01.03.2023 Views

C2PC - Ensaio projetual sobre um Centro Comunitário de Cultura Contemporânea no Centro Histórico de João Pessoa

Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome. "Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."

Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome.

"Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Nesse cenário observa-se diversas vidas de lazer e cultura

acontecendo simultâneamente, ruas são ocupadas em espaços não

comodificados e a multiplicidade de públicos conferem uma pulsação

de atividades e encontros espontâneos, a infraestrutura dos

próprios espaços livres públicos se tornam palco de apropriação

que amplifica a voz de determinados agentes culturais e disponibilizam

o espaço público como opções acessíveis lazer. O que se

busca com o projeto, nesse sentido, é então potencializar e ampliar

a diversidade das atividades culturais no Centro. Utilizar-se de uma

escala apropriada para um público da cidade verossímil, possibilitar

a integração de mais agentes culturais nesse circuito que se traça

pela cidade e expandir suas fronteiras em busca de uma maior

acessibilidade e aproveitamento de potencialidades de espaços urbanos

que possam ser requalificados e trazidos a práticas heterotópicas

que possibilitem a revolução a partir da vida cotidiana.

Frente a um crescente contexto de crises, pandemias e

emergências ambientais, surgiu a inquietação de como adequar o

“pensar projeto” nesses cenários. Como visto nos capítulos anteriores,

a complexificação da compreensão do mundo e a maneira de

como a cultura na sociedade contemporânea vem sendo ameaçada

e afetada pelas movimentações de atores globais alertam para um

posicionamento sempre ativo nas políticas do espaço que a atuação

do arquiteto está submetida. Os nós dessa complexificação na

arquitetura se formaram a partir dos entrelaçamentos que as novas

formas de capitalização das mídias e da informação submeteram a

arte, a cultura e a formação dos espaços das cidades através do uso

da tecnologia. A popularização de expressões como “smart cities”

impõe uma visão de que a cidade precisa se modernizar em termos

de globalização-menos (de singularidade) ao invés de construir

uma soberania tecnológica, como elucidam Morozov e Bria (2019).

Precisa-se explorar usos conscientes das novas tecnologias, quais

consequências as adoções imponderadas de Metaversos ou artes

NFT’s trazem para o nosso tecido da realidade? São tecidos que

vem a sobrepor a já existente camada virtual, visto que os recursos

naturais estão em esgotamento e o valor das atuais redes sociais

está sendo perdido, criam-se realidades alternativas, multiversos

de interação entre propriedades intelectuais para se explorar novas

formas de especularização, por sua vez muito mais volátil, já

que suas bases de valor são baseadas na arbitrariedade virtual sem

grandezas materiais.

61

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!