C2PC - Ensaio projetual sobre um Centro Comunitário de Cultura Contemporânea no Centro Histórico de João Pessoa
Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome. "Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."
Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba defendido em 2022. Autor: João Luiz Carolino de Luna. Orientador: Carlos A. Nome.
"Foram analisadas práticas excludentes na distribuição de equipamentos culturais públicos em João Pessoa. Mostrou-se submetida ao interesse de um mercado turístico, associada a escolhas de locais com baixa acessibilidade, ao desenvolvimento espraiado e a processos envolvendo expulsão de comunidades locais. O Centro Histórico, além de concentrar uma importância simbólica, apresenta manifestações culturais que ocupam espaços livres públicos, são nesses espaços que toma-se consciência da capacidade da ação coletiva na revolução da vida cotidiana. A cultura como instrumento de luta pelo direito à cidade motiva este ensaio de um espaço catalisador na produção de novas utopias, um centro comunitário de cultura contemporânea no Centro histórico da cidade."
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possibilidades de internacionalização do capital, segundo Wisnik
“impõe-se, então, uma nova lógica de criação de centralidades no
território mundial, na qual as cidades se tornam importantes atores
econômicos e geopolíticos” (WISNIK, 2012, p. 200), num processo
que o autor chama de “museificação” das cidades, Koolhaas (apud
WISNIK, 2012, p. 115) caracteriza esse processo como a transformação
da vida urbana em espaços genéricos, se tornam lugares e
objetos de consumo enquanto possuem sua identidade histórica
degenerada. Wisnik contrapõe a imagem desse “não-lugar” criticado
pelo Koolhaas com a visão do “terreno baldio” de Hélio Oiticica.
Diferente do específico Junkspace, Oiticica traz a ideia de antiarte,
aquela que “só pode existir com a participação dinâmica do ‘espectador’,
considerando então um ‘participador’” (WISNIK, 2012, p.115),
aquela obra que depende da apropriação e das experiências do público:
“um golpe fatal ao conceito de museu, galeria de arte etc., e
ao próprio conceito de ‘exposição’” (apud Wisnik p.115) e “Museu
é o mundo; é a experiência cotidiana” para Oiticica (apud WISNIK,
2012, p. 102). Ao colocar como o local de intervenção da arte o espaço
público, Oiticica questiona o posto moderno da arte, e do artista,
e nos faz refletir também diante desse contexto sobre uma atuação
do arquiteto que se faz política.
Figura 4: P15 Parangolé
capa - Incorporo a revolta
(1967) de Hélio Oiticica
Fonte: Foto de Claudio Oiticica,
circa 1968, Museu de Arte Moderna,
Rio de Janeiro. Disponível em:
https://mam.rio/obras-de-arte/parangoles-1964-1979/.
Acesso em
02/12/2012
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