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ESPECIAL<br />
ENTREVISTA<br />
Yasmine Weissheimer<br />
Construção • Arquitetura • Design • Marcenaria • Paisagismo • Decoração<br />
Madeira nobre<br />
Entidade trabalha para fomentar<br />
o uso da matéria-prima<br />
sustentável na construção<br />
Woodlife Sweden: Evento apresenta novidades da construção com madeira
*Os Kits de madeira não acompanham a porta.
*Acompanha a porta.
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Construção • Arquitetura • Design • Marcenaria • Paisagismo • Decoração<br />
Entidade trabalha para fomentar<br />
Editorial<br />
<br />
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ESPECIAL<br />
ENTREVISTA<br />
Yasmine Weissheimer<br />
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Na capa desta edição<br />
o FNBF, que trabalha<br />
para fortalecer o uso da<br />
madeira nacional<br />
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A Revista Madeireira da Construção www.produtosdemadeira.com.br Ano XV• Nº68• Março 2023<br />
Madeira nobre<br />
Entidade trabalha para fomentar<br />
o uso da matéria-prima<br />
sustentável na construção<br />
Woodlife Sweden: Evento apresenta novidades da construção com madeira<br />
Ano XV / Edição n.º 68 / Março 2023<br />
06<br />
EXPEDIENTE<br />
JOTA EDITORA<br />
Diretor comercial: Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor executivo: Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação:<br />
Vinicius Santos<br />
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Projeto Gráfico: Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
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Midias Sociais: Cainan Lucas<br />
Depto. Comercial: Carlos Augusto, Gerson Penkal<br />
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Fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial:<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Depto. de Assinaturas:<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
Construindo o futuro<br />
A madeira faz parte da nossa vida. E nos próximos anos deve<br />
fazer ainda mais. Em um mundo cada vez mais sustentável e que tem<br />
nas soluções ecológicas as bases para o seu crescimento, a madeira<br />
tomará conta do nosso cotidiano. A construção civil com madeira tem<br />
ganhado força e espaço no segmento, com o mesmo conforto e segurança<br />
da alvenaria, mas com redução de custos e diminuição da pegada<br />
de carbono. As casas e prédios de madeira, seja engenheirada ou no<br />
modelo wood frame, estarão mais presentes , fortalecendo o setor e<br />
abrindo portas para novos negócios. Nessa edição o leitor irá conhecer<br />
o trabalho do FNBF (Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal)<br />
, que fortalece o uso de madeira nativa no Brasil, uma nova tecnologia<br />
que utiliza pregos de madeira, uma marca nacional de instrumentos<br />
musicais, que utiliza madeira sustentável, tudo sobre o evento Woodlife<br />
Sweden e uma entrevista com a arquiteta Yasmine Weissheimer, que<br />
uniu a arquitetura ao empreendedorismo para ajudar outros profissionais<br />
a se desenvolver no mundo dos negócios. Ótima leitura!<br />
Revista PRODUTOS DE MADEIRA<br />
Rua Maranhão, 502 - Água Verde - 80610-000<br />
Curitiba (PR) - Brasil - Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023<br />
www.produtosdemadeira.com.br<br />
assinatura@portalreferencia.com.br<br />
Ligação gratuita: 0800 600 2038<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista Referência PRODUTOS DE MADEIRA é uma publicação bimestral e<br />
independente, dirigida aos construtores, engenheiros, arquitetos, designers,<br />
paisagistas, decoradores e consumidores de produtos de madeira para a construção.<br />
A Revista não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos e colunas<br />
assinadas, por entender serem estes materiais de responsabilidade de seus autores.<br />
A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados, sob<br />
qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista<br />
são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos<br />
autorais, exceto para fins didáticos.
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Sumário<br />
08<br />
12<br />
20 30 38<br />
10....... CARTAS & OPINIÕES<br />
12....... CURTAS & NOVIDADES<br />
30.......<br />
38 .......<br />
ENTREVISTA<br />
YASMINE WEISSHEIMER<br />
PRINCIPAL<br />
ESTILO BRASILEIRO<br />
20 ....... SHOWROOM
44 50 56 60<br />
09<br />
50<br />
44.......<br />
.......<br />
TECNOLOGIA<br />
PREGO DE MADEIRA<br />
AQUI TEM MADEIRA<br />
SONORIDADE BRASILEIRA<br />
60<br />
.......<br />
EVENTO<br />
FUTURO DA CONSTRUÇÃO<br />
66....... AGENDA<br />
56.......<br />
INOVAÇÃO<br />
PROTEÇÃO TECNOLÓGICA
Cartas<br />
Foto: Felipe França<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
10<br />
Principal<br />
A tecnologia que a<br />
indústria nacional utiliza<br />
em produtos de madeira é<br />
incrível, temos qualidade<br />
de sobra para ganhar cada<br />
vez mais mercados<br />
Silvio Alencar<br />
Rio do Sul (SC)<br />
Entrevista<br />
É visível quando a pessoa<br />
é apaixonada pelo que<br />
faz! A obra é fluída,<br />
natural, quase como se<br />
tudo tivesse feito desde<br />
o início para estar ali.<br />
Parabéns!<br />
Márcia Alves<br />
Campinas (SP)<br />
Evento<br />
A combinação de madeira<br />
e metal ficou fantástica.<br />
São verdadeiras joias que<br />
unem beleza e respeito à<br />
natureza.<br />
Andreia Zardon<br />
Castro (PR)<br />
Espaço online
Curtas & Novidades<br />
12<br />
Indústria<br />
crescendo<br />
A indústria de transformação registrou alta do emprego, da massa salarial e<br />
da quantidade de horas trabalhadas na produção em janeiro deste ano na comparação<br />
com dezembro de 2022. Por outro lado, houve recuo no faturamento real<br />
das empresas industriais e no rendimento médio dos trabalhadores. Essas são<br />
as principais conclusões da pesquisa Indicadores Industriais, divulgado pela CNI<br />
(Confederação Nacional da Indústria).<br />
A indústria também iniciou 2023 com os indicadores em um patamar superior<br />
ao começo do ano passado. De acordo com os dados, houve avanço em relação<br />
a janeiro de 2022 nos índices de emprego, horas trabalhadas, massa salarial e<br />
rendimento médio do trabalhador. No entanto, o indicador de faturamento<br />
apresentou queda de 1,1% e a utilização da capacidade instalada recuou 1,5 ponto<br />
percentual.<br />
De acordo com a economista da CNI, Larissa Nocko, a indústria de transformação<br />
apresenta, em linhas gerais, uma posição melhor na comparação entre o<br />
começo de 2023 e final de 2022. “A pesquisa mostra um fôlego relacionado ao<br />
mercado de trabalho, mas ao mesmo tempo um recuo do faturamento real das<br />
empresas. A alta no emprego vem associada ao aumento do número de horas trabalhadas<br />
na produção, o que mostra um certo nível de aquecimento da atividade<br />
industrial”, destaca Larissa.<br />
Foto: divulgação
Carbono neutro<br />
13<br />
Foto: divulgação<br />
Um estudo inédito da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) começou a mensurar<br />
os dados de acúmulo de carbono em PFM (produtos florestais madeireiros), como madeira serrada, painéis de<br />
madeira e papel e papelão, bem como resíduos descartados desses materiais. Em 2020 foi elaborado o primeiro<br />
levantamento, levando em conta o ano de 2016 e contabilizou 50,7 milhões de toneladas de CO₂ equivalentes no<br />
país. O número obtido, apesar de ser considerado ainda pequeno, quando comparado a outros países, representa<br />
3,5% do total de emissões de GEE (gases de efeito estufa), e é deduzido da conta final de emissões brutas, o que<br />
pode ser cada vez mais estratégico para o Brasil. Esses dados foram incluídos no Inventário Nacional de GEE enviado<br />
à UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). O relatório, publicado a cada 5<br />
anos, apresenta um panorama sobre a implementação no país da chamada Convenção do Clima e tem como um<br />
dos principais componentes a revisão e atualização do Inventário Nacional de Emissões e Remoções Antrópicas<br />
de GEE não Controlados pelo Protocolo de Montreal.<br />
De acordo com o pesquisador da EMBRAPA Florestas, Luiz Marcelo Rossi, responsável pela coordenação do<br />
relatório sobre a remoção dos PFM, a metodologia do IPCC-2006 (Painel Intergovernamental sobre Mudanças<br />
Climáticas) estabeleceu modelos, cálculos e dados de referência, como, por exemplo, a densidade de cada madeira<br />
considerada e o teor de carbono dos produtos. “A madeira é composta por carbono em cerca de 50%, assim todo<br />
PMF, como um móvel, um livro, uma tábua contém carbono que foi retirado da atmosfera pelas árvores. Dessa<br />
maneira o carbono permanece armazenado no produto até que inicie a decomposição e consequente emissão e CO₂<br />
após o uso. Assim, a produção e uso de PMF é uma forma de aumentar a remoção de CO₂ da atmosfera contribuindo<br />
para redução dos efeitos das mudanças climáticas”, afirma Luiz. A contribuição dos produtos florestais na remoção<br />
de CO₂ representa cerca de 13% das emissões brutas do setor Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas.
Curtas & Novidades<br />
14<br />
Foto: divulgação<br />
Tributação zerada<br />
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, assinou decretos que reduzem a carga tributária de vários segmentos<br />
industriais no Estado, incluindo o moveleiro, até 31 de dezembro de 2024, contemplando também retroativos a janeiro de<br />
2023. As medidas têm o objetivo de minimizar os custos de produção, estimulando a competitividade e a economia local.<br />
Os benefícios – alguns renovados e outros concedidos pela primeira vez – têm potencial para promover novos investimentos<br />
e gerar mais empregos no Estado. Em suma, os decretos concedem isenção, redução de base de cálculo, crédito<br />
outorgado ou diferimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A medida também reverte os<br />
efeitos do ajuste implementado em 2020, que havia reduzido os benefícios fiscais em razão da pandemia.<br />
Tarcísio afirmou em discurso que a nossa caminhada vai ser no sentido de promover a reindustrialização do Estado e a<br />
competitividade da indústria paulista. “Nossa expectativa é que a renúncia, mesmo que em um primeiro momento leve a<br />
uma redução de arrecadação, alavanque os investimentos no Estado, com a geração de emprego e renda”, afirmou Tarcísio<br />
na ocasião de assinatura do documento, que reuniu diversos membros do governo estadual e de entidades setoriais.<br />
O presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes, avaliou a decisão como um<br />
passo importante rumo à reindustrialização do país. São Paulo sai na frente e a decisão deve servir como referência para<br />
outros Estados brasileiros, sendo fundamental para a retomada da indústria e da economia nacional.
Curtas & Novidades<br />
Projeto lançado<br />
O PDCImob, Projeto de Desenvolvimento, Competitividade e Integração da Indústria do Mobiliário, foi lançado no<br />
polo moveleiro de Arapongas (PR). Idealizado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e o<br />
SEBRAE NACIONAL (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com o SIMA (Sindicato<br />
das Indústrias de Móveis de Arapongas). O projeto tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de micro e pequenas<br />
empresas do setor moveleiro nacional, por meio de ações de inteligência setorial, melhoria da competitividade e<br />
aproximação comercial.<br />
O propósito maior é impulsionar o crescimento desses negócios em diversos aspectos. Promovendo, assim, o<br />
aprimoramento da gestão e a integração digital dessas empresas, bem como a inserção destas em programas de<br />
competitividade e ao design integrado à indústria, além da conexão com a cadeia produtiva e o incremento comercial<br />
por meio de rodadas de negócios com fornecedores e compradores, entre outros pontos.<br />
Já em execução em vários Estados, o lançamento do projeto em Arapongas visa apresentar os pilares estratégicos<br />
e o foco de trabalho do projeto para todos os empresários do município e da região, convidando aqueles que<br />
estejam interessados e que se adequem ao perfil alvo do PDCIMob a participarem e a associarem esforços para o desenvolvimento<br />
da competitividade, produtividade, inclusão digital e integração das MPEs (micro e pequenas empresas)<br />
de forma sustentável. A partir da mobilização dessas empresas, então, a ABIMÓVEL e o SEBRAE coordenarão a<br />
implementação imediata do Plano de Trabalho na região, com foco no encadeamento produtivo, com diversas ações<br />
previstas em calendário já a partir do evento.<br />
16<br />
Foto: divulgação
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temperatura e alta pressão.<br />
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meio da aglutinação de fibras de madeira com<br />
resinas sintéticas e aditivos. As placas de madeira<br />
são coladas umas sobre as outras com resina, e<br />
fixadas através de pressão.<br />
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Curtas & Novidades<br />
Segurança em foco<br />
018<br />
Para quem atua na indústria, seja de grande ou pequeno porte, é imprescindível estar por dentro da Norma Regulamentadora<br />
nº 12, a NR-12: uma das mais importantes e extensas entre as normas que regulam a consolidação de leis<br />
trabalhistas no país. Em linhas gerais, ela tem como objetivo garantir que máquinas e equipamentos sejam seguros<br />
para o uso do trabalhador, de acordo com a legislação brasileira.<br />
Dessa forma, mesmo máquinas e equipamentos importados que já obedeçam normas de segurança internacionais,<br />
devem ser adequadas à NR-12. Por isso, manter-se atualizado e em conformidade é essencial para o respaldo<br />
técnico, jurídico e financeiro da empresa, além de promover a competitividade e otimizar a produção.<br />
Na busca por colaborar para um melhor entendimento e aplicação da norma, essencial para a manutenção e<br />
desenvolvimento de nossas empresas e produtos, foi lançada a: Cartilha de Segurança em Máquinas para Trabalhar<br />
Madeira – Requisitos de proteção para máquinas com alimentação ou acionamentos manuais.<br />
Primeira de uma série de materiais educativos sobre o tema, a cartilha foi desenvolvida pela FIESP (Federação da<br />
Indústria do Estado de São Paulo) em parceria com a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário),<br />
ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), SENAI-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
Industrial do Estado de São Paulo), SESI-SP (Serviço Social da Indústria do Estado de São Paulo) e sindicatos moveleiros<br />
associados, em comum acordo com a SRTb/SP (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado<br />
de São Paulo – Seção de Segurança e Saúde no Trabalho).<br />
Empregando mais de 390 mil trabalhadores em 32 mil estabelecimentos dispersos pelo Brasil, as indústrias de<br />
fabricação de móveis e de produtos de madeira apresentam considerável índice de gravidade, com o chão de fábrica<br />
devendo ser adequadamente organizado e fiscalizado. Dados do ano de 2021 apontaram, por exemplo, que 40% dos<br />
acidentes de trabalho nesses setores ocorreram com máquinas estacionárias.<br />
Foto: divulgação
Showroom em Destaque<br />
20<br />
SIG BERGAMIN - ARTSY LOUNGE<br />
Tons especialíssimos de laranja e azul preenchem a paleta e criam contraste<br />
com o padrão de pau-ferro presente na marcenaria.<br />
Foto: Romulo Fialdini/CASACOR<br />
Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo<br />
show room
ROBERTO MIGOTO - SENSES HALL DEC<br />
A escolha de materiais passeia livre pelas muitas texturas de revestimentos e<br />
divisórias, um estímulo sensorial que faz parte da experiência da visitação.<br />
Foto: Denilson Machado/CASACOR<br />
Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo<br />
21<br />
WESLEY LEMOS - ESTÚDIO AMORPHOUS<br />
O projeto reflete a interlocução com o design-arte erudito e popular<br />
que caracteriza o trabalho de seu escritório.<br />
Foto: Gabriela Daltro/CASACOR<br />
Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo
Showroom em Destaque<br />
NILDO JOSÉ ARQUITETOS NJ - SERTÃO PORTINARI<br />
O arquiteto baiano, de Feira de Santana, trouxe suas raízes e o universo da arquitetura,<br />
no qual mergulhou quando chegou a São Paulo, para criar seu Infinito Particular.<br />
Foto: Denilson Machado/CASACOR<br />
Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo<br />
22<br />
LUCAS TAKAOKA - CASA COSENTINO EMBAÚBA<br />
Segundo o profissional, assim como a mata procura se<br />
reequilibrar, o ser humano pode aprender a se cuidar melhor<br />
Foto: Gabriela Daltro/CASACOR<br />
Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo
PLANTAR IDEIAS - SOL:.AR<br />
É possível reconhecer a influência de Burle Marx no trabalho da dupla<br />
na seleção de espécies nativas da Mata Atlântica, nas texturas dos<br />
pisos e no desenho orgânico das arquibancadas.<br />
Foto: (Salvador Cordado/CASACOR)<br />
Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo<br />
23<br />
OTTO FELIX - CASA LG<br />
Paredes erguidas com tijolos de vidro e mobiliário vintage integram o rol<br />
de elementos que Otto Felix selecionou para homenagear o patrimônio<br />
modernista dos anos 1950.<br />
Foto: Denilson Machado/CASACOR<br />
Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo
Showroom em Destaque<br />
BEATRIZ QUINELATO - ESPELHO DA ALMA<br />
Pórticos inspirados no desenho das janelas da área residencial do<br />
Conjunto Nacional são o principal elemento construtivo do espaço.<br />
Foto: Renato Navarro/CASACOR<br />
Informações: https://casacor.abril.com.br/mostras/sao-paulo<br />
24<br />
HÉLIO ALBUQUERQUE - PARTICU-LAR E INFINITO<br />
O projeto usa tons neutros e muitas texturas em um ambiente que<br />
confirma que não há a necessidade de grandes intervenções em<br />
uma reforma para se fazer um espaço contemporâneo e acolhedor.<br />
Foto: Edgard Cesar<br />
Informações: www.casacor.com.br/mostras
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SILVANA E LUISA ALBUQUERQUE - ESPAÇO SER<br />
O estilo contemporâneo, com cores claras e tons neutros, é a base do<br />
projeto. As cores estão nos objetos, obras de arte e mobiliário, que<br />
dão o toque de personalidade e exclusividade.<br />
Foto: Edgard Cesar<br />
Informações: www.casacor.com.br/mostras<br />
26<br />
QUINTINO FACCI ARQUITETOS - LOFT PERMANE(SER)<br />
Simplicidade e minimalismo para celebrar o infinito particular, a<br />
conexão com a alma. Assim é esse refúgio intimista que representa a<br />
singularidade do indivíduo, com tudo o que ele tem e precisa viver.<br />
Foto: Carolina Mossin<br />
Informações: www.casacor.com.br/mostras
Showroom em Destaque<br />
STUDIO VARANDA - STUDIO DO DESIGNER<br />
Criado por Felipe Zorzeto e Marcella Schiavoni, espaço retrata<br />
um ambiente que a dupla de arquitetos teria em sua própria casa.<br />
O objetivo é proporcionar ao visitante o universo da criação.<br />
Foto: Edgard Cesar<br />
Informações: www.casacor.com.br/mostras<br />
28<br />
SILVIA SCALI - HABITAÇÃO<br />
A estrutura que combina madeira roliça e alvenaria dá ao ambiente o<br />
aconchego e a tranquilidade que a arquiteta propõe em seu trabalho.<br />
Foto: divulgação<br />
Informações: www.https://www.scali.com.br
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Entrevista<br />
30<br />
Foto: Framed
Yasmine<br />
Weissheimer<br />
Arquitetando o setor<br />
P<br />
ensar um projeto residencial ou comercial nunca foi um limite<br />
para Yasmine Weissheimer. A arquiteta sempre criou<br />
para surpreender e proporcionar verdadeiras experiências<br />
para seus clientes ao receber um projeto finalizado. Dotada<br />
de um forte viés empreendedor, Yasmine elevou sua carreira<br />
para além da arquitetura, oferecendo para outros profissionais<br />
métodos e caminhos para que a arquitetura não fique apenas<br />
em projetos no papel, mas caminhe para uma solução completa<br />
para o cliente.<br />
31
Entrevista<br />
32<br />
Como começou sua carreira na arquitetura?<br />
Começou por influência da minha<br />
família. Tinha começa a faculdade de<br />
sistemas de informação, mas não me<br />
encontrei ali e como meu pai tem uma<br />
imobiliária, ele sugeriu o curso de arquitetura.<br />
A cada dia que passava me<br />
apaixonava mais pelo curso. Quando<br />
me formei veio um grande desafio,<br />
pois morava em uma cidade pequena<br />
e as oportunidades na área eram raras.<br />
Consegui aproveitar um crescimento<br />
no número de empreendimentos e da<br />
construção para conquistar clientes<br />
para imóveis residenciais, que até hoje<br />
são minha grande paixão. Consegui<br />
assumir desafios cada vez maiores e<br />
nesses 11 anos de carreira pude levar<br />
meu nome e meu escritório a um lugar<br />
de relevância no mercado.<br />
Quais suas maiores inspirações?<br />
Sempre vislumbrei o empreendedorismo<br />
e admirei profissionais e pessoas<br />
que são empreendedoras. Meus pais<br />
são grandes inspirações para mim,<br />
porque eles sempre foram empreendedores.<br />
É uma família que veio de<br />
baixo e teve que trabalhar muito para<br />
conquistar o que tem hoje. Acredito<br />
que me espelho muito neles e em pessoas<br />
que têm uma carreira de sucesso<br />
no empreendedorismo. Olho mais essa<br />
parte empreendedora do que tanto a<br />
parte arquitetônica em si. Porque acredito<br />
que todo o arquiteto é preparado<br />
para construir a arquitetura. Mas ele<br />
não é preparado para empreender. Isso<br />
é algo que a gente precisa desenvolver<br />
ao longo da carreira para conseguir<br />
viver no mercado, para conseguir se<br />
manter. Passei por muitas dificuldades<br />
para chegar onde cheguei justamente<br />
por essa falta de conhecimento no empreendedorismo.<br />
Saber cobrar, captar<br />
um cliente, vender, mostrar o meu trabalho,<br />
me posicionar, são aprendizados<br />
que me tornaram uma profissional bem<br />
sucedida.<br />
CURIOSAMENTE<br />
NÃO TENHO UM<br />
PROJETO PREFERIDO,<br />
MAS ACREDITO<br />
QUE CADA UM DOS<br />
PROJETOS TENHA<br />
UMA IMPORTÂNCIA<br />
ÚNICA PARA O<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
DA MINHA CARREIRA
Qual a importância da madeira nos<br />
projetos?<br />
A madeira é um elemento extremamente<br />
importante, tanto na parte funcional,<br />
quanto na parte de conforto e<br />
estética. É um material que vai sempre<br />
estar presente nos meus projetos pela<br />
sua relevância e pela sua multifuncionalidade.<br />
Como surgiu a ideia dos manuais<br />
de projeto? Sempre teve essa visão<br />
empreendedora?<br />
Em 2020 decidi que queria transformar<br />
ou construir um novo negócio que<br />
tivesse escala, pois a arquitetura não é<br />
escalável. Temos um exemplo que é a<br />
produção de projetos de atendimento<br />
ao cliente, uma vez que cada cliente<br />
acaba exigindo muito da nossa presença,<br />
mesmo que tenhamos uma equipe,<br />
normalmente o cliente quer conversar<br />
com o proprietário do escritório. Então,<br />
depois de estudar muito, fazer vários<br />
treinamentos, várias mentorias, entendi<br />
que ajudar o arquiteto a construir<br />
uma carreira de sucesso poderia ser<br />
um meio para isso. Criei uma conta no<br />
instagram de forma super despretensiosa<br />
e comecei a compartilhar as minhas<br />
dificuldades no início da carreira,<br />
que não sabia cobrar por um trabalho,<br />
não conseguia passar o preço para o<br />
cliente, chegar em um valor justo. Não<br />
tinha estratégia de venda, assim perdia<br />
muitos clientes. Compartilhei todas as<br />
lutas que tive no início da carreira e isso<br />
gerou uma conexão muito grande com<br />
outros profissionais que se identificavam<br />
com as mesmas dores. Tinha que<br />
Yasmine Weissheimer<br />
33
Entrevista<br />
34<br />
sempre concorrer com os demais colegas<br />
para conseguir um trabalho. Esse<br />
projeto despretensioso se tornou uma<br />
realização profissional, que de maneira<br />
muito gratificante me proporciona a<br />
oportunidade de ensinar os profissionais<br />
a ter uma visão empreendedora.<br />
Como aliar sustentabilidade e responsabilidade<br />
ambiental?<br />
Isso vem de um trabalho de conscientização.<br />
O arquiteto tem um papel<br />
fundamental e muito norteador em<br />
um projeto. Ele realmente direciona o<br />
cliente e ele é a pessoa que vai trazer<br />
a informação para o cliente. Cada profissional<br />
tem o papel de mostrar para o<br />
cliente a importância, a necessidade, os<br />
ganhos de um projeto mais sustentável.<br />
Essa é a melhor maneira de aliar o<br />
útil ao agradável.<br />
Gosta do estilo de arquitetura<br />
Comfy? É seu estilo preferido para<br />
os projetos?<br />
Não diria que é o meu estilo preferido,<br />
porém sempre projetei para o cliente<br />
e nunca para mim. Por natureza sou
Entrevista<br />
36<br />
uma profissional um tanto resistente e,<br />
até de certa forma, contra projetos de<br />
profissionais que pensam em si, na sua<br />
identidade, no seu design e não pensam<br />
naquela pessoa que vai morar ou<br />
conviver no ambiente projetado. A pessoa<br />
que reside no local, que vai olhar<br />
todos os dias para aqueles objetos e<br />
móveis é a pessoa que deve definir o<br />
que é bonito e importante para ela. Se<br />
for falar em estilo, particularmente gosto<br />
de algo mais moderno, que não necessariamente<br />
seria o mais confortável.<br />
Como concilia as carreiras de empreendedora<br />
e arquiteta?<br />
É bastante desafiador, porque apesar<br />
de ter estruturado meu escritório,<br />
o meu negócio de treinamento toma<br />
tempo. Com isso precisei estruturar<br />
o escritório com profissionais competentes<br />
para que pudesse sair da parte<br />
operacional da empresa e ficar apenas<br />
na parte de controles e atendimento ao<br />
cliente. No final, a melhor maneira de<br />
conciliar é a gente delegando o trabalho<br />
para as pessoas competentes.<br />
Quais suas maiores ambições dentro<br />
da arquitetura?<br />
É ver o mercado diferente. Acredito<br />
que vou estar realmente realizada na<br />
arquitetura quando vir os profissionais<br />
cobrando bem pelo seu pelo projeto,<br />
pela sua obra. Sendo valorizados de<br />
fato e isso é algo que infelizmente não<br />
acontece no mercado atualmente.<br />
Tem algum projeto preferido ou<br />
que considere um marco na sua<br />
carreira?<br />
Curiosamente não tenho um projeto<br />
preferido, mas acredito que cada um<br />
dos projetos tenha uma importância<br />
única para o desenvolvimento da minha<br />
carreira.<br />
SE FOR FALAR<br />
DE ESTILO,<br />
PARTICULARMENTE<br />
GOSTO DE ALGO<br />
MAIS MODERNO,<br />
QUE NÃO<br />
NECESSARIAMENTE<br />
SERIA O MAIS<br />
CONFORTÁVEL
www.forumflorestal.org.br<br />
SHIS QL 09, Conjunto 08, Casa 03Lago Sul - Brasília - DF<br />
executivo@forumflorestal.org<br />
@forumflorestal<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
QUE GERA<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
Criada em 1999, o FNBF (Fórum Nacional das<br />
Atividades de Base Florestal), tem como objetivo<br />
defender e representar todo o setor relacionado à<br />
atividade florestal, buscando sempre o devido<br />
reconhecimento e desenvolvimento do setor. Temos<br />
como missão, identificar e discutir questões<br />
relevantes que contribuam para o desenvolvimento<br />
econômico, social e ambiental do setor florestal<br />
brasileiro.
38<br />
Principal
Madeira nacional<br />
em foco<br />
39<br />
PROMOVER A MADEIRA<br />
DE MANEJO SUSTENTÁVEL<br />
E DESBUROCRATIZAR<br />
PROCESSOS É O FOCO DE<br />
ENTIDADE NACIONAL<br />
Fotos: PRODUTOSDEMADEIRA/FNBF/Alessandro Godoy/divulgação
A<br />
Principal<br />
informação é a chave para a<br />
mudança. A maioria da população<br />
ainda acredita que cortar<br />
uma árvore faz mal para a floresta,<br />
mesmo que as práticas de manejo sustentável<br />
sejam utilizadas há mais de<br />
meio século. Criado em 1999, o FNBF<br />
(Fórum Nacional das Atividades de<br />
Base Florestal), trabalha com o objetivo<br />
de desmistificar o trabalho do madeireiro<br />
no Brasil e na conscientização sobre<br />
o uso sustentável da madeira, com<br />
informações e transparência sobre as<br />
atividades florestais.<br />
O FNBF tem como principal objetivo<br />
defender e representar todo o<br />
setor relacionado à atividade florestal,<br />
principalmente de manejo florestal<br />
sustentável, perante o governo federal,<br />
entidades e sociedade de uma<br />
forma geral buscando sempre o devido<br />
reconhecimento e desenvolvimento<br />
do setor. Frank Rogieri, presidente do<br />
FNBF, explica de maneira sucinta, que o<br />
trabalho do fórum é junto aos agentes<br />
públicos no desembaraço de burocracias<br />
que envolvem o trabalho florestal<br />
e demais esclarecimentos das situações<br />
do segmento, melhorando a legislação<br />
vigente, as normativas atuais, para<br />
fazer o setor crescer com sustentabilidade<br />
e um futuro claro à frente. “Hoje<br />
temos questões de insegurança jurídica<br />
muito fortes, que impedem o aporte de<br />
investimentos e, consequentemente,<br />
a continuidade do trabalho de quem já<br />
está no mercado e de quem gostaria de<br />
fazer parte da indústria”, alerta Frank.<br />
Ele cita um exemplo sobre exportações,<br />
que muitas vezes, containers de<br />
madeira ficam meses parados nos portos<br />
por burocracias que poderiam ser<br />
evitadas, atrapalhando, assim, o crescimento<br />
do setor. “Essa postura, do<br />
governo, faz com que o mercado perca<br />
em competitividade no âmbito mundial,<br />
desestimula o produtor nacional<br />
e, com isso, compromete toda a cadeia<br />
produtiva da madeira”, compara Frank<br />
em detrimento a outros produtos de<br />
exportação nacional que têm muito<br />
menos entraves em seus processos.<br />
O presidente do FNBF revela que<br />
o maior inimigo do trabalho realizado<br />
pelo fórum é a desinformação. Nas<br />
palavras de Frank, é um inimigo desleal,<br />
invisível, muito forte e que se dissemina<br />
muito rápido. “A maior parte da<br />
população não sabe o que é o manejo<br />
sustentável, nem sabe sobre o desmatamento<br />
e destruição da floresta,<br />
que é exatamente o contrário do que<br />
defendemos. Queremos a floresta em<br />
40
41<br />
pé viva, renovada e em sua plenitude”,<br />
explica Frank.<br />
Uma das informações mais importantes<br />
que Frank apresenta está nos<br />
números sobre a madeira nativa e o<br />
que o manejo sustentável representa<br />
para a cadeia produtiva nacional com<br />
previsões de crescimento contínuo<br />
para os próximos anos. “Apenas no<br />
Mato Grosso são 4 milhões de hectares<br />
de áreas privadas, as concessões florestais<br />
estão abrindo portas para que<br />
se atinjam mais 4 milhões até o final<br />
de 2024”, sublinha Frank. O presidente<br />
foca no fator econômico do manejo,<br />
que além de proteger a floresta, gera<br />
empregos, renda e arrecadação de<br />
impostos da Amazônia brasileira. “O<br />
Brasil produz 10% da madeira do mundo,<br />
no mercado de exportação temos<br />
apenas 3%, então podemos crescer muito<br />
mais em madeira sustentável”, vislumbra<br />
Frank. Além disso, o presidente<br />
do FNBF considera que a maior conquista<br />
da entidade é a divulgação de<br />
informação e a quebra do preconceito<br />
que a maioria da população tem com o<br />
madeireiro. Hoje o FNBF está presente<br />
em vários segmentos da sociedade civil<br />
organizada, como Fundo da Amazônia,<br />
e temos conquistado cada dia mais espaço<br />
na defesa do trabalho sério que é<br />
feito na floresta. “Recentemente, junto<br />
a influenciadores como Richard Rasmussen,<br />
fizemos um trabalho que rodou<br />
o mundo mostrando a importância<br />
do manejo sustentável, os benefícios<br />
para a população e a preservação da<br />
floresta”, orgulha-se Frank.<br />
Para os próximos anos o trabalho<br />
do FNBF continuará forte e cada vez<br />
mais imersivo para conscientizar a população<br />
e os profissionais envolvidos<br />
na cadeia da madeira. Um dos planos<br />
de Frank é levar para a floresta Amazônica<br />
todos os atores que englobam<br />
o setor de base florestal, como arquitetos,<br />
designers, engenheiros e lojistas<br />
que queiram conhecer o manejo na<br />
prática. “Queremos que todos estejam,<br />
bem informados e saibam que a exploração<br />
sustentável é a maior ferramenta<br />
de preservação da floresta”, resume<br />
Frank.<br />
“A NOSSA MADEIRA<br />
É ORIUNDA DO<br />
MANEJO FLORESTAL<br />
SUSTENTÁVEL, CONTRIBUI<br />
EFETIVAMENTE PARA<br />
A PRESERVAÇÃO E<br />
CONSERVAÇÃO DAS<br />
FLORESTAS BRASILEIRAS,<br />
RESPEITANDO A<br />
FAUNA, A FLORA,<br />
PRESERVANDO NOSSAS<br />
ÁGUAS E LEVANDO<br />
DESENVOLVIMENTO PARA<br />
MAIS DE 28 MILHÕES<br />
DE HABITANTES DA<br />
AMAZÔNIA BRASILEIRA”<br />
Frank Rogieri, presidente<br />
do FNBF
Principal<br />
MADEIRA SUSTENTÁVEL<br />
Um grande marco para o FNBF<br />
foi a realização do evento: Madeira<br />
Sustentável - o futuro do mercado. O<br />
evento reuniu mais de 200 pessoas no<br />
Boulevard JK, em São Paulo (SP) e contou<br />
com a presença de arquitetos, ambientalistas<br />
e madeireiros do país todo<br />
para discutir os benefícios do manejo<br />
florestal. Frank Rogieri abriu o evento<br />
falando da importância do manejo<br />
para a economia nacional e como ela<br />
vai de encontro às pautas sustentáveis<br />
tão presentes hoje em dia. “A nossa<br />
madeira é oriunda do manejo florestal<br />
sustentável, contribui efetivamente<br />
para a preservação e conservação das<br />
florestas brasileiras, respeitando a fauna,<br />
a flora, preservando nossas águas e<br />
levando desenvolvimento para mais de<br />
28 milhões de habitantes da Amazônia<br />
brasileira”, afirmou Frank.<br />
O presidente do FNBF continuou<br />
sua apresentação criticando a confusão<br />
que acontece em relação ao manejo<br />
sustentável e o madeireiro ilegal, que<br />
gera preconceito em relação ao uso da<br />
madeira nacional por arquitetos, urbanistas<br />
e engenheiros que não estão habituados<br />
com o tema. “O nosso setor<br />
é uma das molas propulsoras, um dos<br />
pilares da manutenção, da conservação<br />
das florestas, por meio do manejo florestal<br />
sustentável”, destacou Frank.<br />
Segundo os organizadores, acabar<br />
com o preconceito e trazer informações<br />
claras sobre madeira nacional e<br />
como o manejo sustentável garante a<br />
floresta em pé, são os objetivos.<br />
Levar mais conhecimento aos<br />
arquitetos, engenheiros, designers,<br />
lojistas que vendem madeira nativa,<br />
professores e estudantes sobre a manutenção<br />
das florestas, além de esclarecer<br />
dúvidas do processo de manejo é<br />
fundamental.<br />
Rafael Mason, presidente do CI-<br />
PEM, informou que somente o Estado<br />
de Mato Grosso tem a capacidade de<br />
dobrar a produção do setor florestal<br />
sustentável e ser a principal ferramenta<br />
de combate ao desmatamento ilegal<br />
no Brasil. “Atualmente são 3 milhões<br />
de hectares de produção e com capacidade<br />
para atingir 6 milhões até 2030.<br />
Ao todo são 6 mil empreendimentos e<br />
cerca de 2 mil indústrias, principal base<br />
econômica de 44 municípios do Estado”<br />
afirmou Rafael.<br />
Silvio Rangel, presidente da FIEMT<br />
(Federação das Indústrias de Mato<br />
Grosso), aproveitou sua participação<br />
para falar sobre a importância econômica<br />
do manejo sustentável, que leva<br />
oportunidades para a população local.<br />
“Precisamos pensar na Amazônia com<br />
a visão de cuidado sim, mas também<br />
com a visão de gerar renda e proporcionar<br />
uma vida melhor para quem vive na<br />
floresta e pode tirar seu sustento dela<br />
de maneira legal”, esclareceu Silvio.<br />
Mauren Lazzaretti, secretária de<br />
meio ambiente do Estado de Mato<br />
Grosso, tratou o evento como um passo<br />
importante para a quebra de para-<br />
42
43<br />
digmas em relação à atividade florestal.<br />
“Nosso trabalho na secretaria é o de<br />
desmistificar para a sociedade, órgãos<br />
de controle e potenciais consumidores<br />
que as pessoas da Amazônia não são<br />
um problema, mas sim a solução para a<br />
floresta”, destacou Mauren.<br />
Lilian Sarrouf, Consultora de Gestão<br />
Empresarial e Ambiental do CBIC (Câmara<br />
Brasileira da Indústria da Construção<br />
Civil) e Fulvio Vitorino, diretor técnico<br />
do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)<br />
dividiram o palco em uma<br />
breve apresentação, onde destacaram<br />
a importância do uso da madeira na<br />
engenharia e a necessidade de ir além<br />
do uso, mas do desenvolvimento de<br />
projetos construtivos industrializados<br />
que utilizem madeira, pois, na opinião<br />
de ambos, há demanda para a madeira,<br />
mas ainda há pouca informação.<br />
Roberto Lecomte, arquiteto da<br />
Casacerta Arquitetura & Construção,<br />
falou sobre madeira na arquitetura e na<br />
construção, dando ênfase para os tipos<br />
de madeira que podem ser utilizados<br />
e como cada aplicação pode trazer<br />
resultados únicos para a obra. “Minha<br />
aposta para a construção do futuro é<br />
a madeira e temos um mercado com<br />
grande potencial no Brasil”, ressaltou<br />
Roberto.<br />
Marcelo Aflalo, presidente do Núcleo<br />
de Referência em tecnologia da<br />
madeira da USP (Universidade de São<br />
Paulo) apresentou o tema: Madeira<br />
nativa na construção - projeto como<br />
pesquisa. Para Marcelo, um de seus<br />
principais objetivos é promover pesquisas<br />
que estão sendo feitas para alargar<br />
os horizontes no uso da madeira e<br />
ajudar a divulgar a difusão de novas<br />
tecnologias e de processos de construção.<br />
“É preciso olhar com atenção<br />
para os desafios que o uso da madeira<br />
apresenta e cuidar para que a sustentabilidade<br />
não seja apenas na construção,<br />
mas abranja todo o processo”, concluiu<br />
Marcelo.<br />
O evento contou também com<br />
a participação de representantes de<br />
associações de outros Estados. Deryck<br />
Martins, diretor técnico da AIMEX<br />
(Associação das Indústrias Exportadoras<br />
de Madeiras do Estado do Pará),<br />
comentou que a principal mensagem<br />
que o evento passou é que: ao escolher<br />
o uso da madeira na arquitetura, na<br />
engenharia e na construção civil existe<br />
uma série de benefícios que vão além<br />
da própria matéria-prima e fortalecem<br />
toda a cadeia de trabalho envolvida.<br />
“Estamos falando de rastreabilidade,<br />
de um controle total de origem, da utilização<br />
de um bem natural renovável e<br />
que garante a floresta em pé e colabora<br />
com a continuidade do ciclo de todo<br />
um ecossistema”, afirmou Deryck.<br />
O presidente da ACIMDERJ (Associação<br />
dos Comerciantes e Indústria de<br />
Madeiras e Derivados do Estado do Rio<br />
de Janeiro), Wadson Werly, enalteceu<br />
a importância do evento, pela união de<br />
profissionais de várias áreas ao mesmo<br />
tempo e aproveitou para fortalecer os<br />
laços entre ACIMDERJ e FNBF. “Vamos<br />
trabalhar para levar um evento como<br />
esse para o Rio de Janeiro, pois é uma<br />
oportunidade única para mudar a visão<br />
do público sobre o papel dos madeireiros”,<br />
finalizou Wadson.
44<br />
Tecnologia
Prego<br />
de madeira<br />
Fotos: divulgação<br />
EMPRESA DESENVOLVE<br />
PREGOS DE MADEIRA<br />
QUE SÃO OPÇÃO<br />
SUSTENTÁVEL E UMA<br />
VERSÃO ATUALIZADA<br />
DA CARPINTARIA<br />
PRIMITIVA<br />
45<br />
É<br />
praticamente inimaginável pensar<br />
em usar um prego de madeira<br />
para pregar outra madeira.<br />
Uma empresa austríaca apostou na inovação<br />
e sustentabilidade para impactar<br />
o mercado. E vem conseguindo. A sustentabilidade<br />
é umas das pautas mais<br />
importantes para a indústria mundial e<br />
no quesito produtos de madeira não é<br />
diferente. Encontrar soluções que cada<br />
dia mais promovam a pauta ecológico e<br />
ampliem horizontes de produtividade é<br />
a chave para o desenvolvimento de um<br />
futuro baseado na economia verde. Levando<br />
esses fatores em conta a Beck,<br />
indústria multinacional desenvolveu o<br />
LIGNOLOC®, sistema que utiliza pregos<br />
de madeira com tecnologia inovadora<br />
e exclusiva. A ideia dos pregos surgiu<br />
do foco da empresa no combate ao<br />
aquecimento global e busca por soluções<br />
sustentáveis para seus clientes.<br />
Fotos: divulgação
Tecnologia<br />
Historicamente, a Beck é especialista<br />
na produção de produtos em aço, que<br />
cuja produção é responsável por mais<br />
de 10% das emissões de CO₂ (gás carbônico)<br />
do mundo. Michaela Beck, diretora<br />
de marketing, explica que a empresa<br />
tem como objetivo zerar as emissões<br />
de carbono até 2050. Por isso, a empresa<br />
precisou ser inovadora em seu projeto<br />
e em 2015, após reunir um grupo<br />
de projeto, acabou por redescobrir os<br />
pregos de madeira, utilizados na carpintaria<br />
antes do advento dos pregos<br />
de metal. “Utilizamos o conceito antigo<br />
e atualizamos para a era moderna e o<br />
utilizamos para desenvolver o sistema<br />
de fixação mais sustentável e eficiente.<br />
O resultado: nossos pregos de madeira<br />
LIGNOLOC®, que podem ser processados<br />
de forma eficiente e fácil com pregador<br />
pneumático”, disserta Michaela.<br />
Fabricado em madeira de Faia de<br />
reflorestamento, matéria-prima comum<br />
na região da Áustria, o LIGNOLOC® é<br />
um sistema de prego agrupados focado<br />
no desempenho e sustentabilidade. Michaela<br />
explica que devido às suas propriedades<br />
mecânicas, os pregos podem<br />
ser disparados em madeira e materiais<br />
à base de madeira sem pré-perfuração<br />
usando o pregador pneumático FAS-<br />
CO® especialmente desenvolvido na<br />
LIGNOLOC EDITION. “Os pregos de<br />
madeira se destacam pelo seu alto<br />
poder de fixação, através da soldagem<br />
de lignina. Essa soldagem acontece graças<br />
ao design da ponta do prego e da<br />
quantidade de calor gerado pela fricção<br />
quando o prego é cravado, faz com que<br />
a lignina do prego de madeira se solde<br />
com a madeira circundante para formar<br />
uma junta”, explica Michaela.<br />
A diretora de marketing explica<br />
que os pregos de madeiras têm menor<br />
condutividade térmica, baixa corrosão<br />
e resistência química, bem como, menor<br />
desgaste da ferramenta ao cortar<br />
e retificar elementos de madeira. Além<br />
46
NÓS MESMOS VEMOS<br />
POSSIBILIDADES<br />
QUASE ILIMITADAS<br />
PARA O SISTEMA E SE<br />
HOUVER APLICAÇÕES<br />
IMPORTANTES<br />
PARA AS QUAIS<br />
NÃO TEMOS<br />
UMA SOLUÇÃO<br />
LIGNOLOC® HOJE,<br />
ABORDAREMOS<br />
ESSAS TAMBÉM,<br />
MAIS CEDO OU MAIS<br />
TARDE<br />
47<br />
disso, os pregos só atingiram o resultado<br />
padrão da empresa com o mesmo<br />
tipo de madeira, e foram feitos testes<br />
com espécies de vários lugares do mundo.<br />
“Tentamos praticamente de tudo,<br />
mas o melhor resultado em relação às<br />
propriedades mecânicas é a madeira de<br />
Faia europeia. Além disso, cresce em<br />
abundância na Europa, de modo que a<br />
disponibilidade de florestas (sustentáveis)<br />
é protegida por um longo período<br />
de tempo”, completa.<br />
UTILIZAÇÃO DOS PREGOS<br />
Michaela comenta que o principal<br />
foco de utilização do sistema de pregos<br />
de madeira está na construção com<br />
madeira, como tábuas, revestimento<br />
interno ou externo e a construção de<br />
elementos maciços de madeira, como
Tecnologia<br />
48<br />
paredes de madeira laminada cruzada<br />
ou tetos empilhados. Outras aplicações<br />
importantes são a construção de<br />
móveis de madeira maciça, caixões ou<br />
móveis de caixa. “Nós mesmos vemos<br />
possibilidades quase ilimitadas para o<br />
sistema e se houver aplicações importantes<br />
para as quais não temos uma solução<br />
LIGNOLOC® hoje, abordaremos<br />
essas também, mais cedo ou mais tarde”,<br />
vislumbra Michaela. A diretora de<br />
marketing explica, que a Beck tem uma<br />
missão clara: ecologização 360° (graus)<br />
da construção em madeira em todos os<br />
principais mercados do mundo, possibilitando<br />
que os construtores realizem<br />
seus projetos de construção inteiramente<br />
com sistemas de fixação sustentáveis<br />
ou recicláveis e, assim, troquem<br />
uma parte significativa dos pregos de<br />
aço por pregos de madeira. “Estamos<br />
convencidos de que podemos fazer a<br />
diferença no futuro com a tecnologia<br />
de fixação”, exalta Michaela.<br />
MERCADO<br />
Na Europa LIGNOLOC já é uma realidade<br />
em inúmeros países com implementação<br />
em vários projetos e já está<br />
presente na América do Norte, Ásia e<br />
Oceania. Michaela Beck relata que o entusiasmo<br />
com o sistema não é apenas<br />
da empresa, mas também conseguiu<br />
convencer especialistas e autoridades<br />
públicas da Alemanha, que autorizaram<br />
o uso do sistema no país há 3 anos. “A<br />
aprovação permite o planejamento,<br />
projeto e execução de carga conexões<br />
de rolamento na construção de armação<br />
de madeira, pranchas e painéis feitos<br />
de madeira maciça, materiais à base<br />
de madeira ou fibra de gesso podem<br />
ser fixados a materiais de construção<br />
de madeira usando pregos de madeira”,<br />
aponta Michaela.<br />
Para o mercado brasileiro as expectativas<br />
são boas, principalmente com o<br />
potencial que a empresa vê no mercado<br />
do país. “O Brasil é um importante<br />
mercado que também vemos como essencial<br />
no campo da construção de casas<br />
de madeira em um futuro próximo,<br />
devido aos enormes estoques de pinus<br />
e eucalipto, ambos perfeitamente adequados<br />
para o uso do LIGNOLOC®”,<br />
conclui Michaela.
Edifício The Union | Brasília - DF<br />
(61) 3797 3251 (61) 9 9233-3251<br />
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casa.certa<br />
ARQUITETURA<br />
DESIGN<br />
CONSTRUÇÃO<br />
www.casacerta.arq.br<br />
Os novos tempos<br />
exigem novas ideias<br />
em busca do<br />
bem-estar
Aqui tem Madeira<br />
50<br />
Sonoridade<br />
BRASILEIRA<br />
Fotos: divulgação
FABRICANTE BRASILEIRA UTILIZA<br />
MADEIRA SUSTENTÁVEL PARA<br />
FABRICAR GUITARRAS DE ALTO PADRÃO<br />
51<br />
O<br />
Brasil é conhecido mundialmente<br />
por sua música e agora<br />
ganha mais espaço no mercado<br />
de instrumentos musicais. A Studebaker,<br />
marca nacional de instrumentos,<br />
produz guitarras e baixos utilizando<br />
madeira nacional sustentável, proporcionando<br />
instrumentos com madeiras e<br />
timbres únicos.<br />
Breno Oliveira, diretor comercial<br />
da Studebaker, conta que a ideia da<br />
produção de guitarras nasceu da união<br />
de vários fatores, que vai da paixão<br />
por instrumentos musicais de todos<br />
os integrantes do time Studebaker, a<br />
busca por instrumentos de qualidade<br />
e o acesso dificultado pelo alto custo<br />
dos instrumentos importados. “Nossa<br />
ideia original era desenvolver os instrumentos<br />
no Brasil e fabricar na Ásia,<br />
mas como ainda era um projeto novo,<br />
tomamos coragem, compramos os<br />
equipamentos demos inicio ao trabalho<br />
por aqui mesmo. Hoje oferecemos<br />
instrumentos de qualidade, com preço<br />
acessível e fortalecemos a indústria nacional”,<br />
destaca Breno.<br />
O uso de madeira sustentável é<br />
outro fator que coloca as guitarras e<br />
baixos da Studebaker em um lugar de<br />
destaque. Breno explica que na visão<br />
da empresa, isso une o melhor de<br />
dois mundos: a sustentabilidade, que<br />
utiliza menos recursos naturais para a<br />
produção, e da qualidade do produto<br />
final. “A madeira que utilizamos vem<br />
de demolição, trilhos de trem ou casas<br />
antigas, que passou por toda sorte de<br />
intempéries climáticas e secou completamente,<br />
que para um instrumento, é<br />
essencial”, explica Breno.<br />
Como especialista no assunto, pois
Aqui tem Madeira<br />
também é músico, Breno descreve<br />
um cenário de como a madeira completamente<br />
seca garante qualidade<br />
para quem viaja muito para realizar as<br />
apresentações. “As variações de temperatura<br />
de um país como o Brasil, ou<br />
mesmo o ambiente do show com a iluminação<br />
do palco sobre o instrumento<br />
pode afetar a estrutura da madeira e,<br />
consequentemente, afetar o som e danificar<br />
o instrumento”, descreve Breno<br />
sobre os resultados obtidos pelo uso<br />
da madeira sustentável no cotidiano<br />
dos músicos.<br />
O diretor comenta que em situações<br />
específicas podem ser utilizadas<br />
madeiras de outras fontes, mas somente<br />
para produtos personalizados, que<br />
também são de madeira reaproveitada.<br />
“Utilizamos madeira com alguma falha<br />
e trabalhamos com resina epóxi para<br />
estilizar o instrumento, mas para nós o<br />
importante é fazer algo incrível com o<br />
que tem em mãos, com responsabilidade<br />
e bom gosto”, afirma Breno.<br />
A decisão de fazer instrumentos<br />
com madeira sustentável gerou resultados<br />
muito positivos para a marca,<br />
pois além de uma prática positiva para<br />
o meio ambiente, as respostas dos<br />
músicos têm sido as melhores. “Muitos<br />
ficam curiosos, mas a maioria vê a<br />
iniciativa de maneira positiva”, aponta<br />
Breno.<br />
52<br />
HOJE VÁRIOS DE NOSSOS<br />
ARTISTAS PATROCINADOS<br />
ESCOLHERAM ESSE MESMO<br />
MODELO DE BRAÇO, POIS<br />
É, ACIMA DE TUDO, UM<br />
INSTRUMENTO ESTÁVEL,<br />
DE BOA PEGADA E LINDO<br />
ESTETICAMENTE<br />
Breno Oliveira, diretor comercial<br />
da Studebaker
O diretor relata que alguns olham<br />
com certa desconfiança, mas a melhor<br />
forma de provar o ponto é demonstrar<br />
a qualidade do seu trabalho entregando<br />
um produto final que seja o resultado<br />
perfeito do que você idealizou. “Um<br />
exemplo que gosto de utilizar é de<br />
uma guitarra que fizemos com o braço<br />
em Teca, pois é uma madeira bonita<br />
e macia, mas com densidade menor<br />
do que o padrão. Ficamos um pouco<br />
inseguros em relação a estabilidade<br />
da guitarra, porém no final o resultado<br />
ficou incrível. Hoje vários de nossos<br />
artistas patrocinados escolheram esse<br />
mesmo modelo de braço, pois é, acima<br />
de tudo, um instrumento estável, de<br />
boa pegada e lindo esteticamente”,<br />
adjetiva Breno.<br />
53
Aqui tem Madeira<br />
O fator financeiro também fez da<br />
Studebaker um importante competidor<br />
para o mercado de instrumentos. Hoje<br />
a fábrica tem capacidade de produção<br />
de até 200 instrumentos mensalmente,<br />
que gera a possibilidade de competição<br />
em relação aos preços. “Se<br />
produzíssemos menos, não teríamos<br />
como competir, mas temos uma equipe<br />
capacitada que mesmo em um volume<br />
alto de produção, leva para os clientes<br />
a mesma qualidade em todos os instrumentos”,<br />
valoriza Breno. Em seus<br />
shows, utiliza o modelo Studebaker<br />
Sky Hawk Olympic White com braço<br />
em Teca, que foi feita especialmente<br />
para ele. O empresário é um grande fã<br />
dos modelos stratocaster, que existem<br />
desde os anos 1950 e a guitarra que<br />
ele usa é baseada nesse modelo. “Sou<br />
apaixonado por esse modelo e essa<br />
paixão não passa, é uma guitarra para a<br />
vida toda”, exalta Breno.<br />
54<br />
“SOU APAIXONADO POR ESSE<br />
MODELO E ESSA PAIXÃO NÃO<br />
PASSA, É UMA GUITARRA<br />
PARA A VIDA TODA”<br />
Breno Oliveira, diretor comercial<br />
da Studebaker
55<br />
A Studebaker já conquistou mercado<br />
e hoje está presente em shows<br />
por todo Brasil. Músicos consagrados<br />
como: Humberto Gessinger, Esteban<br />
Tavares, PJ (do Jota Quest), Gilson<br />
Neto (banda da Cláudia Leitte), Lucio<br />
Maia (Nação Zumbi) e Dudu Castilho<br />
(Anitta). “A lista é muito grande e somos<br />
muito gratos a todos que acreditaram<br />
e fortaleceram o nosso trabalho”,<br />
conclui Breno.<br />
Quem quiser conhecer mais sobre a<br />
Studebaker pode acessar o site: https://<br />
www.studebakerguitars.store/ ou pesquisar<br />
pela empresa no Instagram.
Inovação<br />
Proteção<br />
tecnológica<br />
56<br />
MAIOR PROTEÇÃO PARA A<br />
MADEIRA, FACILIDADE NA<br />
APLICAÇÃO E BAIXO ODOR SÃO<br />
OS PRINCIPAIS DIFERENCIAIS<br />
DE PRODUTO QUE CHEGOU<br />
RECENTEMENTE AO MERCADO<br />
Fotos: divulgação
ANTES<br />
57
Inovação<br />
58<br />
M<br />
uito utilizada em ambientes<br />
externos, a madeira é um<br />
produto natural que requer<br />
manutenção constante. Um dos produtos<br />
mais utilizados é o stain, que<br />
garante durabilidade e beleza onde for<br />
aplicado, pois promove o selamento da<br />
madeira, preservando suas características<br />
por mais tempo. Sabendo disso, a<br />
JOTA Editora, responsável pela publicação<br />
da Revista REFERÊNCIA, e parceira<br />
da Montana Química, fez a manutenção<br />
de seu ambiente externo com o Osmocolor<br />
Stain Base Água, lançamento<br />
da Montana que tem facilitado a vida<br />
dos profissionais do ramo.<br />
A editora já havia utilizado o Osmocolor<br />
stain solvente anos atrás e desta<br />
vez optou pelo stain base água para<br />
testar na prática o novo produto. Ele<br />
foi aplicado em produtos de madeira<br />
como bancos de jardim, painel, deck e<br />
corrimão que ficam na área externa do<br />
prédio onde há exposição severa do sol<br />
e o resultado foi excelente. “Os profissionais<br />
que utilizaram o produto destacaram<br />
a fácil aplicação e o baixo odor<br />
ao manusear. Além disso, foi possível<br />
ver a excelente qualidade, com ótima<br />
cobertura das superfícies garantindo a<br />
durabilidade da madeira”, assegurou<br />
Fábio Machado, diretor comercial da<br />
JOTA Editora.<br />
tempo de secagem, cerca de 3h a 4h<br />
(horas) entre uma demão e outra, o<br />
que possibilita até três demãos em um<br />
único dia.<br />
O baixo odor do produto possibilita<br />
a aplicação em locais com menor circulação<br />
de ar, sem prejudicar o profissional<br />
e possibilitando que o produto seja<br />
aplicado mesmo com outras pessoas<br />
por perto. São características que oferecem<br />
maior grau de velocidade para<br />
execução do serviço e que proporciona<br />
agilidade no trabalho do profissional e,<br />
consequentemente, na entrega do serviço.<br />
O Osmocolor Stain Base Água não<br />
forma película e tem baixa emissão de<br />
VOC (compostos orgânicos voláteis).<br />
ACABAMENTO QUE PROTEGE<br />
O produto é indicado para aplicação<br />
em superfícies aplainadas, lixadas,<br />
rústicas ou qualquer peça de madeira,<br />
desde que não esteja imersa em água e<br />
não esteja enterrada no solo. Indicado<br />
para ambientes externos e internos,<br />
o produto é ideal para portas, janelas,<br />
portões, beirais, móveis para jardins,<br />
móveis contemporâneos e rústicos,<br />
forros, estruturas de telhado, gazebos<br />
e pergolados, expostos em ambientes<br />
que sofrem a ação do tempo ou ambientes<br />
internos, garantindo a durabilidade<br />
da madeira.<br />
“O stain já é um produto premiado<br />
e reconhecido por todos os profissio-<br />
INOVAÇÃO NA LINHA DE STAIN<br />
O Osmocolor Stain Base Água é um<br />
dos últimos lançamentos da Montana<br />
Química, indústria especialista no desenvolvimento<br />
de produtos para tratamento,<br />
proteção e preservação de madeira<br />
e que investe continuamente em<br />
pesquisa para novos produtos de alto<br />
desempenho no setor. A inovação foi<br />
lançada pela indústria durante a Construsul<br />
- Feira Internacional da Construção,<br />
que aconteceu em agosto de 2022,<br />
em Porto Alegre (RS) e está disponível<br />
para os interessados nas lojas especializadas<br />
em todo o território nacional.<br />
Com apenas seis meses de vida a<br />
nova opção de stain já agradou os profissionais<br />
pela facilidade de aplicação<br />
e baixo odor durante o manuseio. O<br />
Osmocolor Stain Base Água é uma inovação<br />
que já vem pronta para o uso e<br />
que permite uma aplicação com menor<br />
“O STAIN JÁ É UM PRODUTO PREMIADO<br />
E RECONHECIDO POR TODOS OS<br />
PROFISSIONAIS DO SETOR. AGORA, COM<br />
A OPÇÃO DA BASE ÁGUA, ESTAMOS<br />
OFERECENDO UMA NOVA POSSIBILIDADE<br />
DE ACABAMENTO, ATENDENDO UM<br />
MERCADO CADA VEZ MAIS EXIGENTE”<br />
Rafael Ferreira, gerente<br />
comercial da Montana Química
nais do setor. Agora, com a opção da<br />
base água, estamos oferecendo uma<br />
nova possibilidade de acabamento,<br />
atendendo um mercado cada vez mais<br />
exigente”, salienta Rafael Ferreira, gerente<br />
comercial da Montana Química.<br />
RESULTADOS QUE ENCANTAM<br />
O Osmocolor Stain Base Água tem<br />
acabamento impregnante acetinado<br />
e como característica, penetra nos<br />
veios da madeira, realçando os seus<br />
desenhos naturais, penetra nas fibras e<br />
acompanha os movimentos, ao mesmo<br />
tempo em que protege e embeleza o<br />
substrato. Possui duplo filtro solar para<br />
proteger a madeira contra a ação dos<br />
raios ultravioleta provenientes do sol,<br />
por meio de pigmentos absorvedores<br />
que protegem a superfície. Possui,<br />
ainda, ação hidrorrepelente, que reduz<br />
o empenamento das madeiras, assegurando<br />
excelente resistência em ambientes<br />
externos.<br />
O produto está disponível em seis<br />
cores: Transparente, Natural UV Gold,<br />
Imbuia, Nogueira, Mogno e Ipê. As cores<br />
podem ser misturadas entre si para<br />
gerar novas tonalidades e deixar o acabamento<br />
na tonalidade desejada.<br />
Com facilidade na aplicação e baixo<br />
odor, o Osmocolor Stain Base Água é<br />
uma inovação que veio para ficar.<br />
ANTES<br />
ANTES<br />
DEPOIS<br />
59<br />
STAIN SOLVENTE X STAIN BASE ÁGUA<br />
DEPOIS<br />
Osmocolor Stain Base Água: é um acabamento<br />
acetinado que realça os veios e os<br />
desenhos naturais da madeira. A sua composição<br />
possui pigmentos absorvedores que<br />
protegem o substrato contra a ação de raios<br />
UV e sua ação hidrorrepelente reduz o empenamento<br />
e a presença de fungos. O fato de<br />
ser à base de água garante secagem rápida e<br />
baixo odor, o que agiliza o trabalho.<br />
Osmocolor Stain Base Solvente: possui<br />
um tempo de secagem maior. Sendo assim,<br />
permite trabalhar a aplicação por mais tempo,<br />
evitando camadas desiguais. O produto<br />
também protege contra os raios UV e fungos<br />
que mancham e emboloram, também repele<br />
a água que causa empenamento e realça os<br />
veios e desenhos naturais da madeira, alterando<br />
ou realçando sua tonalidade.<br />
ANTES<br />
DEPOIS
Evento<br />
60<br />
Futuro da<br />
Construção<br />
Fotos: PRODUTOS DE MADEIRA e Flickr Sistema FIEP
EVENTO<br />
REALIZADO EM<br />
CURITIBA TEVE<br />
COMO PAUTA<br />
A TROCA DE<br />
INFORMAÇÕES<br />
N<br />
o inicio de março foi realizado<br />
um workshop com a participação<br />
de especialistas e empresários<br />
suecos e brasileiros que abriu a exposição<br />
Woodlife Sweden, no Campus<br />
da Indústria, em Curitiba (PR). Promovida<br />
pela FIEP (Federação das Indústrias<br />
do Estado do Paraná) em parceria com<br />
a Embaixada da Suécia e o Swedish<br />
Institute, ela mostra 40 projetos realizados<br />
no país europeu com a utilização<br />
de madeira engenheirada na estrutura<br />
e composição das edificações. O<br />
evento foi precedido de uma reunião<br />
técnica, envolvendo representantes de<br />
diversas entidades e empresas ligadas<br />
a setores que integram a cadeia produtiva<br />
de construções em madeira, com<br />
o objetivo de traçar estratégias para<br />
expandir e consolidar esse mercado no<br />
Brasil.<br />
O workshop mostrou que processos<br />
construtivos em madeira surgem<br />
como alternativas para que a indústria<br />
da construção se torne mais sustentável.<br />
No Brasil, o uso de madeira engenheirada<br />
– que possibilita peças e vigas<br />
maiores, podendo ser utilizada até para<br />
a construção de prédios altos – ainda<br />
está em fase inicial. No país, porém, já<br />
vêm conquistando mercado as construções<br />
em wood frame, que é um sistema<br />
estruturado em peças leves de madeira<br />
maciça serrada.<br />
61
Evento<br />
62<br />
Paulo Roberto Pupo, vice-presidente<br />
da FIEP e superintendente da Abimci<br />
(Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente),<br />
destacou que a mobilização gerada<br />
pelo Woodlife Sweden é um marco<br />
para a união de esforços nessa cadeia<br />
produtiva, com potencial de ampliar<br />
esse mercado e impactar futuramente<br />
no consumo per capita de madeira no<br />
Brasil. “Eventos como este, que reúnem<br />
vários interesses e em que apresentamos<br />
soluções construtivas, com<br />
representantes de peso dessa cadeia,<br />
são fundamentais”, enalteceu Paulo<br />
Pupo.<br />
Juliano Vieira de Araújo, presidente<br />
da Abimci, fez um breve discurso sobre<br />
a importância do evento e como<br />
foco de discussões para o fomento da<br />
madeira engenheirada. “Discutir esses<br />
temas com um grupo tão qualificado<br />
de profissionais é chave para o desenvolvimento<br />
dessa pauta e abertura de<br />
novas possibilidades de negócios”,<br />
pontuou Juliano.<br />
Já o presidente da CBIC (Câmara<br />
Brasileira da Indústria da Construção),<br />
José Carlos Martins, afirmou que a busca<br />
por novos modelos de construção é<br />
essencial para que o setor recupere sua<br />
relevância na economia nacional. “Nossa<br />
participação no PIB (Produto Interno<br />
Bruto), que hoje é de 3%, já foi o dobro<br />
disso. Se a gente quer realmente voltar<br />
a ocupar um espaço que já foi nosso,<br />
precisamos sair da caixinha, e aí existem<br />
duas palavras que são essenciais:<br />
sustentabilidade e produtividade. E<br />
uma das grandes soluções para isso são<br />
as construções com madeira”, apontou<br />
José Carlos.<br />
“EVENTOS COMO ESTE,<br />
QUE REÚNEM VÁRIOS<br />
INTERESSES E EM<br />
QUE APRESENTAMOS<br />
SOLUÇÕES<br />
CONSTRUTIVAS, COM<br />
REPRESENTANTES DE<br />
PESO DESSA CADEIA,<br />
SÃO FUNDAMENTAIS”<br />
Paulo Roberto Pupo,<br />
superintendente da Abimci
“UMA EDIFICAÇÃO COMO ESSA SEQUESTRA O<br />
DOBRO DO CARBONO QUE EMITE, ENTÃO É UM<br />
PRÉDIO CARBONO NEGATIVO”<br />
Robert Schmitz, arquiteto sueco<br />
WORKSHOP<br />
A palestra magna do workshop<br />
de abertura da Woodlife Sweden foi<br />
realizada pelo arquiteto sueco Robert<br />
Schmitz, do escritório White Arkitekter.<br />
Entre os projetos liderados por Schmitz<br />
e que recebeu vários prêmios internacionais<br />
está o do Sara Cultural Centre,<br />
na cidade de Skellefteå, no norte da Suécia.<br />
Além de um centro cultural de 17<br />
mil m² (metros quadrados), o complexo<br />
abriga um hotel de 20 andares e 75m<br />
(metros) de altura, um dos edifícios<br />
mais altos do mundo em madeira engenheirada.<br />
Schmitz afirmou que 40% das emissões<br />
de CO2 (gás carbônico) no mundo<br />
são originárias do setor da construção.<br />
Além disso, o segmento também é<br />
responsável por 30% dos resíduos<br />
gerados na Suécia. Pensando nisso, o<br />
escritório passou a buscar processos<br />
construtivos alternativos e a madeira<br />
surgiu como principal solução. Isso porque<br />
uma construção em madeira, além<br />
de emitir menos GEE (gases de efeito<br />
estufa), ainda sequestra carbono com<br />
a produção florestal necessária para<br />
obtenção da matéria-prima. “Uma edificação<br />
como essa sequestra o dobro do<br />
carbono que emite, então é um prédio<br />
carbono negativo”, destacou Robert<br />
Schmitz.<br />
Além do apelo sustentável, o fato<br />
de as peças em madeira serem provenientes<br />
de um processo industrial aumenta<br />
a agilidade das obras. As peças<br />
estruturais e os módulos do edifício<br />
são pré-fabricados em uma indústria e<br />
apenas montados no canteiro de obras,<br />
reduzindo os prazos de finalização dos<br />
projetos.<br />
FINANCIAMENTO<br />
Junto da experiência sueca, o<br />
workshop debateu também as possibilidades<br />
de financiamento de construções<br />
sustentáveis em madeira no<br />
Brasil. O painel teve a participação do<br />
ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy,<br />
que é diretor de Estratégia Econômica<br />
e Relações com Mercados do Banco Safra.<br />
Ele destacou que a estruturação e<br />
normatização de uma cadeia produtiva<br />
de sistemas construtivos em madeira<br />
é importante para ampliar o acesso a<br />
financiamentos. “Quanto mais escala<br />
e padronização, mais fácil é conseguir<br />
financiar e atrair investidores”, afirmou<br />
Joaquim.<br />
Além disso, um grande impulso<br />
para o financiamento desse segmento<br />
deve vir com a regulamentação de um<br />
mercado de carbono no Brasil – processo<br />
que está em tramitação no Congresso<br />
Nacional. “Para ter um diferencial de<br />
financiamento verde é importante ter<br />
um mercado de carbono, de tal maneira<br />
que aquele carbono que se deixou<br />
de emitir tenha valor para algum outro<br />
agente. Em um mercado como esse, a<br />
construção em madeira poderá ser uma<br />
fornecedora de créditos de carbono”,<br />
complementou Joaquim Levy. Outro<br />
aspecto importante, em sua opinião, é<br />
a necessidade de mostrar garantias da<br />
durabilidade dessas edificações.<br />
63
Evento<br />
O painel contou, ainda, com a<br />
participação do presidente da FIERO<br />
(Federação das Indústrias do Estado<br />
de Rondônia), Marcelo Thomé da Silva<br />
de Almeida, que é também diretor do<br />
Instituto Amazônia+21. A organização<br />
reúne as Federações das Indústrias dos<br />
nove Estados que compõem a Amazônia<br />
Legal, com o objetivo de estruturar<br />
projetos que possam se beneficiar de<br />
linhas de financiamento voltadas para<br />
sustentabilidade. “Há muito dinheiro<br />
disponível para financiar iniciativas<br />
sustentáveis, mas faltam projetos e<br />
apesar de os governos aderirem aos<br />
compromissos, quem vai implementar<br />
a agenda de mitigação das mudanças<br />
climáticas é o setor privado. Sendo uma<br />
agenda privada, precisamos ter projetos”,<br />
salientou Marcelo.<br />
Entre os projetos em que o instituto<br />
trabalha está justamente um que<br />
pretende estruturar uma cadeia produtiva<br />
de madeira engenheirada com<br />
base em florestas plantadas na região<br />
amazônica, para construções de habitações<br />
de interesse popular. O projeto<br />
tem também a participação da CBIC e<br />
do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
Industrial).<br />
O workshop teve, ainda, um painel<br />
técnico que abordou questões como<br />
a produção florestal e os processos de<br />
industrialização de madeira engenheirada,<br />
além dos avanços no Brasil de<br />
uma norma técnica para o wood frame,<br />
sistema construtivo estruturado em<br />
peças leves de madeira maciça serrada.<br />
O painel, mediado pelo assessor parlamentar<br />
e empresarial da presidência do<br />
CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia<br />
e Agricultura), Euclesio Finatti,<br />
teve a participação de Erich Schaitza,<br />
chefe-geral da EMBRAPA Florestas;<br />
Patrick Reydams, diretor de operações<br />
64<br />
“PARA TER UM DIFERENCIAL DE FINANCIAMENTO VERDE É IMPORTANTE<br />
TER UM MERCADO DE CARBONO, DE TAL MANEIRA QUE AQUELE CARBONO<br />
QUE SE DEIXOU DE EMITIR TENHA VALOR PARA ALGUM OUTRO AGENTE. EM<br />
UM MERCADO COMO ESSE, A CONSTRUÇÃO EM MADEIRA PODERÁ SER UMA<br />
FORNECEDORA DE CRÉDITOS DE CARBONO”<br />
Joaquim Levy, do Banco Safra
da Urbem, fabricante de madeira engenheirada<br />
que tem planta industrial<br />
na Região Metropolitana de Curitiba; e<br />
Guilherme Stamato, diretor executivo<br />
da Stamade.<br />
PRÓXIMOS PASSOS<br />
Além do workshop, também foi realizada<br />
uma reunião técnica com mais de<br />
70 representantes de entidades e empresas<br />
ligadas ao setor. Eles debateram<br />
os principais desafios para a ampliação<br />
do uso de madeira em construções no<br />
país. Entre outras questões apontadas<br />
como relevantes, aspectos como a normatização,<br />
criação de uma cultura de<br />
mercado e capacitação de profissionais<br />
foram apontadas como relevantes para<br />
o desenvolvimento dessa cadeia. A<br />
partir das contribuições apresentadas<br />
pelos participantes, será elaborado um<br />
documento com propostas de ações<br />
efetivas a serem colocadas em prática<br />
pelo grupo.<br />
EXPOSIÇÃO<br />
Após o workshop, foi aberta oficialmente<br />
a exposição Woodlife Sweden.<br />
A iniciativa apresenta 40 projetos que<br />
representam um paradigma iminente<br />
na indústria da construção civil, a partir<br />
da utilização de madeira engenheirada<br />
na estrutura e composição das edificações.<br />
A exposição fica em exibição no<br />
Campus da Indústria até 24 de março.<br />
Presente no evento, a embaixadora<br />
da Suécia, Karin Wallensteen, afirmou<br />
ser uma honra saber que seu país serve<br />
de inspiração para que o Paraná debata<br />
o uso de madeira em construções. “As<br />
florestas cobrem 70% da área do país e<br />
o uso da madeira está profundamente<br />
enraizado na cultura sueca. Na Suécia,<br />
os arranha-céus de madeira se tornaram<br />
realidade. Espero que seja de excelente<br />
proveito o conhecimento que<br />
será compartilhado com todos aqui”,<br />
finalizou Karin.<br />
A Woodlife Sweden, exposição<br />
que já percorreu outros países, mostra<br />
projetos de várias escalas, e de toda<br />
a Suécia, que fazem uso da madeira<br />
engenheirada, um material que surge a<br />
partir de processos industriais para que<br />
a madeira ganhe resistência, durabilidade<br />
e qualidade. Por ser um material de<br />
mais fácil manipulação, é mais versátil<br />
do que o aço e o concreto. Além disso,<br />
as construções em madeira engenheirada<br />
também têm 1/5 do peso de uma<br />
construção similar em concreto.<br />
65
Agenda<br />
Abril 2023<br />
FEICON 2023<br />
Data: 11 a 14<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: https://www.feicon.com.br/pt-br.html<br />
A FEICON é referência para os profissionais que fazem parte do mercado de construção<br />
civil e arquitetura, no Brasil e em toda América Latina. Considerada por seus milhares de<br />
visitantes como o principal evento de negócios, relacionamento e inspiração do setor, consolidou-se<br />
justamente porque suas iniciativas presenciais e digitais conectam o mercado<br />
de maneira ampla, gerando conteúdo e negócios durante o ano todo. O evento é o único<br />
da América Latina em que expositores apresentam produtos e serviços para varejistas,<br />
atacadistas, construtores, arquitetos e formadores de opinião em busca de tendências, novas<br />
tecnologias e inspiração! Uma vasta exposição e uma variedade de experiências fazem<br />
com que a realização da FEICON marque o início do calendário da construção civil no país.<br />
SALONE DEL MOBILE<br />
Data: 18 a 23<br />
Local: Milão (Itália)<br />
Informações: https://www.salonemilano.it/en<br />
O Salone del Mobile está quase pronto para a edição de 2023, que será realizada no distrito<br />
Fiera em Milão de 18 a 23 de abril, com Maria Porro reconfirmada como sua presidente. Durante<br />
esta LXI edição, os eventos anuais Exposição Internacional de Acessórios de Mobiliário,<br />
Workplace 3.0, a III edição do S.Project e o evento dedicado a escolas, universidades e designers<br />
com menos de 35 anos SaloneSatellite - que comemora sua XXIV edição em 2023 - será<br />
realizado entre os pavilhões. O Salão de 2023 será novamente uma ocasião imperdível, uma<br />
oportunidade para todo o setor se reunir, discutir seus projetos particulares, trocar e compartilhar<br />
ideias e, não menos importante, será uma chance de se atualizar novamente com nossa<br />
comunidade internacional e fazer um balanço do estado atual da indústria do design, juntamente<br />
com todos os seus principais players.<br />
66<br />
Maio 2023<br />
LIGNA<br />
Data: 15 a 19<br />
Local: Hannover (Alemanha)<br />
Informações: https://www.ligna.de/en/<br />
A LIGNA não é apenas o lugar para descobrir inovações, fechar negócios e construir redes.<br />
Além da exposição pura, a feira oferece inúmeros formatos especiais para todo o espectro<br />
da indústria madeireira e de processamento de madeira, que vão além da área de exibição.<br />
Os líderes do mercado global dão as boas-vindas a esta oportunidade de realizar demonstrações<br />
ao vivo de suas instalações e máquinas em operação. Toda a exposição ofertada na<br />
Ligna Hannover serve de referência e tendência tecnológica para o mundo.<br />
MÓVEL BRASIL<br />
Data: 23 a 26<br />
Local: Balneário Camboriú (SC)<br />
Informações: https://www.movelbrasil.com.br/inicial<br />
A Móvel Brasil Balneário Camboriú será realizada no Expocentro, um moderno centro de<br />
eventos inaugurado este ano. Serão 13 mil m² (metros quadrados) de área de exposição.<br />
Os lojistas irão presenciar um mix inteligente e completo de linhas de produtos, incluindo<br />
estar, jantar, cozinha, dormitório, lazer e planejados. Fabricantes de marcas conceituadas<br />
irão expor produtos com design, materiais nobres, acabamentos impecáveis e beleza ímpar.<br />
“A feira será moderna, atrativa e focada nas oportunidades de negócios mais eficazes<br />
em móveis e decorações. Queremos que os lojistas se surpreendam e se inspirem nesse<br />
novo cenário”, aponta Fernando Hilgenstieler, presidente da Móvel Brasil 2023.<br />
Agosto 2023<br />
FIMMA CONEXÕES<br />
Data: 28 a 31<br />
Local: Bento Gonçalves (RS)<br />
Informações: https://fimma.com.br/<br />
Uma sólida caminhada de 30 anos trabalhando incansavelmente para o desenvolvimento<br />
da cadeia produtiva de madeira e móveis em todo o Brasil, oportunizando a geração de<br />
negócios significativos entre expositores e visitantes. Promovida pela MOVERGS (Associação<br />
das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul) soma mais de 30 anos de<br />
intenso trabalho em prol do fortalecimento das indústrias moveleiras do Estado. A FIMMA<br />
Conexões e Negócios é uma feira com foco comercial. Sua visitação é muito qualificada,<br />
entre os visitantes estão os tomadores de decisão da indústria de móveis, arquitetos, especificadores,<br />
designers, marceneiros, compradores internacionais oriundos de mais de 30<br />
países.
CONSTRUINDO<br />
CONEXÕES PARA NOVOS<br />
NEGÓCIOS.<br />
Fique ligado,<br />
credenciamento<br />
disponível no site!<br />
A FEICON é o único evento da América Latina que<br />
oferece visão completa do mix de setores da<br />
construção civil e arquitetura em um só lugar, com<br />
presença de centenas de marcas.<br />
Através de sua vasta exposição e uma variedade<br />
de experiências com foco em conteúdo, inovação,<br />
relacionamento e negócios, a FEICON marca o<br />
início do calendário da construção civil no país.<br />
feiconoficial<br />
feiconoficial<br />
showcase/feicon-oficial<br />
Credenciamento<br />
pelo site<br />
feicon.com.br<br />
11a14<br />
Abril 2023<br />
São Paulo Expo<br />
10h as 20h - São Paulo/SP<br />
Organização e Promoção<br />
Apoio Institucional
35<br />
a n o s<br />
NBR/PVC Super Soft:<br />
Fácil de limpar, não adere sujeira<br />
Não propaga chama<br />
Resistente UV<br />
Atóxico<br />
Custo benefício<br />
Película de proteção<br />
Aba anti-empenamento para redução de passagem de luz e som<br />
Resistência sem deformação a ciclos de abertura e fechamento. classe 3 - Tráfego intenso<br />
100mil ciclos Ensaio SENAI - ABNT NBR 15930-2 2018<br />
Soluções em<br />
Vedações e Perfis<br />
para esquadrias<br />
071.71<br />
071.87 071.78 e 071.80* 071.81 e 071.85*<br />
071.84<br />
*Borrachas com sentido de aplicação direita > esquerda<br />
TPE:<br />
Recuperação elástica superior<br />
Estabilidade em variações de temperatura<br />
Maior compatibilidade química com tintas e vernizes<br />
Uniformidade e menor torção no rolo<br />
Alta resistência UV<br />
Película de proteção<br />
Aba anti-empenamento para redução de passagem de luz e som<br />
Resistência sem deformação a ciclos de abertura e fechamento. classe 3 - Tráfego intenso<br />
100mil ciclos Ensaio SENAI - ABNT NBR 15930-2 2018<br />
071.90 071.91<br />
071.89 e 071.93* 071.92 e 071.88* 071.94<br />
*Borrachas com sentido de aplicação direita > esquerda<br />
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