Revista Grid - 4ª edição
Edição de março/2023 da Revista Grid.
Edição de março/2023 da Revista Grid.
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Ao concluir a temporada 2022 com 15 vitórias, um recorde histórico, Max Verstappen disse algo que
por meses ecoou na cabeça dos adversários: “Vai ser difícil fazer melhor do que isso”. Seria ótimo para
a Fórmula 1 que ele estivesse certo. Mas embora estejamos apenas no início daquela que será a maior
temporada da história da categoria, já dá para dizer que o holandês errou feio.
Para a tristeza da concorrência, a Red Bull de 2023 é, sim, ainda melhor que a do ano passado. Já na
aberturada da temporada, no Bahrein, a equipe foi quase 0s3 mais rápida que a Ferrari na classificação
e enfiou 0s6 nas outras duas grandes forças do campeonato, Aston Martin e Mercedes. Em ritmo de
corrida, então, nem se fala.
Garantiu a dobradinha tanto no Bahrein, com vitória de Verstappen, quanto na Arábia Saudita, com o
primeiro lugar de Sergio Pérez – isso depois de Verstappen largar apenas em 15º por conta de um problema
no eixo de transmissão do carro na classificação. Os adversários não precisavam ver muito mais
do que isso para concluírem suas avaliações.
“A Red Bull tem esse campeonato garantido. Não acho que alguém vá lutar com eles este ano. Eles
vão ganhar tudo”, afirmou George Russell. O companheiro de equipe dele, Lewis Hamilton, vai além.
“É o carro mais rápido que eu já vi. Quando éramos rápidos, não era nesse nível”, comentou, com uma
bela dose de exagero.
Dentro do próprio quintal, a Mercedes se surpreendeu tão negativamente com o W14 que ensaia
mudanças radicais para a sequência da temporada, praticamente a ponto de “jogar o projeto fora”.
Hamilton chegou a reclamar que não foi ouvido pela equipe em relação aos problemas apontados em
relação ao carro.
A Ferrari teve uma importante troca de comando, com a chegada do francês Frédéric Vasseur como
novo chefe de equipe, substituindo o ítalo-suíço Mattia Binotto. Mas a mudança, feita no final da temporada
passada, ainda não teve tempo de trazer resultados. Tanto que logo de cara a Ferrari voltou a ser
vítima da baixa confiabilidade do equipamento, um dos grandes problemas de 2022. Charles Leclerc
tinha um pódio garantido no Bahrein quando abandonou com falhas no motor.
No meio de tudo isso, quem se aproveitou para ganhar espaço foi a Aston Martin. A equipe seduziu
o bicampeão mundial Fernando Alonso por meio de um projeto ambicioso, incluindo a ampliação da
fábrica na Inglaterra e a contratação de nomes fortes no mercado, como os engenheiros Dan Fallows,
da Red Bull, e Eric Blandin, da Mercedes.
Sergio Perez conquistou
na Arábia Saudita
sua quarta vitória em
circuitos de rua da F-1
Red Bull Content Pool
17