<br />
atingiram o ano passado, os 217 mil milhões de<br />
euros. Porém, houve um decréscimo de 9% relativamente<br />
a 2008, onde os investimentos atingiram<br />
os 239 mil milhões de euros.<br />
Segundo a Dealogic, foi a Índia o país que mais<br />
investiu em projectos de energias renováveis<br />
em regime de project finance: foram 40 mil milhões<br />
alocados a 81 projectos e uma subida de<br />
189% face a 2008. No ranking dos dez países<br />
mais activos nesta área, os Estados Unidos ocupam<br />
a segunda posição com 76 operações realizadas,<br />
no valor de 20 mil milhões de euros, mas<br />
um descréscimo de 14% face ao ano anterior. Já<br />
o Brasil subiu 412% ocupando a a terceira posição,<br />
tendo investido 17 mil milhões de euros. No<br />
ranking de 2009, deve destacar-se a Papua Nova<br />
Guiné, que, com apenas duas transacções realizadas,<br />
num valor perto dos 14 mil milhões de<br />
euros, registou a maior subida comparativamente<br />
a 2008, 2941%, estando no 4º lugar. A Espanha<br />
é líder no número de operações realizadas:<br />
101, mas ocupa o 5º posto no que toca ao in-<br />
No total, em 2009 foram<br />
estruturados financiamentos<br />
que ascenderam a dois mihões<br />
de euros.<br />
vestimento feito: 13 mil milhões de euros, tendo<br />
porém registado um decréscimo de 24%.<br />
No que toca a Portugal, os investimentos poderão<br />
totalizar 12 mil milhões de euros até 2012 e<br />
120 mil milhões até 2020.<br />
A aposta em energias renováveis em Portugal<br />
ganhou força em 2005 com o concurso para a<br />
atribuição de licenças de projectos eólicos até<br />
uma potência total de 1600MW, tendo sido definidaametade4500MWatéfinaldadécada.<br />
Em Portugal, em 2008 foram registadas 10 operações<br />
em regime de ‘project finance’ no sector<br />
das renováveis, entre as quais 7 referem-se a<br />
projectos eólicos num total de 1892 MW, cujo financiamneto<br />
se aproximou dos 3 mil milhões<br />
de euros. As restantes três operações de financiamento<br />
originaram aproximadamente 262 milhões<br />
de euros para o desenvolvimento de dois<br />
parques solares fotovoltaicos e uma hidroeléctrica,<br />
num total de 567,7 MW.<br />
As operações que atingiram o financial close<br />
em 2009, um total de 4 para 1.154 MW, trataramse,<br />
na maior parte, do refinanciamento de projectos<br />
já em exploração como foi o caso do<br />
portfólio eólico da Iberwind de 680,7 MW e da<br />
Generg de 442 MW. No total, o ano passado foram<br />
estruturados financiamentos que ascenderam<br />
os dois milhões de eurso.<br />
A nível de project finance em Portugal, destacam-se<br />
as licenças atribuídas do concurso público<br />
para atribuição de pontos de ligação, as<br />
quais estão a chegar agora à fase de financiamento,<br />
bem como o potencial financiamento<br />
em project finance do sobre-equipamento dos<br />
parques mais antigos. ■<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XXI<br />
657 milhões<br />
para parques<br />
eólicos<br />
■ Um dos projectos que<br />
mais vincaram o panorama<br />
nacional foi o projecto<br />
ENEOP2, que previa<br />
inicialmente a produção de<br />
1200 MW de energia em<br />
parques eólicos a instalar<br />
até 2013, e que foi reduzido<br />
para 480 MW, com<br />
arranque em 2010 e com a<br />
duração de 20 anos. Deste<br />
projecto já foram<br />
concluídas duas operações<br />
de financiamento de 657<br />
milhões de euros.<br />
O ‘pipeline’ de projectos de<br />
energias renováveis em<br />
Portugal foi marcado pelo<br />
impulso dado pelo<br />
concurso de 2005 para a<br />
atribuição de licenças de<br />
projectos eólicos até uima<br />
potência total de 1600 MW,<br />
sendo que foi definida a<br />
meta ddos 4500 MW até<br />
ao final da década. R.C.
XXII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
O QUE DIZEM<br />
OS BANCOS<br />
1<br />
■ São mais atractivos<br />
os projectos de menor<br />
dimensão por diluirem<br />
os custos associados à<br />
estruturação e montagem<br />
das operações<br />
2<br />
BES<br />
■ É expectável que<br />
o triénio 2010-2013 seja<br />
de grande crescimento<br />
no sector das renováveis.<br />
3<br />
Santander Totta<br />
■ Os projectos de energias<br />
renováveis podem ter<br />
dimensões muito distintas,<br />
mas todos são atractivos.<br />
4<br />
BPI<br />
■ O 1º trimestre do ano<br />
marcou o início de uma<br />
nova fase do mercado: uma<br />
procura crescente.<br />
5<br />
CGD<br />
■ Éovento,ofotovoltaico<br />
e o termo-solar, os mais<br />
activos e os que terão maior<br />
crescimento no futuro.<br />
6<br />
Millennium bcp<br />
■ Antecipa a<br />
concretização de projectos<br />
fotovoltaicosdemenor<br />
dimensão e evolução no<br />
sector da biomassa.<br />
7<br />
Banif<br />
Montepio<br />
■ Em 2010 têm aparecido<br />
projectos mais pequenos,<br />
igualmente rentáveis, mas<br />
com maiores garantias de<br />
rápida cobertura financeira.<br />
Bancos nacionais<br />
activos no ‘project<br />
finance’ a renováveis<br />
O FINANCIAMENTO a projectos de energias renováveis<br />
ganha peso na actividade de ‘project finance’ dos bancos.<br />
Raquel Carvalho<br />
raquel.carvalho@economico.pt<br />
Os cinco maiores bancos nacionais dão cartas<br />
no financiamento em regime de ‘project finance’<br />
em Portugal e no Mundo. São muitos milhares<br />
de euros envolvidos num sector dinâmico e<br />
com boas perspectivas de crescimento. Dai se<br />
explica também que bancos de menor dimensão<br />
estejam de olho nas energias renováveis.<br />
BES<br />
Banco financiou mais de 5 mil milhões de euros<br />
O BESI surge na 8ª posição deste ranking a nível<br />
mundial e na 1ª posição a nível nacional segundo<br />
os dados do Infrastructure Journal, . Se<br />
se considerar a actividade de assessoria financeira<br />
apenas, o BESI ocupava a 1ª posição do<br />
ranking internacional.<br />
Segundo fonte do banco, no cômputo geral da<br />
actividade de ‘project finance’ desenvolvida<br />
pelo BESI, “o sector das energias renováveis<br />
tem actualmente um peso de cerca de 20% e envolve<br />
compromissos de financiamento totais a<br />
nível nacional e internacional superiores a 1400<br />
milhões de euros”.<br />
Até à data, informa a mesma fonte, o banco “esteve<br />
envolvido em operações de ‘project finance’<br />
neste sector cujo montante total de financiamento<br />
ultrapassa os 5 mil milhões de euros, distribuídos<br />
por vários países na Europa, EUA. e<br />
Austrália”.<br />
A actividade de financiamento de projectos de<br />
energias renováveis é assegurada pela equipa<br />
de ‘Project Finance’ constituída actualmente<br />
por 56 pessoas distribuídas por Lisboa, Londres,<br />
Madrid, Nova Iorque, São Paulo, Varsóvia e<br />
Luanda.<br />
Durante 2009, a equipa concretizou 3 operações<br />
na área, sendo de realçar que “o conjunto destas<br />
operações assumiu um peso próximo dos 50%<br />
da actividade total de financiamento da equipa<br />
em Portugal”, refere a mesma fonte.<br />
Este ano, o BESI já se encontra a trabalhar em 5<br />
novas operações neste sector em Portugal, incluindo<br />
parques eólicos e parques solares fotovoltaicos.<br />
E a expectativa é de que “o sector<br />
continue com uma forte dinâmica e potencial<br />
de crescimento”, garante fonte do banco.<br />
SANTANDER<br />
3400 milhões de euros e 61 transacções<br />
Em 2009, o Banco Santander foi líder na Europa<br />
no financiamento de projectos de energias renováveis<br />
em regime de ‘project finance’ com 29<br />
transacções para um volume de participação total<br />
de cerca de 1.400 milhões de Euros. Fonte do<br />
banco assegura que, a nível mundial, o Santander<br />
“foi a segunda instituição financeira mais<br />
activa com 61 transacções e um volume total de<br />
capital aplicado de mais de 3400 milhões de euros”.<br />
Os números falam por si. “As energias renováveis<br />
representaram cerca de 39% da actividade<br />
de ‘project finance’ na Europa e mais de<br />
58% a nível global em 2009”, informa a mesma<br />
fonte, acrescentando que em Portugal, o Santander<br />
tem estado envolvido no financiamento<br />
dos principais projectos eólicos e fotovoltaicos<br />
realizados no país, procurando “cobrir os vários<br />
segmentos do sector, desde os grandes projectos<br />
até às pequenas iniciativas promovidas por<br />
PME, sendo que representam entre 30% a 40%<br />
dos financiamentos em ‘Project Finance’”, diz.<br />
O Santander tem uma equipa de mais de 50 colaboradores<br />
envolvidos no financiamento de<br />
projectos de energias renováveis a nível mundial,<br />
os quais estão espalhados por diversos países.<br />
Contudo, existe uma equipa de execução<br />
global que acompanha todos os projectos e que<br />
está localizada em Madrid Londres e São Paulo,<br />
havendo já uma equipa nos EUA.<br />
Em Portugal, são quatro os profissionais responsáveis<br />
pela originação e execução dos financiamentos<br />
estruturados e dois colaboradores<br />
responsáveis pela gestão das operações em<br />
carteira e mercado de capitais de dívida.<br />
Adicionalmente, a prestar apoio no acompanhamento<br />
das oportunidades geradas pela rede<br />
de empresas do banco, o Santander tem uma<br />
equipa de três colaboradores, distribuídos pelo<br />
país, e que, segundo fonte do banco, “fazem o<br />
interface entre a rede de empresas e a equipa de<br />
‘project finance’”.<br />
BPI<br />
700 milhões em financiamntos<br />
A carteira da direcção de ‘project finance’ do<br />
Banco BPI supera os 3 mil milhões de euros, incluindo<br />
financiamentos num montante superior<br />
a 700 milhões de euros, representando perto<br />
de 23% do total, e totalizando 65 projectos de<br />
energias renováveis, 50% dos quais em Portugal,<br />
40% em Espanha e o restantes noutros países,<br />
incluindo França e Moçambique.<br />
São 30 os profissionais que trabalham nesta<br />
área, dos quais cerca de um quarto se dedica<br />
quase em exclusividade à consultoria e financiamento<br />
de projectos no sector das energias<br />
renováveis.<br />
Desde 2000, quando começou em força a actividade<br />
de financiamento de projectos de energias<br />
renováveis que o banco tem estado muito activo<br />
com participações em projectos fotovoltaicos,<br />
de biomassa e, mais recentemente, termossolares.<br />
“Os principais mercados de actuação<br />
do BPI nesta área têm sido Portugal e Espanha,<br />
com algumas participações menos significativas<br />
noutros países europeus”, explica fonte do<br />
banco que destaca o apoio prestado pelo BPI no<br />
âmbito dos concursos para atribuição de potência<br />
eólica lançados pelo Governo português em<br />
2005, em particular a primeira fase.<br />
Actualmente o banco financia projectos desenvolvidos<br />
pela quase totalidade dos grandes promotores<br />
e grupos empresariais envolvidos em<br />
energias renováveis em Portugal e Espanha.<br />
CAIXABI<br />
Mil milhões por ano de financiamnto<br />
De acordo com a Dealogic, o Grupo CGD ficou<br />
em 1º lugar no ranking de mandatos de ‘project<br />
finance’ em Portugal, ocupando a 3ª posição em<br />
termos ibéricos e a 8ª a nível europeu.<br />
Os investimentos do grupo já ascendeu a seis<br />
mil milhões de euros, dinheiro alocado a projectos<br />
de energia renovável cuja potência istalada<br />
ultrapassa os 3800 MW. No total, são os projectos<br />
eólicos os que têm maior peso, representando<br />
90% do total dos projectos onde o Caixa-<br />
BI está envolvido, sendo os restsntes fotovoltaicos,<br />
solar térmico e hídrico.<br />
A equipa de produto dedicada ao Project e<br />
Structured Finance do CaixaBI está centraliza-<br />
As equipas de<br />
1 Caixa BI<br />
2 Millennium bcp<br />
3 BESI<br />
4 Santander<br />
5 BPI<br />
6 Montepio<br />
7 Banif<br />
6<br />
7
‘Project Finance’ dos bancos<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
Fotos: Paulo Alexandre Coelho e Paulo Figueiredo<br />
da em Lisboa e é constituída por 21 pesssoas,<br />
sendo que 15 pessoas estão na área de estruturação<br />
e assessoria e seis no acompanhamento de<br />
projectos e operações.<br />
Os serviços disponibilizados pelo CaixaBI aplicam-se<br />
aos mais variados sectores, sendo que<br />
das 19 operações fechadas em 2009, em regime<br />
de ‘project finance’, quatro foram do sector<br />
energético. Já em 2008, o banco tinha participado<br />
em 24 operações, com 12 delas a pertencerem<br />
ao sector energético, entre as quais 9 de<br />
energias renováveis. Foram mil milhões de euros<br />
financiados pelo CaixaBI em cada ano.<br />
Já em 2010, o CaixaBI financiou 526 milhões de<br />
euros para o desenvolvimento dos primeiros<br />
480 MW do projecto eólico de 1200 MW.<br />
MILLENNIUM BCP<br />
Renováveis valem 30% no ‘project finance’<br />
O Millennium Investment Banking tem uma<br />
posição de liderança em Portugal e no mundo,<br />
no mercado de project finance na área de renováveis,<br />
tendo estado envolvido em praticamente<br />
todas as transacções de referência. O banco,<br />
segundo refere fonte oficial, “tem tentado promover<br />
a expansão do seu know how a novos<br />
países”. Segundo a mesma fonte, “as energias<br />
renováveis representam cerca de 30% da actividade<br />
do Millennium Investment Banking na<br />
área de ‘project finance’, muito em linha com o<br />
peso do sector eléctrico em ‘project finance’ a<br />
nível europeu”, sublinha o banco, que, nesta<br />
área tem uma equipa de ‘Project Finance’ constituída<br />
por 13 pessoas, fisicamente localizadas<br />
em Lisboa, mas beneficiando da capilaridade da<br />
rede internacional do grupo.<br />
Em 2010, o Millennium Investment Banking coliderou<br />
a operação de financiamento em ‘project<br />
finance’ dos primeiros 480MW associados<br />
à fase A do concurso público para atribuição de<br />
pontos de ligação, atribuídos ao consórcio<br />
ENEOP. Destaque ainda para o envolvimento<br />
como assessores financeiros e como líderes do<br />
‘project finance’ em projectos eólicos na Polónia<br />
e em projectos solares em Espanha.<br />
BANIF<br />
Banif financia projectos em 110 milhões de euros<br />
O ano de 2009 foi de afirmação do Banif Investment<br />
Bank como banco de investimento de<br />
referência em Portugal nas energias renováveis.<br />
Em 2009, “foi o banco que estruturou e financiou<br />
mais transacções em Portugal em projectos<br />
solares fotovoltaicos num total de 24MW e<br />
cerca de 110 milhões de euros de investimento”,<br />
frisa Luís Teles, Responsável da Direcção de<br />
Structured Finance do Banif.<br />
Otrabalhonaáreafoiintensoeoritmovaimanter-se<br />
este ano. De acordo com Luis Teles, “2010<br />
vai ser um ano de concretização de alguns projectos<br />
que estão no pipeline em Portugal”, acreditando<br />
que, “em termos de dimensão será o eólico<br />
o sector mais activo”.<br />
Em termos de crescimento, o banco estima o<br />
mercado do Brasil e Espanha “como focos importantes<br />
de desenvolvimento da actividade<br />
neste sector”. Actualmente o Banif encontra-se<br />
a financiar e/ou analisar um conjunto de cerca<br />
de 11 projectos solares rooftop (cobertas), 2 projectos<br />
termosolares, 8 projectos solares fotovoltaicos,<br />
2 projectos eólicos e 4 projectos de biomassa,<br />
tendo uma equipa de 11 pessoas concentradas<br />
em estruturar financiamentos para projectos<br />
de energias renováveis. Cinco em Lisboa,<br />
duas em Barcelona, Espanha, sendo que as restantes<br />
quatro estão em São Paulo, no Brasil.<br />
MONTEPIO<br />
Três projectos em perspectiva<br />
Apesar de ter menor expressão, o Montepio<br />
não deixa de estar atento às áreas mais atractivas<br />
para a actividade da banca no geral. O banco<br />
apoiou um dos participantes do projecto<br />
ENEOP2, “muito desafiante pela dimensão,<br />
complexidade e diversidade em equação”, refere<br />
João Neves, responsável pela equipa de ‘project<br />
finance’, que até final do ano, será de quatro<br />
elementos. A equipa está a estudar o envolvimento<br />
em três projectos de média dimensão. ■<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XXIII<br />
DESTAQUE<br />
NOVAS<br />
ENERGIAS<br />
DE
PUB
MENU INOVAÇÃO&TECNOLOGIA V<br />
diadamãe internet<br />
Portátil ‘fashion’<br />
Para mães que gostam de andar sempre na<br />
moda, o site www.iamportable.com oferece<br />
uma série de opções para equipar o portátil,<br />
desde malas a capas, de várias marcas<br />
eparatodososgostosefeitios.Apartir<br />
de 20 euros, pode comprar uma capa<br />
à medida dos gostos da sua mãe e que proteja<br />
o PC. Útil e ‘fashion’ ao mesmo tempo.<br />
Produto: Mala ou ‘sleeve’ para portátil; Marca: várias<br />
PVP: sob consulta<br />
Tradição japonesa<br />
De inspiração oriental, o telemóvel Sony<br />
Ericsson W205 Kimmidoll tem quatro opções<br />
de bonecas, cada uma com um determinado<br />
significado: paz, romance, poder e sorte,<br />
tal como as tradicionais bonecas orientais.<br />
Com um ‘look’ próprio e conteúdos exclusivos,<br />
o equipamento tem uma câmara fotográfica<br />
de 1.3 MP, ‘walkman’, rádio e ‘bluetooth’.<br />
Produto: W205 Kimidoll by TMN; Marca: Sony Ericsson e<br />
TMN; PVP: € 64,90<br />
Uma ‘pen’ para brilhar<br />
Objecto de luxo com utilidade para as mães mais<br />
requintadas? Esta ‘pen’, cravejada a diamantes,<br />
custa cerca de 17 mil euros e foi criada por uma<br />
empresa especializada em dispositivos de luxo.<br />
Baptizada de Ice+, tem 8 GB de memória, a tampa<br />
eabasesãofeitasdeplatinaeocorpoécravejado<br />
com 462 diamantes. O modelo mais modesto,<br />
chamado Stahl, custa perto de 120 euros.<br />
‘Produto: Pen drive’ cravejada a diamantes; Marca: Miistor<br />
(Reino Unido); PVP: € 16.975<br />
8,75 AApplevendeu8,75milhõesdeiPhones<br />
1<br />
O cinema em casa<br />
vistodeuma<br />
nova perspectiva<br />
Verfilmesemcasanãoéomesmoqueiraocinema,<br />
mas a experiência pode ser muito próxima. A Sony<br />
lançou três novos sistemas de ‘home cinema’. O modelo<br />
HT-CT350 (3) é tem capacidade para ler filmes em<br />
3D através de HDMI 1.4. Se tiver uma televisão de 32<br />
polegadas o HT-CT150 (2) é o modelo ideal. Finalmente,<br />
a empresa anunciou o tradicional ‘home cinema’ 5.1,<br />
de modelo HT-SF470 (1), com cinco colunas, HDMI,<br />
sistema de autocalibração e duas barras para o som caso<br />
se opte pela ligação sem fios entre as colunas.<br />
Os três modelos chegam ao mercado em Junho.<br />
Produto: Home Cinema HT-CT350, HT-CT150, HT-SF470; Marca: Sony;<br />
PVP: sob consulta<br />
noprimeirotrimestredesteano. 25<br />
2<br />
Alta definição<br />
em todos os vídeos<br />
A Canon, depois de se ter tornado conhecida pelas<br />
câmaras fotográficas, reforçou a aposta nas máquinas<br />
de vídeo. A Legria HF R16, em ‘full HD’, inclui uma nova<br />
ferramenta de conversão de alta definição (HD) para<br />
cartões de memória ‘secure digital’. Podendo ainda<br />
combinar com uma ferramenta de ‘upload’ para<br />
possibilitar a partilha de vídeos através da internet.<br />
Acâmaradefilmartemumamemóriainternade8GB<br />
com cartões de memória. Esta série é compatível com<br />
o gravador de DVD Canon DW-100 e os vídeos em HD<br />
podem ser gravados num DVD para serem vistos num<br />
leitor ‘blu-ray’ compatível.<br />
Produto: Câmara de vídeo LEGRIA HF R16; Marca: Canon; PVP: € 479<br />
3<br />
Calcule a pegada ecológica<br />
Quer saber qual a marca que deixa no planeta<br />
através do seu comportamento e consumo<br />
energético? Através de um pequeno questionário<br />
já é possível “medir” os seus consumos e<br />
qual o impacto da sua vida quotidiana no ambiente.<br />
A pegada ecológica não é uma medida<br />
exacta e sim uma estimativa, que mostra até<br />
quepontoaformadeviverestádeacordocom<br />
os recursos que o planeta tem para oferecer.<br />
www.pegadaecologica.org.br<br />
apps<br />
Gmail com ‘drag and drop’<br />
Agora já é possível anexar ficheiros a mensagens<br />
do Gmail através de ‘drag-and-drop’ (arrastar-elargar).<br />
Esta nova funcionalidade já está disponível<br />
para o correio electrónico da Google, mas<br />
só funciona nos ‘browsers’ Chrome e Firefox 3.6.<br />
O Gmail é assim o primeiro serviço de e-mail<br />
de grande dimensão com esta funcionalidade.<br />
www.gmail.com<br />
Bing com novas funções<br />
A Microsoft quer que o motor de busca Bing seja,<br />
cada vez mais, uma ferramenta de apoio. Para tal,<br />
o Bing está a afinar a experiência de pesquisa,<br />
tornando-a mais visual, intuitiva e “organizada”.<br />
É o caso da ferramenta ‘Quick Tabs’, que vai ter<br />
mais destaque na página, direccionando os utilizadores<br />
no sentido da pesquisa de um clique.<br />
Houve também o cruzamento do Bing Maps com<br />
a rede social Foursqare, oferecendo acesso<br />
a informação sobre os eventos publicados pelos<br />
utilizadores do serviço, à semelhança do que já<br />
acontece com o Twitter.<br />
www.bing.com<br />
livros<br />
O essencial sobre... a Internet<br />
Em “O Essencial sobre a Internet” ficará a saber<br />
como dar os primeiros passos e tirar o melhor<br />
partidodestaredequeopodelevaraquasetodo<br />
o lado. O livro especifica alguns conceitos, conta a<br />
evolução da Internet e avança com algumas explicações<br />
para a utilização da ‘world wide web’.<br />
Autor: António Eduardo Marques; PVP: € 9,90 (Porto Editora)<br />
Integração de sistemas<br />
de informação<br />
Este livro refere a necessidade organizacional<br />
dos sistemas de informação, que tem crescido<br />
de dia para dia, abordando temas como novas<br />
arquitecturasearápidaevoluçãodas<br />
ferramentas disponíveis. O autor apresenta<br />
nesta obra uma visão actualizada das<br />
tecnologias de vanguarda, exemplificando<br />
diferentes formas de resposta às necessidades<br />
de integração de sistemas de informação.<br />
Autor: Victor Martins; PVP: € 14,90 (Edições Sílabo)<br />
A GooglecomprouaLabpixies,empresadeaplicações,<br />
porumpreçoentre15e25milhõesdeeuros.<br />
Quinta-Feira – 29.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>
“<br />
VI<br />
INOVAÇÃO&TECNOLOGIA EXTRAS<br />
CaixasdoIkeaquese<br />
transformam em bar<br />
A originalidade do projecto levou Diogo Aguiar e Teresa Otto, licenciados<br />
em arquitectura, a encher páginas de revistas internacionais.<br />
Este bar foi imaginado como<br />
resposta a um concurso:<br />
um bar temporário para<br />
um evento específico, com<br />
uma implantação definida<br />
e um orçamento bastante<br />
reduzido”, disse ao Diário<br />
<strong>Económico</strong> Diogo Aguiar,<br />
um dos arquitectos envolvidos neste projecto.<br />
Para que a ideia saísse do papel foram precisas<br />
420 caixas ‘trofast’ (42x30cm) do Ikea com<br />
três profundidades distintas (10, 23 e 42cm).<br />
Do total de caixas usadas com variados preços<br />
(2 , 3 e 4 euros) consoante as suas profundidades,<br />
a construção do bar custou... 880 euros.<br />
Mas, para que o cubo se tornasse realmente<br />
num bar, era preciso luz. As caixas foram, por<br />
isso, iluminadas com uma rede de LED colocadacomouma“teia”nointeriordobar.“Autilizaçãodestesistema,quetemumbaixo<br />
consumo de energia, resulta numa luz que<br />
não é monocromática, alterando a sua cor<br />
através de um outro sistema”, diz o responsável.<br />
Para esta parte do projecto os arquitectos<br />
contaram com a ajuda da empresa Acústica<br />
F.E.S–Estruturas,IluminaçãoeSom.<br />
Teresa Otto e Diogo Aguiar explicam que<br />
este bar foi projectado para participar no concurso<br />
anual da Faculdade de Arquitectura da<br />
Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 29.04.2010<br />
Teresa Otto<br />
e Diogo Aguiar<br />
Os dois estudantes<br />
de arquitectura, com 26<br />
anos, estão a preparar<br />
um ‘workshop’ sobre<br />
estruturas arquitectónicas<br />
e têm um projecto de um<br />
pavilhão para ser<br />
construído em Setembro<br />
na semana do Design de<br />
uma capita europeia.<br />
O bar foi construído com 420 caixas<br />
do Ikea, de diferentes tamanhos. Mas,<br />
para parecer mesmo um bar, os dois<br />
arquitectos decidiram iluminar as<br />
caixas, colocando uma rede de LED, que<br />
funcionou como uma teia, no interior.<br />
Universidade do Porto (FAUP) na última festa<br />
académica do ano lectivo. A originalidade do<br />
projecto foi reconhecida pelo júri e revelada ao<br />
mundo. O reconhecimento do trabalho destes<br />
dois jovens de 26 anos já saltou fronteiras e levou-os<br />
a trabalhar em reconhecidos ateliers. A<br />
Teresa Otto esteve RCR Arquitectes, em Olot, e<br />
o Diogo Aguiar nos UNStudio, em Amesterdão.<br />
Actualmente, estão a desenvolver alguns projectos<br />
ao mesmo tempo que tentam dar resposta<br />
aos inúmeros pedidos para publicação<br />
do bar temporário em revistas e livros de arquitectura.<br />
Está também em preparação um<br />
‘workshop’ sobre estruturas arquitectónicas<br />
de carácter temporário que vão leccionar<br />
numa universidade em Monterrey, México,<br />
nosiníciosJunho.Eaindaoprojectodeumpavilhão<br />
para a Semana do Design, para ser construídoemSetembro.<br />
Enquanto a empresa não é criada, Teresa e<br />
Diogo desenvolveram uma marca e o ‘site’ – os<br />
Like Architects (www.likearchitects.com) -<br />
para que os projectos passem a estar acessíveis<br />
a quem quiser. “A necessidade de criar<br />
esta plataforma virtual advém de uma vontade<br />
conjunta de, no futuro, constituirmos a<br />
nossa própria empresa, à medida que o volume<br />
de trabalho for aumentando”, explica Diogo<br />
Aguiar. Por Sara Piteira Mota<br />
MÁQUINA DO TEMPO<br />
Quando, em 1979, a Sony lançou<br />
o Walkman azul e prateado, modelo<br />
TPS-L2, era impossível prever que<br />
se tivesse iniciado uma revolução<br />
nos hábitos musicais. O aparelho foi<br />
criado no Japão para um dos sócios ,<br />
que queria ouvir ópera durante<br />
o trabalho. Quando o primeiro<br />
aparelho ficou pronto, em Abril<br />
de 1979, os vendedores não ficaram<br />
muito entusiasmados com a ideia,<br />
mas nos primeiros dois anos, foram<br />
vendidos 1,5 milhões de ‘walkman’.<br />
Hoje, os leitores de musica digital<br />
dão-nos música, e permitem ainda<br />
ver fotografias e vídeos.<br />
1979<br />
SONY WALKMAN TPS-L2<br />
CREATIVE ZEN STYLE 300<br />
2010<br />
Armazenamento de 4 GB, 8 GB e 16 GB<br />
Rádio FM, colunas e microfone<br />
Bateria com 32 horas de autonomia<br />
Outras funções: Alarme, relógio, calendário,<br />
personalização de tarefas, visualização de<br />
contactos, botão de atalho .<br />
PVP: € 49,99 a € 89,99
NÃO VIVO SEM...<br />
‘Smartphones’<br />
Katty Xiomara<br />
Criadora de moda<br />
Nascida em 1974 e formada<br />
em design de<br />
moda pelo Citex, Katty<br />
Xiomara é criadora de<br />
moda desde 1997. Com<br />
um nome já bem conhecido<br />
das ‘passerelles’<br />
nacionais, Katty<br />
tem desenvolvido colecções próprias, sendo<br />
presença regular nas semanas da moda em<br />
Lisboa e no Porto. A sensualidade feminina é o<br />
traço que melhor define as suas criações. Ao<br />
longo dos anos, esta criadora de moda tem<br />
conquistado uma presença internacional regular<br />
em vários países, em especial no mercado<br />
asiático. Afinal de contas, faz peças que facilmente<br />
se adaptam ao corpo e estatura da<br />
mulher japonesa, chinesa ou coreana.<br />
Com tantas viagens e deslocações, Katty<br />
Xiomara não dispensa os seus ‘smartphones’.<br />
Actualmente tem dois: um da Nokia e outro<br />
da Apple. Mas confessa que o telemóvel da<br />
Apple – o iPhone – é o que mais usa. Mesmo<br />
com os ‘smarphones’ na carteira, confessa que<br />
existem outros equipamentos tecnológicos<br />
que desejava ter. Para a ajudar no seu trabalho<br />
Katty explica que seria ideal ter um ‘desktop’<br />
com um bom ecrã, de preferência táctil. “Sobretudo<br />
depois de ver o modelo da HP com<br />
ecrã de 20 polegadas, ideal para designers”,<br />
diz a criadora. Para a casa diz que ainda lhe faz<br />
falta um sistema de ‘home media center’.<br />
EntreospróximosdesafiosestájáconfirmadaasuapresençanaMagic,importantefeirade<br />
têxteis, moda e acessórios que decorre em Las<br />
Vegas,emAgostodesteano. Por CarlosToméSousa<br />
1<br />
Katty Xiomara,<br />
não dispensa<br />
‘smartphones’,<br />
o ‘gadget’ ideal<br />
no dia-a-dia<br />
e nas suas<br />
viagens.<br />
1. ‘Gadget’ indispensável<br />
O ‘smartphone’éo‘gadget’indispensável para Katty Xiomara,<br />
que tem dois, um da Nokia e outro da Apple, sendo que é<br />
o último modelo do iPhone da Apple que mais usa.<br />
2. Equipamento improvável<br />
Um computador ‘desktop’ e com ecrá táctil com 20 polegadas.<br />
3. ‘Gadget’ de sonho<br />
Um ‘home media center’.<br />
EXTRAS INOVAÇÃO&TECNOLOGIA VII<br />
Opinião<br />
Luís Paulo Salvado<br />
Reduçãodo‘gap’<br />
científico<br />
Já aqui deixei a minha convicção de<br />
que os próximos 20 anos podem ser<br />
muito mais prósperos do que as<br />
duas últimas décadas. Portugal<br />
pode vir a tirar bom partido das oportunidades<br />
criadas pela retoma económica. Mas,<br />
se Portugal reúne condições específicas<br />
para enfrentar os novos paradigmas dos<br />
mercados globalizados – que vão desde a reconhecida<br />
abertura dos portugueses à inovação<br />
até à sofisticação de serviços tão importantes<br />
como a Banca ou os operadores<br />
de Telecomunicações – a verdade é que ainda<br />
lhe faltarão algumas valências para se<br />
poder assumir como um País ganhador. E<br />
não me refiro à sempre tão agitada questão<br />
da falta de planeamento, à tão badalada ausência<br />
da chamada linha estratégica de desenvolvimento,<br />
como se, neste mundo cada<br />
vez mais dinâmico e imprevisível, o planeamento<br />
centralizado fosse a solução…<br />
“As valências de que<br />
carecemos situam-se mais<br />
ao nível das competências<br />
e das atitudes.”<br />
De facto, as valências de que carecemos<br />
situam-se mais ao nível das competência e<br />
das atitudes. Quer isto dizer que precisamos<br />
muito mais de ‘enabling’ potenciador<br />
de competência ou de atitudes inovadoras<br />
do que de um dirigismo controlador apostado<br />
em impor soluções pretensamente<br />
iluminadas.<br />
Curiosamente, ficámos a conhecer por<br />
estes dias um bem sucedido exemplo deste<br />
‘enabling’ potenciador: o aumento estrutural<br />
do nosso I&D e da capacidade científica.<br />
Os dados revelados evidenciam que, através<br />
de um conjunto coerente e articulado de políticas,<br />
foi possível, em poucos anos, dobrar<br />
o nº de investigadores portugueses por mil<br />
trabalhadores e a percentagem do PIB investida<br />
em I&D, permitindo-nos ultrapassar<br />
países tradicionalmente à nossa frente<br />
como a Itália, a Espanha e a Irlanda. Na base<br />
deste sucesso está uma visão clara sobre a<br />
necessidade de reduzir o gap científico nacional<br />
face aos países mais avançados, traduzido<br />
em políticas concretas de que são<br />
exemplo a alteração do modelo de financiamento<br />
das universidades, impelindo-as a<br />
trabalhar mais com o tecido empresarial<br />
para garantirem receitas próprias, ou ainda<br />
o estabelecimento de parcerias com entidades<br />
científicas de excelência mundial em diferentes<br />
áreas (MIT, Harvard Medical<br />
Scool, CMU), bem como a concessão de benefícios<br />
fiscais à investigação e à contratação<br />
de cientistas pelas empresas.<br />
São pois intervenções deste género, impulsionadoras<br />
de uma capacitação estruturante,<br />
que importa concretizar na superação das debilidades<br />
mais sensíveis que o País ainda enfrenta.<br />
Presidente executivo da Novabase<br />
Quinta-Feira – 29.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>
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NOTA 15 – OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS<br />
Esta rubrica no fi nal do exercício de 2009 é analisada como se segue:<br />
O movimento desta rubrica foi o seguinte:<br />
O movimento desta rubrica foi o seguinte:<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Imóveis<br />
De serviço próprio<br />
Edifícios 287.911 287.911<br />
Terrenos 95.970 95.970<br />
Obras em imóveis arrendados<br />
383.881<br />
Equipamento<br />
383.881<br />
Mobiliário e material 39.559 29.627<br />
Máquinas e ferramentas 173 442<br />
Equipamento informático 36.978 56.686<br />
Instalações interiores 64.217 65.494<br />
Material de transporte 0 44.948<br />
Outro equipamento 1.656 1.680<br />
Imobilizado em curso<br />
Imóvel<br />
142.583 198.878<br />
526.464 582.759<br />
Depreciação acumulada (66.000) (122.858)<br />
Valor líquido 460.465 459.901<br />
NOTA 17 – OUTROS ACTIVOS<br />
Esta rubrica “Outros activos” no fi nal de 2009 decompõem-se da seguinte forma:<br />
Imóveis Equipamento Imob. em curso Total<br />
Saldo líquido a 31-12-2007 379.563 110.671 490.234<br />
Adições 7.337 7.337<br />
Abates/vendas (30.950) (30.950)<br />
Amortizações do período (5.758) (31.911) (37.669)<br />
Transferências 30.950 30.950<br />
Saldo líquido a 31-12-2008 373.804 86.097 459.901<br />
Adições 27.867 27.867<br />
Abates/vendas (84.162) (84.162)<br />
Amortizações do período (5.758) (21.546) (27.304)<br />
Transferências 84.162 84.162<br />
Saldo líquido a 31-12-2009 368.046 92.418 460.465<br />
NOTA 16 – ACTIVOS INTANGÍVEIS<br />
Esta rubrica no fi nal do exercício de 2009 é analisada como se segue:<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Despesas de instalação 0,00<br />
Outros activos intangíveis 1.210 1.210<br />
1.210 1.210<br />
Depreciação acumulada (1.210) (840)<br />
Valor líquido 0 370<br />
(€)<br />
Despesas Outros<br />
de activos Total<br />
instalação intangíveis<br />
Saldo líquido a 31-12-2007 773 773<br />
Adições 0<br />
Abates/vendas 0<br />
Amortizações do período (403) (403)<br />
Transferências 0,00<br />
Saldo líquido a 31-12-2008<br />
Adições<br />
Abates/vendas<br />
0 370 370<br />
Amortizações do período<br />
Transferências<br />
(370) (370)<br />
Saldo líquido a 31-12-2009 0 0 0<br />
(€)<br />
31-12-2009 31-12-2008<br />
Devedores e Outras<br />
Aplicações<br />
Outros devedores diversos<br />
Outros rendimentos a<br />
receber<br />
Comissão de Gestão 510.995 68.453<br />
Avaliações - FIEAE<br />
Outras despesas com<br />
encargo diferido<br />
16.194<br />
Seguros 2.432 1.770<br />
Medicina no trabalho 39 36<br />
Condomínio 0 0<br />
Assistência a equipamento informático 0 0<br />
Publicações 94 94<br />
Deslocações, estadas e<br />
representação<br />
1.826<br />
TOTAL 531.580 70.353<br />
Esta rubrica apresenta um crescimento de 70.353 €, em 2008, para 531.580 € em 2009, devido essencialmente à Comissão de Gestão do FIEAE<br />
que ainda não foi recebida. Refi ra-se que esta comissão é paga trimestralmente, daí que, em 31 de Dezembro de 2009, o seu valor (441.096 €)<br />
seja mais elevado que a dos restantes Fundos.<br />
NOTA 18 – IMPOSTOS<br />
A sociedade encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e à correspondente derrama. O<br />
cálculo do imposto corrente do exercício de 2009 foi apurado com base numa taxa nominal de imposto de 25% e de derrama de 1,5% sobre o lucro<br />
tributável, de acordo com a alteração introduzida pelo Orçamento de Estado para 2009.<br />
A carga fi scal corrente da sociedade pode ser analisados como se segue:<br />
(€)<br />
31-12-2009 31-12-2008<br />
Carga fiscal imputada<br />
Carga fiscal paga<br />
125.333 93.358<br />
Imposto retido 4.851<br />
Pagamentos por conta 69.837 62.664<br />
Carga fical a pagar<br />
Carga fiscal a receber<br />
55.496 25.843<br />
NOTA 19 – OUTROS PASSIVOS<br />
A rubrica “Outros passivos” a 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 é analisada como se segue:<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Credores e outros recursos<br />
Sector público administrativo<br />
Credores diversos<br />
31.064 5.301<br />
Outros credores<br />
Encargos a pagar<br />
Outros custos a pagar<br />
252.602 10.929<br />
Gastos com pessoal 48.194 36.181<br />
Gastos gerais administrativos 3.611 27.392<br />
335.472 79.803<br />
A rubrica de Outros passivos registou um crescimento de 79.803 €, em 2008, para 335.472 €, em 2009, devido essencialmente à evolução da<br />
subrubrica “Outros credores” que a 31 de Dezembro de 2009 inclui valores facturados mas não pagos, referentes às avaliações dos projectos do<br />
FIEAE prestados pelas empresas de consultoria.<br />
A rubrica de “Gastos com pessoal” contém encargos com remunerações a pagar aos empregados, nomeadamente, férias e subsídio de férias e prémios<br />
de desempenho. As férias e subsídio de férias da Comissão Executiva são considerados custo no exercício em que usufruem desse direito.<br />
Na rubrica de “Gastos gerais administrativos” estão refl ectidos encargos com a revisão ofi cial de contas/auditoria, a taxa mensal de supervisão da CMVM,<br />
comunicações, serviço BPnet, aluguer operacional de veículos, taxa da CML com a conservação de esgotos, cargo de vogal no CA da CGD e o IMI.<br />
NOTA 20 – CAPITAL SUBSCRITO<br />
O capital subscrito e realizado por diferentes accionistas está representado por 75.000 acções de valor nominal de cinco euros cada, distribuídos<br />
da seguinte forma:<br />
(€)<br />
% Nº de acções Valor<br />
Turismo de Portugal, ip<br />
31-12-2009 53,20 39.900 199.500<br />
31-12-2008<br />
Caixa Geral de Depósitos<br />
53,20 39.900 199.500<br />
31-12-2009 33,47 25.100 125.500<br />
31-12-2008<br />
Banco Espírito Santo<br />
33,47 25.100 125.500<br />
31-12-2009 13,33 10.000 50.000<br />
31-12-2008 13,33 10.000 50.000<br />
100,00 75.000 375.000<br />
NOTA 21 – RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS<br />
Reserva Legal<br />
A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumuladas ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao sector bancário,<br />
nomeadamente o art. 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10%<br />
do lucro líquido anual, até à concorrência do capital.<br />
Reservas de Justo Valor<br />
As reservas de justo valor representam as mais ou menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda, líquidas da<br />
imparidade reconhecida em resultados no exercício.<br />
Os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes:<br />
(€)<br />
Reservas de Justo Valor Out. Reservas e Resultados Transitados<br />
Activos<br />
Financ. Disp<br />
p/a venda<br />
Reserva por<br />
Impostos<br />
diferidos<br />
NOTA 22 – ADMINISTRAÇÃO DE FUNDOS<br />
A Sociedade tem autorização para administrar em nome próprio mas por conta de outrem o FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO TURÍS-<br />
TICO, o FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO TURÍSTICO II e o FUNDO IMOBILIÁRIO ESPECIAL DE APOIO ÀS EMPRESAS.<br />
O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico iniciou a sua actividade em Novembro de 1995, o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado<br />
Turístico II em 24 de Abril de 2000 e o Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas em 17 de Julho de 2009.<br />
Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 os principais dados fi nanceiros relativos ao Fundos geridos pela Sociedade podem ser<br />
resumidos na tabela abaixo:<br />
NOTA 23 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROVEITOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS<br />
Todos os proveitos, realizados durante o anos de 2009 e de 2008, tiveram origem no mercado nacional e resultaram de um único segmento de<br />
negócio – Gestão de Activos, nomeadamente a gestão de três fundos de investimento imobiliário.<br />
NOTA 24 – CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS<br />
As demonstrações fi nanceiras da Turismo Fundos são incluídas nas demonstrações fi nanceiras consolidadas da Caixa Geral de Depósitos, instituição<br />
com sede na Av. João XXI, 63 em Lisboa, cujas demonstrações fi nanceiras podem ser obtidas na Conservatória do Registo Comercial.<br />
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal<br />
Senhores Accionistas,<br />
1 Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a actividade fi scalizadora desenvolvida e damos parecer sobre<br />
o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras apresentados pelo Conselho de Administração da TF Turismo Fundos – Sociedade Gestora de<br />
Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. (Sociedade Gestora) relativamente ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009.<br />
2 No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a actividade da Sociedade Gestora. Verifi<br />
cámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos também pela observância da lei e dos estatutos.<br />
3 Verifi cámos ainda a efi cácia do sistema de controlo interno, incluindo o sistema de gestão de risco e de auditoria interna, apenas na medida em que<br />
os controlos sejam relevantes para o controlo da actividade da Sociedade Gestora e apresentação das demonstrações fi nanceiras. Deste trabalho,<br />
efectuado também para dar cumprimento ao previsto na alínea a) do nº 5 do artigo 25º do Aviso nº 5/2008 do Banco de Portugal, resultaram os<br />
reparos incluídos no Parecer do Conselho Fiscal sobre a adequação e a efi cácia do Sistema de Controlo Interno datado de 29 de Junho de 2009.<br />
4 Acompanhámos igualmente os trabalhos desenvolvidos por PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas,<br />
Lda., Revisores Ofi ciais de Contas da Sociedade Gestora e dos Fundos sob a sua gestão, e apreciámos a Certifi cação Legal das Contas da Sociedade<br />
Gestora e os Relatórios de Auditoria sobre a Informação Financeira Anual dos Fundos, com os quais concordamos.<br />
5 No âmbito das nossas funções verifi cámos que:<br />
i) o Balanço, a Demonstração dos resultados, a Demonstração dos fl uxos de caixa e a Demonstração de alterações no capital próprio e o correspondente<br />
Anexo permitem uma adequada compreensão da situação fi nanceira da Sociedade Gestora, dos seus resultados, dos fl uxos de caixa e<br />
das alterações no capital próprio;<br />
ii) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados;<br />
iii) o Relatório de Gestão é sufi cientemente esclarecedor da evolução dos negócios e da situação da Sociedade Gestora, evidenciando os aspectos<br />
mais signifi cativos;<br />
iv) a proposta de aplicação de resultados não contraria as disposições legais e estatutárias aplicáveis.<br />
6 Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de Administração e Serviços e as conclusões constantes da Certifi<br />
cação Legal das Contas, somos do parecer que:<br />
i) seja aprovado o Relatório de Gestão;<br />
ii) sejam aprovadas as Demonstrações Financeiras;<br />
iii) seja aprovada a proposta de aplicação de resultados.<br />
Lisboa, 22 de Março de 2010<br />
O Presidente do Conselho Fiscal<br />
Serafi m Ribeiro Amorim<br />
O Vogal<br />
Licínio Gabriel Cruz Dias Calado<br />
O Vogal Revisor Ofi cial de Contas<br />
O Revisor Ofi cial de Contas Executor<br />
Isabel Maria Martins Medeiros Rodrigues, R.O.C.<br />
PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas, Lda., representada por:<br />
António Alberto Henriques Assis, R.O.C.<br />
Certifi cação Legal das Contas<br />
Introdução<br />
1 Examinámos as demonstrações fi nanceiras da TF Turismo Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., as quais compreendem<br />
o Balanço em 31 de Dezembro de 2009, (que evidencia um total de €1.953.591 e um total de capital próprio de €1.562.624, incluindo<br />
um resultado líquido de €357.994), a Demonstrações dos resultados, dos fl uxos de caixa e de alterações no capital próprio do exercício fi ndo naquela<br />
data e o correspondente Anexo. Estas demonstrações fi nanceiras foram preparadas em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas<br />
introduzidas pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, as quais têm por base as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) em vigor, tal<br />
como adoptadas na União Europeia, com as excepções previstas nos Avisos nº1/2005, nº 4/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal.<br />
Responsabilidades<br />
2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações fi nanceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada<br />
a posição fi nanceira da Empresa, o resultado das suas operações, os fl uxos de caixa e as alterações no capital próprio, bem como a adopção de<br />
políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.<br />
3 A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profi ssional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações<br />
fi nanceiras.<br />
Âmbito<br />
4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores<br />
Ofi ciais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as<br />
demonstrações fi nanceiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verifi cação, numa base de<br />
amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações fi nanceiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e<br />
critérios defi nidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas<br />
adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verifi cação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação<br />
sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações fi nanceiras.<br />
5 O nosso exame abrangeu também a verifi cação da concordância da informação fi nanceira constante do relatório de gestão com as demonstrações<br />
fi nanceiras.<br />
6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.<br />
Opinião<br />
7 Em nossa opinião as referidas demonstrações fi nanceiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente<br />
relevantes, a posição fi nanceira da TF Turismo Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., em 31 de Dezembro de<br />
2009, o resultado das suas operações, os fl uxos de caixa e as alterações no capital próprio no exercício fi ndo naquela data, em conformidade com<br />
as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.<br />
Lisboa, 22 de Março de 2010<br />
O Revisor Ofi cial de Contas Executor<br />
Isabel Maria Martins Medeiros Rodrigues, R.O.C.<br />
PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas, Lda.<br />
representada por:<br />
António Alberto Henriques Assis, R.O.C.<br />
Reserva<br />
Legal<br />
Out. Reservas<br />
e Result.<br />
Transitados Total<br />
Saldo em 31-12-2007 390 -230 234.513 492.524 727.196<br />
Alterações de justo valor -390 230 -160<br />
Constituição de reservas 20.917 28.253 49.170<br />
Saldo em 31-12-2008 0 0 255.430 520.777 776.206<br />
Alterações de justo valor 0<br />
Constituição de reservas 23.342 30.081 53.423<br />
Saldo em 31-12-2009 0 0 278.772 550.858 829.630<br />
31-12-2009<br />
(€)<br />
31-12-2008<br />
Fundo Investimento Imobiliário Fechado Turístico<br />
Total do activo 36.078.504 36.749.532<br />
Total do capital do Fundo 35.702.733 36.221.255<br />
Valor das unidades de participação 7,1405 7,2443<br />
Unidades de participação em circulação<br />
Fundo Investimento Imobiliário Fechado Turístico II<br />
5.000.000 5.000.000<br />
Total do activo 75.267.653 73.255.579<br />
Total do capital do Fundo 74.026.202 71.623.458<br />
Valor das unidades de participação 70,0213 67,7485<br />
Unidades de participação em circulação<br />
Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas<br />
1.057.196 1.057.196<br />
Total do activo 101.135.897<br />
Total do capital do Fundo 99.705.565<br />
Valor das unidades de participação 997,0556<br />
Unidades de participação em circulação 100.000<br />
5
30 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
EMPRESAS<br />
Ex-presidente da<br />
Cimpor negoceia<br />
indemnização<br />
para renunciar<br />
António Castro Guerra e Francisco de Lacerda assumem<br />
hoje os destinos da maior empresa industrial portuguesa.<br />
Maria Teixeira Alves<br />
maria.alves@economico.pt<br />
Antes da reunião de accionistas<br />
da Cimpor, agendada para hoje<br />
às 10h30, Jorge Salavessa Moura<br />
já deverá ter apresentado a renúncia<br />
ao cargo de administrador.<br />
O ex-presidente executivo<br />
da cimenteira – indicado pela<br />
construtora Teixeira Duarte<br />
(que entretanto vendeu as suas<br />
acções à Camargo Corrêa) –, estavaontem,atéàhoradefecho<br />
da edição, à beira de um acordo<br />
com os actuais accionistas para<br />
renunciar ao cargo, antes do<br />
termo do seu mandato em 2012,<br />
a troco de uma indemnização<br />
previamente acordada.<br />
Esta decisão deverá marcar o<br />
arranque da assembleia geral de<br />
accionistas da Cimpor que hoje<br />
decorre no Centro de Congressos<br />
de Lisboa, e na qual serão<br />
eleitos os novos administradores<br />
por proposta dos actuais accionistas.<br />
O Diário <strong>Económico</strong><br />
apurou ainda que, ontem, ficou<br />
também definido que Manuel<br />
Faria Blanc se irá manter nos órgãos<br />
sociais da cimenteira.<br />
A confirmar-se este cenário,<br />
isso significa que a destituição<br />
de orgãos sociais (ponto 7 da assembleia)<br />
se aplicará apenas a<br />
Luís Barbosa, que se terá recusado<br />
a aceitar um acordo de renúncia<br />
com os novos accionistas.<br />
A destituição deste administrador<br />
em assembleia implica,<br />
obrigatoriamente, o pagamento<br />
de uma indemnização,<br />
em função do tempo de mandato<br />
que fica por cumprir. Isto poderá<br />
explicar a sua escolha pela<br />
destituição em vez da renúncia.<br />
No ponto 7 da agenda da reunião<br />
de accionistas está ainda<br />
previsto “deliberar, nos termos<br />
do disposto no artigo 403º do<br />
Código das Sociedades Comerciais,<br />
sobre a eventual destituição<br />
de membros do órgão de<br />
administração da sociedade”.<br />
Uma vez que já todos os outros<br />
gestores – os que não foram<br />
convidados a manter-se no<br />
Conselho de Administração –,<br />
renunciaram, os lugares para os<br />
novos administradores estão<br />
praticamente desimpedidos.<br />
Recorde-se que, no total, saem<br />
cinco dos 15 administradores:<br />
Ricardo Bayão Horta, o primeiro<br />
a renunciar, Pedro Empis,Vicente<br />
Mosquera e José Arteta,<br />
que saíram há duas semanas, e<br />
ainda Jorge Salavessa Moura que<br />
deverá sair hoje.<br />
Pontos na agenda<br />
O ponto 8 da reunião prevê “a<br />
eleição de novos titulares do ór-<br />
ACÇÕES CORRIGEM<br />
As acções da Cimpor seguiram<br />
ontem a tendência de queda do<br />
mercado, recuando 1,58%. Cada<br />
título vale agora 5,30 euros.<br />
5,70<br />
5,35<br />
5,00<br />
28-04-2010<br />
Fonte: Bloomberg.<br />
29-03-2010<br />
gão de administração da sociedade<br />
para o mandato em curso<br />
(2009/2012), em face de renúncias<br />
e ou da eventual destituição<br />
de administradores.<br />
A lista que vai hoje a votos<br />
inclui António Castro Guerra,<br />
para o lugar de ‘chairman’, e<br />
Francisco de Lacerda, que será o<br />
presidente executivo. Entram<br />
ainda João Lopes Raimundo, em<br />
representação do BCP, Edison<br />
Franco e Albrecht Domenech,<br />
nomeados pela Camargo Côrrea,<br />
e Walter Schalka e Álvaro<br />
Veloso, pela Votorantim. José<br />
NevesAdelinoficarácomoindependente.OnovoConselhodeAdministração<br />
manterá 15 membros,<br />
mas nem todos serão levados a<br />
votação, uma vez que parte da<br />
actual lista se manterá no Conselho<br />
de Administração até ao<br />
fimdomandato.Éocasode<br />
António Gomes Mota (independente),<br />
José Fino (em representação<br />
da Investifino), Jorge Tomé<br />
(CGD), Luís Sequeira Martins,<br />
António Varela, Luís Ribeiro<br />
Vaz e Manuel Faria Blanc.<br />
Outra questão “quente” na<br />
assembleia de hoje (ponto 9) é o<br />
pedido de autorização aos accionistas<br />
para que a Cimpor tenha<br />
nos seus órgãos sociais pessoas<br />
que desempenham cargos<br />
em cimenteiras concorrentes. A<br />
Votorantim e a Camargo, recorde-se,<br />
são concorrentes da<br />
Cimpor no Brasil. Esta deliberação<br />
é obrigatória por lei.<br />
Masseosrepresentantesda<br />
Camargo e Votorantim não abdicam<br />
de estar na administração,<br />
o mesmo não se pode dizer<br />
da comissão executiva que<br />
emana deste conselho. O órgão<br />
liderado por Francisco Lacerda<br />
será composto por cinco membros:<br />
António Varela, Luís Sequeira<br />
Martins e Álvaro Veloso<br />
(actualmente da Votorantim,<br />
mas que se desvinculará da empresa).<br />
A Camargo não escolheu<br />
nenhum representante. ■<br />
Após a assembleia geral de hoje,<br />
a Cimpor inicia uma nova etapa<br />
com uma renovada equipa de gestão.<br />
AS NOVAS CARAS À FRENTE DA CIMENTEIRA PORTUGUESA<br />
Uma administração<br />
com sotaque<br />
São oito os novos administradores<br />
que a partir de hoje exercem funções<br />
na Cimpor de um total de 15,<br />
uma vez que sete vão transitar da<br />
anterior equipa. Dos oito novos<br />
gestores, quatro serão brasileiros,<br />
dois em representação da Camargo<br />
Corrêa – José Edison e Albrecht<br />
Domenech – e outros dois<br />
defendendo a Votorantim – Walter<br />
Schalka e Álvaro Veloso. Mas, o<br />
maior poder ficará nas mãos dos<br />
novos CEO, Francisco Lacerda, e<br />
‘chairman’, Castro Guerra.<br />
Castro Guerra<br />
O futuro ‘chairman’ da Cimpor<br />
tem uma carreira associada aos<br />
cargos políticos. Foi presidente<br />
do extinto IAPMEI e secretário<br />
de Estado da Indústria de Manuel<br />
Pinho no último Governo.
LucrodaSemapacresce43,6%<br />
A Semapa obteve lucros de 18,3 milhões de euros no primeiro trimestre<br />
de 2010, mais 43,6% face ao período homólogo do ano passado.<br />
O volume de negócios ascendeu a 365,2 milhões de euros, mais 6,7%,<br />
enquanto o EBITDA foi de 87,1 milhões (mais 19,3%). Os lucros da Secil,<br />
detida em 51% pela Semapa, ascenderam a 5,9 milhões de euros, dos<br />
quais 4,7 milhões foram atribuídos aos accionistas da Semapa. Segundo a<br />
empresa, o aumento dos lucros resultou do aumento do EBITDA.<br />
COM MANDATO ATÉ 2013<br />
Francisco Lacerda<br />
O novo CEO da Cimpor é<br />
licenciado em Administração<br />
e Gestão de Empresas pela<br />
Católica. Vários anos na gestão do<br />
BCP, foi o responsável pela<br />
operação do banco na Polónia.<br />
José Edison<br />
É um dos homens fortes da<br />
Camargo Corrêa, onde se encontra<br />
desde 1996. É membro do Comité<br />
Executivo do grupo desde 2007 e<br />
presidente da administração da<br />
Camargo Corrêa Cimentos.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Cimpor reúne em assembleia geral<br />
de acionistas.<br />
● Incubadora InSerralves organiza<br />
sessões sobre Indústrias Criativas.<br />
● Wolkswagen divulga contas do<br />
primeiro trimestre de 2010, Berlim.<br />
● Novabase reúne em assembleia<br />
geral de accionsitas.<br />
João Paulo Dias<br />
Walter Schalka<br />
Formado pelo Instituto Tecnológico<br />
de Aeronáutica, no Brasil, este<br />
engenheiro entrou em 2005 na<br />
Votorantim para assumir a<br />
presidência da Votorantim<br />
Cimentos, cargo que mantém.<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 31<br />
Futuro continua<br />
em dúvida apesar<br />
dos novos donos<br />
Camargo Corrêa e Votorantim<br />
dividem controlo da empresa.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
A chegada de dois novos accionistas<br />
de dimensão no sector cimenteiro<br />
internacional poderia<br />
ter representado o definitivo estado<br />
de acalmia de que a Cimpor<br />
tem estado afastada nos últimos<br />
anos. Mas, o que salta à primeira<br />
vista, é que a nova estrutura accionista<br />
da empresa não dá garantias<br />
de que o futuro da Cimpor<br />
nos próximos anos seja mais sereno<br />
do que nos últimos meses.<br />
Para já, parece ter-se encontrado<br />
uma solução de compromisso<br />
entre os principais accionistas<br />
da empresa, mas só os próximos<br />
tempos poderão dizer se<br />
esse não é um equilíbrio frágil. De<br />
um lado, está a Votorantim. Do<br />
outro, está a Camargo Corrêa.<br />
Dois gigantes do sector cimenteiro<br />
no Brasil, e um pouco também<br />
a nível mundial. E esta realidade<br />
levanta diversas questões. Quem<br />
vai mandar à séria na Cimpor nos<br />
próximos tempos? Aliado a<br />
quem? Como vai reagir o lado<br />
perdedor? Como é que concorrentes<br />
se vão conseguir entender?Aistoháquejuntarosprotagonistas<br />
nacionais desde a Caixa<br />
(aliada à Votorantim), passando<br />
por Manuel Fino e pelo fundo<br />
de pensões do BCP.<br />
Dúvidas que só o tempo irá<br />
desfazer, mas que são vitais para<br />
o rumo da Cimpor. Não esquecendo<br />
que, quer Votorantim,<br />
quer Camargo Corrêa, são concorrentes<br />
directos da Cimpor no<br />
Brasil. Será natural que qualquer<br />
delas tente limitar ao máximo a<br />
actividade da Cimpor naquele<br />
mercado, tentando tirar benefícios<br />
próprios da situação. Um cenário<br />
que deverá ser acautelado<br />
na assembleia-geral de hoje, com<br />
a possibilidade de travar a entrada<br />
dos administradores brasileirosdaCimpornarespectivacomissão<br />
executiva.<br />
Outro factor decisivo para o<br />
futuro da Cimpor será a decisão<br />
da autoridade brasileira da concorrência,<br />
que há vários anos estuda<br />
indícios de cartelização no<br />
sector brasileiro dos cimentos.<br />
Além da Cimpor, estão a ser investigadas<br />
pelas instituições do<br />
governo de Lula da Silva cerca de<br />
duas dezenas de empresas e instituições,<br />
entre as quais se contam<br />
a Cimpor, Lafarge, Votorantim,<br />
e Camargo Corrêa.<br />
Todas estas quatro cimenteiras<br />
estiveram envolvidas na batalha<br />
pelo controlo accionista da empresa<br />
portuguesa. Essa guerra<br />
deflagrou de forma incontornável,<br />
quando, a 18 de Dezembro<br />
passado, a CSN – Companhia Siderúrgica<br />
Nacional – outro conglomerado<br />
industrial brasileiro –<br />
lançou uma OPA – Oferta Pública<br />
de Aquisição de surpresa à totalidade<br />
do capital social da cimenteira<br />
nacional.<br />
Depois de mais de dois meses<br />
de luta intensa nos bastidores e<br />
de uma revisão de preço em alta,<br />
o grupo de Benjamin Steinbruch<br />
não conseguiu os seus intentos,<br />
tendo aparentemente desistido<br />
da hipótese da Cimpor e procurado<br />
outras alternativas no mercado<br />
internacional. A CSN, no entanto,<br />
poderá sempre voltar à<br />
carga, desde que os principais<br />
accionistas da ‘nova Cimpor’ demonstrem<br />
não se entender.<br />
Aliás, foi esse ambiente de<br />
permanente conflito entre a anterior<br />
estrutura accionista da cimenteira<br />
portuguesa que levou<br />
Benjamin Steinbruch a avançar<br />
para a referida OPA, conforme<br />
Benjamin Steinbruch confidenciou<br />
em diversas declarações ao<br />
Diário <strong>Económico</strong>.<br />
Todasestasdúvidasdosúltimos<br />
anos resultaram numa travagem<br />
significativa da estratégia de<br />
expansão da vertente internacional<br />
da empresa, uma vez que desde<br />
2008 que não entra em nenhum<br />
novo mercado. Este é um<br />
factoessencialnodesenvolvimento<br />
da Cimpor, uma vez que os<br />
mercados de construção e obras<br />
públicas interno e de Espanha se<br />
encontram em grande contracção<br />
desdeháváriosanos.■<br />
Cimpor, Camargo<br />
Corrêa e Votorantim<br />
aguardam uma<br />
decisão da autoridade<br />
brasileira<br />
da concorrência<br />
sobre alegada prática<br />
de cartelização<br />
no sector<br />
dos cimentos.
32 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
EMPRESAS<br />
ENERGIA<br />
Gás Natural Fenosa lucra 386 milhões<br />
no primeiro trimestre de 2010<br />
A Gás Natural Fenosa obteve um lucro líquido de 386 milhões de euros<br />
no primeiro trimestre de 2010, mais 9,4% que em igual período do ano<br />
passado. Estes resultados surgem num contexto marcado pelo início<br />
da recuperação da procura energética em Espanha, mas também pela<br />
volatilidade significativa dos preços da energia, dos mercados cambiais<br />
e dos financeiros. O EBITDA consolidado do primeiro trimestre de 2010<br />
ascendeu a 1.296 milhões de euros, aumentando 77,5%.<br />
O Renault Megane ganhou a carros<br />
como o VW Golf Variant TDI.<br />
GESTÃO DE FROTAS<br />
PRODUÇÃO DA SHARAN COMEÇA “BREVEMENTE” E QUATRO SEMANAS DEPOIS COMEÇA A PRODUÇÃO DA ALHAMBRA<br />
Marina Conceição<br />
marina.conceicao@economico.pt<br />
A meta repete-se e continua<br />
sem ser alcançada: produzir 100<br />
mil carros por ano. O director-<br />
-geral da fábrica, Andreas<br />
Hinrichs, acredita que este ano<br />
“a produção vai crescer 20% em<br />
relação ao ano passado e ultrapassar<br />
os 100 mil carros”.<br />
Um crescimento baseado no<br />
início de produção do novo monovolume<br />
Sharan, que “será o<br />
modelo mais produzido da fábrica”,<br />
ultrapassando os números<br />
do Eos e do Scirocco.<br />
O ambicionado quarto modelo,queseráasalvaçãodafábrica<br />
em Portugal, ainda não<br />
está nos planos da empresa.<br />
“Não vamos conseguir anunciar<br />
o quarto modelo este ano. A decisão<br />
pode ser tomada este ano,<br />
mas não será anunciada”, avan-<br />
çou ontem o director-geral da<br />
fábrica de Palmela em conferência<br />
de imprensa. No entanto,<br />
o responsável diz estar “a lutar<br />
pelo quarto modelo”, já que “de<br />
dois em dois anos, a Autoeuropa<br />
lança um carro novo”.<br />
Para acompanhar este crescimento<br />
de produção, a fábrica<br />
portuguesa do grupo alemão<br />
Volkswagen vai contratar “mais<br />
de 100 trabalhadores este ano,<br />
mesmo que sejam temporários”,<br />
explicou Andreas<br />
Hinrichs.<br />
Em 2009, a maior fábrica automóvel<br />
portuguesa dispensou<br />
250 trabalhadores temporários<br />
terminando o ano com 2.992<br />
colaboradores, menos 1,2% do<br />
que em 2008. Uma medida tomada<br />
para fazer face à crise<br />
económica que assolou a Europa<br />
em 2008 e 2009 e que afectou<br />
profundamente o sector auto-<br />
Clientes da LeasePlan elegem Renault<br />
Megane e Seat Exeo os “Carros Frota 2010”<br />
A LeasePlan, líder em aluguer operacional de veículos e gestão de<br />
frotas, elegeu o Renault Megane e o Seat Exeo como “Carro Frota<br />
2010”, nas categorias de pequeno familiar e médio familiar,<br />
respectivamente. O Renault superou a concorrência, em pequenos<br />
familiares, composta pelo VW Golf Variant TDI Confortline, Opel Astra<br />
Cosmo CDTi MY10 e o Toyota Auris 1.4. Já o Seat bateu o C5 Tourer 1.6,<br />
Opel Insignia Sport Tourer e Toyota Avensis 2.0 em veículos médios.<br />
A Autoeuropa vai começar a produzir o novo monovolume Sharan “brevemente”, assegurou Andreas Hinrichs, director-geral da fábrica de<br />
Palmela.Segundo o responsável, a Sharan transformar-se-á no principal carro em produção na fábrica portuguesa. Quatro semanas depois do<br />
início da produção do monovolumeéavezdanovaAlhambraterlugardedestaquenalinhadeproduçãodaAutoeuropa.<br />
Produção da Autoeuropa vai crescer<br />
20% sem quarto modelo à vista<br />
No ano passado, as vendas caíram 16% e o resultado antes de impostos desceu 42%.<br />
FORNECEDORES<br />
79 nacionais<br />
A fábrica de Palmela conseguiu<br />
angariar cinco novos<br />
fornecedores nacionais no<br />
primeiro trimestre deste ano. No<br />
ano passado, segundo dados da<br />
empresa, a incorporação nacional<br />
passou de 55% para 57%.<br />
TRABALHADORES<br />
32,7 carros<br />
A produtividade dos<br />
trabalhadores subiu 2%, o que<br />
quer dizer que cada trabalhador<br />
produzia 32, 1 carros por ano em<br />
2008 enquanto que o ano<br />
passado o número subiu para<br />
32,7 carros por colaborador.<br />
móvel. Uma crise espelhada<br />
também nos resultados financeiros<br />
da Autoeuropa. No ano<br />
passado, a fábrica de Palmela<br />
facturou 1,3 mil milhões de euros,<br />
menos 16% do que em<br />
2008. Já os resultados antes de<br />
impostos atingiram os 20,7 milhões<br />
de euros, o que corresponde<br />
a uma queda de 42% face<br />
a 2008. Números que deixam o<br />
director-geral satisfeito. “Apesar<br />
da crise, conseguimos ganhar<br />
dinheiro e evitar despedimentos<br />
de trabalhadores e o<br />
‘lay-off’ [redução temporária<br />
do tempo do trabalho]”, sublinhou<br />
Hinrichs.<br />
Ao Diário <strong>Económico</strong> o director-geral<br />
da fábrica disse que<br />
“paraesteanonãoestáprevisto<br />
avançar com medidas de ‘layoff’<br />
nem mais ‘down days’ [paragens<br />
remuneradas]”, já que<br />
este ano já se realizaram dois<br />
João Paulo Dias<br />
‘down days’ e está previsto mais<br />
um. Neste momento, a Autoeuropa<br />
continua em negociações<br />
com os trabalhadores para apelar<br />
à maior necessidade de flexibilidade<br />
laboral, ou seja, “que se<br />
trabalhe ao sábado quando há<br />
maior procura e que se tenha<br />
semanas de quatro dias na altura<br />
de menor procura”, explicou<br />
o director de recursos humanos.<br />
“Queremos aumentar a flexibilidade,<br />
queremos ser a fábrica<br />
europeia mais atractiva da<br />
Volkswagen”, disse Andreas<br />
Hinrichs. Para isso, é preciso reduzir<br />
os custos, principalmente<br />
os que estão relacionados com o<br />
transporte de componentes. A<br />
incorporação nacional de componentes<br />
subiu de 55% para<br />
57%. Além disso, a Autoeuropa<br />
conseguiu angariar mais cinco<br />
fornecedores nacionais no primeiro<br />
trimestre deste ano.■
INDÚSTRIA<br />
Operários da Kemet Electronics voltam<br />
à greve para reinvindicar aumentos<br />
Os operários da fábrica de Évora da multinacional norte-americana<br />
Kemet Electronics vão cumprir uma greve parcial hoje e amanhã para<br />
exigir aumentos salariais e a atribuição de 22 dias úteis de férias, disse<br />
fonte sindical. Com quase 400 trabalhadores, a fábrica de Évora da<br />
multinacional norte-americana Kemet Electronics produz<br />
condensadores de tântalo, componentes utilizados na produção de<br />
telemóveis e em equipamentos electrónicos para a indústria automóvel.<br />
Filipe Alves<br />
filipe.alves@economico.pt<br />
A ‘guerra’ jurídica entre a Zon<br />
MultimediaeaCabovisãoconheceu<br />
um novo desenvolvimento. A<br />
operadora dona da TV Cabo, que<br />
é alvo de uma queixa dos canadianos<br />
junto dos reguladores,<br />
contra-atacou conquistando o<br />
principal estratega da Cabovisão<br />
para as questões jurídicas.<br />
Fonte oficial da Zon confirmou<br />
que, no início de Fevereiro,<br />
a empresa contratou os serviços<br />
de Paulo Valente, que até<br />
recentemente era director de<br />
assuntos jurídicos da Cabovisão.“Éomercadoafuncionar”,<br />
explicou a mesma fonte.<br />
PUB<br />
Desta forma, a Zon atraiu<br />
para o seu campo um dos principais<br />
responsáveis pela queixa<br />
que foi apresentada pelo grupo<br />
canadiano na Autoridade da<br />
Concorrência (AdC), em Agosto<br />
do ano passado, por alegado<br />
abuso de posição dominante no<br />
mercado da televisão por subscrição,<br />
que poderá levar a uma<br />
coima de vários milhões de euros.<br />
Paulo Valente está a desempenhar<br />
funções como consultor<br />
externonaáreadaregulação,<br />
embora, por questões deontológicas,seabstenhadequalquer<br />
papel no que toca à Cabovisão.<br />
Questionada sobre se esta situação<br />
confere à Zon alguma<br />
vantagem na disputa em curso,<br />
O Leaf deverá custar 3,76 milhões<br />
de ienes (cerca de 30.190 euros).<br />
a mesma fonte oficial lembrou<br />
que as queixas são elaboradas<br />
por advogados e não apenas pelos<br />
directores jurídicos. Já Paulo<br />
Valente não fez comentários.<br />
Fonte oficial da Cabovisão<br />
mostrou-se tranquila quanto ao<br />
AUTOMÓVEL<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 33<br />
Reservas do carro eléctrico da Nissan<br />
já chegam às 6,5 mil unidades<br />
Passaram-se apenas sete dias após o início das reservas do Nissan Leaf,<br />
mas a fabricante já acumula mais de 6,5 mil pedidos para o carro<br />
eléctrico. E nem o preço 30.190 euros impediu a grande procura. Nas<br />
três primeiras horas de abertura das reservas a Nissan registou 2,7 mil<br />
pedidos. Porém colocar o nome da lista não garante a entrega do Leaf.<br />
O objectivo da Nissan é saber onde haverá maior procura pelo modelo<br />
para concentrar a venda das primeiras unidades nesses locais.<br />
Zon desarma Cabovisão ‘roubando-lhe’ jurista<br />
Paulo Valente foi responsável pela queixa apresentada aos reguladores, em Agosto, contra a Zon.<br />
A operadora<br />
liderada por<br />
Rodrigo Costa foi<br />
alvo de uma<br />
queixa por parte<br />
da concorrente<br />
Cabovisão, que a<br />
acusa de abuso de<br />
posição dominante<br />
no ‘pay-tv’.<br />
processo na AdC. “A queixa foi<br />
produzida por uma equipa de<br />
vários juristas e não depende de<br />
uma pessoa em concreto, como<br />
é natural. A empresa tem uma<br />
nova directora jurídica e de regulação<br />
que está a assumir todos<br />
os temas relevantes nesta<br />
área,semqueamudançadedirector<br />
tenha de ter algum impacto<br />
relevante”, garantiu a<br />
mesma fonte, recusando comentar<br />
a actual situação profissional<br />
de Paulo Valente, que entretanto<br />
foi substituído na Cabovisão<br />
por Daniela Antão.<br />
A Cabovisão, que pertence à<br />
canadiana Cogeco, está a travar<br />
uma dura batalha pela sobrevivência,<br />
num mercado que a<br />
partir da autonomização da PT<br />
Multimedia passou a ser dominado<br />
pela Zon (TV Cabo) e pela<br />
PT (Meo). Nestas circunstâncias,<br />
em 2009 sofreu imparidades<br />
de 298 milhões de euros.<br />
Em Agosto, a Cabovisão<br />
apresentouumaqueixaàAdCeà<br />
ANACOM,naqualacusavaaZon<br />
de abuso de posição dominante,<br />
ao limitar o acesso aos canais<br />
TVI24 e Sport TV. “Acreditamos<br />
que o cliente deve ter a mesma<br />
oferta em todos os operadores, o<br />
que é impossível em Portugal.<br />
Temos de pedir permissão à Zon<br />
para podermos fazer promoções<br />
com a SporTV”, afirmou na altura,<br />
à Lusa, o vice-presidente<br />
da Cabovisão, Jules Grenier. ■
34 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
EMPRESAS<br />
TECNOLOGIA<br />
‘Smartphone’ da Blackberry com<br />
novo sistema operativo até Setembro<br />
A Research in Motion (RIM), fabricante da Blackberry, revelou uma nova<br />
versão do seu sistema operativo para o ‘smartphone’, anunciando que<br />
este será lançado no próximo trimestre. O sistema operativo, O.S. 6.0,<br />
foi bem recebido entre os analistas, segundo a imprensa internacional.<br />
A RIM tem estado a lidar com a concorrência de modelos rivais ao<br />
Blackberry, como o iPhone ou o Nexus One, e este sistema operativo<br />
pode ser uma forma de inverter a tendência.<br />
Metro critica<br />
auditoria<br />
do Tribunal<br />
de Contas<br />
Joaquim Reis reclama poupanças na gestão<br />
da dívida e melhoria na qualidade do serviço.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
Joaquim Reis, presidente cessante<br />
do Metropolitano de Lisboa (ML),<br />
critica algumas das conclusões do<br />
Tribunal de Contas (TC), divulgadas<br />
na passada terça-feira considerando<br />
que houve “esforços que<br />
não foram devidamente avaliados”.<br />
Por isso, e conforme apurou<br />
o Diário <strong>Económico</strong>, a administração<br />
do Metro vai enviar por escrito<br />
as suas reclamações.<br />
Em declarações exclusivas ao<br />
Diário <strong>Económico</strong>, a poucos dias<br />
de assumir a presidência da ‘holding’<br />
estatal Parpública, Joaquim<br />
Reis defende a sua gestão e reclama<br />
ter conseguido poupar ao Estado<br />
português cerca de 100 milhões<br />
de euros só na gestão da dívida<br />
nos últimos três anos.<br />
Apesar de reconhecer que partes<br />
do relatório do TC são “extremamente<br />
positivas para o Metropolitano<br />
de Lisboa porque reconhecemasmelhoriasdequalidade<br />
de serviço prestadas nos últimosseisouseteanos”,Joaquim<br />
Reis está descontente com algumas<br />
omissões do documento.<br />
“É claro que existe uma situação<br />
débil em termos financeiros.<br />
Mas faço notar que a dívida constituída<br />
foi para investimento pesadonaexpansãodarededoMe<br />
Joaquim Reis<br />
lamenta que, apesar<br />
de o Tribunal de<br />
Contas reconhecer o<br />
desenvolvimento<br />
do Metro de Lisboa<br />
na procura de novas<br />
soluções com passes<br />
combinados, isso não<br />
esteja “devidamente<br />
avaliado na<br />
auditoria”.<br />
tro que, em menos de 20 anos,<br />
passou de cerca de sete para mais<br />
de 40 quilómetros de extensão”,<br />
explicaopresidentedoML.<br />
Essa situação teve um evidente<br />
reflexo nas contas. Joaquim Reis<br />
exemplifica: só em 2009, o serviço<br />
da dívida do ML, o que se pagou<br />
em juros, foram quase 100<br />
milhões de euros. Este responsável<br />
faz ainda notar que estamos<br />
perante uma empresa pública de<br />
transportes que prossegue fins<br />
sociais, em que o tarifário praticado<br />
é muito abaixo do custo.<br />
“O que passa sistematicamente<br />
são as análises negativas. E o desempenho<br />
das empresas públicas<br />
de transportes das Áreas Metropolitanas<br />
de Transportes de Lisboa e<br />
do Porto tem sido positivo, nomeadamente<br />
a melhoria da qualidade<br />
de serviço prestado. que tem sido<br />
unanimemente reconhecida pelos<br />
clientes”, desabafa Joaquim Reis.<br />
Depois, o presidente do ML diz que<br />
a questão sobre as fracas receitas<br />
dos passes intermodais colocada<br />
pelo TC não está correcta. “Menos<br />
de 20% das receitas vêm dos passes<br />
intermodais. O grosso vem do passe<br />
social, do bilhete simples e de<br />
um ou dois passes combinados”.<br />
Joaquim Reis lamenta que,<br />
apesar de o TC reconhecer o desenvolvimento<br />
que o ML tem feito<br />
na procura de novas soluções com<br />
passes combinados, isso não esteja<br />
“devidamente avaliado na<br />
auditoria”. O ML tem um sistema<br />
‘pay as you go’, extensível ao<br />
‘Zapping’ [que descarrega o cartão<br />
pré-comprado cada vez que se<br />
faz uma viagem], que está em<br />
prática na Carris, no Metro, na CP<br />
e na Transtejo. “Com a extensão<br />
da bilhética a operadores privados,<br />
prevista para 2011, essa oferta<br />
será universal para todos os<br />
operadores de transportes colectivos<br />
de passageiros da Área Metropolitana<br />
de Lisboa. Este é um<br />
exemplo de que estamos a perseguir<br />
uma maior simplificação do<br />
tarifário, um facto que não é devidamente<br />
reconhecido” pelo TC,<br />
acusa Joaquim Reis. ■<br />
Pina Moura dirige as operações da<br />
espanhola Iberdrola em Portugal.<br />
O Tribunal de Contas publicou<br />
uma auditoria em que alertava para<br />
a “falência técnica” da empresa.<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
JOAQUIM REIS<br />
Presidente do Metropolitano de Lisboa<br />
“Poupámos 100<br />
milhões ao Estado<br />
desde 2007”<br />
Joaquim Reis está a terminar o<br />
seumandatoàfrentedoMetro<br />
deLisboaeacaminhoda<br />
Parpública. Apesar dos<br />
constrangimentos colocados pela<br />
política seguida pelo Estado, o<br />
balanço é positivo.<br />
ENERGIA<br />
Lucros da Iberdrola crescem 16,2% com<br />
aumento da produção de electricidade<br />
A espanhola Iberdrola aumentou em 16,2% o lucro do primeiro<br />
trimestre, atingindo os 921,7 milhões de euros, informou a empresa em<br />
comunicado. A Iberdrola registou neste período um aumento de 15,4%<br />
da produção de electricidade, para 42.454 GWh, tendo o principal<br />
contributo vindo da energia hídrica e eólica. Apenas a produção térmica<br />
limitou o crescimento da espanhola, com um recuo de 5% face ao<br />
primeiro trimestre do ano passado.<br />
OMetrodeLisboaestáem<br />
falência, como indica o<br />
Tribunal de Contas?<br />
O relatório do Tribunal de Contas<br />
pode falar em falência técnica do<br />
Metro de Lisboa, mas é preciso<br />
sublinhar que não estamos em<br />
falência jurídica, porque a<br />
empresa tem meios para honrar<br />
os seus compromissos. Aliás, a<br />
questão da falência técnica não é<br />
exclusiva do Metro de Lisboa.<br />
Também a Carris, a CP, a Refer e<br />
o Metro do Porto, que começou<br />
há menos de 10 anos, estão em<br />
falência técnica. Basta ver as<br />
contas. Isto tem a ver com o<br />
modelo de gestão que tem sido<br />
seguido pelo Estado, há várias<br />
décadas – e, sublinho, há várias<br />
décadas – que sobrecarrega<br />
muito as empresas com o custeio<br />
da dívida.<br />
Qual é a solução?<br />
Além da contratualização e da<br />
Paulo Figueiredo<br />
revisão do tarifário, resta às<br />
administrações reduzir os custos.<br />
E isso tem sido conseguido no<br />
Metro de Lisboa. Passámos de<br />
um EBITDA negativo de 54<br />
milhões de euros em 2005 para<br />
27 milhões de euros negativos<br />
em 2009, ou seja, o Metro de<br />
Lisboa duplicou o seu EBITDA<br />
neste período. Aliás, uma prática<br />
que tem sido conseguida noutras<br />
empresas do sector, como a<br />
Carris, o Metro do Porto, a CP<br />
ou a Transtejo.<br />
Mas essa redução de custos<br />
é significativa?<br />
No Metro de Lisboa, por exemplo,<br />
com a optimização de vários<br />
instrumentos de gestão da dívida,<br />
conseguimos poupar ao Estado<br />
português cerca de 210 milhões<br />
de euros nos últimos três anos.<br />
E esse esforço não foi avaliado,<br />
essa análise não foi feita pelo<br />
Tribunal de Contas. ■ N.M.S.
CONSTRUÇÃO<br />
Visabeira ganha projecto de 1,5 milhões<br />
de euros nos Emirados Árabes Unidos<br />
O Grupo Visabeira foi o escolhido para o fornecimento de materiais de<br />
construção para um projecto em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes<br />
Unidos. Actualmente em construção, foi adjudicado ao grupo por 1,484<br />
milhões de euros. O projecto, que numa primeira fase vai fornecer<br />
material para 98 vivendas, vai contar com pavimentos cerâmicos no<br />
valor de 761 mil euros e cozinhas MOB no valor de 723 mil euros. Até ao<br />
final do projecto serão construídas e equipadas todas as 120 moradias.<br />
Receitas da Brisa<br />
caem por pressão<br />
das SCUT<br />
A concessionária apresentou ontem lucros de 17,7<br />
milhões de euros no primeiro trimestre de 2010.<br />
Hermínia Saraiva<br />
herminia.saraiva@economico.pt<br />
No final de “um trimestre díficil<br />
em termos de tráfego”, a Brisa<br />
disse ontem ao mercado que a<br />
abertura da auto-estrada da<br />
Costa da Prata, concessionada<br />
ao consórcio liderado pela<br />
Mota-Engil em regime Scut<br />
(sem custos para o utilizador)<br />
em Setembro de 2009, continuou<br />
a ter um impacto negativo<br />
nas receitas de portagem nas<br />
concessões da Brisa.<br />
No total, a concessionária de<br />
Vasco de Mello registou no primeiro<br />
trimestre uma quebra de<br />
5% das receitas de portagem,<br />
para os 122,6 milhões, sendo<br />
que o efeito das Scut representou<br />
uma quebra de 3,3%.<br />
Ainda a contribuir para a<br />
BRISA<br />
As acções da Brisa fecharam<br />
ontem com ganhos de 1,86%<br />
para 5,24 euros.<br />
7,0<br />
6,5<br />
6,0<br />
5,5<br />
5,0<br />
28-04-2010<br />
Fonte: Bloomberg<br />
PUB<br />
29-03-2010<br />
desvalorização das receitas estiveram,<br />
de acordo com o comunicado<br />
da empresa ao mercado,<br />
a “degradação do desempenho<br />
da economia portuguesa (...)<br />
assim como do efeito negativo<br />
do deslizamento de terras ocorrido<br />
na CREL (A9), o que motivou<br />
que parte dessa autoestrada<br />
não estivesse aberta ao tráfego”.<br />
Globalmente, as receitas operacionais<br />
da concessionária –<br />
que registaram uma descida de<br />
1%para os 144,9 milhões – acabaram<br />
por ser compensadas pelo<br />
crescimento da facturação com<br />
serviços rodoviários – 44,7%<br />
para 14,9 milhões – e as áreas de<br />
serviço – com a facturação a<br />
crescer 14,3%, para 3,2 milhões.<br />
Nestecenário,oslucrosda<br />
Brisa registaram um crescimento<br />
na ordem dos 5% para os 17,7<br />
milhões de euros, contra os 16,9<br />
milhões registados entre Janeiro<br />
e Março de 2009. O EBITDA<br />
(’cash flow’ operacional) da<br />
Brisa caiu 1,9% para 100,6 milhões<br />
de euros e a margem<br />
EBITDA recuou 0,6 pontos percentuais<br />
para 69,4 milhões “em<br />
virtude da contínua implementação<br />
do controlo dos custos<br />
operacionais face ao menor volume<br />
de receitas cobradas”.<br />
A concessionária reporta ainda<br />
um aumento de 1,4% dos<br />
custos operacionais que chegaram<br />
aos 44,4 milhões, excluindo<br />
amortizações e provisões. A empresa<br />
explica, porém, que<br />
“numa base equivalente, verifica-se<br />
que os custos, na realidade,<br />
decresceram 1,6% excluindo<br />
o impacto da consolidação pelo<br />
método da equivalência patrimonial<br />
na concessão Douro”. ■<br />
Depois do Brasil, o Bolo de Chocolate<br />
avança para Washington e Nova Iorque.<br />
Vasco de Mello, presidente da Brisa,<br />
conta com a introdução de portagens<br />
em três Scuts a partir de 1 de Julho<br />
para recuperar algum tráfego.<br />
INVESTIMENTO<br />
19,7 milhões<br />
No final do primeiro trimestre, o<br />
investimento realizado pela Brisa<br />
chegou aos 19,7 milhões de euros,<br />
uma verba que representa um<br />
crescimento de 18,6% em<br />
relação ao período homólogo.<br />
ALIMENTAÇÃO<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 35<br />
Melhor Bolo de Chocolate do Mundo<br />
chega ao Rio de Janeiro<br />
Carlos Braz Lopes, criador de “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”,<br />
continua a apostar fortemente na expansão do negócio no Brasil. Desta<br />
vez, o Rio de Janeiro é a cidade escolhida para a abertura de mais<br />
uma loja, a sexta no país. O Bolo irá agora animar a gastronomia dos<br />
cariocas, podendo vir a ser adquirido no shopping Rio Design Leblon,<br />
a partir de hoje. Depois do Rio, serão as vezes de Salvador da Bahia,<br />
edeWashingtoneNovaIorque,nosEstadosUnidos.<br />
DÍVIDA<br />
João Paulo Dias<br />
3,3 mil milhões<br />
A dívida financeira consolidada<br />
da Brisa atingiu no final de Março<br />
os 3,332 mil milhões de euros,<br />
um valor que representa uma<br />
melhoria de 12 milhões face a<br />
Dezembro de 2009.<br />
Jerónimo<br />
Martins<br />
cresce 30%<br />
Polónia representa 55,6% das<br />
vendas totais do grupo.<br />
Marina Conceição<br />
marina.conceicao@economico.pt<br />
A Polónia, a mina de ouro da Jerónimo<br />
Martins, continua a não<br />
desiludir a família Soares dos<br />
Santos. As vendas na cadeia de<br />
‘discount’ polaca Biedronka<br />
cresceram 36,7%, representando<br />
já 55,6% do total dos 1,95 mil<br />
milhões de euros que a empresa<br />
facturou no primeiro trimestre<br />
deste ano.<br />
Um valor que representa um<br />
crescimento de 21,8% em comparação<br />
com as vendas do primeiro<br />
trimestre de 2009, avança<br />
a empresa em comunicado<br />
divulgado ontem.<br />
Já o resultado líquido da<br />
maior retalhista alimentar portuguesa<br />
registou um crescimento<br />
de 30% nos primeiros três<br />
meses deste ano, atingindo os<br />
42,3 milhões de euros. No entanto,<br />
o lucro ficou ligeiramente<br />
abaixo das previsões dos analistasqueestimavamumresultado<br />
líquido de 44 milhões de euros.■<br />
ACÇÕES CAEM 3,26%<br />
8,5<br />
7,5<br />
6,5<br />
28-04-2010<br />
Fonte: Bloomberg<br />
29-03-2010
36 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
EMPRESAS<br />
TURISMO<br />
Turismo do Alentejo quer Balcão Único<br />
para investimentos no Parque Natural<br />
ATurismodoAlentejodefendeuontemacriaçãodeumBalcãoÚnico<br />
para os processos de investimento no Parque Natural do Sudoeste<br />
Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) e a alteração de várias<br />
restrições a novos empreendimentos turísticos. Recordando que a<br />
revisão do Plano de Ordenamento do PNSACV está em discussão<br />
pública até ao final deste mês, a Entidade Regional de Turismo do<br />
Alentejo, após ouvir várias entidades, tomou uma posição pública.<br />
Reditus lança<br />
nova área<br />
de serviços<br />
para empresas<br />
A aposta passa pelo ‘outsourcing’ de<br />
tecnologia para concorrer com multinacionais.<br />
Cátia Simões<br />
catia.simoes@economico.pt<br />
A portuguesa Reditus quer ganhar<br />
espaço na área de prestação<br />
de serviços tecnológicos a<br />
empresas, concorrendo com<br />
multinacionais que já estão instaladas<br />
em Portugal.<br />
Por isso mesmo, a empresa –<br />
que opera na área de prestação<br />
de serviços e gestão tecnológica<br />
– lançou ontem uma nova área<br />
de negócio, dedicada ao IT<br />
Outsourcing, ou seja, “a gestão<br />
do parque informático e centros<br />
de dados dos clientes”, explica,<br />
em entrevista ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />
Miguel Ferreira, presidente<br />
executivo da empresa. O<br />
objectivo é trazer algum “valor<br />
acrescentado” ao serviço já<br />
prestado por empresas concorrentes<br />
nesta área, como a PT, a<br />
IBM ou a HP.<br />
A Reditus, que no ano passado<br />
lucrou 1,1 milhões de euros e<br />
atingiu um volume de negócios<br />
de mais de 100 milhões de eu-<br />
OUTRAS ÁREAS<br />
● No IT Consulting, a Reditus<br />
presta serviços de consultoria<br />
no que toca a tecnologias de<br />
informação e implementação<br />
de sistemas.<br />
● As soluções de engenharia<br />
da empresa estão na área de<br />
Engenharia e Mobilidade, onde<br />
se desenvolvem soluções para<br />
a montagem de semicondutores<br />
e outros componentes e ainda a<br />
personalização de documentos<br />
financeiros.<br />
● BPO, ou Business Process<br />
Outsourcing, opera na área de<br />
gestão de suporte de negócio,<br />
com o tratamento de dados.<br />
ros,aumentouopesodaáreade<br />
‘outsourcing’, que já representa<br />
47% do total da facturação.<br />
Miguel Ferreira defende que<br />
“há espaço em Portugal para estes<br />
serviços. Há uma maior necessidade<br />
de consumo, espaço e<br />
armazenamento e a pressão sobre<br />
os custos faz com que muitas<br />
empresas migrem de uma<br />
solução centrada, dentro de<br />
casa, para uma solução de<br />
‘outsourcing’”, acrescenta.<br />
As poupanças das empresas,<br />
diz Miguel Ferreira, que cita alguns<br />
estudos internacionais,<br />
podem fixar-se entre 15% a<br />
35%. O serviço pode ser prestado<br />
de várias formas: “podemos<br />
fazer a gestão dos activos que os<br />
clientes já têm, comprar os activos<br />
do cliente, podemos levar os<br />
activos dos clientes para as nossas<br />
instalações ou passar para a<br />
fase de “nuvem”, ou seja, colocar<br />
os dados dos clientes num<br />
servidor localizado na internet.<br />
Já no que toca ao investimento<br />
direccionado para esta área,<br />
Miguel Ferreira não quer avançar<br />
números, mas espera, dentrodeumano“terquatroaseis<br />
clientes”.<br />
Questionado sobre se esta<br />
nova área de negócio estaria direccionada<br />
para a internacionalização,<br />
Miguel Ferreira admite<br />
essa possibilidade, mas garante<br />
que não será para já. “Este produto<br />
é fácil de exportar. A oferta<br />
foipensadanopontodevista<br />
global mas neste momento<br />
achamos que a focalização é o<br />
mercado português”.<br />
Ainda assim, o responsável<br />
relembra que a Reditus focou a<br />
sua internacionalização no<br />
mercado ibérico (Portugal e<br />
Espanha), norte de África,<br />
NortedaEuropaeaindaAngola.<br />
“Neste momento, nesta<br />
oferta específico e por razões<br />
de maturidades de mercado e<br />
proximidade vamos só avançar<br />
em Portugal e numa segunda<br />
fase para Espanha”, admite o<br />
responsável. ■<br />
A Adega Ervideira tem apostado<br />
fortemente na inovação e na qualidade.<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
MIGUEL FERREIRA<br />
Presidente executivo da Reditus<br />
“Temos quatro<br />
regiões-alvo para a<br />
internacionalização”<br />
Comestanovaáreadenegócio,<br />
direccionada para a gestão dos<br />
centros de dados dos clientes,<br />
a Reditus aponta como mais-valia<br />
o facto de se transformar o<br />
investimento das empresas<br />
em infra-estruturas num custo<br />
operacional.<br />
Em que consiste esta nova<br />
área de actividade?<br />
Em contexto de crise, as<br />
empresas precisam de mais<br />
tecnologia, mas querem gastar<br />
menos. É preciso gerir melhor os<br />
nossoscustoseanossaoferta<br />
VINHOS<br />
Produtos da Adega Ervideira<br />
entre os melhores do Alentejo<br />
A estratégia colocada em prática pela Adega Ervideira desde o ano<br />
passado continua a recolher dividendos e prémios. No XIX Concurso<br />
“Os Melhores Vinhos do Alentejo”, organizado pela Confraria dos<br />
Enófilos do Alentejo, a Adega ganhou dois prémios. O vinho “Vinha<br />
D’ ’Ervideira” Rosé 2009 arrebatou o primeiro lugar e a “Talha de<br />
Ouro”, na categoria de vinhos rosados, ficando o “Antão Vaz” 2009 no<br />
terceiro lugar, na categoria de vinhos brancos, com a “Talha de Bronze”.<br />
insere-se um pouco nesta linha.<br />
Os clientes podem pegar nos<br />
parques informáticos ou ‘data<br />
centers’ actuais e poder converter<br />
um custo de posse dessas infraestruturas<br />
num custo variável.<br />
Vai ainda diminuir as<br />
necessidades internas de ter<br />
equipas para suportar estas<br />
áreas. As empresas podem alocar<br />
os recursos de IT a outros<br />
projectos onde possam obter um<br />
maior valor acrescentado. Como<br />
prestadores do serviço,<br />
conseguimos ter uma equipa e<br />
repartir esses custos por mais<br />
clientes.<br />
Qual a redução de custos<br />
estimada com o ‘outsourcing’?<br />
Depende sempre da dimensão da<br />
empresa mas benchmarketing<br />
internacional aponta para<br />
reduçãoentre15%e35%anível<br />
de poupança. Pode haver casos<br />
de poupanças maiores e outras<br />
João Paulo Dias<br />
Miguel Ferreira, presidente<br />
executivo da Reditus, quer<br />
concorrer com as multinacionais.<br />
menores. Esta é uma fase de<br />
migração para o ‘cloud<br />
computing’, que é uma realidade<br />
cada vez mais utilizada. Há várias<br />
empresas multinacionais que já<br />
estão a trabalhar na nuvem mas<br />
noutros sectores de actividade<br />
ainda existe um certo receio.<br />
Quais as perspectivas de<br />
internacionalização nesta<br />
área?<br />
Este produto é fácil de exportar, a<br />
oferta foi pensada no ponto de<br />
vista global mas neste momento<br />
achamos que a focalização é o<br />
mercado português. A nossa<br />
estratégia de internacionalização<br />
tem quatro regiões-alvo: Espanha,<br />
norte de África, países do norte<br />
da Europa e Angola. Neste<br />
momento nesta oferta por razões<br />
de maturidades de mercado<br />
e proximidade vamo focar-nos<br />
em Portugal e numa segunda fase<br />
em Espanha.
PUB<br />
VÁ A UMA LOJA OU AGENTE
38 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
FINANÇAS<br />
BCP bate<br />
estimativas à<br />
custa do ‘trading’<br />
O melhor: os resultados da Polónia e as comissões<br />
consolidadas. O pior o malparado que subiu bastante.<br />
Maria Teixeira Alves<br />
e Maria Ana Barroso<br />
maria.alves@economico.pt<br />
Carlos Santos Ferreira, presidente<br />
do BCP, começou a sua<br />
apresentação dos resultados<br />
lamentando o ‘timing’ de<br />
apresentação de tão bons lucros:<br />
“é uma pena estes resultados,<br />
como são [bons], serem<br />
apresentados nesta altura em<br />
que pouca gente lhes ligará”,<br />
referindo-se à turbulência dos<br />
mercados financeiros, sobretudo<br />
o português, depois da<br />
quebra do rating da República.<br />
O BCP apresentou um resultado<br />
líquido consolidado nos<br />
primeiros três meses do ano de<br />
96 milhões de euros, acima da<br />
expectativas dos analistas e um<br />
ROE (rentabilidade dos capitais<br />
próprios) de 7,9% o que comparou<br />
com os 4,6% do fim de<br />
2009. Mas a explicação para estes<br />
números está numa reavaliação<br />
contabilística de um instrumento<br />
financeiro (derivado)<br />
que rendeu aos lucros do trimestre<br />
36,3 milhões de euros e<br />
bem assim à rentabilidade. Ou<br />
seja, sem este ganho, não recorrente,<br />
o BCP teria um ROE<br />
de 4,9%, segundo contas de<br />
analistas, o que não impressiona.<br />
Mas o BCP mantém que, até<br />
2011, quer a rentabilidade acimados10%econtaparatal<br />
com as receitas que virão da actividade<br />
internacional. Esta actividade<br />
fora de Portugal deu já<br />
um contributo de 25%, no trimestre,<br />
acima do que o presidente<br />
do BCP tinha anunciado.<br />
O BCP justificou apenas que<br />
os lucros do trimestre representam<br />
uma queda de 9,6%<br />
face ao primeiro trimestre de<br />
2009. Mas se fossem excluídas<br />
as mais-valias da venda de<br />
parte do Millennium Angola no<br />
ano passado então os lucros tinham<br />
subido 12,8%. Mas um<br />
analista, André Rodrigues da<br />
Caixa BI, explicou que “os números<br />
apresentados ontem<br />
pelo BCP não são ainda uns resultados<br />
que definitivamente<br />
marquem o regresso da rentabilidade,<br />
mas continuam a evi-<br />
denciar uma recuperação em<br />
base trimestral”.<br />
As comissões correram bem<br />
ao BCP na comparação anual:<br />
subiram 19,8%, com o contributo<br />
da área internacional.<br />
Destaque aqui para a actividade<br />
do Millennium Bank na Polónia,<br />
que no primeiro trimestre<br />
recuperou fortemente nos<br />
lucros: registou 17 milhões de<br />
euros, o que compara com os<br />
três milhões um ano antes.<br />
A margem caiu no ano<br />
(8,9%) e melhorou apenas<br />
1,4% face ao trimestre ante-<br />
BCP PERDE 22% EM 2010<br />
Evolução dos títulos do BCP<br />
desde o início do ano.<br />
1,0<br />
0,8<br />
0,6<br />
31 Dez 009<br />
28 Abr 10<br />
Resultados do BCP no primeiro<br />
trimestre de 2010<br />
Indicador valor variação<br />
Margem Financeira 340,6 -8,9%<br />
Produto bancário 700,7 - 5,2%<br />
Custos Operacionais 382,2 -4,6%<br />
Imparidade do cred. 164,8 2,9%<br />
Impostos s/lucros 22 -23,8%<br />
Resultado Líquido 96,4 -9,6%<br />
Fonte: BCP<br />
Unidade: Milhões de Euros<br />
rior.Aotodo,oprodutobancário<br />
caiu no ano 5,2%, mas<br />
melhorou 12,4% face à “média<br />
trimestral de 2009”. Destaque<br />
para os custos operacionais<br />
que cairam 4,6% no ano. O<br />
que permitiu uma melhoria do<br />
rácio de eficiência de 63,6%<br />
em Dezembro de 2009 para<br />
54,5% em Março.<br />
Este trimestre, face ao trimestre<br />
homólogo do ano anterior,<br />
o BCP registou um crescimento<br />
de 6,7% nos recursos<br />
de clientes (dos quais 7,9%<br />
depósitos) e apenas 0,2% do<br />
crédito a clientes (bruto).<br />
Aliás a pior notícia que o BCP<br />
apresentou foi no crédito em<br />
incumprimento sobre o total,<br />
que subiu de 2%em 31 de<br />
Março de 2009 para 3,8%<br />
este trimestre. O stock de<br />
malparado no trimestre face<br />
a Dezembro cresceu de cerca<br />
de 2 mil milhões de euros<br />
para 2,140 mil milhões. Em<br />
relação ao incobrável há mais<br />
de 90 dias, subiu num ano de<br />
1,5% para 2,5%.Quando<br />
questionado com o que aconteceria<br />
ao BCP se os accionistas<br />
que têm crédito do banco<br />
deixassem de poder cumprir,<br />
Santos Ferreira aproveitou<br />
para explicar que o rácio de<br />
exposição do banco aos 30<br />
maiores clientes versus fundos<br />
próprios tem vindo a<br />
descer; assim como tem vindo<br />
a descer a exposição líquida<br />
a todos os accionistas com<br />
mais de 0,5% do capital (passou<br />
de 14,7% em Dezembro<br />
para 13,2% em Março).<br />
O BCP, ao contrário do que<br />
algumas casas internacionais<br />
dizem, está bem dotado de<br />
capital. O Tier I, já com as regras<br />
do IRB que serão aprovadas,<br />
subiu para 9,7%. Em termos<br />
de liquidez, um tema que<br />
volta à ribalta com a subida<br />
do preço dos spreads nos<br />
mercados internacionais, o<br />
BCP já se refinanciou em metade<br />
das suas necessidades<br />
para este ano, e ainda tem<br />
11,3 mil milhões de euros de<br />
activos para descontar no BCE<br />
a troco de liquidez. ■<br />
Santos Ferreira apresentou lucros<br />
de 96 milhões de euros no<br />
primeiro trimestre deste ano.
Taxas na habitação em mínimos de sempre<br />
A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a descer em Março,<br />
embora a um ritmo menos acentuado, fixando-se no nível mais baixo de<br />
sempre de 1,837%. Esta tendência de queda, que se verifica desde o final<br />
de 2008, é explicada sobretudo pela descida continuada das taxas<br />
Euribor. Segundo o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação, também<br />
divulgado ontem, o valor médio de cada metro quadrado foi de 1.172 euros<br />
em Março, uma variação em cadeia nula e uma subida homóloga de 3,8%.<br />
João Paulo Dias<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Banc Sabadell publica resultados<br />
do primeiro trimestre deste ano.<br />
● O Banco Santander apresenta<br />
contas relativas aos primeiros três<br />
meses de 2010.<br />
● Ainda em Espanha, a Bolsa Y<br />
Mercados Españoles divulga os<br />
resultados do primeiro trimestre.<br />
CONFERÊNCIA DE IMPRENSA CARLOS SANTOS FERREIRA Presidente do BCP<br />
“Portugal pôs-se a jeito”<br />
Santos Ferreira defende que a<br />
especulação é apenas uma<br />
consequência dos erros<br />
cometidos no país.<br />
Maria Ana Barroso<br />
e Maria Teixeira Alves<br />
maria.barroso@economico.pt<br />
Os tempos não estão para lamentações,<br />
muito menos para<br />
arranjar bodes expiatórios para<br />
os problemas que Portugal tem<br />
de resolver, garantiu ontem<br />
Santos Ferreira, numa conferência<br />
em que a descida dos ‘ratings’<br />
foi tema central das perguntas<br />
dos jornalistas. Face ao<br />
actual momento de pressão internacional,<br />
o presidente do<br />
BCP pediu que se passe das palavras<br />
à acção.<br />
Como avalia a importância e<br />
efeitos da descida do ‘rating’ de<br />
Portugal decidido ontem pela<br />
Standard & Poor’s?<br />
A descida do ‘rating’ da república<br />
em dois níveis determinou a<br />
descida de um nível do ‘rating’<br />
de todos os bancos. O que isto significa<br />
é que o recurso ao financiamento<br />
se torna mais caro e<br />
mais difícil. Isso obviamente impactará<br />
o resultado dos bancos e<br />
a vida das empresas e pessoas.<br />
E quanto ao caso concreto do<br />
BCP, preocupa-o o facto de a<br />
S&P atribuir um ‘rating’ pior do<br />
que aos bancos concorrentes?<br />
Quanto ao BCP, nós temos ‘ratings’<br />
para todos os gostos. Temos<br />
um ‘rating’ mais baixo no<br />
caso da S&P, igual ao BPI segundo<br />
a Moody’s e igual ao BPI, BES<br />
eCGDnocasodaFitch.Portanto<br />
‘ratings’ são como os chapéus.<br />
Há muitos. A descida do<br />
‘rating’ não alegra ninguém<br />
masnãoéumfactoquenos<br />
preocupe neste momento. Temos<br />
já financiadas metade das<br />
nossas necessidades para este<br />
ano. Será mais caro ir ao<br />
mercado mas não é<br />
isso que impactará<br />
este ano nos nossos<br />
resultados de<br />
forma significativa.<br />
Que efeitos resultarão<br />
no custo<br />
e volume de concessão<br />
de crédito?<br />
Tempos de crédito fácil<br />
nãohá.Nãoexistem.Terminoua<br />
festa. Mas não deixamos nenhuma<br />
empresa bem capitalizada e<br />
com bons projectos não continuar<br />
a avançar. E há, por outro<br />
lado, uma redução da procura de<br />
crédito.<br />
Teme uma nova crise de liquidez ?<br />
Leia mais<br />
sobre o dia nos<br />
mercados<br />
nas páginas<br />
10 e 11<br />
Vai haver mais dificuldades mas<br />
não penso que se vá entrar<br />
numa crise de liquidez.<br />
O BCP tem tentado recentementeiraomercado?Temsentido<br />
dificuldades?<br />
A sala de mercados tem continuado<br />
a ir ao mercado. Ainda<br />
hoje a sala do banco foi ao mercado<br />
e conseguiu obter umas<br />
dezenas de milhões.<br />
Face ao actual contexto de pressão<br />
internacional, que avaliação<br />
faz do comportamento quer do<br />
Governo, quer da oposição?<br />
Tenho um claro apreço pelo ministro<br />
das Finanças. É um bom<br />
ministro. E é verdade que,<br />
como o mesmo referiu, quem<br />
nos está a atacar é o mercado.<br />
Masseosmercadosnosestãoa<br />
atacar é porque a gente se pôs a<br />
PUB<br />
Programa<br />
Seminário “O Futuro Energético e os Transportes”<br />
Com a presença de:<br />
– S. E. o Senhor Alain de Muyser,<br />
Embaixador do Grão-Ducado do Luxemburgo<br />
– S. E. o Senhor Alex Ellis, Embaixador do Reino Unido<br />
– S. E. o Senhor Rudolf Schaller, Embaixador da Suiça<br />
– S. E. o Senhor Jean-Michel Veranneman<br />
de Watervliet, Embaixador da Bélgica<br />
Opções de Política Energética<br />
10:15 – 10:30 Nuno Ribeiro da Silva - Presidente da Endesa Portugal<br />
10:30 – 10:45 Pedro Sampaio Nunes – Presidente da Greencyber<br />
10:45 – 11:00 Tiago Farias – Professor Auxiliar do Departamento<br />
de Engenharia Mecânica do IST<br />
11:00 – 11:20 Debate<br />
Moderador: Pedro Rebelo de Sousa – Sociedade Rebelo de Sousa<br />
11:20 – 11:40 Coffee-break<br />
“<br />
No caso do BCP,<br />
temos ‘ratings’ para<br />
todososgostos.<br />
Os ‘ratings’ são como<br />
os chapéus. Há<br />
muitos.<br />
Opções Energéticas na Bélgica<br />
11:40 – 11:55 Johan Albrecht – Universidade de Gand: “Energy Transition:<br />
fast track to a greener system?”<br />
11 de Maio de 2010<br />
Hotel Dom Pedro<br />
Lisboa<br />
Para mais informações, por favor contactar:<br />
Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa<br />
Av. Duque d'Ávila, 203 - 5º - 1050-082 Lisboa<br />
Tel.: (+351) 213.152.502/03 - Fax: (+351) 213.547.738<br />
E-mail: info@cclbl.com - Web: www.cclbl.com<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 39<br />
jeito. Depois, o PEC é um assuntograveesérioeaspessoas<br />
têm o direito de discutir. Mas<br />
não fiquemos eternamente a<br />
discutir. Temos de decidir. Se<br />
não fizermos nada, alguém vai<br />
fazer por nós. Tenho algum<br />
medo que, dentro da nossa maneiradeser,achemosqueisto<br />
vai lá com conversa. Não vai. É<br />
preciso fazer.<br />
Entretanto, um conjunto de<br />
bancos contestou esta semana o<br />
uso do SII para pagar aos clientes<br />
do BPP. O BCP faz parte do<br />
grupo?<br />
Accionámos individualmente as<br />
acções que achámos que devíamos<br />
em relação ao Sistema de<br />
Indemnização aos Investidores<br />
e também ao Fundo de Garantia<br />
de Depósitos. ■<br />
Com o patrocínio de:<br />
11:55 – 12:10 François de Hemptinne – Director Agoria Renewable Energy<br />
Club, Bélgica: “The Belgian Policy on Energy”<br />
12:10 – 12:30 Debate<br />
Moderador: Luís Mira Amaral – Professor do Instituto Superior<br />
Técnico<br />
12:45 – 14:15 Almoço com a intervenção de<br />
S. E. o Senhor Alex Ellis, Embaixador do Reino Unido, que falará<br />
sobre os “Desafios Energéticos Europeus”<br />
08:30 – 09:00 Recepção<br />
09:00 – 09:10 Abertura<br />
Luís Neto Galvão – Presidente da Câmara de Comércio Luso-<br />
Os Desafios Energéticos e o Automóvel<br />
Belga-Luxemburguesa<br />
14:15 – 14:30 José Manuel Silva Rodrigues – Presidente do Conselho<br />
Miguel Cardoso Peres – Presidente da Câmara de Comércio<br />
de Administração da Carris<br />
e Indústria Suiça em Portugal<br />
14:30 – 14:45 José Caro de Sousa – Presidente da Renault Portugal<br />
14:45 – 15:00 António Sá da Costa – Presidente da APREN<br />
09:10 – 09:25 Carlos Zorrinho – Secretário de Estado da Energia e da Inovação<br />
15:00 – 15:20 Debate<br />
Moderador: Mário Melo Rocha – Sociedade Rebelo de Sousa<br />
Os Transportes Eléctricos<br />
09:25 – 09:40 António Martins da Costa – Presidente da EDP Internacional 15:20 – 15:40 Coffee-break<br />
09:40 – 09:55 Jorge Oliveira - Senior Vice-President/Site Manager da Solvay<br />
Portugal (Projecto Solar Impulse/Avião Solar)<br />
O Mercado Energético na Suiça:<br />
09:55 – 10:15 Debate<br />
15:40 – 16:15 Stefan Hirschberg – Head Laboratory for Energy Systems<br />
Moderador: Gonçalo Anastácio - Sociedade Rebelo de Sousa<br />
Analysis, do Instituto Paul Scherrer (Suiça): “Electricity Supply<br />
Options in Comparative Perspective”<br />
16:15 – 16:30 Markus Häring – Executive Director do Geothermal<br />
Explorers Ltd (Suiça)<br />
16:30 – 16:50 Debate<br />
Moderador: Robert Stüssi<br />
16:50 – 17:05 Gustavo Fernandes – Chief Communications Officer<br />
da Martifer Solar<br />
17:05 – 17:20 Pedro Rodrigues – Desmet<br />
17:20 – 17:35 Pedro Sena da Silva – Presidente da Autosil<br />
Apresentação do Smart Eléctrico<br />
17:35 Encerramento<br />
Dr. José Manuel Perdigoto – Director-Geral da Energia<br />
e Geologia [TBC]
40 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
FINANÇAS<br />
MERCADOS<br />
Republicanos voltam a travar discussão<br />
da reforma financeira no Senado dos EUA<br />
E, afinal, à terceira não foi de vez. Os membros republicanos do Senado<br />
dos Estados Unidos voltaram a bloquear a discussão do projecto de reforma<br />
da regulação financeira. A ala republicana manteve-se unida contra<br />
os Democratas, que assim não conseguiram ter o mínimo de 60 votos<br />
necessários para iniciar a discussão. No entanto, de acordo com a Bloomberg,<br />
a sessão iria prolongar-se durante a noite tentando pressionar<br />
os Republicanos, podendo haver uma alteração na votação a qualquer altura.<br />
Sandra Almeida Simões<br />
e Tiago Freire<br />
sandra.simoes@economico.pt<br />
O Governo aprovou na semana<br />
passada uma proposta que introduz<br />
um regime de tributação das<br />
mais-valias bolsistas desde o<br />
início deste ano à taxa de 20%.<br />
De fora deste regime ficam os<br />
pequenos investidores que registem<br />
ganhos anuais, apurados<br />
entre a diferença das mais e menos-valias,<br />
até 500 euros. Muitas<br />
foram as vozes, dos vários quadrantes<br />
socioeconómicos do<br />
País, que se manifestaram já<br />
contra a retroactividade da tributação,<br />
reivindicando a sua inconstitucionalidade.<br />
Por sua vez,<br />
ataxadeimpostotemgerado<br />
menor contestação, até porque o<br />
Governoadiantouqueamesma<br />
estava em linha com as práticas<br />
europeias.<br />
No entanto, de acordo com os<br />
cálculos agora efectuados pelo<br />
Diário <strong>Económico</strong> – com base no<br />
estudo da Associação de Investidores<br />
e Analistas Técnicos do<br />
Mercado de Capitais (ATM) –<br />
Portugal passa, com este novo<br />
regime, a ser o nono país com a<br />
tributação mais elevada da União<br />
Europeia. Mais. A taxa de 20%<br />
está cerca de 6 pontos percentuais<br />
acima da média de imposto<br />
Volatilidade do crude está em queda,<br />
depois do máximo recorde em 2009.<br />
Portugueses vão pagar mais<br />
do que a média europeia<br />
pelas mais-valias em bolsa<br />
Dados revelados num estudo da associação de investidores ATM mostram<br />
que taxa de 20% é superior ao praticado na Europa, nos vários prazos.<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
CÁTIA DA COSTA FERREIRA<br />
Membro da Direcção da ATM<br />
“Governo será<br />
confrontado com<br />
30 questões”<br />
O imposto sobre<br />
as mais-valias<br />
mobiliárias varia<br />
consoante o país e,<br />
mais ainda, o período<br />
de tempo em que<br />
o país permanece<br />
na titularidade<br />
das acções.<br />
A Associação de Investidores<br />
e Analistas Técnicos do Mercado<br />
de Capitais (ATM) elaborou um<br />
estudo sobre a tributação das<br />
mais-valias mobiliárias. Cátia<br />
Ferreira resume a posição da<br />
Associação, sublinhando os<br />
aspectos positivos e negativos<br />
da taxa de imposto de 20%<br />
apresentada pelo Governo.<br />
Qual é o entendimento<br />
genérico da ATM sobre o novo<br />
regime?<br />
Há ainda questões importantes<br />
por esclarecer. Mas salientamos<br />
o desfasamento do imposto nos<br />
diferentes países membros da<br />
União Europeia, alertamos para a<br />
para os restantes 26 membros,<br />
que actualmente se fixa abaixo<br />
dos 14% para as acções detidas<br />
há mais de um ano e menos de<br />
três anos.<br />
O imposto sobre as mais-valias<br />
mobiliárias varia muito consoante<br />
o país e mais ainda consoante<br />
o período de tempo em<br />
que o investidor permanece com<br />
os títulos. A Suécia, por exemplo,<br />
está no topo dos países que mais<br />
penalizam os investidores, ao<br />
aplicar sempre uma taxa de<br />
30%. Segue-se a Dinamarca e a<br />
Finlândiacom28%eaAlemanhaeaIrlandacom25%.<br />
Por<br />
sua vez, no extremo oposto, estão<br />
países como a Bélgica, Áustria,<br />
Bulgária, Chipre, Luxemburgo<br />
ou República Checa que<br />
não cobram qualquer imposto<br />
sobre os ganhos bolsistas, com<br />
prazo superior a um ano.<br />
Esta análise mostra que, no<br />
resto da Europa, muitos países<br />
adoptam o regime de tributar as<br />
mais-valias conseguidas com<br />
activos detidos por pouco tempo,<br />
suavizando a tributação nos<br />
prazos mais longos. Em Portugal<br />
havia também este princípio,<br />
com uma taxa de 10% nos activos<br />
detidos a menos de um ano e<br />
isenção nos prazos mais longos.<br />
Agora, cria-se um desfasamento<br />
ainda maior entre a reali-<br />
inexistência de dupla tributação<br />
dos lucros e dos dividendos na<br />
maioria dos países e condenamos<br />
a constitucionalidade da<br />
retroactividade da proposta de<br />
Lei que viola a boa fé dos<br />
contribuintes.<br />
Contestamataxade20%?<br />
A proposta não é descabida, mas<br />
queremos saber quais os estudos<br />
em que se fundamenta. As<br />
dúvidas, cerca de 30 questões,<br />
serão remetidas aos deputados e<br />
ao Ministério das Finanças. Para<br />
já, aplaudimos o facto de, com a<br />
nova proposta, não se penalizar<br />
de forma gravosa o investidor de<br />
curto prazo e oferecer benefícios<br />
Volatilidade do crude está a recuar para<br />
o nível mais baixo em quase três anos<br />
A volatilidade da cotação do crude está a descer para o nível mais baixo<br />
em quase três anos. A razão prende-se com os elevados stocks e o<br />
crescimento do investimento da OPEC no reforço da capacidade de<br />
produção, factores que estão a deixar o mercado menos receoso que haja<br />
escassez de petróleo. Segundo a Bloomberg, a volatilidade histórica de 50<br />
dias do crude caiu para 23% na terça-feira, mínimo desde Julho de 2007.<br />
O máximo deste indicador, de 108%, foi atingido no início de 2009.<br />
dade nacional e europeia. Isto<br />
porque, muitos dos países europeus<br />
aplicam uma taxa decrescente,<br />
sendo o imposto das maisvalias<br />
calculado em função do<br />
tempo em que o investidor detém<br />
os activos. Normalmente, quanto<br />
mais tempo for, mais reduzida é a<br />
taxa aplicada, incentivando e<br />
premiando o investimento de<br />
longo prazo. Daí que, por exemplo,<br />
a média da UE para acções<br />
detidas há mais de três anos e<br />
menos de cinco anos diminua<br />
para 13,6% e para períodos superiores<br />
a cinco anos seja de 13%, o<br />
que compara com 16,2% para<br />
quem tem acções há mais de seis<br />
mesesemenosdeumano.Atítulo<br />
de exemplo, a Áustria penaliza<br />
os investidores de curto prazo<br />
com uma taxa de 43,2%, isentando<br />
os de longo prazo.<br />
Peranteestecenário,aATM<br />
aplaude a eliminação dos dois eixos<br />
temporais, já que até agora era<br />
aplicada uma taxa liberatória de<br />
10% às acções detidas há menos<br />
de 12 meses e isentas de tributação<br />
as acções detidas por mais de<br />
um ano (ver entrevista). No entanto,<br />
a ATM também contesta a<br />
inconstitucionalidade da retroactividade<br />
da proposta, alerta para a<br />
dupla tributação de dividendos e<br />
defende ainda um regime transitório<br />
para as novas regras. ■<br />
ao investidor de longo prazo. Essa<br />
assimetria foi eliminada. E o<br />
Governo ainda não esclareceu<br />
como serão deduzidas as perdas.<br />
Que alterações sugerem?<br />
Por um lado, o reinvestimento<br />
não deveria ser tributado.<br />
Estamos numa conjuntura de<br />
crise, pelo que era bom que esta<br />
medida tivesse um caracter<br />
meramente transitório. E mais do<br />
que tributar ou funcionar como o<br />
polícia dos contribuintes, o<br />
Governo deveria educar<br />
financeiramente os portugueses.<br />
A criação de uma “Conta<br />
investimento” é a solução que<br />
preconizamos. ■
DIVIDENDOS<br />
Mota-Engil vai pagar dividendo de 0,11 euros<br />
por acção a 30 de Abril<br />
A construtora anunciou que, a partir do próximo dia 30 de Abril, irá<br />
distribuir o dividendo relativo a 2009 no valor de 0,11 euros por acção.<br />
Isto significa que os títulos que forem transaccionados a partir de 27<br />
de Abril perdem direito ao prémio relativo aos resultados da empresa<br />
no ano passado. O dividendo que será distribuído é igual ao do<br />
verificado no ano anterior. Na última sessão, as acções da construtora<br />
recuaram 0,5% para os 3,23 euros.<br />
Bons resultados levaram Starbucks a<br />
distribuir dividendos pela primeira vez.<br />
Pascal Lauener/ Reuters<br />
Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />
BOLSA<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 41<br />
Maioria das empresas do indice S&P 500<br />
deverá manter nível dos dividendos<br />
A maioria da empresas que integram o índice de referência norte-americano<br />
S&P 500 deverão manter este ano o nível dos dividendos atribuídos<br />
em 2009, reflexo do acentuado crescimento no lucro. De acordo com<br />
estimativas baseadas em cálculos da Bloomberg, das 241 empresas que<br />
ainda vão anunciar o montante dos resultados a distribuir pelos accionistas,<br />
215 deverão manter o nível dos dividendos e 26 poderão aumentar.<br />
A Starbucks, por exemplo, distribuiu dividendos pela primeira vez este ano.<br />
Associação propõe<br />
criação da “Conta<br />
de Investimento”<br />
Medida incentivaria<br />
investimento responsável.<br />
Sandra Almeida Simões<br />
e Tiago Freire<br />
sandra.simoes@economico.pt<br />
A proposta não é recente, mas<br />
actualmente ganha nova relevância.<br />
Falamos da criação de<br />
uma “Conta Investimento”,<br />
uma proposta defendida pela<br />
ATMem2007equevoltaagoraa<br />
ser recuperada no âmbito das alterações<br />
à tributação das maisvalias<br />
mobiliárias.<br />
Em termos práticos, com esta<br />
Conta, na qual seriam incluídos<br />
todos os investimentos financeiros<br />
de um cliente – tais como acções,<br />
futuros, ETFs, obrigações,<br />
derivados ou fundos –, a tributação<br />
das mais-valias seria feita<br />
tendo em conta o saldo global<br />
dessa carteira e não activo a activo.<br />
E apenas haveria lugar a pagamentodeimpostossempreque<br />
houvesse um resgate, num momento<br />
em que o conjunto dos investimentos<br />
registasse uma<br />
mais-valia. Em vez de tributar<br />
anualmente em função do período<br />
em que o investidor deteve<br />
determinados activos, este novo<br />
instrumento permitiria tributar o<br />
rendimento apenas no momento<br />
efectivo da disponibilização dos<br />
recursos financeiros ao investidor.<br />
Ou seja, o investidor podia<br />
fazer quantos negócios quisesse,<br />
dentro da Conta de Investimento,<br />
sendo que só seria tributado<br />
quando tirasse de lá dinheiro, fazendo-se<br />
então as contas quanto<br />
ao imposto a pagar.<br />
Vantagens? Muitas, defende a<br />
Associação de Investidores e<br />
Analistas Técnicos do Mercado de<br />
Capitais (ATM). Por um lado, a<br />
criação desta Conta Investimento<br />
– a ser acolhida pelo Governo –<br />
colocaria Portugal no pelotão da<br />
frente, já que seria uma iniciativa<br />
praticamente inédita na Europa e<br />
até nos Estados Unidos. Por outro,<br />
“seria uma forma de promover<br />
e incentivar o investimento<br />
das famílias num dos sectores<br />
mais importantes da actividade<br />
económica, permitindo aos contribuintes<br />
terem contas individualizadas,<br />
mas geridas colectivamente<br />
pelos profissionais do<br />
sector caso entendam ou por eles<br />
próprios”, explica Cátia Ferreira,<br />
membro da direcção da ATM.<br />
Para a associação, o Governo<br />
também seria parte activa nos<br />
“ganhos” da implementação desta<br />
medida, já que a medida não<br />
acarretaria perda de receita para<br />
os cofres do Estado. “Além da<br />
harmonização do regime fiscal,<br />
ganhar-se-ia uma maior eficiência,<br />
reflexo da eliminação da actual<br />
declaração fiscal das maisvalias<br />
ao optar-se por retenção na<br />
fonte feita pelos intermediários<br />
financeiros. O saldo seria certamente<br />
uma menor fuga de capitais<br />
para o estrangeiro, a par com<br />
uma maior promoção da literacia<br />
financeira dos portugueses”.<br />
Finalidades da carteira<br />
justificam isenção<br />
Em Portugal, não existe nenhum<br />
tipo de isenção de acordo com a<br />
finalidade dada às mais-valias<br />
obtidas por parte do contribuinte<br />
ou quando este opta pelo seu<br />
reinvestimento, ao contrário do<br />
que acontece nas mais-valias<br />
imobiliárias. Daí que a Associação<br />
queira sugerir ao Governo<br />
atenuações ou isenções na tributação<br />
das mais-valias, quando<br />
usadas para fins específicos,<br />
comoaaquisiçãodehabitação,<br />
amortização ou refinanciamento<br />
de créditos ou até mesmo como<br />
complemento de reforma. “Este é<br />
o exemplo da Polónia, onde o Governo<br />
mais do que legislar, pretende<br />
educar financeiramente os<br />
seus contribuintes e orientar o<br />
aforro popular para o mercado de<br />
capitais”, refere Cátia Ferreira. ■<br />
ISENÇÕES DA CONTA<br />
● A proposta da ATM defende a<br />
isenção de tributação quando a<br />
“Conta Investimento” tiver como<br />
objectivo a aquisição de<br />
habitação ou reforma.<br />
● Esta “Conta Investimento”<br />
parte do pressuposto que<br />
historicamente as acções têm<br />
sido um melhor veículo de<br />
investimento a longo prazo.<br />
● Considerando as dúvidas sobre<br />
a sustentabilidade do regime da<br />
Segurança Social, uma “Conta<br />
Investimento Reforma”<br />
permitiria constituir um<br />
complemento para a pensão.<br />
● É ainda defendida a isenção na<br />
compra de casa ou amortização<br />
ou refinanciamento de crédito.
42 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
BOLSA DE VALORES<br />
Eurolist by Euronext Lisbon. Acções<br />
Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />
Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />
Compartimento A<br />
B.COM.PORTUGUES 28-04-2010 0.66 -0.01 -1.94 0.69 0.56150,560,080 1.08 0.67 0.02 26-04-2010 2.83 -21.43<br />
B.ESPIRITO SANTO 28-04-2010 3.15 -0.09 -2.69 3.38 2.9512,451,865 5.34 3.21 0.14 16-04-2010 4.32 -29.23<br />
BANCO BPI SA 28-04-2010 1.53 -0.14 -8.27 1.69 1.505,338,182 2.57 1.60 0.08 04-05-2010 4.67 -21.59<br />
BRISA 28-04-2010 5.25 0.10 1.86 5.60 4.664,843,644 7.59 4.81 0.31 26-04-2010 6.02 -28.67<br />
CIMPOR SGPS 28-04-2010 5.18 -0.12 -2.17 5.38 4.951,075,999 6.55 4.28 0.19 12-06-2009 3.49 -17.75<br />
EDP 28-04-2010 2.59 -0.04 -1.33 2.65 2.4727,491,913 3.22 2.62 0.14 14-05-2009 5.34 -16.32<br />
EDP RENOVAVEIS 28-04-2010 5.02 -0.04 -0.77 5.27 4.703,225,571 7.83 4.99 0.00 0.00 -23.71<br />
GALP ENERGIA 28-04-2010 11.69 -0.27 -2.22 12.06 10.976,302,905 13.68 8.86 0.20 20-05-2010 1.67 -0.23<br />
J MARTINS SGPS 28-04-2010 7.22 -0.24 -3.26 7.59 6.714,626,576 8.31 3.88 0.14 07-05-2010 1.92 6.72<br />
PORTUCEL 28-04-2010 1.88 -0.03 -1.57 1.96 1.732,438,594 2.18 1.46 0.08 14-04-2010 4.32 -3.85<br />
PORTUGAL TELECOM 28-04-2010 7.41 -0.05 -0.67 7.75 7.1010,936,777 8.69 5.58 0.57 14-05-2010 7.71 -13.16<br />
SONAE 28-04-2010 0.76 0.00 -0.26 0.81 0.6829,098,321 0.98 0.61 0.03 20-05-2009 3.93 -12.72<br />
ZON MULTIMEDIA 28-04-2010 3.20 -0.14 -4.28 3.34 3.002,306,917 5.01 3.34 0.16 13-05-2010 4.79 -23.34<br />
Compartimento B<br />
IMPRESA SGPS 28-04-2010 1.46 -0.06 -3.95 1.49 1.25 210,458 2.30 0.75 0.00 0.00 -15.69<br />
S.COSTA-PREF 22-02-2010 1.20 - - - - - 1.20 1.16 0.15 27-05-2009 12.50 3.45<br />
S.COSTA 28-04-2010 0.82 -0.08 -8.89 0.89 0.751,061,603 1.34 0.76 0.03 27-05-2009 3.44 -24.37<br />
IBERSOL SGPS 28-04-2010 6.15 -0.75 -10.87 6.90 5.51 88,750 10.00 6.65 0.05 28-04-2010 0.80 -25.08<br />
SONAE INDUSTRIA 28-04-2010 2.05 -0.12 -5.35 2.29 1.812,239,160 2.86 1.98 0.00 16.61 -16.22<br />
SONAECOM SGPS 28-04-2010 1.23 -0.08 -5.82 1.32 1.131,958,586 2.15 1.31 0.00 0.00 -33.20<br />
MOTA ENGIL 28-04-2010 2.52 -0.23 -8.33 2.70 2.421,799,704 4.53 2.75 0.11 30-04-2010 4.00 -29.60<br />
SEMAPA 28-04-2010 7.17 -0.43 -5.61 7.69 6.96 506,227 8.95 5.72 0.25 23-04-2009 3.36 -2.09<br />
BANIF-SGPS 28-04-2010 0.94 -0.06 -6.00 0.97 0.921,758,091 1.54 0.99 0.02 28-04-2010 1.70 -20.70<br />
SONAE CAPITAL 28-04-2010 0.52 -0.02 -3.70 0.55 0.471,890,197 1.00 0.53 0.00 0.00 -33.92<br />
REN 28-04-2010 2.58 -0.01 -0.31 2.64 2.451,113,274 3.22 2.58 0.17 13-04-2010 6.46 -13.17<br />
MARTIFER 28-04-2010 2.20 -0.19 -7.95 2.35 2.06 308,037 4.59 2.32 0.10 06-05-2010 4.18 -28.44<br />
GRUPO MEDIA CAP 28-04-2010 2.78 0.08 2.96 2.78 2.78 1,000 5.00 2.51 0.23 09-04-2009 8.52 -35.25<br />
SAG GEST 28-04-2010 1.00 -0.02 -1.96 1.02 0.93 26,204 1.59 0.97 0.00 1.67 -21.54<br />
TEIXEIRA DUARTE 28-04-2010 0.82 -0.04 -4.65 0.87 0.771,580,257 1.26 0.71 0.00 1.71 -19.22<br />
FINIBANCO SGPS 28-04-2010 1.26 -0.05 -3.82 1.33 1.19 66,508 2.14 1.33 0.02 03-05-2010 1.50 -13.07<br />
ALTRI SGPS SA 28-04-2010 4.13 -0.18 -4.11 4.48 3.822,210,935 5.27 2.10 0.00 2.00 8.66<br />
Compartimento C<br />
BENFICA-FUTEBOL 28-04-2010 2.91 -0.12 -3.96 2.99 2.65 32,601 3.65 2.13 0.00 0.00 23.19<br />
COFINA SGPS 28-04-2010 0.94 -0.03 -3.09 0.98 0.80 361,780 1.26 0.60 0.00 4.21 -8.49<br />
COMPTA 28-04-2010 0.36 -0.03 -7.69 0.36 0.36 80 0.46 0.34 0.00 0.00 -2.50<br />
CORTICEIRA AMORI 28-04-2010 0.91 - - 0.92 0.88 162,718 1.05 0.67 0.00 6.74 -0.07<br />
ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 0.00<br />
ESTORIL SOL P 26-04-2010 6.00 - - - - - 9.88 5.23 0.00 4.54 -18.70<br />
F RAMADA INVEST 28-04-2010 0.74 -0.06 -7.50 0.76 0.72 11,714 0.98 0.69 0.00 0.00 -8.00<br />
FISIPE 28-04-2010 0.14 - - 0.14 0.14 65,500 0.20 0.10 0.00 0.00 -12.50<br />
FUT.CLUBE PORTO 28-04-2010 1.10 -0.01 -0.90 1.11 1.07 9,140 1.75 0.75 0.00 0.00 -22.92<br />
GLINTT 28-04-2010 0.61 -0.07 -10.29 0.66 0.581,261,412 1.03 0.64 0.00 0.00 -24.69<br />
IMOB GRAO PARA 27-04-2010 3.60 - - - - - 4.81 2.36 0.00 0.00 -1.37<br />
INAPA-INV.P.GEST 28-04-2010 0.51 -0.02 -3.77 0.55 0.461,563,296 0.73 0.38 0.00 0.00 -17.19<br />
LISGRAFICA 28-04-2010 0.07 - - 0.07 0.06 416,311 0.12 0.07 0.00 0.00 -12.50<br />
NOVABASE SGPS 28-04-2010 3.73 -0.18 -4.60 4.21 3.59 160,013 5.06 3.89 0.00 0.00 -14.52<br />
OREY ANTUNES 28-04-2010 1.45 -0.25 -14.71 1.55 1.30 2,149 2.85 1.64 0.11 30-04-2009 6.47 -0.58<br />
PAP.FERNANDES 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.66 2.66 0.00 0.00 0.00<br />
REDITUS SGPS 28-04-2010 7.25 0.05 0.69 7.35 7.10 5,206 7.99 6.85 0.00 0.00 -1.91<br />
SPORTING 28-04-2010 1.01 -0.15 -12.93 1.16 1.01 1,283 1.52 1.05 0.00 0.00 -10.08<br />
SUMOL COMPAL 28-04-2010 1.38 -0.03 -2.13 1.38 1.35 14,305 1.52 1.26 0.00 0.00 -4.08<br />
VAA VISTA ALEGRE 28-04-2010 0.09 -0.01 -10.00 0.09 0.09 2,468 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 28-04-2010 0.07 0.01 16.67 0.07 0.06 32,303 0.10 0.06 0.00 0.00 -2.04<br />
SPORTING 28-04-2010 1.01 -0.15 -12.93 1.16 1.01 1,283 1.52 1.05 0.00 0.00 -10.08<br />
SUMOL COMPAL 28-04-2010 1.38 -0.03 -2.13 1.38 1.35 14,305 1.52 1.26 0.00 0.00 -4.08<br />
VAA VISTA ALEGRE 28-04-2010 0.09 -0.01 -10.00 0.09 0.09 2,468 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 28-04-2010 0.07 0.01 16.67 0.07 0.06 32,303 0.10 0.06 0.00 0.00 -2.04<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 28-04-2010 0.07 0.01 16.67 0.07 0.06 32,303 0.10 0.06 0.00 0.00 -2.04<br />
Compartimento Estrangeiras<br />
BANCO POPULAR 28-04-2010 0.00 -0.12 -2.23 5.33 5.08 8,125 7.58 4.70 0.46 12-01-2009 8.54 5.71<br />
BANCO SANTANDER 28-04-2010 0.00 -0.41 -4.32 9.45 8.91 81,893 12.13 6.41 0.60 03-05-2010 6.32 -19.10<br />
E.SANTO FINANC N 08-04-2010 0.00 - - - - - 15.50 9.55 0.25 25-05-2009 1.70 -3.29<br />
E.SANTO FINANCIA 28-04-2010 0.00 -0.06 -0.42 14.20 14.14 14,876 15.49 10.60 0.25 25-05-2009 1.80 -4.25<br />
PAPELES Y CARTON 21-04-2010 0.00 - - - - - 4.25 2.60 0.03 16-01-2009 0.79 15.15<br />
SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.95 0.00 3.65 0.00<br />
As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />
Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual<br />
– diferença entre a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual<br />
a aquisição do título deixou de dar direito ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento<br />
anual – variação percentual da cotação em relação ao último preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização<br />
bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C – Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />
As últimas RECOMENDAÇÕES<br />
Sonae SGPS<br />
PREÇO-ALVO<br />
1,04€<br />
Cimpor<br />
PREÇO-ALVO<br />
5,48€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
0,761€<br />
POTENCIAL<br />
36,7%<br />
COMPRAR A AlphaValue reviu em baixa ligeira o preçoalvo<br />
para as acções da Sonae, de 1,06 euros para 1,04<br />
euros, mantendo a recomendação de ‘comprar’.<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
5,184€<br />
POTENCIAL<br />
5,7%<br />
REDUZIR A AlphaValue cortou a avaliação para a Cimpor,<br />
de 5,60 euros para 5,48 euros por acção, deixando<br />
inalterada a recomendação de ‘reduzir’.<br />
Jerónimo Martins<br />
PREÇO-ALVO<br />
7,92€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
7,22€<br />
POTENCIAL<br />
9,7%<br />
REDUZIR A AlphaValue reviu em baixa o preço-alvo para a<br />
Jerónimo Martins, passando de 7,98 euros para 7,92 euros,<br />
e reiterou a recomendação de ‘reduzir’.<br />
Média dos PREÇOS-ALVO<br />
EMPRESAS ‘TARGET’<br />
ALTRI 3,54<br />
BANCO BPI 2,49<br />
BCP 1,29<br />
BES 9,37<br />
BRISA 7,76<br />
CIMPOR 4,76<br />
EDP 3,89<br />
GALP ENERGIA 13,94<br />
EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />
J. MARTINS 5,43<br />
MOTA-ENGIL 4,23<br />
PORTUCEL 2,47<br />
PT 7,38<br />
REN 3,24<br />
SEMAPA 11,03<br />
S. INDÚSTRIA 3,01<br />
SONAE SGPS 1,31<br />
SONAECOM 3,38<br />
T. DUARTE -<br />
ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />
Metodologia: O preço-alvo médio é<br />
calculado tendo em conta as avaliações de<br />
sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />
ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />
Hot Stock BRISA<br />
COMENTÁRIO<br />
DE BOLSA<br />
Marta Reis<br />
marta.reis@economico.pt<br />
PSI 20 à boleia<br />
na montanha russa<br />
As descidas a pique, as subidas, os sustos esporádicos...<br />
houve ontem um pouco de tudo isto na<br />
bolsa portuguesa, qual viagem numa qualquer<br />
montanha russa.<br />
Em dia de forte volatilidade, o PSI 20 chegou a<br />
descer mais de 6%, recuperou e subiu 1,75% e,<br />
com a notícia do corte do ‘rating’ de Espanha pela<br />
Standard & Poor’s (S&P), voltou às quedas e fechou<br />
a perder 1,89%. Uma desvalorização em linha<br />
com as principais bolsas europeias, que reagiram<br />
negativamente à nota da S&P, e entre as quais<br />
a praça de Madrid se destacou, ao perder 3%.<br />
A bolsa portuguesa, as-<br />
sim como a maioria das<br />
cotadas do PSI 20, fechou<br />
em mínimos de um ano,<br />
numa sessão marcada<br />
ainda por um volume de<br />
transacções recorde: ontem foram negociados<br />
271 milhões de acções em Lisboa, a maior quantidade<br />
diária de sempre.<br />
Dos 20 títulos apenas a Brisa conseguiu fechar<br />
em alta, valorizando 1,86%. A menor queda pertenceu<br />
à Sonae, com um recuo de 0,26%, enquanto<br />
a Mota-Engil, com uma descida de<br />
8,33%, liderou as perdas do dia. Na banca, o BPI<br />
recuou 8,27%, o BES 2,69% e o BCP, que divulgou<br />
ontem resultados, caiu 1,94%.<br />
A EDP e a Galp deslizaram 1,33% e 2,22%, respectivamente,<br />
num dia em que a PT também<br />
caiu, terminando com uma queda de 0,67%. ■<br />
Vasco de Mello,<br />
Presidente da Brisa<br />
Brisa, o refúgio em dia de dilúvio<br />
As bolsas<br />
ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
PSI20DESVALORIZA17,10%EM2010<br />
No índice de referência da bolsa portuguesa, apenas<br />
Altri e Jerónimo Martins se mantêm em alta.<br />
9000<br />
8500<br />
8000<br />
7500<br />
7000<br />
31-12-2009<br />
28-04-2010<br />
Num dia de muitas quedas acentuadas na bolsa portuguesa, a<br />
Brisa foi a única empresa do PSI 20 a fechar em terreno positivo.<br />
Mas o desfecho esteve longe de ser evidente ao longo da sessão: a<br />
concessionária de auto-estradas fechou a valorizar 1,86%, depois<br />
de, durante a manhã, ter chegado a cair 9,51% e de, ao início da<br />
tarde, ter atingido uma valorização de 8,74%. Um reflexo da<br />
significativa volatilidade que atingiu todo o mercado. Positivo para<br />
a Brisa, que divulgou resultados após o fecho do mercado, foi a<br />
nota de que a AlphaValue reviu em alta a recomendação para as<br />
acções da empresa, de ‘acumular’ para ‘comprar’, com um preçoalvo<br />
a seis meses de 6,41 euros, o que representa um potencial de<br />
valorização de 22% face à cotação actual. A concessionária está a<br />
cair 26,9% desde início do ano. Quanto a resultados, o lucro da<br />
Brisa subiu 5% no primeiro trimestre para 17,7 milhões de euros,<br />
enquanto as receitas desceram 1% para 144,9 milhões de euros. ■
EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 13.48 0.3<br />
WALT DISNEY CO 36.27 -0.14<br />
KRAFT FOODS INC 29.88 1.29<br />
PROCTER & GAMBLE 63.33 1.12<br />
AMER EXPRESS CO 46.06 0.59<br />
GENERAL ELEC CO 18.98 1.5<br />
COCA-COLA CO 53.37 0.95<br />
AT&T 26.06 0.42<br />
BOEING CO 72.04 -0.61<br />
HOME DEPOT INC 35.19 -0.28<br />
MCDONALD'S CORP 70.15 -0.54<br />
THE TRAVELERS CO 51.01 0.95<br />
BANK OF AMERICA 17.66 1.09<br />
HEWLETT-PACKARD 53.36 0.21<br />
3M COMPANY 88.08 0.13<br />
EUA - Nasdaq<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
APPLE INC 260.64 -0.62<br />
COGNIZANT TECH 50.86 -1.22<br />
INTUIT INC 35.85 0.25<br />
PRICELINE COM 262.76 -0.58<br />
ADOBE SYS 35.29 -0.14<br />
CITRIX SYSTEMS 47.53 0.04<br />
INTUITIVE SURG 360.98 0.89<br />
PATTERSON COS 32.32 1.35<br />
AUTOMATIC DATA 44.08 -0.77<br />
DELL INC 16.53 0<br />
J.B. HUNT TRAN 36.98 0.82<br />
QUALCOMM INC 38.28 1<br />
AUTODESK INC 33.97 0.3<br />
DISH NETWORK A 21.56 -2.04<br />
JOY GLOBAL INC 60.84 0.5<br />
QIAGEN N.V. 22.22 0.14<br />
ALTERA CORP 25.58 0.91<br />
DIRECTV A 35.76 -0.83<br />
KLA TENCOR 33.73 0.21<br />
RSCH IN MOTION 71.22 -0.2<br />
APPLIED MATL 14.01 0.57<br />
EBAY INC 23.9 0.5<br />
LIFE TECH CORP 52.96 3.54<br />
ROSS STORES 56.72 -0.68<br />
AMGEN 58.28 0.76<br />
ELECTRONIC ART 19.68 -0.46<br />
LIBERTY INTER A 15.15 -1.75<br />
STARBUCKS CORP 26.28 -0.94<br />
AMAZON COM 139.7 -1.63<br />
EXPRESS SCRIPTS 101.17 -1.1<br />
LINEAR TECH 30.4 0.13<br />
SEARS HOLDING 119.47 0.81<br />
APOLLO GROUP 61.59 -0.52<br />
EXPEDITORS 39.74 0.43<br />
LOGITECH INTL 17.15 0.7<br />
SIGMA ALDRICH 58.33 0.38<br />
ACTIVISIN BLIZRD 10.84 -5.24<br />
EXPEDIA 23.58 -0.25<br />
LAM RESEARCH 41.24 0.46<br />
SANDISK CORP 41.48 -0.79<br />
BED BATH BEYOND 46.33 0.06<br />
FASTENAL CO 54.42 0.26<br />
MATTEL INC 23.25 -0.13<br />
STAPLES INC 23.67 -0.25<br />
BAIDU INC ADS 621 0.14<br />
FISERV INC 53.84 0.37<br />
MICROCHIP TECH 29.83 0.4<br />
STERICYCLE INC 56.65 1.16<br />
BIOGEN IDEC 52.32 0.42<br />
FLEXTRONICS 7.66 -3.65<br />
EUA - Standard & Poors 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 13.48 0.3<br />
CVS CAREMARK CRP 36.85 1.63<br />
JOHNSON&JOHNSON 64.73 0.7<br />
PROCTER & GAMBLE 63.33 1.12<br />
APPLE INC 260.64 -0.62<br />
CHEVRON 80.52 0.36<br />
JPMORGAN CHASE 43.4 2.33<br />
PHILIP MORRIS 49.24 1.65<br />
ABBOTT LABS 50.13 0.72<br />
DU PONT CO 39.49 0.23<br />
KRAFT FOODS INC 29.88 1.29<br />
QUALCOMM INC 38.28 1<br />
AMER ELEC PWR 33.56 0.66<br />
DELL INC 16.53 0<br />
COCA-COLA CO 53.37 0.95<br />
REGIONS FINANCL 8.56 1.54<br />
ALLSTATE CP 34.06 2.37<br />
WALT DISNEY CO 36.27 -0.14<br />
LOCKHEED MARTIN 84.59 0.11<br />
RAYTHEON CO 57.88 0.5<br />
AMGEN 58.28 0.76<br />
DOW CHEMICAL CO 31.68 5.35<br />
LOWES COMPANIES 27 0<br />
SPRINT NEXTEL 4.24 3.67<br />
AMAZON COM 139.7 -1.63<br />
DEVON ENERGY 67.65 1.61<br />
MASTERCARD CL A 254.1 -0.29<br />
SCHLUMBERGER LTD 70.07 -0.34<br />
AVON PRODUCTS 32.64 -0.15<br />
EMC CORP 19.49 0.72<br />
MCDONALD'S CORP 70.15 -0.54<br />
SARA LEE CORP 13.92 1.38<br />
AMER EXPRESS CO 46.06 0.59<br />
ENTERGY CP 80.98 0.77<br />
MEDTRONIC INC 43.59 0.39<br />
SOUTHERN 35.16 1.91<br />
BOEING CO 72.04 -0.61<br />
EXELON CORP 43.36 1.19<br />
METLIFE INC 44.74 0.99<br />
AT&T 26.06 0.42<br />
BANK OF AMERICA 17.66 1.09<br />
FORD MOTOR CO 13.17 -2.95<br />
3M COMPANY 88.08 0.13<br />
TARGET CORP 56.4 -0.48<br />
BAXTER INTL INC 48.03 1.24<br />
FRPRT-MCM GD 76.46 0.41<br />
ALTRIA GROUP 21.07 0.72<br />
TIME WARNER INC 32.88 0.64<br />
BAKER HUGHES INC 50.62 -0.63<br />
FEDEX CORP 90.55 0.93<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
ANGLO AMERICAN 2767.9006 0.23<br />
B SKY B 598.5281 -1.73<br />
3I GROUP 270.0081 -1.21<br />
OLD MUTUAL 114.77 2.84<br />
SHIRE 1443.6371 0.07<br />
ASSOC.BR.FOODS 1029 -1.43<br />
BT GROUP 126.1038 -1.26<br />
IMPERIAL TOBACCO 1960.3719 -0.41<br />
PETROFAC 1127.5338 -2.18<br />
STANDARD LIFE 193.2068 -1.02<br />
ADMIRAL GROUP 1357.2264 -0.99<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
UNITED TECH CP 74.31 -0.01<br />
CATERPILLAR INC 69.02 0.72<br />
INTL BUS MACHINE 130.04 0.95<br />
MERCK & CO 34.45 -0.09<br />
VERIZON COMMS 29.16 1.43<br />
CISCO SYSTEMS 27.22 0.7<br />
INTEL CORP 23.17 -0.86<br />
MICROSOFT CP 30.89 0.1<br />
WAL-MART STORES 53.71 -0.61<br />
CHEVRON 80.52 0.36<br />
JOHNSON&JOHNSON 64.73 0.7<br />
PFIZER INC 16.59 0.79<br />
EXXON MOBIL 69.4 1.66<br />
DU PONT CO 39.49 0.23<br />
JPMORGAN CHASE 43.4 2.33<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MILLICOM INTL 85.39 -2.05<br />
SEAGATE TECH 19.41 -1.12<br />
BMC SOFTWARE 39.5 -0.73<br />
FLIR SYSTEMS 30.6 1.06<br />
MARVELL TECH GP 21.48 0.28<br />
SYMANTEC CORP 17.16 1.3<br />
BROADCOM CORP 35.44 1.87<br />
FIRST SOLAR 128.72 0.28<br />
MICROSOFT CP 30.89 0.1<br />
TEVA PHARM 58.66 -1.74<br />
CA IN 23.18 -0.17<br />
FOSTER WHEELR AG 30.43 -1.23<br />
MAXIM INTEGRATED 20.17 0.2<br />
URBAN OUTFITTER 38.41 -2.02<br />
CELGENE CORP 59.05 1.13<br />
GENZYME 53.36 0.77<br />
MYLAN INC 21.51 0.7<br />
VIRGIN MEDIA 17.61 0.51<br />
CEPHALON INC 64.04 -0.76<br />
GILEAD SCI 40.52 0.37<br />
NII HOLDINGS 39.16 1.14<br />
VODAFONE GROUP 21.8 -1.54<br />
CERNER CORP 89.48 0.18<br />
GOOGLE 528.88 -0.03<br />
NETAPP INC 35.2 1<br />
VERISIGN INC 26.7 -1.51<br />
CHECK PT SFTWRE 35.59 -1.03<br />
GARMIN LTD 37.96 -0.5<br />
NVIDIA CORP 16 -0.74<br />
VERTEX PHARM 38.56 -0.28<br />
CH ROBINSON WW 60.92 1.08<br />
HOLOGIC INC 18.07 0.72<br />
NEWS CORP A 15.55 -0.89<br />
WRNER CHIL PLC A 27.2 1.27<br />
COMCAST CORP A 18.74 1.52<br />
HENRY SCHEIN 61.87 1.16<br />
ORACLE CORP 26.04 0.19<br />
WYNN RESORTS 88.04 -0.41<br />
COSTCO WHOLESAL 59.19 0.03<br />
ILLUMINA INC 37.8 2.36<br />
O REILLY AUTO 46.18 0.65<br />
XILINX INC 26.48 0.65<br />
CISCO SYSTEMS 27.22 0.7<br />
INFOSY TECH ADR 60.38 -0.17<br />
PAYCHEX INC 31.14 -0.35<br />
DENTSPLY INTL 36.79 1.04<br />
CINTAS CORP 27.43 -0.22<br />
INTEL CORP 23.17 -0.86<br />
PACCAR INC 46.5 0.06<br />
YAHOO! INC 16.78 -0.83<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MONSANTO CO 63.07 -0.49<br />
TEXAS INSTRUMENT 26.31 -0.42<br />
BANK NY MELLON 31.3 1.69<br />
GENERAL DYNAMICS 76.79 0.3<br />
MERCK & CO 34.45 -0.09<br />
UNITEDHEALTH GP 30.48 2.28<br />
BRISTOL MYERS SQ 24.4 0.78<br />
GENERAL ELEC CO 18.98 1.5<br />
MORGAN STANLEY 30.35 1.57<br />
UNITED PARCEL B 67.82 2.42<br />
BERKSHIRE CL B 77.42 0.95<br />
GILEAD SCI 40.52 0.37<br />
MICROSOFT CP 30.89 0.1<br />
US BANCORP 26.65 1.6<br />
CITIGROUP 4.43 2.07<br />
GOOGLE 528.88 -0.03<br />
NIKE INC CL B 76.5 -0.31<br />
UNITED TECH CP 74.31 -0.01<br />
CATERPILLAR INC 69.02 0.72<br />
GOLDM SACHS GRP 156.37 2.18<br />
NTL OILWELL VARC 44.08 1.61<br />
VERIZON COMMS 29.16 1.43<br />
COLGATE PALMOLIV 84.6 1.21<br />
HALLIBURTON CO 32.85 0.12<br />
NORFOLK SOUTHERN 59.09 -0.94<br />
WALGREEN CO 35.29 1.12<br />
COMCAST CORP A 18.74 1.52<br />
HOME DEPOT INC 35.19 -0.28<br />
NEWS CORP A 15.55 -0.89<br />
WELLS FARGO & CO 32.38 2.08<br />
CAP ONE FINAN 43.93 1.48<br />
H J HEINZ CO 45.89 0.95<br />
NYSE EURONEXT 32.4 -0.74<br />
WILLIAMS COMPS 23.55 0.08<br />
CONOCOPHILLIPS 58.57 1.79<br />
HONEYWELL INTL 46.97 0.06<br />
ORACLE CORP 26.04 0.19<br />
WAL-MART STORES 53.71 -0.61<br />
COSTCO WHOLESAL 59.19 0.03<br />
HEWLETT-PACKARD 53.36 0.21<br />
OCCIDENTAL PETE 84.71 0.43<br />
WEYERHAEUSER CO 49.75 -0.64<br />
CAMPBELL SOUP CO 35.39 0.8<br />
INTL BUS MACHINE 130.04 0.95<br />
PEPSICO INC 64.58 0.54<br />
EXXON MOBIL 69.4 1.66<br />
CISCO SYSTEMS 27.22 0.7<br />
INTEL CORP 23.17 -0.86<br />
PFIZER INC 16.59 0.79<br />
XEROX CORP 10.94 1.2<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
CARNIVAL 2816.3579 -2.23<br />
INVESTEC 516.0437 -1.44<br />
PRUDENTIAL 545.5 1.02<br />
SMITHS GROUP 1106.0332 -1.07<br />
AGGREKO 1200.5378 -2.37<br />
CENTRICA 296.0089 -4.82<br />
INTL POWER 329.9985 -1.17<br />
PEARSON 1012 -2.03<br />
SMITH&NEPHEW 679.4525 0.59<br />
AMEC 833.025 -1.3<br />
CAIRN ENERGY 396.943 -0.2<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
PSI 20 Portugal 7016.9 -135.52 -1.89 8877.6 7151.12 8463.85 -17.09564796 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />
PSI Geral Portugal 2443.93 -50.63 -2.03 3020.92 2494.56 2902.26 -15.79217575 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />
PSI 20 Total Return Portugal 11750.19 -226.93 -1.89 14713.3 11851.92 14027.58 -16.2350883 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />
Dow Jones Ind. Ave. EUA 11046.85 54.86 0.5 11258.01 7938.98 10428.05 5.93399533 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />
Nasdaq Composite EUA 2470.5 -0.97 -0.04 2535.28 1661.4 2269.15 8.873366679 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />
FTSE 100 R. Unido 5586.61 -16.91 -0.3 5833.73 5033.01 5412.88 3.209566811 6950.6 30 DEC 1999 986.9 23 JUL 1984<br />
Xetra-Dax Alemanha 6084.34 -75.17 -1.22 6341.52 5433.02 5957.43 2.13028101 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />
CAC 40 França 3787 -57.6 -1.5 4088.18 3545.91 3936.33 -3.793635188 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />
IBEX 35 Espanha 10167 -313.9 -2.99 12240.5 8503.7 11940 -14.84924623 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />
AEX Holanda 344.55 -4.57 -1.31 358.23 311.53 335.33 2.749530313 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />
BEL 20 Bélgica 2506.19 -61.49 -2.39 2725.69 2375.72 2511.62 -0.216195125 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />
Nikkei 225 Japão 10924.79 -287.87 -2.57 11408.17 9867.39 0 0 38915.87 29 DEC 1989 85.25 06 JUL 1950<br />
Hang Seng Hong Kong 20949.4 -312.39 -1.47 22671.92 19423.05 21872.5 -4.220368042 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />
DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2543.28 -22.89 -0.89 2717.52 2359.4 2578.92 -1.38197385 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />
DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 2788.54 -50.24 -1.77 3044.37 2617.77 2966.24 -5.990749231 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />
FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1056.89 -12.27 -1.15 1115.03 964.22 1045.76 1.064297736 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />
FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 2233.16 -22.37 -0.99 2363.94 2050.97 2233.67 -0.022832379 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />
Euronext 100 Pan-europeu 674.07 -9.77 -1.43 719.69 625.53 683.76 -1.417163917 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />
Next 150 Pan-europeu 1484.91 -39.28 -2.58 1568.58 1332.39 1386.24 7.117815097 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />
S&P 500 EUA 1191.24 7.53 0.64 1150.5 715.64 1115.1 6.828087167 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />
Bovespa Brasil 66747.73 236.63 0.36 71989.18 61341.11 68588.41 -2.683660403 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />
Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
Automovel 240.46 -4.22 -1.72 253.39 199.72 235.83 1.96 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />
Banca 213.43 -2.61 -1.21 237.52 189.30 221.27 -3.54 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />
Recursos Básicos 530.51 -4.17 -0.78 584.16 443.65 497.98 6.53 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />
Ind. Quimica 463.78 -7.11 -1.51 483.01 421.30 463.06 0.16 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />
Construção 279.55 -4.76 -1.67 298.66 247.35 277.56 0.72 481.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />
Energia 339.66 0.91 0.27 353.67 304.14 330.54 2.76 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />
Serviços Financeiros 235.21 -5.28 -2.20 249.63 207.22 232.87 1.00 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />
Alimentação e bebidas 320.05 -5.84 -1.79 332.70 292.06 304.28 5.18 337.56 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />
Bens e serviços Industriais 273.23 -5.03 -1.81 287.59 235.82 246.69 10.76 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />
Seguros 147.84 -2.96 -1.96 163.74 137.86 151.43 -2.37 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />
Media 168.30 -4.55 -2.63 179.19 149.82 159.15 5.75 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />
Cuidados Médicos 370.63 -1.96 -0.53 387.29 360.02 366.09 1.24 523.48 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />
Tecnologia 207.51 -3.98 -1.88 223.57 185.07 184.35 12.56 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />
Telecomunicações 247.04 -2.37 -0.95 264.30 242.26 260.93 -5.32 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />
Fornecedores de serv. Públicos 322.79 -5.30 -1.62 347.15 313.02 342.49 -5.75 563.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
Cot. £ %<br />
INMARSAT 741.5222 -0.92<br />
RECKIT BNCSR GRP 3426.1028 -1.89<br />
SERCO GROUP 634 -1.25<br />
ANTOFAGASTA 1008.4553 -1.27<br />
COBHAM 262.6079 -0.04<br />
INVENSYS 333.4044 -1.48<br />
ROYAL BANK SCOT 55.5893 -1.87<br />
SCOT & STH ENRGY 1106.9659 -1.16<br />
ARM HOLDINGS 257 -1.47<br />
COMPASS GROUP 525 -1.22<br />
INTERTEK GROUP 1459.7946 -0.68<br />
ROYAL DTCH SHL A 2051.0615 2.33<br />
STANDRD CHART BK1739.6217 0.23<br />
ALLIANCE TRUST 339 -1.19<br />
CAPITA GROUP 801.024 -0.56<br />
JOHNSON MATTHEY 1711.0684 -2.08<br />
ROYAL DTCH SHL B 1967.717 2.47<br />
SEVERN TRENT 1152.2804 -1.96<br />
AUTONOMY CORP 1764.4333 -3.13<br />
CABLE & WIRE WLD 88.7489 -2.37<br />
KAZAKHMYS 1374.952 -0.72<br />
REED ELSEVIER 509.7559 -3.96<br />
THOMAS COOK GRP 246.6074 -3.47<br />
AVIVA 350.0437 -1.74<br />
DIAGEO 1104.0331 -0.45<br />
KINGFISHER 238.1747 -2.54<br />
REXAM PLC 317.0297 -1.41<br />
TULLOW OIL 1175.35 0.6<br />
ASTRAZENECA 2832.1008 -0.09<br />
MAN GROUP 241.78 -3.59<br />
LAND SECS GROUP 646.0194 -0.93<br />
RIO TINTO 3546 -1.69<br />
TESCO 434.5439 -4.02<br />
BAE SYSTEMS 348.2104 -1.97<br />
EURASIAN 1202.5306 -0.58<br />
LEGAL & GENERAL 84.05 -1.29<br />
ROLLS ROYCE GP 576.0173 -2.37<br />
TUI TRAVEL 277.4 -2.15<br />
BARCLAYS 355.1929 -1.46<br />
EXPERIAN 599.65 -1.32<br />
Espanha - IBEX 35<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ABERTIS 13.03 -1.81<br />
ABENGOA 18.185 -2.02<br />
ACS CONS Y SERV 33.3 -1.83<br />
ACERINOX 14.755 -1.63<br />
ACCIONA SA 74.19 -3.27<br />
BBVA 9.61 -4.76<br />
BANKINTER 5.45 -0.91<br />
BOLSAS Y MER ESP 20.41 -3.98<br />
BANESTO 7.705 -1.97<br />
CRITERIA CAIXA 3.58 -3.63<br />
ENDESA 20.755 -3.96<br />
ENAGAS 14.255 -3.03<br />
EBRO PULEVA 13.5 -1.06<br />
FOMENTO DE CONST 24.55 -0.41<br />
FERROVIAL 6.575 -0.18<br />
GAMESA 8.9 -5.32<br />
GAS NATURAL 12.205 -3.52<br />
GRIFOLS 10.085 -1.75<br />
Suíça - SMI<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
ABB LTD N 20.91 -3.1<br />
ACTELION HLDG 43.81 -1.24<br />
ADECCO N 63.05 -2.02<br />
CS GROUP AG 50.1 -0.69<br />
HOLCIM N 80.75 -2.24<br />
JULIUS BAER N 37 -1.96<br />
LONZA GRP AG N 82.25 -1.79<br />
NESTLE SA 51.85 -2.17<br />
NOVARTIS N 55.35 0.09<br />
RICHEMONT I 39.61 -2.08<br />
ROCHE HOLDING AG 168.5 -0.71<br />
SGS N 1399 -2.64<br />
SWATCH GROUP I 316.1 -2.5<br />
LIBERTY INTL 489 -0.41<br />
RANDGOLD RES. 5295.8794 3.39<br />
UNILEVER 1916 -1.59<br />
BRIT AM TOBACCO 2120.3135 -1.52<br />
FRESNILLO 806.9169 0.44<br />
LLOYDS BNK GRP 67.7224 -1.47<br />
RSA INSRANCE GRP 120.1036 -0.5<br />
UNITED UTIL GRP 536.5157 -2.2<br />
BRITISH AIRWAYS 225.8251 -2.47<br />
G4S 267.908 -0.71<br />
LONMIN PLC 1881.4517 -0.89<br />
SABMILLER 2007.8834 -2.05<br />
VEDANTA RES 2624.498 -2.03<br />
BG GROUP 1130 3.93<br />
GLAXOSMITHKLINE 1218.5657 0.25<br />
LOND STOCK EXCH 684.5 -2.49<br />
SAINSBURY(J) 339.3072 -0.24<br />
VODAFONE GROUP 140.21 -0.21<br />
BR LAND CO 468.4627 -1.48<br />
HAMMERSON 378.3113 -1.07<br />
MARKS & SP. 365.4104 -2.06<br />
SCHRODERS 1370.6 -0.73<br />
WOLSELEY 1599.048 -2.92<br />
BHP BILLITON 2040.1263 -0.12<br />
HOME RETAIL 277.1083 -1.39<br />
MORRISON SUPMKT 293.7088 -0.75<br />
SCHRODERS NV 1098.47 -1.09<br />
WPP PLC 682 -4.54<br />
BUNZL 739.0222 -1.06<br />
HSBC HOLDINGS 669.815 0.03<br />
NATIONAL GRID 633.2 -1.09<br />
SAGE GROUP 244.0953 -2.18<br />
WHITBREAD 1588.26 -2.46<br />
BP 615.0196 2.46<br />
ICAP PLC 375.5376 -2.03<br />
NEXT 2242.0674 -2.05<br />
SEGRO 307.3 -2.35<br />
XSTRATA 138.75 -0.92<br />
BURBERRY GRP 662 -3.75<br />
INTERCONT HOTEL 1074.707 -1.2<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
IBERDROLA 5.851 -2.95<br />
IBERIA LIN AER 2.47 -3.25<br />
IBR RENOVABLES 2.87 -0.86<br />
INDRA SISTEMAS 15.08 -0.59<br />
INDITEX 45.71 -3.91<br />
MAPFRE 2.333 -6.83<br />
ARCELORMITTAL 30.91 -1.09<br />
OBR HUARTE LAIN 21.525 -1.76<br />
BK POPULAR 5.16 -2.46<br />
RED ELECTR CORP 34.39 -4.63<br />
REPSOL YPF 16.85 -2.91<br />
BCO DE SABADELL 3.785 -0.92<br />
BANCO SANTANDER 9.1 -4.18<br />
SACYR-VALLE 5.504 -3.06<br />
TELEFONICA 16.5 -1.49<br />
GEST TELECINCO 10.295 -6.79<br />
TECNICAS REUN 44.57 -2.65<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
SWISS LIFE HLDG 131.7 -2.01<br />
SWISS REINSUR N 47.66 -2.99<br />
SWISSCOM N 381.5 -0.93<br />
SYNGENTA N 265.7 -0.6<br />
SYNTHES 126.2 -1.02<br />
UBS AG N 16.65 -1.42<br />
ZURICH FIN N 239.5 -1.44<br />
ZURICH FIN N 239.5 -1.44<br />
SYNGENTA N 265.7 -0.6<br />
SYNTHES 126.2 -1.02<br />
UBS AG N 16.65 -1.42<br />
ZURICH FIN N 239.5 -1.44<br />
ZURICH FIN N 239.5 -1.44<br />
Alemanha - Dax<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ADIDAS AG 43.085 -1.99<br />
FRESENIUS SE VZ 54.71 0.55<br />
ALLIANZ SE 84.82 -2.01<br />
HENKEL AG&CO VZ 39.835 -1.33<br />
BASF SE 46.4 -1.5<br />
INFINEON TECH N 5.25 -0.19<br />
BAY MOT WERKE 36.79 -0.73<br />
K+S AG 43.15 -1.43<br />
BAYER N AG 50.15 -0.91<br />
LINDE 87.36 -1.65<br />
BEIERSDORF 43.015 -1.32<br />
MAN SE 66.8 -3.58<br />
COMMERZBANK 5.952 -2.44<br />
MERCK KGAA 62.88 -2.24<br />
DAIMLER AG N 37.765 -0.44<br />
Itália - Mibtel<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GENERALI ASS 15.83 -0.44<br />
MEDIASET 5.795 -0.77<br />
MEDIOBANCA 7.03 -0.07<br />
MEDIOLANUM 3.7775 0.47<br />
SAIPEM 27.51 -0.4<br />
SNAM RETE GAS 3.5375 0.07<br />
STMICROELEC.N.V 7.02 -0.14<br />
Holanda - AEX<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ESTX 50 PR 2788.54 -1.77<br />
AEX-Index 344.55 -1.31<br />
AEGON 5.097 -1.81<br />
AHOLD KON 10.235 0.34<br />
AIR FRANCE - KLM 11.62 -3.17<br />
AKZO NOBEL 44.715 -2.45<br />
ARCELORMITTAL 31 -0.7<br />
ASML HOLDING 25.09 -3.2<br />
BAM GROEP KON 5.657 -3.1<br />
BOSKALIS WESTMIN 32.33 -2.69<br />
CORIO 43.695 -2.41<br />
FUGRO 48.97 -1.63<br />
França - CAC 40<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 41.81 -3.55<br />
AIR LIQUIDE 85.42 -2.12<br />
ALCATEL-LUCENT 2.356 -5.19<br />
ALSTOM 44.34 -1.78<br />
ARCELORMITTAL 31 -0.7<br />
AXA 15.145 -3.1<br />
BNP PARIBAS 50.98 0.49<br />
BOUYGUES 36.665 -0.24<br />
CAP GEMINI 37 -3.03<br />
CARREFOUR 36.06 -2.87<br />
CREDIT AGRICOLE 11.05 -3.41<br />
DANONE 43.16 -1.92<br />
DEXIA 4.1 -3.28<br />
EADS 13.94 -0.68<br />
EDF 39.95 0.45<br />
ESSILOR INTERNAT 45.395 -1.21<br />
FRANCE TELECOM 16.335 -1.03<br />
GDF SUEZ 26.33 -1.86<br />
L OREAL 79 -1.86<br />
L.V.M.H. 85.08 -1.41<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
METRO AG 44.84 -2.46<br />
DEUTSCHE BANK N 52.24 -0.67<br />
MUENCH. RUECK N 112.75 -0.88<br />
DEUTSCHE POST NA 13.065 -0.76<br />
RWE AG 60.91 -0.21<br />
DT BOERSE N 55.11 -2.22<br />
SALZGITTER 61.39 -2.37<br />
DT LUFTHANSA AG 12.205 -1.73<br />
SAP AG 35.765 -2.94<br />
DT TELEKOM N 9.644 -0.69<br />
SIEMENS N 71.98 -1.44<br />
E.ON AG NA 27.73 -0.07<br />
THYSSEN KRUPP 24.515 -1.13<br />
FRESENIUS MEDI 41.2 -0.99<br />
VOLKSWAGEN VZ 68.6 -3.43<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
UNICREDIT 1.9825 -0.38<br />
TENARIS 15.43 0.19<br />
TERNA 3.035 0.5<br />
UBI BANCA 9.51 0.11<br />
UNICREDIT 1.9825 -0.38<br />
UNICREDIT 1.9825 -0.38<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
HEINEKEN 35.39 -2.26<br />
ING GROEP 6.714 -3.89<br />
KONINKLIJKE DSM 33.905 -1.44<br />
KPN KON 10.925 -0.41<br />
PHILIPS KON 25.44 -1.85<br />
R.DUTCH SHELL A 23.555 1.64<br />
RANDSTAD 39.785 -1.14<br />
REED ELSEVIER 8.882 -1.63<br />
SBM OFFSHORE 14.79 -1.5<br />
TNT 22.37 -1.89<br />
TOMTOM N.V. 5.897 -3.47<br />
UNIBAIL RODAMCO 140.6 -3.47<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
LAFARGE 54.22 -2.95<br />
LAGARDERE S.C.A. 29.38 -1.13<br />
MICHELIN 52.5 -2.05<br />
PERNOD RICARD 62.99 -3.26<br />
PEUGEOT 22.325 -2.51<br />
PPR 103.95 -1.38<br />
RENAULT 34.75 -4.01<br />
SAINT-GOBAIN 36.59 -3.14<br />
SANOFI-AVENTIS 51.88 -0.44<br />
SCHNEIDER ELECTR 83.29 -2.56<br />
SOCIETE GENERALE 40.91 -0.33<br />
STMICROELECTRONI 7.038 0.11<br />
SUEZ ENV 15.58 -0.76<br />
TECHNIP 58.37 -4.44<br />
TOTAL 41.25 -0.73<br />
UNIBAIL RODAMCO 140.6 -3.47<br />
VALLOUREC 145.6 -0.07<br />
VEOLIA ENVIRON 23.86 -1.47<br />
VINCI 41.685 -0.84<br />
VIVENDI 19.445 -2.78<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 43<br />
BOLSAS INTERNACIONAIS<br />
Bélgica - Bel 20<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ESTX 50 PR 2788.54 -1.77<br />
BEL20 2506.19 -2.39<br />
ACKERMANS V.HAAR 50.52 -3.42<br />
BEKAERT 132.35 -3.75<br />
BELGACOM 25.465 -1.05<br />
COFINIMMO-SICAFI 99.53 -1.7<br />
COLRUYT 182.95 -0.19<br />
DELHAIZE GROUP 61.7 -0.55<br />
DEXIA 4.1 -3.28<br />
FORTIS 2.22 -7.42<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GBL 62.89 -2.8<br />
GDF SUEZ 26.33 -1.86<br />
AB INBEV 35.7 0<br />
KBC GROEP 32.87 -3.97<br />
MOBISTAR 45.28 -1.37<br />
NAT PORTEFEUIL D 38.5 -3.64<br />
OMEGA PHARMA 36.5 -0.57<br />
SOLVAY 71.59 -2.2<br />
UCB 29 -1.68<br />
Euronext - Euronext 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 41.81 -3.55<br />
ADP 61.23 -1.27<br />
AEGON 5.097 -1.81<br />
AHOLD KON 10.235 0.34<br />
AIR FRANCE - KLM 11.62 -3.17<br />
AIR LIQUIDE 85.42 -2.12<br />
AKZO NOBEL 44.715 -2.45<br />
ALSTOM 44.34 -1.78<br />
ALCATEL-LUCENT 2.356 -5.19<br />
ASML HOLDING 25.09 -3.2<br />
AXA 15.145 -3.1<br />
BELGACOM 25.465 -1.05<br />
B.COM.PORTUGUES 0.658 -1.94<br />
B.ESPIRITO SANTO 3.153 -2.69<br />
BNP PARIBAS 50.98 0.49<br />
BOUYGUES 36.665 -0.24<br />
BRISA 5.246 1.86<br />
BUREAU VERITAS 41.41 -2.22<br />
CREDIT AGRICOLE 11.05 -3.41<br />
CAP GEMINI 37 -3.03<br />
CARREFOUR 36.06 -2.87<br />
CASINO GUICHARD 65.45 -1.56<br />
NATIXIS 3.796 -3.78<br />
CNP ASSURANCES 63.81 -3.76<br />
COLRUYT 182.95 -0.19<br />
CORIO 43.695 -2.41<br />
DANONE 43.16 -1.92<br />
DASSAULT SYSTEM 46.615 -2.68<br />
DELHAIZE GROUP 61.7 -0.55<br />
DEXIA 4.1 -3.28<br />
CHRISTIAN DIOR 79.12 -1.58<br />
KONINKLIJKE DSM 33.905 -1.44<br />
EADS 13.94 -0.68<br />
EDF 39.95 0.45<br />
EDP 2.587 -1.33<br />
EDP RENOVAVEIS 5.024 -0.77<br />
REED ELSEVIER 8.882 -1.63<br />
ERAMET 262.1 -3.3<br />
ESSILOR INTERNAT 45.395 -1.21<br />
EUTELSAT COMM. 26.385 -1.55<br />
SODEXO 45.75 -1.2<br />
FORTIS 2.22 -7.42<br />
EIFFAGE 37.65 -1.44<br />
FRANCE TELECOM 16.335 -1.03<br />
GALP ENERGIA 11.685 -2.22<br />
GBL 62.89 -2.8<br />
GDF SUEZ 26.33 -1.86<br />
HEINEKEN 35.39 -2.26<br />
HERMES INTL 97.62 -1.32<br />
ICADE 72.38 -2.86<br />
Euronext - Next 150<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ACKERMANS V.HAAR 50.52 -3.42<br />
AGFA-GEVAERT 5.45 -6.2<br />
ARKEMA 31.25 -3.12<br />
ALTRI SGPS SA 4.131 -4.11<br />
ALTRAN TECHN. 3.554 -3<br />
APRIL GROUP 23.835 -2.56<br />
ARCADIS 16.1 -1.04<br />
ASM INTERNATIONA 20.545 -2<br />
ATOS ORIGIN 37.02 -3.23<br />
BAM GROEP KON 5.657 -3.1<br />
BARCO 39.72 -2.36<br />
BANCO BPI SA 1.531 -8.27<br />
BEFIMMO-SICAFI 56.79 -2.79<br />
BEKAERT 132.35 -3.75<br />
BIC 57.94 -2.36<br />
BINCKBANK 10.425 -3.83<br />
BIOMERIEUX 80.99 -2.32<br />
BANIF-SGPS 0.94 -6<br />
BONDUELLE 81.1 -1.51<br />
BOSKALIS WESTMIN 32.33 -2.69<br />
WESSANEN KON 2.849 -2.26<br />
CARBONE-LORRAINE 26.785 -2.37<br />
SECHE ENVIRONNEM 54.94 -0.65<br />
AREVA CI 380 -0.6<br />
C F E 39.7 -6.63<br />
BENETEAU 12.96 -3.36<br />
CMB 23.62 -2.92<br />
CLUB MEDITERRANE 12.425 -4.13<br />
COFINIMMO-SICAFI 99.53 -1.7<br />
CRUCELL 15.38 0.33<br />
CSM 23.79 -1.82<br />
DERICHEBOURG 3.24 -4.87<br />
DRAKA HOLDING 14.41 -3.87<br />
EDF ENERG NOUV 33.965 -2.15<br />
EULER HERMES 60.25 -2.03<br />
FAURECIA 14.96 -5.88<br />
EURONAV 17.08 -4.58<br />
EUROFINS SCIENT 32.955 -1.18<br />
EURAZEO 51.48 -1.25<br />
HAVAS 3.9 -1.17<br />
EVS BROADC.EQUIP 40.47 -4.21<br />
EXACT HOLDING 19.115 -1.97<br />
FAIVELEY TRANSPO 60.15 -2.27<br />
FONC DES REGIONS 76.29 -2.94<br />
FUGRO 48.97 -1.63<br />
RALLYE 27.35 -1.97<br />
STALLERGENES 58.5 -1.35<br />
CGG VERITAS 23.025 -3.26<br />
GROUP EUROTUNNEL 6.902 -5.21<br />
GIMV 39.65 -1.52<br />
GL EVENTS 21 0.82<br />
BOURBON 31.73 -2.83<br />
GRONTMIJ 17.31 -1.09<br />
GEMALTO 31.55 -2.86<br />
GUYENNE GASCOGNE 77 -1.26<br />
DIETEREN 348 -6.14<br />
IMTECH 23.3 -1.27<br />
INGENICO 18.725 -1.45<br />
IPSEN 35.545 -2.47<br />
IPSOS 28.705 -3.67<br />
KARDAN NV 4.24 -1.58<br />
LOGICA 1.586 -2.7<br />
ALTEN 21.665 -1.55<br />
MANITOU BF 13.25 -4.4<br />
MARTIFER 2.2 -7.95<br />
MAUREL ET PROM 11.555 -3.02<br />
MEETIC 20.35 -1.26<br />
MERCIALYS 24.15 -2.23<br />
M6-METROPOLE TV 19.005 -2.06<br />
MOTA ENGIL 2.521 -8.33<br />
WENDEL 48 0.6<br />
NICOX 8.093 0.53<br />
NEXITY 27.325 -2.45<br />
NEXANS 57.38 -2.27<br />
NEOPOST 58.8 -0.73<br />
ILIAD 74.58 -1.53<br />
IMERYS 46.475 -0.32<br />
ING GROEP 6.714 -3.89<br />
ARCELORMITTAL 31 -0.7<br />
JC DECAUX SA 21.32 -2.89<br />
J MARTINS SGPS 7.22 -3.26<br />
KBC GROEP 32.87 -3.97<br />
KPN KON 10.925 -0.41<br />
LAFARGE 54.22 -2.95<br />
LAGARDERE S.C.A. 29.38 -1.13<br />
LEGRAND 23.465 -2.61<br />
KLEPIERRE 26.22 -2.78<br />
L.V.M.H. 85.08 -1.41<br />
MICHELIN 52.5 -2.05<br />
MOBISTAR 45.28 -1.37<br />
L OREAL 79 -1.86<br />
PERNOD RICARD 62.99 -3.26<br />
PEUGEOT 22.325 -2.51<br />
PHILIPS KON 25.44 -1.85<br />
PPR 103.95 -1.38<br />
PORTUGAL TELECOM 7.413 -0.67<br />
PUBLICIS GROUPE 32.445 -1.99<br />
RANDSTAD 39.785 -1.14<br />
R.DUTCH SHELL A 23.555 1.64<br />
RENAULT 34.75 -4.01<br />
SAFRAN 18.42 -1.71<br />
SANOFI-AVENTIS 51.88 -0.44<br />
SCHNEIDER ELECTR 83.29 -2.56<br />
SCOR SE 17.725 -1.2<br />
SES 16.77 -0.09<br />
SUEZ ENV 15.58 -0.76<br />
VINCI 41.685 -0.84<br />
SAINT-GOBAIN 36.59 -3.14<br />
SOCIETE GENERALE 40.91 -0.33<br />
SOLVAY 71.59 -2.2<br />
STMICROELECTRONI 7.038 0.11<br />
THALES 27.845 -1.78<br />
TECHNIP 58.37 -4.44<br />
TF1 13.37 -3.36<br />
TNT 22.37 -1.89<br />
TOTAL 41.25 -0.73<br />
UCB 29 -1.68<br />
UNIBAIL RODAMCO 140.6 -3.47<br />
UNILEVER CERT 22.52 -1.64<br />
VEOLIA ENVIRON 23.86 -1.47<br />
VIVENDI 19.445 -2.78<br />
VALLOUREC 145.6 -0.07<br />
WOLTERS KLUWER 15.37 0.13<br />
WOLTERS KLUWER 15.37 0.13<br />
WOLTERS KLUWER 15.37 0.13<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
NIEUWE STEEN INV 15.05 -2.49<br />
TEN CATE KON 19.8 -3.27<br />
NUTRECO 45.815 -2.4<br />
NYRSTAR (D) 10.07 -1.27<br />
OCE 8.648 1.74<br />
OMEGA PHARMA 36.5 -0.57<br />
MEDIQ 13.785 -3.53<br />
ORPEA 31.325 -0.62<br />
PROLOGIS EUR PRP 4.763 -1.41<br />
PORTUCEL 1.88 -1.57<br />
PIERRE &VACANCES 58.11 -4.49<br />
HAULOTTE GROUP 8.65 -5.15<br />
REMY COINTREAU 40.775 -2.73<br />
REN 2.577 -0.31<br />
RHODIA 16.84 -5.95<br />
RHJ INTERN. 6.33 -3.95<br />
TELEPERFORMANCE 25.935 -2.72<br />
RUBIS 62.07 -2.79<br />
REXEL 12.43 -2.2<br />
SAFT 28.6 -1.33<br />
SBM OFFSHORE 14.79 -1.5<br />
SEB 54.96 0.38<br />
SECHILIENNE SIDE 22.9 -3.03<br />
SEMAPA 7.174 -5.61<br />
SILIC 87.8 -2.7<br />
EUROCOMMERCIAL 28.08 -0.95<br />
SELOGER.COM 29.8 1.88<br />
SLIGRO FOOD GP 24.53 -2.21<br />
SMIT INTERNA 60 0<br />
SONAECOM SGPS 1.23 -5.82<br />
SOITEC 10.475 -3.37<br />
SONAE INDUSTRIA 2.054 -5.35<br />
SOPRA GROUP 59.6 2.3<br />
SPERIAN PROTEC 69.85 -0.07<br />
SNS REAAL 4.36 -4.78<br />
TEIXEIRA DUARTE 0.82 -4.65<br />
GROUPE STERIA 23.865 -4.2<br />
TESSENDERLO 23.12 -1.95<br />
TECHNICOLOR 0.941 -6.46<br />
TELENET GRP HLDG 22.115 -1.99<br />
TOMTOM N.V. 5.897 -3.47<br />
TRANSGENE 15.82 -3.77<br />
TKH GROUP NV 15.6 -0.83<br />
UBISOFT ENTERT. 9.525 -3.56<br />
UMICORE 27.28 -1.5<br />
USG PEOPLE N.V. 13.4 -2.76<br />
VASTNED RETAIL 43.2 -4.53<br />
VILMORIN & Cie 71.93 -0.73<br />
VIRBAC 82.49 -1.52<br />
VALEO 25.73 -1.87<br />
VOPAK 61.52 -1.96<br />
SEQUANA 11.77 -4.81<br />
WAVIN NV 1.5 4.17<br />
WDP-SICAFI 35 -4.32<br />
WERELDHAVE 62.74 -2.2<br />
SONAE 0.761 -0.26<br />
ZODIAC AEROSPACE 38.445 -3.55<br />
ZON MULTIMEDIA 3.2 -4.28<br />
AMG 8.124 -2.95<br />
PLASTIC OMNIUM 32.3 -4.3<br />
BETER BED 19.52 -8.57<br />
HEIJMANS 13.165 -3.8<br />
ACCELL GROUP 34.675 -2.82<br />
BRUNEL INTERNAT 27.855 -3.98<br />
SIPEF 46.38 -4<br />
THROMBOGENICS 16.41 -2.9<br />
UNIT 4 AGRESSO 19.77 -0.15<br />
IMPRESA SGPS 1.46 -3.95<br />
TOUR EIFFEL 55.14 -4.93<br />
BULL 3.21 -5.03<br />
CIMENTS FRANCAIS 76.51 -2.93<br />
PAGES JAUNES 8.831 -0.66<br />
ALPES (COMPAGNIE 24 -3.23<br />
KAUFMAN & BROAD 18.415 -6.28<br />
TRIGANO 17.69 4.06
44 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS<br />
BANIF EURO-TESOURARIA 7.2798 7.2821 Z<br />
BANIF PPA 5.9193 6.0507 L<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.4241 6.5252 S<br />
BANIF ACÇÕES PORTUGAL 4.539 4.6397 A<br />
BANIF EURO ACÇÕES 1.9233 1.9027 P<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.3649 4.3854 U<br />
BANIF IMOPREDIAL 7.3979 7.3977<br />
BANIF GESTÃO ACTIVA 3.3158 3.3108 J<br />
BANIF EUROPA DE LESTE 3.9979 3.9817 F.Fundos<br />
BANIF AMÉRICA LATINA 4.5892 4.5889<br />
BANIF ÁSIA 4.2089 4.2022<br />
BANIF PROPERTY 1003.867 1003.723<br />
Informações 808 20 26 26<br />
Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />
Montepio Accoes 103.0676 103.7127 -<br />
Montepio Accoes Europa 36.2313 35.9091 -<br />
Montepio Euro Telcos 51.6841 51.9008 -<br />
Montepio Euro Utilities 63.4111 63.635 -<br />
Montepio Monetario 66.9129 66.9123 -<br />
Montepio Obrigacoes 84.678 84.7043 -<br />
Montepio Taxa Fixa 67.9873 68.2465 -<br />
Montepio Tesouraria 87.5521 87.5502 -<br />
Multi Gestao Mercados Emergentes 47.842 47.5361 -<br />
Multi Gestao Equilibrada 45.3864 45.1393 -<br />
Multi Gestao Dinamica 30.9641 30.7026 -<br />
Multi Gestao Prudente 50.7113 50.5663 -<br />
imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 56 60<br />
www.montepio.pt<br />
Imorendimento II - FIIF 6,2145<br />
Gestimo - FIIF 8,6485<br />
Continental Retail - FIIF 5,1554<br />
Multipark - FIIF 4,3928<br />
Prime Value - FEIIF 5,7481<br />
Natura - FIIF 5,0254<br />
Historic Lodges - FIIF 4,9421<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR 8.1581 8.1676 F.Fundos<br />
BARCLAYS GLOBAL MODERADO 11.5531 11.5952 J<br />
BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO 12.4174 12.4235 X<br />
BARCLAYS PREMIER TESOURARIA 9.9346 9.9374 Z<br />
BARCLAYS FPR/E 13.3739 13.379 X<br />
BARCLAYS PREMIER OBRG EURO 10.6159 10.6324 S<br />
BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG 11.6956 12.0196 A<br />
BARCLAYS FPA 15.0423 15.4673 L<br />
BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES 11.0886 11.1289 F.Fundos<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 - 4.9671 4.9691 F.Fundos<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 - 5.0933 5.0953 F.Fundos<br />
BARCLAYS GLOBAL DEFENSIVO 10.5036 10.5161 F.Fundos<br />
MILLENNIUM ACÇÕES AMERICA 2.6549 2.6609<br />
MILLENNIUM ACÇÕES JAPÃO 2.6322 2.5952<br />
MILLENNIUM AFORRO PPR 5.5968 5.5978<br />
MILLENNIUM DISPONIVEL 49.7683 49.7191<br />
MILLENNIUM EURO TAXA FIXA 11.3054 11.3731<br />
MILLENNIUM EUROCARTEIRA 10.1549 10.0756<br />
MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS 3.2073 3.1704<br />
MILLENNIUM EUROPDUP OPORT - FEI 5.245 5.245<br />
MILLENNIUM EXTRATESO 5524.6499 5524.0439<br />
MILLENNIUM EXTRATESO II 5479.3838 5478.9248<br />
MILLENNIUM GESTÃO DINAMICA 48.4027 48.4035<br />
MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES 5.5339 5.5321<br />
MILLENNIUM INVEST PPR ACES 4.9599 4.9643<br />
MILLENNIUM MERCADOS EMERGENTES 8.866 8.7843<br />
MILLENNIUM MONETSEMES 5307.1348 5306.7769<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES 5.4729 5.4578<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES EUROPA 5.0941 5.1004<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES MUNDAIS 11.3549 11.3378<br />
MILLENNIUM POUPANA PPR 6.2364 6.2323<br />
MILLENNIUM PPA 24.0423 24.6932<br />
MILLENNIUM PREMIUM 5.1246 5.1175<br />
MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO 7.4333 7.4189<br />
MILLENNIUM PRESTIGE MODERADO 7.2168 7.2006<br />
MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZADO 7.4193 7.3955<br />
MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL 3.8055 3.796<br />
POPULAR VALOR 3.1205 3.1969 B<br />
POPULAR PPA 4.8838 5.1482 L<br />
POPULAR GLOBAL 25 5.3094 5.3117 J<br />
POPULAR GLOBAL 50 4.3037 4.3057 J<br />
POPULAR GLOBAL 75 3.4784 3.479 J<br />
POPULAR ACÇÕES 3.0544 3.1584 P<br />
POPULAR EURO TAXA FIXA 6.4422 6.4471 S<br />
POPULAR TESOURARIA 5.4211 5.424 Z<br />
POPULAR IMOBILIÁRIO 5.6914 5.6859 F.Fundos<br />
POPULAR PREDIFUNDO 11.4652 11.4649 F.Fundos<br />
ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESAS 59.3201 62.7664<br />
ALVES RIBEIRO - FPR/E 7.2732 7.4825<br />
BBVA BOLSA EURO 2.5347 2.5199<br />
BBVA CASH 9.1961 9.1981<br />
BBVA EUROPA MXIMO 5.0638 5.0642<br />
BBVA GEST FLEX TODO-0-TERRENO 5.5387 5.5111<br />
BBVA IMOBILIARIO 6.3514 6.3296<br />
BBVA OBRIGAÇÕES 4.9929 4.9961<br />
BBVA OBRIGAÇÕES GOVERNOS 4.9832 4.9977<br />
BBVA PPA INDICE PSI20 5.8581 5.7946<br />
FUNDO CAPIT GAR EUR CONS BBVA 5.334 5.3354<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
FUNDO GARANT BBVA 100 IBEX PROS 5.6387 5.6337<br />
FUNDO GARANT BBVA RANKING PLUS 6.0616 6.0619<br />
FUNDO GARANT TOPDIVID BBVA 5.6129 5.6127<br />
FUNDO GARANT TOPDIVID II BBVA 5.3001 5.3004<br />
BPI BRASIL 9.6419 9.8456<br />
BPI CAP CI AGRESSIVO 0 0<br />
BPI CAP CI CONSERVADOR 0 0<br />
BPI CAP CI EQUILIBRADO 0 0<br />
BPI CAP CI ULTRACONSERVADOR 0 0<br />
BPI EURO TAXA FIXA 12.5844 12.6016<br />
BPI EUROPA CRESCIMENTO 10.9905 11.4147<br />
BPI EUROPA VALOR 18.0694 18.5987<br />
BPI GLOBAL 5.9258 5.962<br />
BPI LIQUIDEZ 6.9635 6.9761<br />
BPI OBRIGAÇÕES A.R.A.R 7.8007 7.8311<br />
BPI PERPETUAS FEI 6.2629 6.3127<br />
BPI PORTUGAL 12.5414 13.3066<br />
BPI POUPANCA ACÇÕES 13.6378 14.4373<br />
BPI REESTRUCTURAÇÕES 7.1723 7.2769<br />
BPI REFORMA ACÇÕES PPR 6.7143 6.7878<br />
BPI REFORMA INVEST PPR 13.3522 13.3869<br />
BPI REFORMA SEGURA PPR 12.6308 12.6664<br />
BPI SELECO 4.5636 4.6694<br />
BPI TAXA VARIAVEL 6.4607 6.4646<br />
BPI TAXA VARIAVEL PPR 5.6601 5.66<br />
BPI TECNOLOGIAS 1.1421 1.162<br />
BPI TESOURARIA 7.1399 7.1602<br />
BPI UNIVERSAL 6.5816 6.6241<br />
BPI Iberia I 4.027 4.08<br />
BPN ACÇÕES PORTUGAL 4.5696 4.5422<br />
BPN ACÇÕES GLOBAL 5.369 5.3299<br />
BPN CONSERVADOR<br />
BPN DIVERSIFICAÇÃO<br />
4.4365<br />
3.7263<br />
4.4351<br />
3.7252<br />
BPN OPTIMIZADO 5.6828 5.6681<br />
BPN TAXA FIXA EURO 5.9642 5.9631<br />
BPN TESOURARIA 5.5161 5.5141<br />
BPN VALORIZAÇÃO 5.9465 5.9211<br />
BPN IMONEGOCIOS<br />
BPN REAL ESTATE<br />
5.6741<br />
450.5922<br />
5.6737<br />
452.3534<br />
BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOGLOBAL 476.0228 476.5925 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOMARINAS 108.0372 106.7039 BPN IMOFUNDOS<br />
EUROREAL 212.7603 212.5966 BPN IMOFUNDOS<br />
CAIXAGEST CURTO 9.3979 9.4002<br />
CAIXAGEST RENDIM 3.7037 3.7062<br />
CAIXAGEST TESOUR 10.0314 10.0338<br />
CAIXAGEST ACCOES EUROPA 7.5426 7.4702<br />
CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL 13.1413 13.5089<br />
CAIXAGEST OBRIGACOES EURO 9.3874 9.4777<br />
CAIXAGEST RENDA MENSAL 3.9316 3.9338<br />
CAIXAGEST ACCOES EUA 3.2662 3.2398<br />
CAIXAGEST ACCOES ORIENTE 6.2868 6.2193<br />
CAIXAGEST MOEDA 6.9749 6.9777<br />
CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA 5.8428 5.8372<br />
CAIXAGEST PPA 12.3481 12.6929<br />
CAIXAGEST OPTIMIZER 5.6211 5.6243<br />
CAIXAGEST MAXI SELECCAO 5.1824 5.1833<br />
POSTAL ACCOES 9.2409 9.1512<br />
POSTAL CAPITALIZ 13.3919 13.4013<br />
POSTAL TESOURARI 9.7499 9.7542<br />
RAIZ CONSERVADOR 5.4378 5.4323<br />
RAIZ EUROPA 3.8595 3.8343<br />
RAIZ GLOBAL 4.8831 4.869<br />
RAIZ POUPANCA ACÇÕES 18.7981 19.2941<br />
RAIZ RENDIMENTO 6.2015 6.2019<br />
RAIZ TESOURARIA 7.7008 7.7016<br />
RAIZ TOP CAPITAL 10.1664 10.1538<br />
RAIZ VALOR ACUMULADO 10.2244 10.233<br />
FINIPREDIAL 8.9504 8.9496<br />
FINICAPITAL 5.9303 5.9678<br />
FINIRENDIMENTO 5.0306 5.0386<br />
FINIGLOBAL 6.3888 6.3787<br />
FINIBOND - MARCADOS EMERGENTES 12.2083 12.2307<br />
FINIFUNDO - ACÇÕES INTERNACIONAL 3.4827 3.4576<br />
PPA FINIBANCO 8.0785 8.2553<br />
ES ABS OPPORTUNITY 89.61 90<br />
ES ACÇÕES AMERICA 7.5025 7.4708<br />
ES ACÇÕES EUROPA 10.7648 10.678<br />
ES ACÇÕES GLOBAL 6.1449 6.1327<br />
ES AFRICA 4.7789 4.7668<br />
ES ALPHA 3 5.2033 5.1995<br />
ES AMERICAN GROWTH 128.53 131.36<br />
ES ARRENDAMENTO 998.9234 999.6624<br />
ES BRASIL 5.5969 5.5454<br />
ES CAPITALIZAÇÃO 8.9464 9.0702<br />
ES CAPITALIZAÇÃO DINAMICA 4.5223 4.5334<br />
ES EMERGING MARKETS 134.31 136.64<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA 5.2126 5.227<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA II 4.6709 4.6913<br />
ES EURO BOND 1077.28 1069.45<br />
ES EUROPEAN EQUITY 79.73 82.32<br />
ES EUROPEAN RESPEQ FUND 13.3568 13.7704<br />
ES GLOBAL BOND 163.94 163.75<br />
ES GLOBAL ENHANCED 608.06 608.63<br />
ES GLOBAL EQUITY 81.39 83.45<br />
ES MERCADOS EMERGENTES 7.2741 7.185<br />
ES MOMENTUM 4.0604 4.0642<br />
ES MONETARIO 6.8119 6.8121<br />
ES OBRIGAÇÕES EUROPA 11.4595 11.4801<br />
ES OBRIGAÇÕES GLOBAL 10.2218 10.2398<br />
ES PORTUGAL ACÇÕES 6.0854 6.2553<br />
ES PPA 14.3946 14.8028<br />
ES PPR 15.2608 15.2611<br />
ES RECONVERSÃO URBANA 997.7708 998.6869<br />
ES RECONVERSÃO URBANA II 1000.182 1001.323<br />
ES REND FIXO FEI 5.0661 5.0661<br />
ES REND FIXO II FEI 5.055 5.055<br />
ES SHORT BOND EURO DIS 524.05 524.57<br />
ESPIRITO SANTO ALTA VISTA 908.317 909.4677<br />
ESPIRITO SANTO LOGISTICA 5.0672 5.0382<br />
ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO 5.5713 5.5624<br />
ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO 4.0658 4.0882<br />
ESPIRITO SANTO PLANO PRUDENTE 5.5735 5.5672<br />
ESPIRITO SANTO RENDIMENTO 5.3495 5.3698<br />
ESPIRITO SANTO EST ACES 5.3034 5.2946<br />
ESPIRITO SANTO PREMIUM 5.2298 5.2834<br />
ESPIRITO SANTO REND DINAMICO 6.7327 6.7604<br />
ESPIRITO SANTO REND PLUS 5.4912 5.5065<br />
Seguros de Investimento<br />
Seguro Gestora Valor patrimonial 28/04/10<br />
VICTORIA INVEST VICTORIA - SEGUROS DE VIDA 126,27903<br />
VICTORIA REFORMA VALOR VICTORIA - SEGUROS DE VIDA 96,26533<br />
ACÇÕES DINÂMICO EUROVIDA 51,683<br />
IMOBILIÁRIO EUROVIDA 79,6042<br />
INTERNACIONAL ACÇÕES EUROVIDA 55,5377<br />
POUPANÇA EUROVIDA 82,3253<br />
PPR ACTIVO EUROVIDA 79,6738<br />
PPR ACTIVO ACÇÕES EUROVIDA 63,2096<br />
PPR AFORRO EUROVIDA 53,1905<br />
PPR GARANTIA EUROVIDA 66,7558<br />
PPR SEGURANÇA EUROVIDA 78,5259<br />
PPR 25% (2012) EUROVIDA 60,1878<br />
PPR/E VALOR REAL EUROVIDA 81,2072<br />
PPR/E 4,50% (2008) EUROVIDA 66,1099<br />
PPR/E 61% EUROVIDA 76,6164<br />
SELECÇÃO EUROVIDA 75,283<br />
Fundos PPR/PPE<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
PPR BBVA 10,2429 10,2447 BBVA FUNDOS<br />
BBVA SOLIDEZ PPR 5,5051 5,5012 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4178 5,4161 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1097 5,1045 BBVA FUNDOS<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA PRUDENTE 1,3442 1,3441 S.G.F.<br />
PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5894 6,5908 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1598 6,1581 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3395 5,3374 S.G.F.<br />
F.P. SGF - EMPRESAS 9,3618 9,3613 S.G.F.<br />
SGF EMPRESAS PRUDENTE 5,6554 5,6567 S.G.F.<br />
F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1783 5,1796 S.G.F.<br />
F.P. PPR GARANTIDO 5,479 5,4801 S.G.F.<br />
PPR VINTAGE 9,5701 9,5672 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA 9,7728 9,7711 ESAF-ESFP<br />
F.P. ESAF - PPA 7,2537 7,2564 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA PLUS 5,5125 5,5077 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA ACÇÕES 5,9283 5,9027 ESAF-ESFP<br />
ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,133 5,134 ESAF-ESFP<br />
REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTANDER PENSÕES<br />
PPA VALORIS 8,2104 8,1874 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2482 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />
PPR/E EUROPA 8,4804 8,4762 PENSÕESGERE<br />
VANGUARDA PPR 6,6417 6,6421 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1745 10,1698 PENSÕESGERE<br />
PPR BNU/VANGUARDA 14,1631 14,1716 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "S" 14,2043 14,2069 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "V" 16,8857 16,8845 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,2053 8,1997 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE SEGURANÇA 8,7259 8,7311 PENSÕESGERE<br />
TURISMO PENSÕES 6,4021 6,8993 PENSÕESGERE<br />
CAIXA REFORMA ACTIVA 11,3546 11,3844 CGD PENSÕES<br />
CAIXA REFORMA VALOR 4,9153 4,9091 CGD PENSÕES<br />
REFORMA + 6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />
Rentabilidades<br />
Fundos do mercado monetário euro<br />
Ult 12 meses Classe Valor da UP **<br />
rend. anualizada de risco (Euro)<br />
F.I.M. Caixagest Liquidez * 5,0006<br />
F.I.M. CA Monetário 0,86 * 5,1093<br />
F.I.M. Montepio Monetário 0,34 1 66,9101<br />
Fundos de tesouraria Euro<br />
F.I.M. Banif Euro Tesouraria<br />
F.I.M. Barclays Tesouraria Plus<br />
F.I.M. BBVA Cash<br />
F.I.M. BPI Liquidez<br />
F.I.M. BPI Tesouraria<br />
F.I.M. BPN Tesouraria<br />
F.I.M. Caixagest Curto Prazo<br />
F.I.M. Caixagest Moeda<br />
F.I.M. Caixagest Tesouraria<br />
F.I.M. Postal Tesouraria<br />
F.I.M. Raiz Tesouraria<br />
F.I.M. Millennium Disponível<br />
F.I.M. Millennium Liquidez<br />
F.I.M. MNF Euro Tesouraria<br />
F.I.M. Montepio Tesouraria<br />
F.I.M. Popular Tesouraria<br />
F.I.M. Santander MultiTesouraria<br />
3,98<br />
2,88<br />
4,68<br />
1,98<br />
1,25<br />
5,41<br />
-0,46<br />
1,53<br />
-0,36<br />
1,63<br />
0,74<br />
4,10<br />
1,33<br />
1,82<br />
1,33<br />
1<br />
*<br />
2<br />
1<br />
1<br />
2<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
1<br />
*<br />
*<br />
*<br />
1<br />
1<br />
1<br />
7,2823<br />
5,2636<br />
9,1961<br />
6,9779<br />
7,1631<br />
5,5141<br />
9,4151<br />
6,9900<br />
10,0504<br />
9,7667<br />
7,7018<br />
49,7209<br />
4,9905<br />
5,3322<br />
87,5562<br />
5,4315<br />
10,8419<br />
Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />
Rend. anualizada<br />
Últimos Últimos<br />
Risco<br />
últimos<br />
Classe<br />
de<br />
12 meses 24 meses 2 anos risco<br />
F F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável 12,21 -5,58 5,31 3<br />
F.I.M. Barclays Obrigações Taxa Variável Euro* 5,99 *<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável 15,79 -6,65 6,20 3<br />
F.I.M. BPN Conservador<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />
29,64<br />
14,96<br />
-14,87<br />
0,70<br />
12,34<br />
3,89<br />
4<br />
2<br />
F.I.M. Caixagest Renda Mensal 8,12 -6,03 4,09 2<br />
F.I.M. Caixagest Rendimento 1,39 -8,43 4,93 2<br />
F.I.M. Postal Capitalização 10,56 -0,35 3,32 2<br />
F.I.M. Raiz Rendimento 2,53 1,59 0,43 1<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />
-3,26<br />
-13,09<br />
-2,42<br />
-7,75<br />
2,58<br />
4,79<br />
2<br />
2<br />
F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal* -1,91 -1,31 2,09 2<br />
F.I.M. Finirendimento 6,87 2,16 1,62 2<br />
F.I.M. Millennium Obrigações 8,70 -8,50 6,65 3<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais 4,12 -8,71 8,30 3<br />
F.I.M. Millennium Premium<br />
F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />
8,62<br />
14,64<br />
-0,91<br />
-5,79<br />
5,08<br />
6,41<br />
3<br />
3<br />
F.I.M. Montepio Obrigações 20,49 1,54 5,03 3<br />
F.I.M. Santander MultiCrédito* 6,58 -0,77 2,58 2<br />
F.I.M. Santander MultiObrigações* 5,08 -5,50 4,51 2<br />
* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />
* - O Fundo Esp. Santo Renda Mensal incorporou por fusão o Fundo Esp. Santo Renda Trimestral<br />
* - O Fundo Santander MultiCurto Prazo passou a designar-se por Santander MultiCrédito<br />
* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />
Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa 0,05 3,52 5,07 2<br />
F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro<br />
F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa<br />
9,51<br />
1,74<br />
7,92<br />
5,08<br />
4,99<br />
5,38<br />
3<br />
3<br />
F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro 4,71 5,38 4,86 3<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Euro 0,65 2,96 5,12 2<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa 5,50 8,46 5,29 3<br />
F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro 4,31 5,42 4,24 2<br />
F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Europa<br />
3,77<br />
25,01<br />
5,09<br />
-4,08<br />
5,00<br />
9,97<br />
3<br />
4<br />
F.I.M. Montepio Taxa Fixa 1,89 4,25 3,21 2<br />
F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa 4,57 7,58 3,73 2<br />
Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />
F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 34,79 5,50 8,65 3<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 1,32 5,59 5,91 3<br />
Fundos de acções nacionais<br />
F.I.M. Banif Acções Portugal 15,81 -17,82 29,90 6<br />
F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal 19,37 -16,59 28,47 6<br />
F.I.M. BPI Portugal 17,16 -12,10 25,80 6<br />
F.I.M. Caixagest Accões Portugal 13,42 -21,62 25,33 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões 15,39 -12,08 27,93 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Portugal 15,34 -15,21 24,77 6<br />
F.I.M. Santander Accões Portugal 20,30 -13,36 28,70 6<br />
Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />
F.I.M. Banif Euro Acções 26,36 -16,99 36,70 6<br />
F.I.M. BBVA Bolsa Euro 30,75 -8,76 33,13 6<br />
F.I.M. BPI Euro Grandes Capitalizações* 26,71 -7,45 29,21 6<br />
F.I.M. BPI Europa* 43,32 -9,89 33,64 6<br />
F.I.M. BPN Acções Europa 39,83 -3,06 28,92 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Europa 29,22 -13,53 29,59 6<br />
F.I.M. Postal Acções 29,91 -13,64 28,93 6<br />
F.I.M. Raiz Europa 27,68 -4,71 27,72 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Accões Europa 36,95 -6,51 28,27 6<br />
F.I.M. Finicapital 22,62 -15,38 26,53 6<br />
F.I.M. Millennium Eurocarteira 45,59 -10,11 32,19 6<br />
F.I.M. Montepio Acções 28,32 -10,36 27,98 6<br />
F.I.M. Montepio Acções Europa 32,97 -8,55 31,70 6<br />
F.I.M. Popular Acções 30,71 -10,17 31,10 6<br />
F.I.M. Santander Accões Europa 35,21 -11,62 35,06 6<br />
*-OFundo BPI Europa Crescimento passou a designar-se por BPI Euro Grandes Capitalizações<br />
*-OFundo BPI Europa Valor passou a designar-se por BPI Europa<br />
Fundos de acções da América do Norte<br />
F.I.M. BPI América 41,50 2,04 28,06 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções EUA 38,35 2,73 31,18 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções América 45,46 -7,30 31,42 6<br />
F.I.M. Millennium Acções América 44,51 6,24 28,25 6<br />
F.I.M. Santander Acções América 33,29 -1,45 32,22 6<br />
F.I.M. Santander Acções USA 40,45 -6,03 32,68 6<br />
Fundos de acções sectoriais<br />
Rend. anualizada Risco Classe<br />
Últimos Últimos últimos de<br />
12 meses 24 meses 2 anos risco<br />
F.I.M. BPI Tecnologias 50,34 8,68 26,64 6<br />
F.I.M. Millennium Euro Financeiras 45,85 -18,37 48,90 6<br />
F.I.M. Millennium Global Utilities 19,03 -9,30 25,26 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Energy 32,62 -9,83 32,84 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Financial Service 38,47 -17,74 48,30 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Healhcare 35,06 5,69 21,39 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Telcos 24,14 -3,27 23,05 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Utilities 21,57 -11,10 28,47 6<br />
F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 24,32 -3,19 25,56 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 34,74 1,58 26,53 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 42,81 -18,18 47,71 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 43,65 -4,90 34,98 6<br />
Outros fundos de acções internacionais<br />
F.I.M. BPI África 30,56 *<br />
F.I.M. BPI Reestruturações 29,95 0,76 19,29 5<br />
F.I.M. BPN Acções Global 46,03 -4,45 33,72 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 50,74 -5,55 33,67 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Japão 22,86 -4,50 21,21 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Oriente 61,53 5,88 30,76 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções Global 29,17 -14,87 31,20 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. 59,51 -4,14 34,29 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Momentum 34,61 -6,77 25,97 6<br />
F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 26,60 -14,31 28,67 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Japão 20,04 -2,52 20,54 6<br />
F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 53,38 -1,07 33,24 6<br />
Fundos mistos predom. obrigações<br />
F.I.M. BPN Optimização 22,23 -3,45 11,20 4<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 12,74 1,76 3,05 2<br />
F.I.M. Santander Multinvest 14,04 -8,15 10,25 4<br />
Fundos mistos predominantemente acções<br />
F.I.M. BPN Valorização 35,99 -4,59 23,11 6<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 16,68 -1,31 10,18 4<br />
F.I.M. Finiglobal 14,18 -3,86 11,03 4<br />
F.I.M. Popular Valor 19,23 -9,56 21,54 6<br />
Fundos poupança acções<br />
F.I.M. Banif PPA 16,09 -18,58 30,21 6<br />
F.I.M. Barclays FPA 20,53 -16,52 29,08 6<br />
F.I.M. BPI PPA 16,24 -11,62 25,99 6<br />
F.I.M. Caixagest PPA 14,97 -21,97 25,48 6<br />
F.I.M. Raiz Poupança Acções 20,09 -10,48 23,81 6<br />
F.I.M. Esp. Santo PPA 17,67 -11,48 28,18 6<br />
F.P. ESAF PPA 19,07 -11,55 26,45 6<br />
F.I.M. PPA Finibanco 13,43 -16,25 25,26 6<br />
F.P. PPA Acção Futuro 22,06 -13,68 26,62 6<br />
F.I.M. Millennium PPA 17,90 -14,65 24,63 6<br />
F.I.M. Popular PPA 22,15 -15,46 27,62 6<br />
F.I.M. Santander PPA 17,07 -15,86 28,67 6<br />
Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />
F.I.M. Barclays Global Conservador 19,94 5,39 6,75 3<br />
F.I.M. Barclays Global Defensivo 1,59 0,83 1,35 1<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica 3,71 -1,71 2,06 2<br />
F.I.M. Raiz Conservador 4,49 -0,09 2,25 2<br />
F.I.M. Finifundo Conservador 11,87 1,92 5,16 *<br />
F.I.M. Millennium Prestige Conservador 12,77 -1,08 6,47 3<br />
F.I.M. Multi Gestão Prudente 15,71 0,48 6,49 3<br />
F.I.M. Popular Global 25 14,78 -0,86 6,49 3<br />
Fundos de fundos predominantem. acções<br />
F.I.M. Barclays Global Acções 37,75 -8,53 23,58 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 30,51 -11,00 19,95 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 46,60 -7,58 25,79 6<br />
F.I.M. Popular Global 75 27,48 -6,12 17,56 5<br />
Fundos poupança reforma/educação<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR Rendimento 11,72 1,62 4,03 2<br />
F.P. Solidez PPR 6,02 1,33 1,59 2<br />
F.I.M. BPI Reforma Segura PPR 6,87 -1,35 2,49 2<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável PPR 2,29 -1,30 2,87 2<br />
F.P. PPR Garantia de Futuro 8,50 2,80 2,15 2<br />
F.P. PPR Praemium S 6,56 -0,12 3,03 2<br />
F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 9,51 -0,33 3,03 2<br />
F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR 7,33 4,78 2,27 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.I.M. Millennium Aforro PPR 6,04 2,22 3,06 2<br />
F.P. PPR SGF Garantido 6,49 *<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR 12,18 0,92 5,17 3<br />
F.P. CVI PPR/E 11,48 2,72 8,77 3<br />
F.P. PPR BBVA 10,68 1,55 8,13 3<br />
F.I.M. Esp. Santo PPR 5,32 2,72 4,72 2<br />
F.P. PPR 5 Estrelas 10,90 2,56 3,69 2<br />
F.P. PPR Geração Activa 12,60 *<br />
F.P. PPR Platinium 14,39 0,13 6,97 3<br />
F.I.M. Millennium Poupança PPR 8,31 -1,05 5,35 3<br />
F.P. PPR BNU Vanguarda 8,84 -2,77 7,14 3<br />
F.P. PPR Europa 11,67 4,45 5,91 3<br />
F.P. Vanguarda PPR 8,59 -1,02 5,57 3<br />
F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR 11,54<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
-4,80 7,39 3<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 21,15 -3,62 12,85 4<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 23,03 -3,68 13,85 4<br />
F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 9,12 -4,87 8,29 3<br />
F.P. PPR Praemium V<br />
Outros fundos<br />
11,16 -2,93 8,80 3<br />
F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 2,09 2,20 0,42 1<br />
F.I.M. Raiz Global 15,37 0,39 11,32 4<br />
F.I.M. Esp. Santo Monetário 1,24 1,96 0,29 1<br />
F.I.M. Finifundo Agressivo<br />
F.I.M. Finifundo Moderado<br />
24,92<br />
15,97<br />
-3,86<br />
1,57<br />
16,03<br />
7,86<br />
*<br />
*<br />
F.I.M. Millennium Prestige Valorização 28,87 -0,24 16,69 5<br />
F.I.M. Popular Euro Obrigações* 10,96 4,41 3,22 2<br />
*-OFundoPopular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou<br />
a designar-se por Popular Euro Obrigações<br />
Fundos diversos<br />
F.I.M. Orey Acções Europa -27,31 -41,40 34,78 6<br />
Fundos de pensões abertos<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.P. Banif Reforma Sénior 1,56 *<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 -0,98<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 1,82<br />
-2,28 9,93 4<br />
*<br />
F.P. Aberto Horizonte Segurança 4,99 2,87 3,23 2<br />
F.P. Aberto SGF Empresas Prudente 5,33 4,89 2,65 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.P. Banif Reforma Activa 6,46 *<br />
F.P. Aberto Protecção 2015<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Activa<br />
0,12<br />
5,39<br />
0,04<br />
-2,53<br />
5,96<br />
3,51<br />
3<br />
2<br />
F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma 14,24 4,03 3,86 2<br />
F.P. Aberto Futuro Clássico 6,77 2,56 2,50 2<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.P. Aberto BBVA PME’s 10,87 2,94 7,78 3<br />
F.P. Aberto Protecção 2020<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Valor<br />
2,07<br />
11,73<br />
-2,23<br />
-3,92<br />
9,63<br />
8,61<br />
3<br />
3<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus 16,25 1,44 6,36 3<br />
F.P. Aberto VIVA 10,88 -0,03 5,23 3<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização 11,43 0,79 7,35 3<br />
F.P. Aberto Turismo Pensões 11,88 2,43 7,10 3<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
F.P. Banif Reforma Jovem 1,44 *<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 42,99 *<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 15,62 1,20 11,47 4<br />
Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />
Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />
Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />
(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta página na edição de cada quarta-feira,<br />
excepto quando seja especificado o contrário.
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último<br />
valor€<br />
Divisa<br />
Amundi Funds Class Classic S<br />
ARBITRAGE INFLATION EUR 107.42<br />
ASIAN GROWTH USD 23.29<br />
DYNARBITRAGE FOREX EUR 110.05<br />
DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 111.88<br />
DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.53<br />
EMERGING MARKETS USD 29.77<br />
EURO CORPORATE BOND EUR 15.07<br />
EURO QUANT EUR 6.29<br />
EUROPEAN BOND EUR 140.6<br />
GREATER CHINA USD 25.37<br />
PARVEST<br />
www.bnpparibas-ip.com<br />
Número Verde 800 844 109<br />
PARVEST EURO PREMIUM EUR 103.56<br />
PARVEST ABS EUR 72<br />
PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 103.16<br />
PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 98.76<br />
PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND<br />
PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />
EUR 108.01<br />
GLOBAL BOND (USD) USD 107.92<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 103.28<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 103<br />
PARVEST AGRICULTURE EUR 78.78<br />
PARVEST ASIA USD 301.06<br />
PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 344.53<br />
PARVEST AUSTRALIA AUD 713.16<br />
PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 188.03<br />
PARVEST BRAZIL USD 154.42<br />
PARVEST BRIC USD 151.89<br />
PARVEST CHINA USD 297.04<br />
PARVEST DIVERSIFIED (PRUDENT) EUR 129.47<br />
PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 122.47<br />
PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.83<br />
PARVEST EMERGING MARKETS USD 347.47<br />
PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 317.95<br />
PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 169.44<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 107.38<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 107.17<br />
PARVEST ENHANCED EONIA EUR 117.6<br />
PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />
PARVEST EURO BOND EUR 177.76<br />
PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 115.01<br />
PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 141.67<br />
PARVEST EURO EQUITIES EUR 113.74<br />
PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 301.85<br />
PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 122.03<br />
PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 116.03<br />
PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 158.97<br />
PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 116.96<br />
PARVEST EURO SMALL CAP EUR 184.72<br />
PARVEST EUROPE ALPHA EUR 100.13<br />
PARVEST EUROPE DIVIDEND EUR 63.89<br />
PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 68.91<br />
PARVEST EUROPE GROWTH EUR 173.74<br />
PARVEST EUROPE LS30 EUR 65.94<br />
PARVEST EUROPE MID CAP EUR 394.96<br />
PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 59.8<br />
PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 80.76<br />
PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 79.77<br />
PARVEST EUROPE VALUE EUR 117.56<br />
PARVEST CORP BOND OPPORTUNITIES EUR 112.12<br />
PARVEST ENVIRONM OPPORTUNITIES EUR 102.53<br />
PARVEST EUROPEAN BOND EUR 301.14<br />
PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 123.88<br />
PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 111.45<br />
PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 115.35<br />
PARVEST FRANCE EUR 375.28<br />
PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 82.22<br />
PARVEST GLOBAL BOND USD 41.81<br />
PARVEST GLOBAL BRANDS USD 267.96<br />
PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 120.22<br />
PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 100.96<br />
PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 120.53<br />
PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 121.01<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 116.25<br />
PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 229.15<br />
PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 92.39<br />
PARVEST INDIA USD 172.47<br />
PARVEST JAPAN JPY 3345<br />
PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 3617<br />
PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20671<br />
PARVEST LATIN AMERICA USD 804.2<br />
PARVEST NEXT GENERATION EUR 117.73<br />
PARVEST RUSSIA USD 80.81<br />
PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.677<br />
PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.264<br />
PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.913<br />
PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.44<br />
PARVEST SOUTH KOREA USD 90.01<br />
PARVEST STEP 90 EURO EUR 1284.94<br />
PARVEST SWITZERLAND CHF 565.96<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 113.88<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 220.13<br />
PARVEST TURKEY EUR 149.95<br />
PARVEST UK GBP 120.45<br />
PARVEST US DOLLAR BOND USD 401.38<br />
PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 169.95<br />
PARVEST US MID CAP USD 116.77<br />
PARVEST US SMALL CAP USD 426.09<br />
PARVEST US VALUE USD 83.12<br />
PARVEST USA USD 73.42<br />
PARVEST USA LS30 USD 76.16<br />
BNP PARIBAS INSTICASH<br />
BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.797<br />
BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.459<br />
BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.256<br />
BNP PARIBAS INSTICASH USD USD 116.895<br />
PARWORLD<br />
PARWORLD DYNALLOCATION EUR 106.17<br />
PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 113.65<br />
PARWORLD QUAM 10 EUR 117.03<br />
PARWORLD QUAM 15 EUR 112.38<br />
PARWORLD TRACK COMMODITIES EUR 54.62<br />
PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 70.85<br />
PARWORLD TRACK JAPAN EUR 78.59<br />
PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 83.47<br />
PARWORLD TRACK UK EUR 72.79<br />
www.bnymellonam.com<br />
Fundo Divisa Valor<br />
BNY Mellon Global Funds, plc<br />
BNY MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 2.9187<br />
BNY MELLON BRAZIL EQ FUND A USD 1.1471<br />
BNY MELLON CONT. EUROP. EQ. FUND A EUR 1.1174<br />
BNY MELLON EMRG. MKTS DBT LCL CUR A EUR 1.0953<br />
BNY MELLON EMRG. MKTS DEBT A USD 1.4996<br />
BNY MELLON EURO GVT BOND INDEX A EUR 1.3880<br />
BNY MELLON EVOL. CURR.OPTION A EUR 80.186<br />
BNY MELLON EVOL. GLB ALPHA A EUR 85.838<br />
BNY MELLON GL. BOND EUR HEDGED H<br />
BNY MELLON GLOBAL EMERGING<br />
EUR 1.1798<br />
MARKETS EQUITY VALUE FUND EUR 2.6549<br />
BNY MELLON GLB H.YLD BOND FUND A EUR 1.2830<br />
BNY MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 1.9591<br />
BNY MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 1.3571<br />
BNY MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 1.5063<br />
BNY MELLON GLOBAL REAL RETURN FUND<br />
BNY MELLON GLOBAL PROPERTY<br />
EUR 1.0164<br />
SECURITIES FUND USD 0.7535<br />
BNY MELLON JAPAN EQ. VALUE FUND A EUR 48.072<br />
BNY MELLON JAPAN EQUITY FUND A<br />
BNY MELLON LONG-TERM GLOBAL<br />
EUR 0.6391<br />
EQUITY FUND USD 0.9212<br />
BNY MELLON PAN EUROP EQ. FUND A USD 1.5221<br />
BNY MELLON S&P 500 INDEX A USD 1.0488<br />
BNY MELLON SMALL CAP EURO. FUND A EUR 2.0820<br />
BNY MELLON STERLING BOND FUND A EUR 1.0314<br />
BNY MELLON UK EQUITY FUND A EUR 0.9477<br />
BNY MELLON US DYN. VALUE FUND A USD 1.4406<br />
BNY MELLON US EQUITY FUND A<br />
BNY MELLON VIETNAM,<br />
USD 0.8709<br />
INDIA & CHINA (VIC) FUND USD 1.4581<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />
DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1531.84<br />
DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1599.23<br />
DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1407.19<br />
DB EURO CCAP EUR 916.03<br />
DB EURO ICAP EUR 946.81<br />
DB EURO NCAP EUR 892.62<br />
DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2618.19<br />
DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2691.88<br />
DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2553.77<br />
DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5633.37<br />
DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5738.5<br />
DB EURO CORPORATE NCAP EUR 111.87<br />
DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1783.62<br />
DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1837.94<br />
DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1739.96<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 773.41<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 800.2<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 757.42<br />
DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 636.48<br />
DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 657.61<br />
DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 600.87<br />
DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 130.12<br />
DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 133.53<br />
DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 127.64<br />
DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5411.91<br />
DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5617.01<br />
DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5277.6<br />
DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1901.98<br />
DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1942.95<br />
DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1834.75<br />
DB EUROPE CCAP EUR 4568.2<br />
DB EUROPE ICAP EUR 4671.12<br />
DB EUROPE NCAP EUR 4483.57<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 307.65<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 316.68<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 291.54<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 755.46<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 732.73<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 126.15<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 128.49<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 122.4<br />
DB INTERNATIONAL CCAP EUR 831.33<br />
DB INTERNATIONAL ICAP EUR 860.52<br />
DB INTERNATIONAL NCAP EUR 796.98<br />
DB MORTGAGES CCAP EUR 130.4<br />
DB MORTGAGES ICAP EUR 134.27<br />
DB MORTGAGES NCAP EUR 125.78<br />
DB TOTAL RETURN CCAP EUR 114.22<br />
DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1160.99<br />
DB TOTAL RETURN NCAP EUR 110.24<br />
DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3610.04<br />
DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3653.4<br />
DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3561.32<br />
DB USD CCAP USD 784.29<br />
DB USD ICAP USD 812.92<br />
DB USD NCAP USD 763.81<br />
DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2924.18<br />
DB USD GOVERNMENT ICAP USD 3022.3<br />
DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2850.76<br />
DB WORLD GOV PL CCAP EUR 107.74<br />
DB WORLD GOV PL ICAP EUR 110.18<br />
DB WORLD GOV PL NCAP EUR 105.57<br />
D EQ L ASIA PREM USD 16.57<br />
D EQ L AUSTRALIA AUD 724.14<br />
D EQ L BIOTECH USD 127.24<br />
D EQ L EMERG EUROPE EUR 70.3<br />
D EQ L EMERG MKTS EUR 523.02<br />
D EQ L EMU EUR 66.93<br />
D EQ L EUR 50 EUR 425.95<br />
D EQ L EUROP EUR 626.51<br />
D EQ L EUROPE VALUE EUR 78.81<br />
D EQ L EURP ENG SECT EUR 145.08<br />
D EQ L EURP FIN SECT EUR 76.85<br />
D EQ L EURP HIGH DIV EUR 73.6<br />
D EQ L JAPAN JPY 12922<br />
D EQ L SPAIN EUR 77.2<br />
D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 62.41<br />
D EQ L SUST WORLD EUR 153.06<br />
D EQ L UNITED KINGDOM GBP 235.01<br />
D EQ L WORLD USD 36.89<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 45<br />
FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Fundo Classe Valor<br />
ABS ATTIVO EUR 106.69<br />
ABS PRUDENTE EUR 108.13<br />
BOND CHF EUR 124.08<br />
BOND CHF EUR 136.28<br />
BOND CONVERTIBLE EUR 60.41<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 212.67<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 261.59<br />
BOND EUR LONG TERM EUR 161.24<br />
BOND EUR MEDIUM TERM EUR 294.96<br />
BOND EUR SHORT TERM EUR 136.46<br />
BOND GBP EUR 133.57<br />
BOND GBP EUR 113.31<br />
BOND HIGH YIELD EUR 146.1<br />
BOND INFLATION LINKED EUR 120.13<br />
BOND JPY EUR 105.72<br />
BOND JPY EUR 148.56<br />
BOND USD EUR 131.55<br />
BOND USD EUR 189.66<br />
CASH EUR EUR 110.78<br />
CASH USD EUR 97.49<br />
EQUITY BANKS EUR 48.34<br />
EQUITY CHINA EUR 89.38<br />
EQUITY CONSUMER DISCRETIONARY EUR 133.3<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 123.3<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 135.68<br />
EQUITY DURABLE GOODS EUR 128.03<br />
EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 163.19<br />
EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 145.66<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 131.4<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 133.21<br />
EQUITY EURO EUR 79.58<br />
EQUITY EUROPE EUR 82.25<br />
EQUITY FINANCIAL EUR 50.18<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 60.09<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 54.44<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 146.27<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 135.24<br />
EQUITY ITALY EUR 73.16<br />
EQUITY JAPAN EUR 76.97<br />
EQUITY JAPAN EUR 57.69<br />
EQUITY LATIN AMERICA EUR 375.82<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 61.03<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 88.8<br />
EQUITY OCEANIA EUR 152.54<br />
EQUITY OCEANIA EUR 175.01<br />
EQUITY PHARMA EUR 71.91<br />
EQUITY PHARMA EUR 63.6<br />
EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 399.32<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 48.7<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 46.07<br />
EQUITY UTILITIES EUR 102.58<br />
EQUITY UTILITIES EUR 94.65<br />
OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />
ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 115.26<br />
ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 119.06<br />
ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.53<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />
www.franklintempleton.com.pt<br />
Tel: +34 91 426 3600<br />
FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 8.76<br />
FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 8.28<br />
FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 18.45<br />
FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.63<br />
FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 18.01<br />
FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 11.55<br />
FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 13.33<br />
FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 15.66<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 17.78<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 23.48<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.96<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 18.33<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.64<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 4.28<br />
FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 16.65<br />
FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 4.04<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 10.62<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 14.02<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 13.05<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.54<br />
FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 13.99<br />
FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 10.29<br />
FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 10.16<br />
FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.6<br />
TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 40.65<br />
TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 22.53<br />
TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 28.67<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 27.84<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 14.62<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 19.26<br />
TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.75<br />
TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11<br />
TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.68<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 17.19<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.01<br />
TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.53<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />
TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 10.66<br />
TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 11.37<br />
TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 12.46<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 24.46<br />
TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 9.72<br />
TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 17.47<br />
TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 13.53<br />
TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 21.74<br />
TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 21.58<br />
TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 8.64<br />
TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 14.65<br />
TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 43.71<br />
TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 14.5<br />
TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.15<br />
TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 10.<br />
28-04-2010<br />
JF ASIA DI V.D USD USD 240.53<br />
JF ASIA EQ D USD USD 21.03<br />
JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 9.53<br />
JF CHINA D USD USD 34.83<br />
JF GR CH D USD USD 30.17<br />
JF HG KG D USD USD 26.47<br />
JF INDIA D USD USD 49.35<br />
JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.94<br />
JF JAP EQ D USD USD 6.36<br />
JF PAC EQ DACC EUR EUR 6.7<br />
JF PAC EQ DACC USD USD 13.37<br />
JF SINGA D USD USD 39.56<br />
JF TAIWAN D USD USD 12.65<br />
JPM AME EQ DACC EUR EUR 7.13<br />
JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 6.48<br />
JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.75<br />
JPMEMMKEQDACCEUR EUR 9.13<br />
JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 21.82<br />
JPM EURO DY DACC USD USD 17.49<br />
JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.6<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 8.32<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 9.08<br />
JPM EUROP EQ DACC USD USD 10.01<br />
JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 8.28<br />
JPM EUROP FOC DACC USD USD 10.36<br />
JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 186.44<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 72.11<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 105.1<br />
JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 97.27<br />
JPM GB BAL USD DACC USD USD 145.59<br />
JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 103.89<br />
JPM GB CAP PRE DACC USD USD 115.64<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 125.73<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 979.51<br />
JPM GB CONVS USD D USD USD 131.2
46 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.46<br />
JPM GB DY DACC EUR EUR 6.38<br />
JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 5.16<br />
JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 6.04<br />
JPM GB FOC DACC EUR EUR 19.68<br />
JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 8.3<br />
JPM GB HY BD DACC EUR EUR 139.79<br />
JPM GB NAT RE DACC USD USD 11.55<br />
JPM GB T RE DACC EUR EUR 104.55<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 107.83<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 144.82<br />
JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 8.99<br />
JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 6977<br />
JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 9419<br />
JPM RUSSIA DACC USD USD 11.46<br />
JPM US AG BD DACC USD USD 14.74<br />
JPMUSDYDACCEUR EUR 5.65<br />
JPM US DY DACC USD USD 12.39<br />
JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 62.89<br />
JPM US EQ DACC USD USD 85.67<br />
JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 70.99<br />
JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 6.39<br />
JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 9.02<br />
JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 6.36<br />
JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 6.38<br />
JPMF AME EQ D USD USD 9.93<br />
JPMF AME LC D USD USD 8.88<br />
JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 33.91<br />
JPMF EM EUR EQ D USD USD 42.4<br />
JPMF EM MKT EQ D USD USD 33.4<br />
JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 126.72<br />
JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.67<br />
JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 26.77<br />
JPMF EUROP DY D EUR EUR 11.81<br />
JPMF EUROP EQ D EUR EUR 7.72<br />
JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 9.31<br />
JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 7.45<br />
JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 11.15<br />
JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.56<br />
JPMF GB DY D USD USD 13.11<br />
JPMF GB EQ D USD USD 9.38<br />
JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 13.95<br />
JPMF LAT AM EQ D USD USD 45.71<br />
JPMF US ST GR D USD USD 5.58<br />
JPMF US ST VAL D USD USD 12.76<br />
JPM US TECH D EUR EUR 8.58<br />
Fundo Divisa Valor<br />
ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 29.98<br />
ASIAN EQUITY B EUR 25.27<br />
ASIAN PROPERTY B EUR 10.09<br />
COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 14.32<br />
DIVERSIFIED ALPHA PLUS B EUR 26.41<br />
EMERG EUROP, M-EAST & AFRICA EQ B EUR 54.6<br />
EMERGING MARKETS DEBT B EUR 42.41<br />
EMERGING MARKETS DOMESTIC DEBT B EUR 24.57<br />
EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 23.47<br />
EURO BOND B EUR 10.88<br />
EURO CORPORATE BOND B EUR 33.12<br />
EURO LIQUIDITY B EUR 11.8967<br />
EURO STRATEGIC BOND B EUR 29.29<br />
EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 13.25<br />
EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 23.91<br />
EUROPEAN PROPERTY B EUR 15.89<br />
EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 33.86<br />
EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.54<br />
FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.22<br />
FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.86<br />
FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 24.02<br />
GLOBAL BOND B EUR 23.01<br />
GLOBAL BRANDS B EUR 38.05<br />
GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 23.51<br />
GLOBAL PROPERTY B EUR 13.52<br />
GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 23.81<br />
GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 23.83<br />
INDIAN EQUITY B EUR 21.03<br />
JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 15.07<br />
JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 6.13<br />
LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 43.97<br />
SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.88<br />
US ADVANTAGE B EUR 20.32<br />
US GROWTH B EUR 22.4<br />
US PROPERTY B EUR 27.21<br />
US SMALL CAP GROWTH B EUR 25.78<br />
US VALUE EQUITY B EUR 12.89<br />
USD LIQUIDITY B USD 12.5471<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
+34 91 538 25 00<br />
www.pictetfunds.pt<br />
Fundo Divisa Valor<br />
PICTET-ABSL RTN GLO DIV-R EUR EUR 106.9<br />
PICTET-AGRICULTURE-R EUR EUR 130.04<br />
PICTET-ASIAN EQ (EXJPN)-HR EUR EUR 119.91<br />
PICTET-ASIAN EQ (EXJPN)-R USD USD 154.95<br />
PICTET-ASIAN EQ (EXJPN)-R EUR EUR 117.5<br />
PICTET-ASN LCL CCY DBT-R USD USD 130.66<br />
PICTET-BIOTECH-HR EUR EUR 215.15<br />
PICTET-BIOTECH-R USD USD 282.37<br />
PICTET-BIOTECH-R EUR EUR 212.06<br />
PICTET-EASTERN EUROPE-R EUR EUR 366.63<br />
PICTET-EM LCL CCY DBT-HR EUR EUR 111.48<br />
PICTET-EM LCL CCY DBT-H USD USD 167.1<br />
PICTET-EMERGING MARKETS-HR EUR EUR 353.49<br />
PICTET-EMERGING MKTS LDX-R USD USD 227.18<br />
PICTET-EMERGING MARKETS-R USD USD 508.16<br />
PICTET-EUR BONDS-R EUR 386.39<br />
PICTET-EUR CORPORATE BONDS-R EUR 151.44<br />
PICTET-EUR GOVERNMENT BONDS-R EUR 116.04<br />
PICTET-EUR HIGH YIELD-R EUR 156.99<br />
PICTET-EUR INFLATION LK BDS-R EUR 110.98<br />
PICTET-EUR LIQUIDITY-R EUR 133.54<br />
PICTET-EUR SMT BONDS-R EUR 119.69<br />
PICTET-EUROLAND INDEX-R EUR EUR 86.45<br />
PICTET-EUROPEAN SUST EQ-R EUR EUR 135.43<br />
PICTET-EUROPE INDEX-R EUR EUR 102<br />
PICTET-EU EQUITIES SEL-R EUR 404.31<br />
PICTET-EUR SOVEREIGN LIQUIDITY-R EUR 102.14<br />
PICTET-GENERICS-HR EUR EUR 106.81<br />
PICTET-GENERICS-R USD USD 134.58<br />
PICTET-GLOBAL EM CCY-HR EUR EUR 66.02<br />
PICTET-GLOBAL EM CCY-R USD USD 103.35<br />
PICTET-GLO MEGATREND SEL-R USD USD 136.98<br />
PICTET-GLO EMERGING DEBT-HR EUR EUR 187.13<br />
PICTET-GLO EMERGING DEBT-R USD USD 245.84<br />
PICTET-GLO MEGATREND SEL-R EUR EUR 103.87<br />
PICTET-GREATER CHINA-R USD USD 325.55<br />
PICTET-INDIAN EQUITIES-R USD USD 369.32<br />
PICTET-JAPAN INDEX-R JPY JPY 9385.42<br />
PICTET-JAPANESE EQ SEL-HR EUR EUR 55.8<br />
PICTET-JAPANESE EQ SEL-R JPY JPY 7921.97<br />
PICTET-JAPANESE EQ SEL-R EUR EUR 64.04<br />
PICTET-JAPANESE EQ 130/30-R JPY JPY 4670.29<br />
PICTET-JAPANESE EQ 130/30-R EUR EUR 37.75<br />
PICTET-JAPANESE SMID CAP-R EUR EUR 65.75<br />
PICTET-JAPANESE SMID CAP-R JPY JPY 8133.53<br />
PICTET-LATAM LC CCY DBT-R USD USD 125.42<br />
PICTET-MENA-HR EUR EUR 31.89<br />
PICTET-MENA-R USD USD 50.97<br />
PICTET-PAC EXJPN LDX-R USD USD 272.59<br />
PICTET-PREMIUM BRANDS- EUR EUR 73.01<br />
PICTET-RUSSIAN EQUITIES-R USD USD 72.76<br />
PICTET-SECURITY-R USD USD 103.51<br />
PICTET-SMALL CAP EUROPE-R EUR EUR 480.36<br />
PICTET-TIMBER-R USD USD 111.51<br />
PICTET-US EQ GR SEL-HR EUR EUR 78.81<br />
PICTET-US EQ GR-R USD USD 103.92<br />
PICTET-USA INDEX-R USD USD 94.29<br />
PICTET-USD GOVERNMENT BONDS-R USD 503.56<br />
PICTET-USD LIQUIDITY-R USD 128.6<br />
PICTET-USD SHORT MID-TERM BDS-R USD 120.86<br />
PICTET-USD SOVEREIGN LIQUIDITY-R USD 101.25<br />
PICTET-TIMBER-R EUR EUR 84.56<br />
PICTET-US EQUITY VALUE SEL-HR EUR EUR 87.38<br />
PICTET-US EQUITY VALUE SEL-R USD USD 123.56<br />
PICTET-WATER-R EUR EUR 128.42<br />
PICTET-WORLD GVT BONDS-R EUR EUR 120.02<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 48.39<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1137.98<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1099.65<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 49.29<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 919.62<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive USD 7.99<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.69<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6.256<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.85<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.75<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.32<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.47<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.882<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.588<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 798.28<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 46.13<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.424<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.321<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 634.17<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 35.67<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.565<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.485<br />
www.schroders.pt<br />
SISF US Large Cap A Acc 65.19 USD<br />
SISF Korean Equity A Acc 42.61 USD<br />
SISF Swiss Equity Opports A Acc 113.78 CHF<br />
SISF Swiss Small & Mid Cap A Acc 21.25 CHF<br />
SISF Strategic Bond A Acc 127.58 USD<br />
SISF US Dollar Bond A Acc 17.96 USD<br />
SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 140.99 USD<br />
SISF US Dollar Liquidity A Acc 105.39 USD<br />
SISF Middle East A Acc 8.43 USD<br />
SISF Glob Cred Dur Hdg A Acc 109.62 EUR<br />
SISF Taiwanese Equity A Acc 10.29 USD<br />
SISF US All Cap A Acc 97.24 USD<br />
SISF World Def 3 Monthly A Acc 80.54 EUR<br />
SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.07 EUR<br />
SISF Global Managed Currency A Acc 101.62 USD<br />
SISF China Opps HKD A Acc 9.68 HKD<br />
SISF Glob Tact Asset Alloc A Acc 103.87 USD<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 109.16 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 109.78 GBP<br />
SISF Global Equity AUD Hdg A Acc 101.06 AUD<br />
SISF Glob Corp Bd AUD Hdg A Acc 102 AUD<br />
SISF Em Mk Dt Abs Ret CHF Hdg A Acc 24.75 CHF<br />
SISF Global Conv Bd CHF Hdg A Acc 106.96 CHF<br />
SISF Asian Conv Bd CHF Hdg A Acc 102.46 CHF<br />
SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 122.29 EUR<br />
SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 103.55 EUR<br />
SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 100.45 EUR<br />
SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.34 EUR<br />
SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 73.76 EUR<br />
SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 102.27 EUR<br />
SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 8.22 EUR<br />
SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 27.41 EUR<br />
SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 97.32 EUR<br />
SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc123.74 EUR<br />
SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 63.19 EUR<br />
SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 121.66 EUR<br />
SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 121.84 EUR<br />
SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 93.28 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 87.37 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 96.86 EUR<br />
SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 145.57 EUR<br />
SISF Emerging Markets EUR A Acc 9.16 EUR<br />
SISF Emerging Asia EUR A Acc 16.74 EUR<br />
SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 96.66 EUR<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 8.7 EUR<br />
SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 89.15 EUR<br />
SISF Latin American EUR A Acc 36.64 EUR<br />
SISF Global Equity Yield EUR A Acc 73.17 EUR<br />
SISF Greater China EUR A Acc 26.4 EUR<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 13.23 EUR<br />
SISF Global Energy EUR A Acc 26.62 EUR<br />
SISF QEP Global Quality EUR A Acc 89.45 EUR<br />
SISF Middle East EUR A Acc 8.63 EUR<br />
SISF Pacific Equity EUR A Acc 7.4 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR A Acc 49.08 EUR<br />
SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 105.69 EUR<br />
SISF Asian Conv Bd GBP Hdg A Acc 107.96 GBP<br />
SISF Global Conv Bd GBP Hdg A Acc 109.44 GBP<br />
SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 10.3 SGD<br />
SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.58 SGD<br />
SISF China Opps SGD Hg A Acc 7.14 SGD<br />
SISF Latin American SGD A Acc 67.04 SGD<br />
SISF Pacific Equity SGD A Acc 8.87 SGD<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 7.94 SGD<br />
SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.55 SGD<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 12.28 SGD<br />
SISF Middle East SGD A Acc 7.12 SGD<br />
SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.75 USD<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 113.21 USD<br />
SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 10.11 USD<br />
SISF Japanese Large Cap USD A Acc 8.83 USD<br />
SISF EURO Equity A Dis 18.01 EUR<br />
SISF European Equity Yield A Dis 8.68 EUR<br />
SISF European Large Cap A Dis 129.47 EUR<br />
SISF EURO Bond A Dis 8.16 EUR<br />
SISF Asian Equity Yield A Dis 14.11 USD<br />
SISF Asian Bond A Dis 7.12 USD<br />
SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 15.02 EUR<br />
SISF European Equity Alpha A Dis 35.93 EUR<br />
SISF Asian Local Currency Bond A Dis 98.87 USD<br />
SISF European Div Maxmsr A Dis 57.05 EUR<br />
SISF European Smaller Companies A Dis 18.18 EUR<br />
SISF Italian Equity A Dis 19.65 EUR<br />
SISF Emerging Markets A Dis 11.66 USD<br />
SISF EURO Government Bond A Dis 5.96 EUR<br />
SISF European Defensive A Dis 9.69 EUR<br />
SISF Global Bond A Dis 7.48 USD<br />
SISF Global Corporate Bond A Dis 5.52 USD<br />
SISF Japanese Equity A Dis 611.42 JPY<br />
STS Sch Global Dyn Bal Fd C Acc 109.37 EUR<br />
SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 94.77 EUR<br />
SAS Commodity Fund CHF Hdg C Acc 76.56 CHF<br />
Fundo Divisa Valor<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 31.6367<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 16.1643<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND GBP 9.8346<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 14.2955<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.1051<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 0.8456<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 14.2689<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND EUR 8.5591<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 11.462<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND EUR 20.9445<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 29.5395<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.9558<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.5746<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.8188<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 11.6885<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 10.2432<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.9503<br />
SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 12.9348<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND EUR 8.7618<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 13.8146<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 14.7023<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 10.7079<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 11.0106<br />
SKANDIA US VALUE FUND USD 10.551<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 12.2928<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND EUR 8.7861<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 15.8775<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 14.1157<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.6448<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.1578<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 9.9591<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND EUR 12.6109<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND GBP 11.2543<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 15.1779<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 11.7814<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 15.1684<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 9.6075<br />
SKANDIA SWISS EQUITY FUND CHF 14.0843<br />
SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.2026<br />
www.sgam.com<br />
distribution@sggestion.fr<br />
A company of Amundi Group<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 17.22<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 1141.23<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 56.65<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 84.34<br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 11.89<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 13.87<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 29.63<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 13.57<br />
SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 17.70<br />
SGAM Fund - INDEX EUROLAND USD 159.59<br />
SGAM Fund - EQUITIES / LUXURY AND LIFESTYLEEUR 75.57<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 36.52<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES EUR 24.42<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 24.76<br />
SGAM Fund - EQUITIES EUROPE EXPANSION USD 97.54<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 14.23<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD<br />
SGAM Fund - EQUITIES / ASIA PAC<br />
36.38<br />
DUAL STRATEGIES EUR 8.00<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 76.34<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 12.20<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 19.46<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 87.80<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA JPY 8210.71<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN FOREX USD 143.73<br />
SGAM Fund - BONDS EUROPE CONVERTIBLE USD 145.09<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MULTI STRATEGIES EUR 17.09<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 36.79<br />
SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 31.31<br />
SGAM Fund - EQUITIES /US FOCUSED EUR 12.74<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 1372.65<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US SMALL CAP VALUE EUR 13.76<br />
SGAM Fund - INDEX US EUR 83.30<br />
SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 42.79<br />
SGAM Fund - BONDS / EURO EUR 41.50<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 140.86<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 204.56<br />
SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 141.41<br />
SGAM Fund - BONDS EURO AGGREGATE USD 157.66<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE EUR 39.69<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US LARGE CAP GROWTHEUR 12.00<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 25.25<br />
SGAM Fund - BONDS US OPPORTUNISTIC CORE +USD 37.90<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 41.38<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />
EUR 21.63<br />
EMERGING COUNTRIES EUR 7.02<br />
SGAM Fund - INDEX EUROLAND EUR 119.85<br />
SGAM Fund - EQUITIES / INDIA EUR 102.10<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 84.34<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 1583.42<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN INTEREST RATEEUR 108.90<br />
Fundo Divisa Valor<br />
AMERICAN SELECT-DEH EUR 10.16<br />
AMERICAN SELECT-DU USD 10.30<br />
EMERGING MARKET DEBT-DEH EUR 16.13<br />
EM MKT LOW DUR-DEH EUR 12.14<br />
EM MKT LOW DUR-DU USD 11.51<br />
EUROP BONDS-DE EUR 22.25<br />
EUROP SHORT-TERM BONDS-DE EUR 13.94<br />
EUROP SMALL CAP EQUITIES-DE EUR 11.97<br />
GLOBAL ASS.ALL.-DEH EUR 15.73<br />
GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 18.53<br />
GLOBAL BONDS (EURO)-DE EUR 20.22<br />
GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 26.00<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-DEH EUR 22.84<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 31.02<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DEH EUR 9.67<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 10.33<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-DEH EUR 19.21<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 24.51<br />
GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-DE EUR 18.59<br />
GLOBAL INNOVATION-DEH EUR 15.60<br />
GLOBAL INNOVATION-DU USD 10.55<br />
GREATER CHINA EQUITIES-DEH EUR 19.28<br />
GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 27.72<br />
JAPANESE EQUITIES-DEH EUR 10.74<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 7.57<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 942.00<br />
NEW ASIA-PACIFIC DEH EUR 20.64<br />
NEW ASIA-PACIFIC DU USD 30.36<br />
PAN EUROP EQUITIES-DE EUR 12.13<br />
US EQUITIES-DEH EUR 15.10<br />
US EQUITIES-DU USD 11.94<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-DEH EUR 10.91<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 15.02<br />
USD HIGH INCOME BONDS-DEH EUR 15.84<br />
USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 16.38<br />
USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.75<br />
WORLD EQUITIES-DEH EUR 14.81<br />
WORLD EQUITIES-DU USD 15.48<br />
Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />
Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />
mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />
as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />
participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />
em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />
e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />
é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />
fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />
sua declaração de rendimentos.<br />
Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />
sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />
ou outros.
Câmbios e taxas de juro<br />
Euro em mínimos de um ano<br />
com corte de rating de Espanha<br />
A moeda única caiu ontem<br />
para a cotação mais baixa<br />
num ano, arrastada pelo<br />
corte de ‘rating’ de Espanha,<br />
efectuado ontem pela<br />
S&P.Estaéaterceirarevisão<br />
em baixa que a agência<br />
de notação financeira faz a<br />
países do sul da Europa, em<br />
apenas dois dias, depois de<br />
na terça-feira ter cortado<br />
os ratings de Grécia e Portugal.<br />
O mercado entendeu<br />
esta acção da S&P como<br />
um sinal que a crise orçamental,<br />
que colocou a Grécia<br />
à beira da falência, está<br />
a alastrar a outros países<br />
europeus. O euro seguia<br />
ontem em queda pelo terceiro<br />
dia consecutivo, a<br />
perder 0,43% para 1,3118<br />
dólares. ■<br />
LIBOR<br />
Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />
Overnight 0.249 0.27813 0.54063 0.1175 0.04667<br />
1 semana 0.25213 0.30688 0.54063 0.13125 0.05833<br />
2 semanas 0.25288 0.32188 0.53938 0.14125 0.0675<br />
1 mês 0.2575 0.36625 0.54875 0.15625 0.0825<br />
2 meses 0.30469 0.46063 0.59375 0.18875 0.15417<br />
3 meses 0.32375 0.585 0.66375 0.23813 0.2425<br />
4 meses 0.36969 0.69063 0.74 0.325 0.27167<br />
5 meses 0.42031 0.7875 0.81938 0.38 0.2975<br />
6 meses 0.49281 0.8925 0.90875 0.44313 0.3325<br />
7 meses 0.5675 0.95438 0.99 0.50188 0.385<br />
8 meses 0.64688 1.00625 1.07 0.54625 0.435<br />
9 meses 0.68313 1.06125 1.15 0.58938 0.48667<br />
10 meses 0.76813 1.10625 1.19563 0.62125 0.52833<br />
11 meses 0.84719 1.14813 1.2625 0.6475 0.5775<br />
1 ano 0.93313 1.19313 1.32875 0.675 0.63083<br />
Rentabilidades Internacionais<br />
Matérias-primas<br />
Brent* (USD/Barril) Londres<br />
Últimas 6 sessões 85.78<br />
Petrolíferas Londres<br />
BRENT Máx. Min. Fecho<br />
JUN0 85.8 84.88 85.78<br />
JUL0 86.69 85.8 86.65<br />
AUG0 87.46 86.58 87.4<br />
SEP0 88.04 87.21 88.02<br />
OCT0 88.49 87.73 88.56<br />
NOV0 88.96 88.15 89.03<br />
DEC0 89.4 88.53 89.48<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
SEP2 0 0 93.4<br />
OCT2 0 0 93.45<br />
NOV2 0 0 93.5<br />
DEC2 93.18 92.8 93.55<br />
JAN3 0 0 93.59<br />
FEB3 0 0 93.63<br />
MAR3 0 0 93.67<br />
Petrolíferas Nova Iorque<br />
CRUDE Máx. Min. Fecho<br />
JAN7 63.00 61.70 61.55<br />
FEB7 64.20 62.95 62.77<br />
MAR7 65.05 63.84 63.71<br />
APR7 65.72 64.59 64.45<br />
MAY7 66.35 65.98 65.06<br />
JUN7 66.55 65.81 65.56<br />
JUL7 0.00 0.00 66.00<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
JUN0 0 0 65.99<br />
JUL0 0 0 65.87<br />
AUG0 0 0 65.75<br />
SEP0 0 0 65.63<br />
OCT0 0 0 65.51<br />
NOV0 0 0 65.39<br />
DEC0<br />
JAN1<br />
65.9<br />
0<br />
65.6<br />
0<br />
65.26<br />
65.15 1160<br />
1154<br />
Base metal laminados<br />
Cobre<br />
27/04/10<br />
7,043<br />
28/04/10<br />
1148<br />
6,861<br />
Latão 63/37<br />
Latão 67/33<br />
5,443<br />
5,616<br />
5,304 1142<br />
5,472<br />
Latão 70/30<br />
Latão 85/15<br />
5,745<br />
6,394<br />
5,598 1136<br />
6,230<br />
Bronze 7,627 7,424 1130<br />
Euribor 3 meses<br />
Últimas 30 sessões 0.654<br />
Euribor 6 meses<br />
Últimas 30 sessões<br />
Euribor 12 meses<br />
EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />
O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />
3 Meses 5.05 0.56 5.49 -- 3.81 --<br />
1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />
2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />
5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />
10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />
30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />
Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />
Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />
Metais não ferrosos<br />
0.955<br />
Últimas 30 sessões<br />
1.235<br />
EURIBOR<br />
Prazo Última Anterior<br />
1 Semana 0,349 0,348<br />
1 Mês 0,408 0,405<br />
2 Meses 0,509 0,505<br />
3 Meses 0,654 0,646<br />
4 Meses 0,76 0,751<br />
5 Meses 0,854 0,848<br />
6 Meses 0,964 0,958<br />
7 Meses 1,004 0,997<br />
8 Meses 1,052 1,046<br />
9 Meses 1,104 1,098<br />
10 Meses 1,143 1,138<br />
11 Meses 1,182 1,177<br />
12 Meses 1,235 1,228<br />
Metais Londres<br />
Fixing<br />
manhã<br />
Fixing<br />
Tarde<br />
Fecho<br />
OURO 1161 1164.25 1149.5<br />
PRATA 1796 1816 1816<br />
PLATINA 1714 1715 1722<br />
PALADIO 543 535 550<br />
Metais LME Por Tonelada<br />
BID ASK<br />
COBRE 7640.0 45.0<br />
ALUMINIO 2261.5 62.5<br />
ZINCO 2374.0 75.0<br />
NIQUEL 26825 26850<br />
CHUMBO 18800/ 8805<br />
ESTANHO 2090.0 00.0<br />
ALUM. ALLOY 2090.0 10.0<br />
Oleaginosas Roterdão<br />
Produto Entrega Ontem Véspera<br />
SOJA<br />
contrato venda venda<br />
May10 424 422.8<br />
Jun10 420.3 419.1<br />
COLZA<br />
Jul10 418.8 417.2<br />
May10/Jul10 675 680<br />
Aug10/Oct10 685 686<br />
GIRASSOL<br />
Nov10/Jan11 695 695<br />
May10/Jun10 915 925<br />
Jul10/Sep10 945 950<br />
COCO<br />
Oct10/Dec10 935 940<br />
MAY10 2209 21<br />
JUL10 2241.5 39.5<br />
PALMA BRUTA<br />
SEP10 2232.5 19<br />
May10 835 832.5<br />
Jun10 835 837.5<br />
Jul10/Sep10 835 837.5<br />
Ouro* (USD/Onça) Londres<br />
Últimas 6 sessões 1149.5<br />
Euro dólar<br />
Últimas 30 sessões<br />
Câmbios<br />
Agrícolas Londres<br />
CACAU Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 2360 2334 2348<br />
JUL0 2395 2367 2383<br />
SEP0 2353 2329 2346<br />
DEC0 2303 2284 2294<br />
MAR1 2269 2249 2258<br />
MAY1 2273 2250 2259<br />
JUL1 2278 2277 2264<br />
AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />
AUG0 469 455 455.1<br />
OCT0 445.6 431.7 432.5<br />
DEC0 442.4 430.2 430.2<br />
MAR1 452 440.4 440.7<br />
MAY1 446 441.7 441.3<br />
AUG1 444.5 443.6 440<br />
OCT1 0 0 437.6<br />
Agrícolas Chicago<br />
1.3159<br />
Taxas do euro<br />
Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />
Moeda do euro indic. esc.<br />
Franco belga 40.3399 4.96982<br />
Marco alemão 1.95583 102.505<br />
Peseta 166.386 1.20492<br />
Franco francês 6.55957 30.5633<br />
Libra irlandesa 0.787564 254.560<br />
Lira italiana 1936.27 0.10354<br />
Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />
Florim 2.20371 90.9748<br />
Xelim austríaco 13.7603 14.5696<br />
Escudo 200.482 –<br />
Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />
Dracma 340.750 0.588355<br />
X por Cross<br />
Moeda 1 euro dólar<br />
Dólar dos EUA 1.3245 ---<br />
Dólar australiano 1.4343 1.082899207<br />
Lev da Bulgária 1.9558 1.476632692<br />
Dólar canadiano 1.3402 1.01185353<br />
Franco suíço 1.4341 1.082748207<br />
Coroa checa 25.57 19.30539826<br />
Coroa dinamarquesa 7.4423 5.618950547<br />
Coroa da Estónia 15.6466 11.81321253<br />
Libra esterlina 0.8708 0.657455644<br />
Dólar de Hong-Kong 10.2883 7.767685919<br />
Forint da Hungria 269.9 203.7750094<br />
Coroa da Islândia 290 218.9505474<br />
Iene do Japão 124.48 93.98263496<br />
Won da Coreia do Sul 1481.87 1118.814647<br />
Litas da Lituânia 3.4528 2.606870517<br />
Lats da Letónia 0.708 0.534541336<br />
Coroa norueguesa 7.875 5.945639864<br />
Dólar da N. Zelândia 1.8475 1.394865987<br />
Zloty da Polónia 3.9315 2.968289921<br />
Coroa sueca 9.6258 7.267497169<br />
Dólar de Singapura 1.8198 1.373952435<br />
Coroa da Eslováquia 30.126 22.74518686<br />
Lira turca 1.9713 1.488335221<br />
Rand da África do Sul 9.8907 7.467497169<br />
Real brasileiro 2.3308 1.759758399<br />
Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />
Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />
OT/Benchmark/MEDIP<br />
Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />
1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />
2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />
4 Anos 3.2 40648 97.007 4.015<br />
5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />
6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />
7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />
8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />
9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />
MILHO Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 361.75 348.25 347.5<br />
JUL0 367.75 354 353.75<br />
SEP0 374 361.25 361.5<br />
DEC0 380.5 368.25 369<br />
MAR1 393.5 382 382<br />
MAY1 400 390.75 391<br />
JUL1 407 397.75 398<br />
TRIGO Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 485 474.25 478.25<br />
JUL0 496.5 486 490.5<br />
SEP0 512.75 502.75 507<br />
DEC0 541 530.75 534<br />
MAR1 565.5 558 561<br />
MAY1 579 574.25 576<br />
JUL1 597.5 588.25 592.5<br />
SOJA Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 992 978.25 982.75<br />
JUL0 1002 988.5 993<br />
Agrícolas Nova Iorque<br />
ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />
JUL0 100 51.72 85.2<br />
OCT0 91.75 64.73 79.45<br />
DEC0 100.5 53.87 77.35<br />
MAR1 94.5 61.89 78.39<br />
MAY1 79.07 68.05 78.47<br />
JUL1 80 73.25 78.59<br />
OCT1 78.3 76 77.84<br />
Eurolist Dívida Pública<br />
Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />
mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />
OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 12 APR 2010 0 98.55 0<br />
OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.48 0<br />
OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 101.9 28 APR 2010830010104.02 0<br />
Eurolist Outros fundos públicos<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />
CMSINTRA97 3,375 0<br />
CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />
EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />
G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />
GRA..1A.92 3,5625 0 2003-02-21 99,90<br />
GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />
LISBOA.99 2,708 0<br />
LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />
P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />
RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />
RAM..96/06 2,656 0 1996-11-04 100,60<br />
RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />
RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.2E 96 2,748 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />
RAM.99 2,913 0<br />
SINTRA2S97 3,375 0<br />
SINTRA3S97 3,375 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />
J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />
CONTIN..95 3,5625 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />
BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />
BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />
BCPI7%1003 7,0 45 100,56 2003-02-21 100,80<br />
BCPICG33PL 0,0 37 93,56 2003-03-07 93,49<br />
BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />
BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />
BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />
BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />
BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />
BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />
BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />
BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />
BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />
BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />
TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />
BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />
BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />
BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />
CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />
BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />
BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />
BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />
BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />
BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />
BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />
BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />
SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />
BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />
BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />
BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />
BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />
BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />
BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />
INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />
BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />
BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />
CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,48<br />
ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />
BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />
BSPBEURP01<br />
PUB<br />
0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 47<br />
OUTROS MERCADOS<br />
Eurolist Unidades de Participação<br />
Título Quant. Fecho Fecho<br />
transac. E Esc.<br />
N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />
REDES C.98 100 49,01 9826<br />
SAUDELAZER 678 48,01 9625<br />
VALFUT2005 488 46,41 9304<br />
Eurolist - Titulos de Participação<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />
BFN.....87 3,564 0 2003-03-07 100,00<br />
BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />
BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />
CPP.....88 2,56908 0 2003-02-10 53,41<br />
CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />
PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />
Mercado s/ Cotações<br />
Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />
cot. ant. transac. ano ano anual<br />
Norvalor 20 APR 2010 0 0 0 0 1.23 0.54<br />
Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />
R.P. Centro Sul 07 DEC 2009 0 0 0 0 3.5 3.5<br />
Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />
Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />
Vista Alegre 14 OCT 1998 0 0 0 0 0 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />
BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />
BPSM-2E.95 3,5625 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />
BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />
BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />
CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,56<br />
BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />
BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />
BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />
CIN...9904 3,444 0<br />
ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />
BPA.SUB.96 3,0625 0<br />
BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />
M.LEA.1E98 3,25 0<br />
M.LEA.2E98 3,125 0<br />
DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />
BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />
CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />
V.ALEGRE05 3,291 0<br />
CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />
B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />
BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />
BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />
FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />
CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />
CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />
TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />
M.COMPA.98 3,337 0<br />
SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />
GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />
SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />
CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />
IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />
IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />
SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />
BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />
HELLER981E 2,75 0<br />
BNU.1.E.9 0,0 0<br />
BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />
BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />
BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />
CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />
CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />
MOT.COMP04 3,487 0<br />
BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />
SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />
BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />
BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />
BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />
BPI-C.Z.95 0,0 0<br />
BPI-C.Z.96 0,0 0<br />
BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />
BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />
BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />
MUNDICEN97 3,5625 0 2002-02-11 99,90<br />
BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />
SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />
SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />
GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60
48 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
DESPORTO<br />
BENFICA SAD<br />
3,96%<br />
2,91 euros<br />
Estoril Open com<br />
imagem retocada<br />
para Roger Federer<br />
Ténis Após mês e meio de trabalhos, pouco mais falta do que o recheio<br />
de tendas e restaurantes. A logística está pronta para o melhor do Mundo.<br />
Eduardo Melo<br />
eduardo.melo@economico.pt<br />
“Eles precisam de braçadeiras<br />
para continuar a trabalhar. Não<br />
estás a ouvir? Vou passar ao<br />
homem”, diz Duarte Teives,<br />
responsável da logística no Estoril<br />
Open, através do circuito<br />
interno de comunicações. Mais<br />
à frente, no 'court' central: “Ó<br />
Carlos traz o pincel que a tinta<br />
está a escorrer”, gritava alguém<br />
com um sotaque brasileiro<br />
para o colega da empresa<br />
Dália A. Veloso, responsável<br />
pela construção dos tradicionais<br />
camarotes verde-garrafa.<br />
“Temos aqui a carpintaria para<br />
fazer tudo à medida”, confere o<br />
carpinteiro e pintor Carlos Vicente<br />
que completa: “Apenas se<br />
aproveitam os corrimões de<br />
anoparaano.Tudoorestoé<br />
deitado para o lixo.”<br />
A poucos dias do arranque do<br />
torneio, o 'court' central precisava<br />
apenas dos retoques finais<br />
de pintura. Das empreitadas<br />
mais pesadas, a tenda gigante<br />
dedicada às refeições das dezenas<br />
de patrocinadores que desejam<br />
associar-se à segunda<br />
presença em Portugal do mediático<br />
Roger Federer era a que<br />
merecia mais atenção. A vinda<br />
do líder mundial da modalidade<br />
fez engordar a área ‘corporate’,<br />
à semelhança do que aconteceu<br />
em 2008. “Mais dois mil metros<br />
quadrados do que há dois<br />
anos”, estima Duarte Teives -<br />
num total acima dos oito mil<br />
metros quadrados.<br />
O Centro de Alto Rendimento<br />
O regresso de Federer a Portugal<br />
implicou mais antecedência nos<br />
trabalhos que começaram há<br />
mês e meio, restando até sábado<br />
o recheio de cada espaço. Este<br />
anoatéháavantagemdeutilizar<br />
o coberto de ténis do Centro<br />
de Alto Rendimento, transformado<br />
em vila dos patrocinadores.<br />
Os seis campos ali existentesderamlugaradezenasdesalasdeestardequempagaapeso<br />
de ouro uma presença no ampliado<br />
espaço. “Este ano tivemos<br />
de encontrar esta alternativa<br />
para obviar à construção do<br />
BOLA EM ESTREIA<br />
Pela primeira vez, o Estoril Open terá<br />
bolas (12 mil da Dunlop Fort Clay<br />
Court) com a inscrição do nome do<br />
torneio, à semelhança de Roland<br />
Garros, assim como os Masters 1.000<br />
de Roma, Madrid e Monte Carlo e do<br />
ATP 500 de Barcelona.<br />
CONVITE DE 3º JOGADOR<br />
Rui Machado<br />
Depois de Frederico Gil e Michelle<br />
Brito, João Lagos convidou<br />
ontem Rui Machado para o<br />
quadro principal do Estoril Open,<br />
com o argumento de ser o<br />
jogador português mais cotado<br />
da actualidade (113º ATP), além<br />
de ter ganho em Nápoles e ter<br />
sido semifinalista em Roma.<br />
MAIOR COURT CENTRAL<br />
7.147<br />
O maior court central da história<br />
do Estoril Open terá 7.147<br />
assentos, entre bancadas (5.874)<br />
e camarotes (1.273), compatível<br />
com a presença do jogador<br />
número 1 do Mundo, Roger Federer.<br />
campo de golfe”, refere Teives.<br />
Elogoumlamento:“Ficalonge<br />
do 'court' central”, implicando<br />
a passagem pela alameda das<br />
palmeiras para os VIP esperados<br />
no Jamor.<br />
O ponto forte deste espaço é<br />
que a estrutura está lá, bastando<br />
a Tim Madeira, o decorador<br />
de serviço, combinar o tom da<br />
madeira das paredes e do tecto<br />
do recinto com as cores dos sofás<br />
e cadeiras de cada uma das<br />
boxes dispostas lado a lado, paredes-meias<br />
com a área reservada<br />
de restauração - tenda enquadrada<br />
pela sebe natural que<br />
divide os campos no Jamor.<br />
Noutro local os técnicos certificam-se<br />
que há os amperes<br />
necessáriosparaasaladeimprensa,<br />
um dos locais mais concorridos<br />
depois dos jogos do<br />
suíço. “Esta semana haverá<br />
mais trabalho a montar stands,<br />
equipamentos de som, a prestar<br />
assistência aqui e ali”, sublinha<br />
Pedro Martins da Watt Light.<br />
Durante o torneio, dois a três<br />
técnicos darão conta das solicitações<br />
diárias.<br />
Matraquilhos, snooker e consolas<br />
no jardim dos atletas<br />
Matraquilhos, snooker, consolas<br />
de jogos e os indispensáveis<br />
computadores são alguns passatempos<br />
possíveis dos jogadores,<br />
instalados numa tenda<br />
montada no jardim da entrada<br />
do Jamor, ao lado do Centralito<br />
- emblemático campo do complexo<br />
desportivo do Estádio<br />
Nacional. O enquadramento<br />
não poderia ser mais encantador:<br />
há passadiços que contornam<br />
canteiros de frágeis flores<br />
amarelas e laranja. Um toque de<br />
frescura que certamente será<br />
valorizado pelos jogadores que<br />
passam grande parte do ano em<br />
aviões, são obrigados a perder<br />
horas nos aeroportos e saltam<br />
de torneio em torneio nos quatro<br />
continentes.<br />
Nesse capítulo, João Lagos dá<br />
cartasapós20anosdeEstoril<br />
Open. “Conhece os cantos à<br />
casa, planeia muito bem a organizaçãodoespaçoecontacom<br />
fornecedores fiéis”, conta<br />
Duarte Teives. ■<br />
FC PORTO SAD SPORTING SAD<br />
0,90%<br />
1,10 euros<br />
A par dos camarotes,a pintura<br />
das escadas do court central<br />
era das últimas tarefas a cumprir por estes dias.<br />
Esta mesa de matraquilhos é um dos<br />
divertimentos possíveis para os jogadores,<br />
enquanto esperam para entrar em acção.<br />
12,93%<br />
1,01 euros
DESTAQUE DO DIA<br />
A tenda gigante reservada para as refeições<br />
dos patrocinadores e seus convidados tem<br />
quase quatro mil metros quadrados.<br />
Nelson Mandela<br />
É quase certo que o histórico lutador<br />
contra o regime do apartheid, líder<br />
do ANC e ex-presidente da África do<br />
Sul, de 91 anos, esteja ausente da<br />
cerimónia de abertura do Mundial,<br />
segundo indicam os familiares.<br />
Os 3.800 metros quadrados do CAR estão<br />
desfigurados para acolher os patrocinadores que<br />
beneficiam de bar aberto durante a estada no Jamor.<br />
Fotos Paula Nunes<br />
AGENDA DO DIA<br />
Futebol<br />
Liga Europa, 2ª mão, meias-finais:<br />
Liverpool-Atlético Madrid (20h05,<br />
SIC); Fulham-Hamburgo (20h05,<br />
Sport TV1/HD).<br />
Ténis<br />
ATP, oitavos-de-final: Torneio Masters<br />
1.000 de Roma (12h00, Sport TV2).<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 49<br />
Basquetebol<br />
NBA: San Antonio-Dallas<br />
(madrugada de sexta-feira, 01h00,<br />
Sport TV2/HD).<br />
Golfe<br />
European Tour: 1º dia, Open de<br />
Espanha (14h30, Sport TVGolfe);<br />
PGA Tour: 1º dia, Quail Hollow<br />
Championship (20h00, Sport<br />
TVGolfe).<br />
Os números<br />
da maior prova<br />
desportiva do ano<br />
Na montagem e apoio ao Estoril<br />
Open trabalham mil pessoas.<br />
Eduardo Melo<br />
eduardo.melo@economico.pt<br />
A montagem do 'court' central é<br />
a peça fundamental em torno da<br />
qual a equipa de Duarte Teives<br />
dedica mais tempo e recursos<br />
humanos.<br />
Das cerca de mil pessoas que<br />
irão prestar serviço no Estoril<br />
Open, grande parte delas esteve<br />
afecta a esta infra-estrutura,<br />
que precisou de 50 camiões de<br />
tubos e chapas de ferro para a<br />
sua edificação. Este número exclui<br />
as várias bancadas de menor<br />
dimensão espalhadas pelos<br />
restantes campos para servir a<br />
semana de jogos do quadro<br />
masculino e feminino.<br />
A base de implantação da<br />
estrutura do 'court' central de<br />
7.147 lugares precisou de ser<br />
estabilizada com brita e tuvenan,<br />
materiais igualmente utilizados<br />
noutros pontos do<br />
complexo de ténis do Estádio<br />
Nacional e cuja dimensão já<br />
saiu do controlo de Teives, primeiro<br />
homem a quem pedir<br />
responsabilidades pelo que for<br />
feitonovaledoJamor.<br />
Em paralelo foi necessário<br />
construir cerca de 90 stands<br />
dos patrocinadores e empresas<br />
que disputam a visibilidade gerada<br />
pelo maior evento desportivo<br />
da capital.<br />
Fora esta vertente do esqueleto<br />
do Estoril Open, é preciso<br />
ter em conta a logística associada<br />
às 10 mil refeições que serão<br />
servidas diariamente, tanto para<br />
patrocinadores e convidados,<br />
como para jogadores, treinadores,<br />
apanha-bolas e outro pessoal<br />
ao serviço de João Lagos.<br />
A fidelização é uma das regrasadoptadasnestes21anosde<br />
torneios de alto nível. Uma dessas<br />
ligações é a Casa do Marquês<br />
que irá servir, entre outros, Ricardo<br />
Salgado (BES), Zeinal<br />
Bava (Portugal Telecom), António<br />
Pires de Lima (Unicer) e<br />
Alberto João Jardim, que estará<br />
no Estoril Open (decorre entre<br />
1 e 9 de Maio) no primeiro dia<br />
do evento para a comemoração<br />
dodiadaMadeira.Opresidente<br />
do governo regional da Madeira<br />
bem poderá ser um dos<br />
hóspedes que irá fazer aumentar<br />
em 30% a ocupação da<br />
hotelariadeOeiras,comoantecipou<br />
o vice-presidente do município,<br />
Paulo Vista. ■<br />
TUBOS PARA CENTRAL<br />
1.000<br />
A construção do court central do<br />
Estoril Open implicou 50 camiões<br />
de 20 toneladas de tubos<br />
e demais ferros, num total<br />
de mil toneladas.<br />
REFEIÇÕES<br />
10.000<br />
O responsável da logística<br />
do torneio, Duarte Teives, estima<br />
a confecção de 10 mil refeições<br />
diárias durante os nove dias<br />
de provas.<br />
ÁREA DE TENDAS E CAR<br />
13.500<br />
A área de tendas e do coberto do<br />
Centro de Alto Rendimento<br />
(’Sponsors village’) totaliza 13.500<br />
metros quadrados, dos quais mais<br />
de oito mil para patrocinadores.<br />
FROTA DE AUTOMÓVEIS<br />
26<br />
A Volkswagen vai disponibilizar<br />
26 automóveis para servir as<br />
quase seis dezenas de tenistas,<br />
reservando para Roger Federer<br />
o novíssimo Phaeton.<br />
PRÉMIOS DE JOGO<br />
398.250<br />
Os prémios de jogo caem este<br />
ano para 398.250 euros, um<br />
pouco menos do que os 450 mil<br />
distribuídos no ano passado.<br />
IMPACTONOTURISMO<br />
30<br />
O vice-presidente da Câmara<br />
de Oeiras, Paulo Vista, estima<br />
que a procura hoteleira do<br />
concelho aumente 30% durante<br />
a realização do Estoril Open.
50 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
FUTEBOL<br />
Funeral do Magriço sportinguista Morais<br />
realiza-se hoje à tarde em Vila do Conde<br />
João Morais, célebre autor do golo de canto directo na finalíssima da Taça<br />
das Taças de 1964 que valeu o troféu ao Sporting, morreu anteontem,<br />
aos 75 anos, vítima de cancro, realizando-se esta tarde (16h30)<br />
o funeral em Vila do Conde. Morais, que jogou pelo clube de Alvalade<br />
entre 1958 e 1969, ganhou dois títulos de campeão e uma Taça<br />
de Portugal, além ter sido um dos Magriços na selecção nacional<br />
que conquistou o 3º lugar no Mundial de Inglaterra em 1966.<br />
A festa da qualificação na Bósnia<br />
para o Mundial sul-africano: Portugal<br />
torna a ter razões para celebrar.<br />
Prova portuguesa vai iniciar-se a 27<br />
de Março do próximo ano.<br />
AUTOMOBILISMO<br />
Edição do Rali de Portugal em 2011<br />
realiza-se durante o mês de Março<br />
Madaíl e Queiroz orgulhosos<br />
com terceiro lugar da selecção<br />
Futebol FIFA actualizou ontem o ‘ranking’ e colocou Portugal na melhor classificação de sempre.<br />
Alberto Teixeira<br />
alberto.teixeira@economico.pt<br />
É uma situação inédita na história<br />
da Selecção nacional de futebol.<br />
O ‘ranking’, actualizado ontem<br />
pela FIFA, coloca o conjunto de<br />
Carlos Queiroz no terceiro lugar<br />
das selecções mais cotadas do<br />
Mundo, apenas superada pelas<br />
congéneres de Brasil e Espanha,<br />
que trocam de posições nos dois<br />
primeiros lugares, quando falta<br />
pouco mais de um mês para o início<br />
do Mundial da África do Sul.<br />
Até ontem, a melhor classificação<br />
alcançada por portugueses<br />
desde que a FIFA criou esta<br />
hierarquia, em 1993, situava-se<br />
uma posição abaixo, no quarto<br />
lugar, atingida em quatro momentos:<br />
Março de 2001, Janeiro<br />
eFevereirode2002,sobocomando<br />
de António Oliveira, e<br />
Março de 2010, com Carlos<br />
Queiroz, para quem o terceiro<br />
lugar da formação das quinas é<br />
“histórico no prestígio do futebol<br />
português ao nível de selecções<br />
”, conferindo ao mesmo<br />
tempo “maior sentido de responsabilidade<br />
a dirigentes, treinadores,<br />
jogadores e agentes<br />
desportivos”. “Este ‘ranking’<br />
não ganha jogos. Não ficámos<br />
deprimidos quando estivemos<br />
abaixo do 10º lugar e também<br />
não ficamos eufóricos ao chegar<br />
ao pódio”, referiu, por sua vez,<br />
o presidente da Federação Portuguesa<br />
de Futebol, Gilberto<br />
Madaíl, que proferiu palavras do<br />
discurso de Queiroz para subli-<br />
nhar “a grande responsabilidade”<br />
que esta marca significa.<br />
Também Carlos Godinho, director-desportivo<br />
da Federação,<br />
manifestou satisfação com<br />
a situação. “É um motivo de orgulho<br />
que aumenta a nossa responsabilidade,<br />
uma referência<br />
que também pode servir para<br />
pressionar os nossos adversá-<br />
marta.carvalho@economico.pt<br />
A próxima edição do Rali de Portugal será em Março de 2011, de acordo<br />
com a informação divulgada pela FIA. Na lista de 13 provas para a próxima<br />
temporada, a prova da Suécia surge como abertura da temporada, a 13 de<br />
Fevereiro, seguindo-se o México (6 de Março) e Portugal (a 27). Jordânia,<br />
Itália, Argentina, Grécia, Finlândia, Alemanha, Austrália, França, Espanha<br />
e Grã-Bretanha são as restantes etapas do Mundial de Ralis (WRC)<br />
para o ano de 2011.<br />
Dado Ruvic/Reuters<br />
rios.Masomaisimportanteé<br />
estarmos bem preparados para o<br />
Mundial”, resumiu.<br />
Top ten remodelado<br />
O reinado espanhol no topo da<br />
hierarquia da FIFA durou apenas<br />
cinco meses, com os campeões<br />
europeus a voltarem ao segundo<br />
lugar da tabela, suplantados pelos<br />
brasileiros, que assumem a liderança<br />
pela sétima vez desde 1993<br />
- o conjunto canarinho, adversário<br />
de Portugal no Mundial, totaliza<br />
142 meses no primeiro lugar.<br />
Também a selecção holandesa<br />
caiu um lugar (4º), enquanto<br />
Itália e Alemanha permanecem<br />
na 5ª e 6ª posições, respectivamente.<br />
A Argentina conseguiu a<br />
maior subida em relação à actualização<br />
de Março, passando<br />
do 9º para o 7º posto, enquanto o<br />
conjunto inglês desceu um lugar<br />
(8º). Já Croácia (9º) e França<br />
(10º) fecham o top ten, registando<br />
os gauleses a maior queda<br />
nos dez primeiros da hierarquia<br />
mundial. De referir ainda as posições<br />
de Costa do Marfim e Coreia<br />
do Norte, adversárias de<br />
PortugalnoMundial,queseencontram<br />
nos lugares 27 e 107. ■<br />
LeBron<br />
criou alarme<br />
entre<br />
os Cavaliers<br />
James queixou-se de dores<br />
num braço, mas deve<br />
enfrentar os Boston Celtics.<br />
Paulo Jorge Pereira<br />
paulo.pereira@economico.pt<br />
Quando o apuramento dos Cleveland<br />
Cavaliers para as meiasfinais<br />
da Conferência Este ficou<br />
assegurado no triunfo ao quinto<br />
jogo perante Chicago (96-94),<br />
tudo parecia perfeito. O problema<br />
surgiu no momento em que<br />
LeBron James, principal figura<br />
da equipa, apareceu a queixar-se<br />
de dores no braço direito depois<br />
de mais um duplo-duplo (19<br />
pontos e dez ressaltos). “Ainda<br />
medóiobraçoenãoseiporquê”,<br />
lamentou, a propósito de uma<br />
queda em que aterrou sobre o<br />
cotovelo do braço direito ao tentar<br />
um desarme. E logo cuidou<br />
de afastar preocupações: “Os fãs<br />
podem estar descansados, pois<br />
não acredito que seja grave.” A<br />
meia-final frente aos Boston Celtics,<br />
que afastaram Miami também<br />
ao quinto jogo (96-86), começa<br />
apenas no sábado, pelo que<br />
LeBron terá tempo suficiente<br />
para recuperar.<br />
Na Conferência Oeste, os<br />
campeões Lakers bateram Oklahoma<br />
(111-87) e estão com vantagem<br />
de 3-2, depois de um encontroemquePauGasoleAndrew<br />
Bynum, ambos com duploduplo,<br />
foram fundamentais para<br />
o sucesso da equipa de Kobe<br />
Bryant com base no jogo interior.<br />
“Foi um dos nossos melhores jogos<br />
esta época”, defendeu<br />
Bryant, cujas assistências para os<br />
“gigantes” Gasol e Bynum valeram<br />
muitos cestos fáceis. “Gosto<br />
de desafios, Durant tem jogado<br />
muito bem e aceitei este desafio”,<br />
acrescentou. “Gostava de ter<br />
umaexplicaçãoparaoquese<br />
passou, mas não sou capaz de encontrá-la”,<br />
admitiu o base dos<br />
Thunder de 21 anos.<br />
Quanto aos Dallas Mavericks,<br />
reduziram para 2-3 face aos San<br />
Antonio Spurs (103-81), evidenciando-se<br />
Caron Butler com 35<br />
pontos. ■<br />
Camisola 24 de Kobe<br />
Bryant (LA Lakers)<br />
continua a ser a mais<br />
vendida e as da<br />
equipa mantêm<br />
tendência de sete das<br />
últimas oito épocas.
PUB
52 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
PUBLICIDADE & MEDIA<br />
RÁDIO<br />
José Carlos Malato dá voz<br />
à campanha da UAL<br />
“TásaquitásnaUAL”éaanovacampanhapublicitáriadaUniversidade<br />
Autónoma de Lisboa (UAL), dedicada aos alunos do 12º ano, e conta, mais<br />
uma vez, com a participação de José Carlos Malato. Com o ‘slogan’<br />
“18 caminhos, uma só direcção”, o anúncio visa complementar<br />
o posicionamento estratégico da UAL como a única universidade<br />
no centro de Lisboa. A campanha vai para o ar na Cidade FM e vai estar<br />
no ar durante seis meses.<br />
“Sou a Tina<br />
Turner da<br />
publicidade”<br />
Edson Athayde está de volta à publicidade e ao<br />
Brasil. Mas diz que é um publicitário português.<br />
Margarida Henriques<br />
margarida.henriques@economico.pt<br />
EdsonAthaydedescreve-seasi<br />
próprio como “a Tina Turner da<br />
publicidade”. Mas, agora que regressou<br />
a uma actividade que dizia<br />
ter abandonado, admite que também<br />
podia ser o Schumacher. Depois<br />
de 20 anos a trabalhar em<br />
Portugal, a que se seguiu uma passagem<br />
por Los Angeles para estudar<br />
cinema, e de uma estada em<br />
Barcelona para se dedicar à escrita,<br />
o publicitário que colocou um<br />
pastor a falar ao telemóveleadizer<br />
“Tou xim, é p’ra mim” para um<br />
anúncio da Telecel (o primeiro que<br />
criou no mercado português) regressa<br />
agora à publicidade e ao<br />
Brasil, como vice-presidente da<br />
Master, com responsabilidades<br />
sobre a criatividade.<br />
“A Master é uma agência reconhecidamente<br />
muito boa”, afirma<br />
Edson Athayde. Nasceu em<br />
Curitiba, no Sul do Brasil, mas<br />
hoje está presente em São Paulo,<br />
RiodeJaneiroeBrasília,etem<br />
clientes como o Banco do Brasil e<br />
os postos de abastecimento da<br />
Petrobras. “A proposta que me fizeram<br />
era muito aliciante: usar a<br />
minha experiência internacional<br />
como criativo e como gestor para<br />
fazer essa história de sucesso tornar-se<br />
ainda mais interessante.<br />
Com a vantagem de não ter de estar<br />
todos os dias em São Paulo.<br />
Para um ‘workaholic’ como eu,<br />
isso é pôr gasolina na fogueira”,<br />
conta. Mas acrescenta que “a<br />
Master sabe que está a contratar<br />
não um brasileiro, mas sim um<br />
publicitário português”.<br />
Há 20 anos, quando trocou o<br />
mercado brasileiro por Portugal, a<br />
publicidade do outro lado do<br />
Atlântico estava muito mais evoluída.<br />
Hoje os dois mercados estarão<br />
em pé de igualdade mas,<br />
“como a publicidade vive sempre<br />
atrelada à economia, hoje a Europa,<br />
e não necessariamente Portugal,<br />
não é um terreno fértil para<br />
que as boas ideias surjam e cresçam”,<br />
comenta o publicitário. Por<br />
isso não tem dúvidas de que, “no<br />
Brasil, vejo espaço para que a coisaevoluaesejaatéreinventada.<br />
Na Europa só vejo fumo negro”.<br />
Este regresso à publicidade e ao<br />
Brasil acontece um pouco por acaso.<br />
Tudo começou com uma ida a<br />
São Paulo, onde tencionava ficar<br />
um mês a acompanhar os ensaios<br />
e as primeiras semanas em cartaz<br />
de um peça baseada num livro<br />
seu, “O Endireita”. Acabou por ficar<br />
mais tempo e redescobriu<br />
amigos e o prazer de passar 24 horas<br />
a falar português. E foi nessa<br />
alturaqueaideiadesteduploregresso<br />
começou a fazer sentido.<br />
“Gosto de sair da publicidade e, se<br />
avidaparaaímelevar,voltar<br />
quando as baterias já estiverem<br />
carregadas e tiver coleccionado<br />
um sem número de referências<br />
que poderão ser úteis para que a<br />
minha maneira de fazer anúncios<br />
seja mais fresca, mais actual”, diz.<br />
Mastambémsabeque,umdia,<br />
esse regresso pode não acontecer.<br />
Para já, e “Deus, se foi forreta comigo<br />
na beleza, não o foi, aparentemente<br />
na minha capacidade de<br />
ser um publicitário com algum<br />
valor.Comonãoseijogaràbola<br />
nem pilotar um Fórmula 1, cá estou<br />
eu outra vez como publicitário”,<br />
acrescenta Edson.<br />
Trabalhar em publicidade no<br />
Brasiléoqueestáagoranosseus<br />
planos, assim como acabar o romance<br />
que está a meio, finalizar<br />
um guião que começou a escrever<br />
em Espanha, além de uma série<br />
de televisão e uma peça de teatro.<br />
E também gostava de encenar “O<br />
Endireita” em Portugal e de editar<br />
no Brasil “O rapaz das fotografias<br />
eternas”, o livro que ontem lançou<br />
no mercado português. ■<br />
Vanessa Oliveira é o rosto – e agora a<br />
barriga – da Fitness desde 2009.<br />
MARKETING<br />
Fitness recorre a Vanessa Oliveira<br />
para preparar consumidoras para o Verão<br />
Cara da marca Fitness da Nestlé desde 2009, Vanessa Oliveira<br />
protagoniza uma nova iniciativa da marca, agora em biquini para<br />
liderar o Programa Barriga Lisa. A preparar-se para a estação quente,<br />
a apresentadora de televisão desafia as portuguesas a estarem no seu<br />
melhor. Para isso está disponível o ‘site’ ‘programabarrigalisa.com.pt’,<br />
onde encontram exercícios, conselhos de alimentação e estratégias<br />
de motivação que permitem manter a forma.<br />
Paulo Figueiredo<br />
“ Como a publicidade<br />
vive sempre atrelada à<br />
economia, hoje a Europa,<br />
e não necessariamente<br />
Portugal, não é um terreno<br />
fértil para que as boas<br />
ideias surjam e cresçam.<br />
Além da publicidade, Edson Athayde<br />
está a terminar um romance e tem planos<br />
para cinema, teatro e televisão.
PUBLICIDADE<br />
Festival do Clube de Criativos<br />
de Portugal entrega 20 Ouros<br />
Dos 712 trabalhos inscritos no festival do Clube de Criativos de Portugal,<br />
foram atribuídos 20 prémios Ouro nas várias categorias a concurso.<br />
Em publicidade, a Fischer Portugal conquistou dois galardões, e a Leo<br />
Burnett, a BBDO e a Ivity Brand Corp. arrecadaram um. Em marketing<br />
relacional, o Ouro foi para a Ivity. Já em design, a Brandia Central<br />
conseguiu três prémios. A Ivity, a Mola Activism, a Silva!Designers e a<br />
This is Pacifica conseguiram dois e a Maga arrecadou um.<br />
Rebeca Venâncio<br />
rebeca.venancio@economico.pt<br />
Se, no início do ano passado, a<br />
tecnologia a três dimensões<br />
(3D) ainda parecia distante, nas<br />
salas do cinema o fenómeno<br />
está hoje quase democratizado.<br />
O 3D tomou de assalto as salas<br />
escuras e começa agora a aventurar-se<br />
nas salas de casa dos<br />
consumidores.<br />
Mais surpreendente é agora a<br />
chegada desta tecnologia aos<br />
jornais em papel. O tablóide<br />
britânico ‘The Sun’, da News<br />
Corporation, liderada por Rupert<br />
Murdoch, já confirmou<br />
que vai usar esta tecnologia. O<br />
magnata australiano joga assim,<br />
mais uma vez, a cartada do<br />
3D, que tanto êxito somou com<br />
o filme ‘Avatar’, dos estúdios da<br />
20th Century Fox, também da<br />
News Corp.<br />
A acção surge assim sob a<br />
forma de uma edição especial a<br />
3D, disponível no próximo dia<br />
5deJunho,cercadeumasemana<br />
antes do arranque do<br />
Mundial de Futebol da África<br />
do Sul, marcado por gravações<br />
e transmissões com a mesma<br />
tecnologia.<br />
Segundo José Pedro Rodrigues,<br />
responsável pela estratégia<br />
e pesquisa da Mobbit, empresa<br />
especializada em comunicação<br />
digital, “a inovação do<br />
‘The Sun’” tem, afinal, “mais de<br />
20 anos”, e é feita através do<br />
uso de imagens anaglíficas, ou<br />
seja, imagens usadas para criar<br />
o efeito 3D com óculos de lentes<br />
vermelha e azul, criando, assim,<br />
a ilusão de profundidade e<br />
tridimensionalidade. “Esta tecnologia<br />
pode ser impressa em<br />
qualquer tipo de papel com<br />
qualidade profissional, mas para<br />
quemvêaolhonudáailusãode<br />
estar distorcida.<br />
O ‘The Sun’, não é, no entanto,<br />
o primeiro jornal a fazer<br />
isto: em 2007, a Sports Illustrated<br />
lançou uma edição de fatos<br />
de banho em 3D, além de algumas<br />
publicações belgas e polacas”,<br />
explicou o especialista.<br />
Uma equipa de jornalistas acompanha<br />
oestágioereportatudoparaoportal.<br />
Jornal britânico ‘The Sun’<br />
vai oferecer óculos 3D<br />
para ver edição em papel<br />
Depois do cinema e da televisão, a tecnologia a três dimensões chega<br />
ao papel. Anúncios, editorial e página com modelos são as prioridades.<br />
O ‘The Sun’ não é<br />
o primeiro jornal<br />
a usar o 3D: em 2007,<br />
a Sports Illustrated<br />
lançou uma edição<br />
de fatos de banho<br />
para ver em 3D.<br />
Também a National<br />
Geographic usou<br />
o mesmo sistema<br />
numa edição com<br />
imagens exclusivas<br />
do planeta Marte.<br />
BELEZA (QUASE) REAL<br />
Em 2007, a Sports Illustrated, na<br />
sua famosa edição de fatos de banho,<br />
decidiu presentear os consumidores<br />
com a ilusão de que estavam<br />
mais perto das modelos. A edição<br />
oferecia um par de óculos 3D e foi<br />
um verdadeiro sucesso.<br />
“Esteéo3Dquenósjáconhecemos<br />
há vários anos, e<br />
quando associado ao cinema já é<br />
quase obsoleto. Actualmente, o<br />
mais comum é o cinema em 3D<br />
real, isto é, com recurso a óculos<br />
polarizados, que dão a ideia do<br />
3D em movimento”, justificou<br />
José Pedro Rodrigues.<br />
A prioridade irá para os<br />
anúncios, o editorial e a famosa<br />
página 3, que recebe diáriamente<br />
uma modelo seminua,<br />
agora ainda mais próxima do<br />
leitor, graças à ajuda dos óculos<br />
3D que serão oferecidos dentro<br />
de pouco mais de um mês.<br />
Segundo dados avançados<br />
pelo jornal inglês especializado<br />
‘MediaWeek’, os anunciantes<br />
vão ter de abrir os cordões à bolsa<br />
se quiserem anúncios coloridos<br />
e com tridimensionalidade.<br />
Para Paulo Querido, especialista<br />
em novas tecnologias em<br />
media, “a iniciativa vale pelo<br />
seu pioneirismo ou oportunismo.<br />
É um golpe de marketing,<br />
mais uma forma de aproveitar o<br />
momento para usar o 3D como<br />
uma estratégia de marketing.<br />
Do ponto de vista de ser prático<br />
ou de se tornar comum, não me<br />
parece que tenha interesse e<br />
não passa por aqui nada que tenha<br />
a ver com o futuro da imprensa”,<br />
explicou o responsável.<br />
O responsável da Mobbit<br />
concorda. “Há claramente uma<br />
colagemao3D,frutodosurgimento<br />
e popularidade destas<br />
tecnologias. Não há aqui grandes<br />
inovações, mas vai ter claramente<br />
esse efeito, por estar<br />
associado ao Mundial de Futebol”,<br />
explicou.<br />
Fica, no entanto, a dúvida:<br />
venderá o ‘The Sun’ edições suficientes<br />
de forma a compensar<br />
o investimento feito em papel,<br />
impressão e óculos especiais<br />
para o efeito? Para já, e para que<br />
não faltem nem anunciantes<br />
nem leitores, o título da News<br />
International já tem preparada<br />
uma campanha publicitária em<br />
televisão para promover a iniciativa,queestaránoareste<br />
mês, na televisão britânica. ■<br />
INTERNET<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 53<br />
SAPO segue Campeonato Mundial<br />
de Futebol ao minuto<br />
Para que os consumidores não percam pitada do evento desportivo<br />
do ano, o Campeonato Mundial de Futebol, que decorre este ano<br />
na África do Sul entre 11 de Junho e 11 de Julho, o SAPO criou um<br />
conjunto de conteúdos para a Internet e aplicações de ‘Mobile’ para<br />
Android, Nokia WRT, Windows Phone, Palm Pre e iPhone. Através<br />
dos canais é possível acompanhar, independentemente do lugar<br />
onde se esteja, tudo sobre o Mundial.<br />
PUB<br />
Mike Blake/Reuters<br />
SEMAPA - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A.<br />
Sociedade Aberta<br />
Sede: Avenida Fontes Pereira de Melo, nº 14, 10º, Lisboa<br />
Capital Social: 118.332.445 Euros<br />
Nº Pessoa Colectiva e Matrícula na C.R.C. de Lisboa: 502593130<br />
INFORMAÇÃO<br />
PAGAMENTO DE DIVIDENDOS<br />
EXERCÍCIO DE 2009<br />
O pagamento de dividendos deliberado na assembleia geral anual da sociedade<br />
de dia 22 de Abril de 2010 terá lugar a partir do próximo dia 10 de Maio nos<br />
termos seguintes:<br />
Dividendo Ilíquido por acção ............................EUR 0,255<br />
IRS/IRC (20%) por acção..................................EUR 0,051<br />
Dividendo Líquido por acção .............................EUR 0,204<br />
Os dividendos serão pagos através da Central de Valores Mobiliários, nos<br />
termos do respectivo regulamento, sendo o Agente Pagador nomeado para<br />
o efeito o Banco Espírito Santo, S.A.<br />
Mais informamos que para efeitos de isenção ou dispensa de retenção na<br />
fonte de IRS/IRC, os Senhores Accionistas devem confirmar a caracterização<br />
da sua situação fiscal junto das entidades depositárias das acções.<br />
Informamos ainda que, a partir de dia 05 de Maio de 2010, inclusive, as<br />
acções serão transaccionadas em bolsa sem conferirem direito ao pagamento<br />
de dividendos.<br />
Lisboa, 28 de Abril de 2010<br />
A Administração<br />
Aversãodosóculos3D,comlentes<br />
azuis e vermelhas, serão oferecidos<br />
na compra do jornal “The Sun”.
PUB
Durante a primeira metade<br />
do século XX as Termas<br />
do Estoril faziam parte do<br />
charme e do ‘glamour’ desta<br />
praia lisboeta. Ali se cruzava a<br />
aristocracia europeia e os milionários<br />
de todo o mundo a quem<br />
o avião, essa máquina extraordinária<br />
que hoje pára durante dias,<br />
a contra gosto, permitia uma<br />
mobilidade alucinante e transformava<br />
em ‘jet-set’.<br />
Ostemposmudarame,no<br />
início da década de 60, quando<br />
o Hotel do Parque foi demolido,<br />
o balneário das termas também<br />
desapareceu. As águas termais,<br />
LIFESTYLE<br />
1 2<br />
5 6 7 8<br />
Vera Tânger<br />
Autora de “Como Peixe na Água<br />
- Manual de Etiqueta para se<br />
saber comportar em sociedade”<br />
e formadora de etiqueta e<br />
protocolo pessoal e empresarial.<br />
A banhos nas novas Termas<br />
a34 o<br />
C,queoReiD.JoséI,nosé-<br />
culo XVIII, já apreciava, ficaram<br />
desaproveitadas. Até agora.<br />
Porque, agora, as Termas do<br />
Estoril voltaram a ter um balneário<br />
onde é possível aproveitar<br />
todos os benefícios destas<br />
O erão está a chegar e o Estoril Open,<br />
com o entusiasmo pelo ténis, também.<br />
É sempre bom relembrar que, sendo<br />
originalmente um desporto de ‘gentlemen’,acortesiaimperaeénecessária<br />
muita concentração, logo o silêncio<br />
durante o jogo é fundamental. Bem sei<br />
que é um jogo com bola, mas não é futebol!<br />
Enquanto a bola anda para cá e<br />
para lá, e por muito empolgante que<br />
seja, observe sem fazer comentários e<br />
bata palmas ou use outras expressões<br />
de entusiasmo só no fim do ponto. Às<br />
INAUGURAÇÃO<br />
águas que se supõe terem origem<br />
na Serra de Sintra. E, para<br />
quem não precisa das suas propriedades<br />
medicinais (que ajudam<br />
quem sofre de reumatismo,<br />
doenças dermatológicas e<br />
respiratórias), pode gozar o<br />
Banyan Tree Spa, uma das melhores<br />
marcas do mundo de<br />
tratamentos de bem estar que<br />
tem o inconfundível carisma<br />
do Oriente.<br />
COMO PEIXE NA ÁGUA<br />
3 4<br />
A festa de inauguração foi um<br />
enorme sucesso e promete devolveraoEstorilocharmeeo<br />
‘glamour’ de outros tempos. A<br />
escolha é enorme. Piscinas termais<br />
e terapêuticas, sauna, salas<br />
de inalação, banhos de vapor,<br />
lamas Vichy, massagens, ginásio<br />
fitness e ‘wellness’, duche<br />
escocês, lamas e massagens são<br />
só algumas das muitas ofertas<br />
disponíveis. ■<br />
Saber estar no Estoril Open<br />
vezes, o que parece não é e aquela<br />
bola que julgava ir fora acabou por ir<br />
dentro e o jogador ainda conseguiu fazer<br />
uma daquelas jogadas memoráveis.<br />
Por outro lado, bater palmas antes do<br />
fim pode enganá-lo e levar a desistir<br />
de dar aquele tudo por tudo, acabando<br />
por perder o ponto.<br />
DURANTE O JOGO...<br />
Ver e ser visto é “importante”, mas<br />
conversar e/ou manifestar a sua<br />
amizade por quem aparece, fica re-<br />
Fotos: Neves António<br />
1<br />
Yousif Albaker, Lourenco Vaz<br />
Pinto, Amir Albaker, Albakas,<br />
Filipe Soares Franco, Pedro<br />
Garcia, Hugo Santos.<br />
2<br />
Luís e Mónica Roquette.<br />
3<br />
Alexandra de Almeida e Manuel<br />
Dias Loureiro.<br />
4<br />
Barbara e José Pinto Bastos.<br />
5<br />
Karim e Rosália Vakil.<br />
6<br />
Duarte e Sofia Nobre Guedes.<br />
7<br />
Vera Nobre da Costa e João<br />
Vanzeller.<br />
8<br />
Maria João Salgado.<br />
Cinquenta anos depois, as Termas do Estoril voltam a abrir. Além das águas medicinais há também um luxuoso spa.<br />
servado para os espaços de lazer<br />
longe dos ‘courts’. O ‘flash’ distrai e<br />
perturba. O telemóvel fica em silêncio.<br />
Apoiar este ou aquele jogador é<br />
natural e desejável, mas isso não<br />
quer dizer que deva bater palmas<br />
quando o “inimigo” faz uma dupla<br />
falta ou perde o ponto, considerado<br />
de mau gosto. Vista roupa apropriada<br />
e confortável porque o jogo é visto<br />
sentado e pode demorar várias<br />
horas. Conheça a previsão meteorológica,<br />
mas as mudanças de tempo<br />
Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 55<br />
Por Maria João Vieira<br />
lifestyle@economico.pt<br />
BREVES<br />
William Kentridge<br />
no MoMA<br />
Até ao próximo dia 17 de Maio<br />
o MoMA, em Nova Iorque, tem<br />
patente a exposição “Five<br />
Themes”, uma mostra de obras<br />
do pintor sul-africano William<br />
Kentridge, considerado<br />
um dos maiores nomes<br />
da pintura actual.<br />
Renascença em Londres<br />
O British Museum, em Londres,<br />
expõe, até 25 de Julho, 100<br />
desenhos notáveis de alguns<br />
dos maiores nomes<br />
da Renascença, como Fra<br />
Angelico, Leonardo da Vinci,<br />
Jacopo, Gentile Bellini,<br />
Botticelli, Carpaccio, Filippo<br />
Lippi, Mantegna, Miguel<br />
Ângelo, Verrocchio e Ticiano.<br />
Nuno Mendes<br />
conquista Londres<br />
TheLoftProjectéo<br />
restaurante do momento,<br />
em Londres. O dono é Nuno<br />
Mendes, um dos ‘chefs’<br />
portugueses da actualidade<br />
que está a fazer sucesso.<br />
Antesdeir,convémmarcar,<br />
através do número +44 (0) 795<br />
620 5005.<br />
podem acontecer. Previna-se e proteja-se<br />
do frio e/ou do calor, mas evite<br />
usar aquele chapéu enorme que<br />
impede os outros, sentados atrás, de<br />
verem o jogo. Entrar e sair das bancadas<br />
só quando os jogadores estiverem<br />
sentados e aproveite essas<br />
saídas para descontrair, beber e comer<br />
alguma coisa. Os bebés e as<br />
crianças pequenas ficam em casa ou<br />
no espaço Baby Sitting Estoril Open.<br />
Instrumentos sonoros tipo buzinas<br />
não são bem-vindos. ■
56 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />
ÚLTIMA HORA<br />
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Trabalhadores da Rohde optam<br />
pela liquidação da empresa<br />
Na próxima terça-feira, votam pelo fim da maior empregadora de calçado do País.<br />
Os trabalhadores da Rohde, a maior<br />
empregadora do sector do calçado<br />
do País, deverão votar a favor da liquidação<br />
dos activos da empresa na<br />
próxima terça-feira, em assembleia<br />
decredores.Estaéaconvicçãoda<br />
administradora judicial, Conceição<br />
Santos, que ontem participou numa<br />
reunião com os trabalhadores e o<br />
sindicato do sector para esclarecer<br />
eventuais dúvidas sobre o processo.<br />
A Rohde emprega 984 pessoas e está<br />
em processo de insolvência desde<br />
Setembro do ano passado. “Os trabalhadores<br />
querem uma solução,<br />
querem fechar esta página”, disse<br />
Conceição Santos.<br />
Os trabalhadores – únicos credores,<br />
de mais de 14 milhões de euros,<br />
daempresadeSantaMariadaFeira<br />
– estão inclinados a votar a favor da<br />
eliminação dos empregos e da venda<br />
do património da unidade (avaliado<br />
em menos de cinco milhões), conforme<br />
está previsto no novo plano<br />
de viabilização, adiantou Conceição<br />
Santos. Mas já o ponto que prevê a<br />
constituição de uma nova firma,<br />
com a manutenção de 150 empre-<br />
DESTAQUE<br />
Bava e Moniz são hoje ouvidos no<br />
Parlamento sobre o caso TVI<br />
As audições do inquérito à<br />
actuação do Governo na tentativa<br />
de compra da TVI pela PT<br />
regressam esta quinta-feira, depois<br />
da interrupção de ontem por<br />
motivo de greve dos funcionários<br />
da AR. José Eduardo Moniz depõe<br />
duranteamanhãeZeinalBavaé<br />
ouvido ao final da tarde.<br />
Acompanhe no ‘site’ os seus<br />
Acompanhe ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
gos, e a utilização das actuais instalações<br />
industriais gratuitamente<br />
durante um ano não acolhe a receptividade<br />
dos trabalhadores, disse<br />
ainda. Face a estas posições, a Rohde<br />
deverá ser extinta a 4 de Maio. A<br />
reunião contou com a participação<br />
de cerca de 75% dos trabalhadores<br />
da empresa. Desde o final de Novembro,<br />
os 984 trabalhadores estão<br />
comoscontratosdetrabalhosuspensos<br />
e a receberem subsídio de<br />
Bancos garantem Pinhal Interior<br />
sem agravamento das condições<br />
O contrato de financiamento da<br />
concessão rodoviária do Pinhal Interior<br />
foi ontem concluído (’financial<br />
close’) entre o consórcio liderado<br />
pela Ascendi (Mota-Engil e BES)<br />
e 11 bancos financiadores, entre os<br />
quais sete estrangeiros. Gonçalo<br />
Moura Martins, presidente da Ascendi,<br />
sublinhou ao Diário <strong>Económico</strong><br />
que, apesar do corte do ‘ra-<br />
ting’ da República Portuguesa por<br />
parte da Standard & Poor’s, “nenhum<br />
dos bancos exigiu qualquer<br />
agravamento das condições financeiras”.<br />
A Pinhal Interior está a gerar<br />
uma crescente polémica, porque<br />
exige mil milhões de euros do Estado<br />
a curto-prazo, mais de três milhões<br />
de euros ao longo dos 40 anos<br />
da concessão. ■ N.M.S.<br />
Acompanhe no ‘site’ a evolução das bolsas e das taxas Euribor.<br />
MAIS LIDAS ONTEM<br />
● Entrevista: O homem que cortou<br />
o ‘rating’ de Portugal<br />
● Oquese diz lá fora sobre o que<br />
se passa cá dentro<br />
● Para onde vai a bolsa portuguesa?<br />
● BCP fundou 17% e nunca valeu<br />
tão pouco<br />
● Fisco aperta cerco a 30 mil contribuintes<br />
para garantir receita<br />
Leia versão completa em<br />
www.economico.pt<br />
desemprego. Já a proposta de criação<br />
de uma cooperativa, que dois<br />
trabalhadores chegaram a ponderar<br />
para assegurar o futuro da empresa<br />
– conforme já noticiou o Diário <strong>Económico</strong><br />
–, acabou por não ser apresentada.<br />
Segundo Conceição Santos,<br />
os dois trabalhadores decidiram<br />
“não tomar essa iniciativa”, até<br />
porque as opiniões manifestadas<br />
pelos colegas não iam no sentido de<br />
aprovar esse plano. ■ S.S.P.<br />
VOTAÇÕES<br />
Inquérito em curso<br />
O sistema de segurança social<br />
precisa de uma nova reforma?<br />
Sim<br />
76<br />
NÚMERO DE VOTOS: 742<br />
Não<br />
24<br />
Vote em<br />
www.economico.pt<br />
Bruno Barbosa<br />
Os 984 trabalhadores da Rohde estão<br />
desde o final de Novembro com os<br />
contratos de trabalho suspensos e a<br />
receber o subsídio de desemprego.<br />
Mourinho na final<br />
da Champions<br />
O Inter de José Mourinho apurou-se<br />
ontem para a final da Liga dos Campeões<br />
ao perder (0-1) com o Barcelona.<br />
Apesar da expulsão de Thiago<br />
Motta (31 m), os nerazzurri resistiram<br />
até ao golo de Piqué (84 m) e, depois<br />
do último título (1965) e da última final<br />
(1972), o Inter volta ao jogo decisivo.SerácomoBayerna22deMaiono<br />
Santiago Bernabéu, em Madrid. ■<br />
OPINIÃO<br />
O Bloco Central<br />
ganhou vida<br />
A maior crise financeira que afectou o país na última década,<br />
medida, por exemplo, pela destruição de cerca de<br />
15 mil milhões de euros de riqueza na bolsa de Lisboa<br />
nos últimos 15 dias, abriu a porta a um novo ciclo político,<br />
absolutamente fundamental para o Governo convencer<br />
os mercados, os especuladores e os investidores,<br />
da bondade dos seus objectivos.<br />
As crises são, diz-se, grandes oportunidades. Como o<br />
Diário <strong>Económico</strong> titulou na edição de ontem em manchete,<br />
num repto inédito na imprensa portuguesa, era<br />
obrigatório um entendimento entre o primeiro-ministro<br />
José Sócrates e Pedro Passos Coelho. Contra todas as<br />
expectativas, formou-se ontem um verdadeiro Bloco<br />
Central estratégico a favor de Portugal. Sócrates e Passos<br />
Coelho cederam o que tinham a ceder para haver um<br />
entendimento mínimo e uma cooperação, esta sim, verdadeiramente<br />
estratégica.<br />
A reunião conjunto, ontem em São Bento, revelou<br />
um acordo político de apoio a um Programa de Estabilidade<br />
e Crescimento que tem medidas de austeridade<br />
essenciais para o país mudar de vida. A verdade é que<br />
o PS, sem maioria parlamentar, não tinha até agora, as<br />
condições mínimas para fazer passar no Parlamento<br />
algumas das medidas mais importantes, como as alterações<br />
ao subsídio de desemprego ou a avaliação,<br />
obrigatória,detodootipoderendimentodosquepedem<br />
acesso a prestações sociais. Foram estas duas das<br />
medidas anunciadas ontem. E outras, com o carimbo<br />
do Bloco Central, se seguirão. As reacções dos mercados<br />
foram positivas, a pressão internacional sobre o<br />
dívida pública soberana de Portugal aliviou no final do<br />
dia, por isso, o Governo ganhou um novo fôlego e o<br />
país venceu uma guerra. Mas há outro vencedor claro:<br />
Pedro Passos Coelho.<br />
O novo líder do PSD fez mais em dois dias do que Manuela<br />
Ferreira Leite em dois anos. Não perdeu qualquer<br />
margem de manobra política no futuro próximo perante<br />
as medidas que o Governo vai apresentar, e que vão<br />
obrigar José Sócrates a trabalhar muito, mas conseguiu<br />
assumir uma posição de Estado que o transforma, mesmo,<br />
em candidato a primeiro-ministro.<br />
A partir de agora, estão criadas novas condições para<br />
o Governo apresentar rapidamente as medidas necessárias<br />
para corrigir os desequilíbrios financeiros e económicos<br />
que afectam o país. É mais uma oportunidade.<br />
O pior parece ter passado para Portugal nos mercados<br />
financeiros, mas hoje é toda a zona euro que está em<br />
causa. A começar no caso grego, que mostrou as fragilidade<br />
ainda existentes no projecto europeu. Ao primeiro<br />
verdadeiro e sério ataque ao euro, a Alemanha demorou<br />
tempo de mais a decidir, por motivos internos, e prolongou<br />
a agonia de um país que, se cair, terá consequências<br />
ainda mais graves do que aqueles que afectaram o<br />
mundo quando a Lehman Brothers foi à falência. ■<br />
PUB<br />
ANTÓNIO COSTA<br />
Director<br />
antonio.costa@economico.pt<br />
Sheila Cameron<br />
MBA<br />
MANUAL PRÁTICO<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt