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C2PC - Ensaio projetual sobre um Centro Comunitário de Cultura Contemporânea no Centro Histórico de João Pessoa

Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome. "Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."

Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome.

"Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."

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Foi tomado como base as porcentagens médias dos programas

analisados dos correlatos (figura 31) para ir se desenvolvendo

aproximações apropriadas de um pré-dimensionamento. Tem-se

que para um público de 360 pessoas uma área equivalente de Manifestação

(palcos, plateias, etc) seja em média equivalente a 120

m², considerando 3 pessoas/m². Acrescentou-se ainda um espaço

adicional de 100 m². Logo se 220 m² representa 35% da área total

do espaço que queremos, então esse espaço possui em 100% de

630 m² de área, acrescentando uma área adicional de circulação e

alvenarias de 30% tem-se então uma área mínima final de 817 m²,

fora as áreas externas desejadas na escala de 220 m². Realizou-se

também o mesmo processo de cálculo para uma área de 320 m² do

setor de Manifestação, obtendo uma área total de 1371 m². Então

temos que o edifício desejado possui uma área pré-dimensionada

que ocupa uma faixa entre 817 a 1371 m².

4.2. OS TECIDOS QUE COBRIRÃO O ESPAÇO

A esse ponto o edifício inicia seu processo de ganhar uma

vida, suas proporções lhe concedem um desejo pela forma. O contexto

de investigação teórica abordada, a forma crítica de se posicionar

na Cidade, suas atividades e relações, seus objetivos e

intencionalidades compõem um “espírito” de uma quase entidade

autônoma. Por isso, nesse processo de investigação a exploração

das discussões e um “comportamento” da arquitetura desejada antecedem

uma aproximação específica de local. O trabalho propôs

até o momento a investigação do “como se posicionar” e não uma

solução específica para um problema direcionado. As inquietações

surgem antes, surgem ao se perguntar “...mas quais são os problemas?”

para daí iniciar uma abordagem que explore orientações de

soluções. São nós desatados e linhas preparadas para se iniciar

uma costura de tecidos que irão se sobrepor a uma realidade local.

Como um tecido maleável a “entidade” se posicionará edificando

um vazio ou se conformando, se sobrepondo a um sólido no espaço

urbano, mas de ambas as formas promovendo encontros e interseccionando

camadas de realidades. Alguns valores permearam o projeto

entre eles o “Criar”, a “Cultura”, o “Popular” e a “Comunidade”,

por isso por conveniência nomearemos a “entidade” de “C²PC”.

A seguir utilizou-se da linguagem das colagens para iniciar

uma síntese de todas as discussões e suas consequências nas atividades

do C²PC. Estando elas divididas por grupos de setorização

como presentes nas figuras 29 e 30.

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