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Revista Grid - 4ª edição

Edição de março/2023 da Revista Grid.

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William Inácio

O Gaúcho de Super Turismo absorveu

vários dos carros que compunham

o Endurance há poucos anos

Janelas livres

e handicap

O campo desportivo da competição também

apresenta alterações nas janelas de pit

stops. “Temos um aumento do período, que

era de 10 minutos, para o cumprimento de

cada janela. Vamos dinamizar essa questão

conforme a prova que estiver em disputa,

bem como ter stints de durações diferentes

dentro de uma mesma prova, aumentando

para as equipes o nível de intensidade de

trabalho, ou seja, de estratégia e planejamento”,

destaca o presidente da APE, Henrique

Assunção. “Ao longo do ano, vamos

buscar janelas de paradas livres para as

equipes, sem tempo de prova demarcado

para seu cumprimento”, enfatiza.

Outro aspecto que recebe atenção da organização

é o handicap. A prática consiste

em aspectos como peso e até capacidade

de tanque de combustível diferentes,

mesmo em carros de modelos idênticos,

de acordo com a graduação dos pilotos

daquele veículo, em busca do maior equilíbrio

possível dentro da pista.

Origem gaúcha

Vão-se sete temporadas desde que o Endurance Brasil

começou a se transformar no que é hoje: um encontro,

dentro das pistas, das máquinas mais rápidas, desejadas e

luxuosas do país. O marco zero da atual fase data de 2017,

quando o piloto e empresário paulista Marcel Visconde levou

a equipe Stuttgart Motorsport e seu Porsche 911 GT3R

para a disputa que, até então, estava restrita em termos

práticos a autódromos e pilotos do Rio Grande do Sul.

Sim, o formato de hoje em dia foi originado no Campeonato

Gaúcho, então organizado pela mesma APE, Associação

de Pilotos de Endurance. Tudo cresceu nestas sete

temporadas. Alguns carros foram deixando o grid à medida

em que eram superados por modelos mais modernos

e velozes. O efeito foi interessante, dada a migração que

ocorreu para outras categorias, como o ressurgido Gaúcho

de Endurance e o Super Turismo, também disputado

nos pampas.

A homologação como Campeonato Brasileiro veio calçada

na evolução sólida da categoria e do evento. Os protótipos

nacionais alcançaram níveis de performance até

então inimagináveis e as máquinas importadas se proliferaram

na pista. Não apenas carros GT3, como o clássico

911, mas também os novos GT4 e até mesmo protótipos

estrangeiros, produzidos para os mais diversos campeonatos

ao redor do globo, de acordo com os padrões dos

regulamentos internacionais.

O calendário de provas longas deixou de ser ancorado

em eventos tradicionais como 500 Quilômetros de Interlagos,

500 Milhas de Londrina e 12 Horas de Tarumã. Ganhou

vez o formato de oito corridas por ano, com duração

média pré-estabelecida e pistas escolhidas de modo

a minimizar os riscos que podem emergir de disputas envolvendo

carros tão rápidos. Sim, em algumas pistas os

tempos de pole-position do Endurance Brasil chegam a

ficar até 10 segundos abaixo dos recordes da Stock Car.

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