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Revista Grid - 4ª edição

Edição de março/2023 da Revista Grid.

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Felipe Drugovich estava descansando em casa, na Itália,

quando recebeu um telefonema da Aston Martin. Em

menos de 24 horas, precisaria estar na sede da equipe,

em Silverstone, na Inglaterra, para treinar no simulador.

É que Lance Stroll sofrera uma queda de bicicleta, que

lhe causou fraturas nos dois punhos, e passava a ser dúvida

para o início da temporada.

O nome de Drugovich, reserva da equipe britânica,

era evidentemente o primeiro da fila para substituí-lo.

O piloto brasileiro fez os testes no simulador e entrou

na pista em duas das seis sessões de testes de pré-temporada

no Bahrein – na quinta e no sábado, sempre no

período da manhã – , mostrando-se pronto para disputar

a corrida.

Não foi necessário, já que Stroll recuperou-se rapidamente

depois de uma bem-sucedida cirurgia com o

doutor Xavier Mir, o mesmo que cuidou de Marc Márquez,

o astro da MotoGP. Mas a tranquilidade demonstrada

por Drugovich enquanto a equipe precisou dele

deixou a Aston Martin simplesmente impressionada.

“Felipe fez um trabalho muito bom”, falou o chefe de

equipe Mike Krack. “Não podemos esquecer que era

tudo novo para ele. Ele é uma pessoa muito reflexiva e

calma e sua abordagem também é assim. Então, foi muito

fácil. Sempre me surpreendo como ele consegue ficar

tão tranquilo. No primeiro dia, fez todas as coisas que

pedimos a ele perfeitamente. E no sábado, também foi

impecável. Acho que não vimos uma travada de roda,

não houve nem uma aproximação de curva errada ou

algo assim. Então, estamos muito felizes”, concluiu Krack.

Drugovich conseguiu ser consistente em simulação de

corrida e bastante rápido quando a equipe lhe permitiu,

já no final dos trabalhos. Foi o que levou a Aston Martin

a confirmar que seria a escolha da equipe caso Stroll se

ausentasse do Bahrein – em detrimento do outro piloto

reserva, Stoffel Vandoorne.

Uma escolha natural diante do excelente trabalho e,

por que não dizer, dos patrocinadores do piloto brasileiro.

O programa de Drugovich na Aston Martin envolve

um investimento significativo das empresas XP e Porto

Seguro, incluindo espaço publicitário no carro, justamente

para que ele possa ter mais oportunidades em

testes e treinos livres.

Ou seja, com todo esse suporte, só dependia mesmo

do próprio Drugo mostrar serviço e agarrar a chance.

E isso, ele fez. Ganhou da Aston Martin o sinal verde

definitivo para assumir o carro sempre que necessário.

Stroll acabou sendo liberado pela FIA para o Bahrein

depois de passar pelo teste de extração, que avalia se

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