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03 - APOSTILA DE NOÇÕES BÁSICAS DE METROLOGIA DIMENSIONAL

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METROLOGIA

DIMENSIONAL

1


Aula Conteúdo Capitulo

1 Operações com números inteiros, fracionários e expressões numéricas. 1 - 2 - 3

2 Potenciação, frações e regra de 3 simples. 4 - 5 - 6

3 Porcentagem, cálculo de perímetro e área. 7 - 8 - 9

4 Ângulos, revisão e Avaliação. 10

Índice

1. METROLOGIA, A CIÊNCIA DA MEDIÇÃO. ...................................................................................................... 4

2. MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DO METRO .................................................................................................... 6

2.1. MILÍMETROS .................................................................................................................................................... 8

3. TOLERÂNCIAS .............................................................................................................................................. 11

3.1. DIMENSÕES LINEARES ...................................................................................................................................... 12

3.2. DIMENSÕES ANGULARES................................................................................................................................... 14

3.3. CAMPO DE TOLERÂNCIA ................................................................................................................................... 15

4. POLEGADAS ( ” ) .......................................................................................................................................... 17

5. ROSCAS ....................................................................................................................................................... 24

6. CALIBRADORES ........................................................................................................................................... 25

6.1. TIPOS E CARACTERÍSTICAS.................................................................................................................................. 25

7. RÉGUA GRADUADA ..................................................................................................................................... 28

7.1. ALGUNS TIPOS E USOS ..................................................................................................................................... 28

7.2. LEITURA NO SISTEMA MÉTRICO .......................................................................................................................... 29

7.3. LEITURA NO SISTEMA INGLÊS ............................................................................................................................. 30

8. PAQUÍMETRO ............................................................................................................................................. 33

8.1. TIPOS E CARACTERÍSTICAS.................................................................................................................................. 33

8.2. PARTES DO PAQUÍMETRO ................................................................................................................................. 35

8.3. MEDIÇÕES EXTERNAS ....................................................................................................................................... 36

8.4. MEDIÇÕES INTERNAS ....................................................................................................................................... 37

8.5. ERRO POR PARALAXE ....................................................................................................................................... 38

8.6. ESCALAS ........................................................................................................................................................ 39

8.7. PAQUÍMETRO – LEITURA 0,05 MM ..................................................................................................................... 42

8.8. PAQUÍMETRO LEITURA 0,02 MM ........................................................................................................................ 45

9. MICRÔMETRO ............................................................................................................................................. 51

9.1. TIPOS E CARACTERÍSTICAS ................................................................................................................................. 51

9.2. PARTES DO MICRÔMETRO ................................................................................................................................. 54

9.3. ESCALAS ........................................................................................................................................................ 55

10. RELÓGIO COMPARADOR ........................................................................................................................... 62

10.1. TIPOS E CARACTERÍSTICAS ............................................................................................................................... 62

10.2. APLICAÇÕES COM RELÓGIOS COMPARADORES .................................................................................................... 64

2


10.3. PARTES DO RELÓGIO COMPARADOR ................................................................................................................. 66

10.4. LEITURA DO RELÓGIO COMPARADOR ................................................................................................................ 66

11. RELÓGIO APALPADOR ............................................................................................................................... 69

11. GONIÔMETRO ........................................................................................................................................... 71

REFERENCIAS .................................................................................................................................................. 76

3


1. METROLOGIA, A CIÊNCIA DA MEDIÇÃO.

A definição formal de metrologia vem de sua origem grega: (metron, que significa

medida e logos que significa ciência). Como o conceito de medir vem da ideia de comparação,

podemos então definir metrologia como sendo:

“Ato de comparar uma grandeza de determinada espécie com outra da mesma

espécie, utilizando um padrão.”

Embora “soluções metrológicas” datem de 4.800 a.C.,

período áureo egípcio (do qual a pirâmide de Quéops é o

maior exemplo), os primeiros padrões de comprimento de que

se tem registro são da civilização grega, que definiu o

CÚBITO, 500 a. C., como sendo sua unidade de medida

padrão.

A Bíblia é um dos registros mais antigos da história da

humanidade. No livro de Gênesis, o Criador mandou Noé

construir uma arca com dimensões específicas, medidas em

Côvados. CÔVADO era uma medida padrão na região de

Noé, equivalendo a três palmos.

Anos depois, com o domínio romano, fixou-se o PÉ como

unidade de comprimento, através de decreto real que

versava: “Num certo domingo, ao saírem da igreja,

dezesseis homens deverão alinhar-se, tocando o pé

esquerdo um no outro. A distância assim coberta será

denominada Vara, e um dezesseis avos desta (1/16) será o

PÉ”.

A JARDA, que fora definida, no século XII

(provavelmente devido ao esporte de arco e flecha popular

nessa época), como sendo a distância da ponta do nariz do

Rei Henrique I até o seu polegar, foi oficializada como

unidade de comprimento, em 1558, pela Rainha Elizabeth,

e foi materializada por uma barra de bronze. A JARDA,

como é hoje conhecida, foi estabelecida, em 1878, como

sendo a distância entre os terminais de ouro de uma barra

de bronze, medida a 62° F (18° C).

4


Veja algumas outras medidas utilizadas:

Nesse período, na Europa Continental, especificamente na França, procurou-se uma

forma de definir um padrão de comprimento que não dependesse da estatura da família real.

Assim, Talleyrand apresentou um projeto, em 8 de maio de 1790, onde a nova unidade deveria

ser igual à décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre. Esta nova unidade

passou a ser chamada de METRO.

Em 1837 foram refeitos os cálculos, tendo sido obtidos valores ligeiramente diferentes.

Por isso, a definição do metro foi alterada e passou a ser a distância medida, à temperatura

do gelo fundente, entre dois traços gravados em uma barra de platina irradiada, estando, à

pressão normal, apoiada sobre roletes de deflexão mínima.

Em 1926, foram feitas 32 barras-padrão. A 26ª foi destinada ao Brasil e encontra-se

no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Em 1960, o metro foi adotado, por convenção

internacional, como sendo 1.650.763,73 comprimentos da onda do raio alaranjado da

lâmpada de vapor de criptônio 86; conseguindo-se assim, reproduzir o metro com uma

precisão de 1:10.

Em 1984 o metro foi relacionado com a velocidade da luz no vácuo, e sua definição

atual está conforme segue:

“METRO é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo de

tempo de 1/299.792.458 do segundo”

5


2. 2. MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DO METRO

Com a criação do sistema métrico decimal, muitos outros países adotaram esse

sistema, inclusive o Brasil, aderindo à “Convenção do Metro”. O Sistema Métrico Decimal

adotou, inicialmente, três unidades básicas de medida: o metro, o litro e o quilograma.

Entretanto, o desenvolvimento científico e tecnológico passou a exigir medições cada

vez mais precisas e diversificadas. Por isso, em 1960, o sistema métrico decimal foi

substituído pelo Sistema Internacional de Unidades – SI, mais complexo e sofisticado,

adotado também pelo Brasil em 1962 e ratificado pela Resolução nº 12, de 1988, do Conselho

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Conmetro, tornando-se de uso

obrigatório em todo o Território Nacional.

Exercícios:

1) A definição formal de metrologia vem do grego (metron = medida e logos = ciência).

a) ( ) certo

b) ( ) errado

2) Um dos registros mais antigos da humanidade sobre medida está no Livro de Gênesis.

Qual a medida citada na Bíblia?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

6


3) Em 8 de Maio de 1790, Talleyrand apresentou um projeto onde a nova unidade deveria

ser igual à décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre. Qual é esta

nova unidade?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

4) Em 1926, foram feitas 32 barras padrão de platina. A 26ª barra foi destinada ao Brasil.

Onde se encontra esta barra?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

5) Qual a definição atual da unidade metro?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

6) Com a criação do sistema métrico, o Brasil passou também a adotar esse sistema.

Inicialmente, quais eram estas unidades?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

7) Quais são múltiplos e submúltiplos do metro?

a) ( ) metro e segundo

b) ( ) quilômetro e hora

c) ( ) centímetro e milímetro

d) ( ) milímetro e graus

8) O sistema métrico foi ratificado, em 1962, sob resolução nº 12 de qual órgão?

a) ( ) ABNT

b) ( ) INMETRO

c) ( ) CONMETRO

d) ( ) IPT

9) A Polegada, o Palmo, o Pé, a Jarda, etc., são unidades de medição:

a) ( ) estatísticas

b) ( ) recentes

c) ( ) inadequadas

d) ( ) primitivas

7


10) O SI é um sistema prático de unidades e instituiu regras para os prefixos, para as

unidades derivadas e as unidades suplementares, além de outras indicações.

Estabeleceu, também, uma regulamentação para as unidades de medidas. Qual o

significado da sigla SI?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2.1. Milímetros

O METRO é adotado pelo Sistema Internacional de Unidades como a unidade padrão

de medida. No Brasil é uma das unidades mais conhecidas, juntamente com seus

submúltiplos.

Unidade Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro

Símbolo km hm dam m dm cm Mm

É importante salientar que, apesar de o METRO ser a unidade usual em quase todos

os ramos de atividade, um dos seus submúltiplos foi escolhido pela indústria como sendo a

unidade principal de medida: o MILÍMETRO (mm).

O milímetro serve de base em praticamente 100% das indústrias brasileiras, devido

à sua notação de precisão. Sendo assim, a linguagem da indústria resume-se especificamente

à unidade milimétrica.

Relembrando o Sistema

Métrico Decimal visto em

Matemática Básica: os

algarismos situados à

esquerda da vírgula

formam a parte inteira, e

os algarismos à direita

formam a parte decimal.

Um bom exemplo do que foi dito anteriormente sobre a linguagem na indústria é o

seguinte: imaginemos que a altura de uma torre equivale a 8 m (oito metros). Na linguagem

do milímetro, esta torre equivaleria a 8000 mm (oito mil milímetros).

Seguindo esse raciocínio, podemos dizer então que 1 mm equivale a:

• 10 décimos de milímetros; ou

• 100 centésimos de milímetros; ou

• 1000 milésimos de milímetros.

8


É extremamente importante conhecermos bem as divisões do milímetro, pois, caso

contrário, não poderemos interpretar valores, grandezas ou tolerâncias indicadas em peças,

conjuntos e desenhos em geral.

mm décimos centésimos milésimos

1 0 0 0

Se 1 mm é um número inteiro, então:

• 0,1 é um número decimal, corresponde à 10ª parte do milímetro;

• 0,01 corresponde à 100ª parte do milímetro;

• 0,001 corresponde à 1000ª parte do milímetro.

Forma de Representar:

• Décimos: uma casa após a vírgula. Ex.: 0,1 – 0,8 – 0,9;

• Centésimos: duas casas após a vírgula. Ex.: 0,08 – 0,50;

• Milésimos: três casas após a vírgula. Ex.: 0,004 – 0,006;

• Décimos de milésimos: quatro casas após a vírgula. Ex.:0,0008 – 0,0003.

O quadro a seguir mostra um exemplo de leitura com unidade milésimal:

Exemplos de leitura:

• 2,2 mm:

o Podemos ler: dois vírgula dois milímetros; ou dois milímetros e dois décimos;

• 2,35 mm:

o Dois vírgula trinta e cinco milímetros; ou dois milímetros e trinta e cinco

centésimos;

• 5,327 mm:

o Cinco vírgula trezentos e vinte e sete milímetros; ou cinco milímetros, trezentos

e vinte e sete milésimos.

Em muitas situações, na indústria, podemos confrontar situações diferentes das

citadas acima. Veja os exemplos que seguem:

Diálogo entre o pessoal da qualidade e o operador de CNC:

• Qualidade: – “Estas peças estão no limite máximo. Preciso que você faça uma

correção no programa da máquina”.

• Operador CNC: – “Quanto devo corrigir”?

• Qualidade: – “Dois décimos e meio”.

9


Resolução: Dois décimos e meio podem ser escritos, em milímetros, da seguinte maneira:

0,25 mm. A leitura seria feita como: zero vírgula vinte e cinco milímetros; ou vinte e cinco

centésimos; ou, ainda, dois décimos e meio.

Digamos que se tem uma medida de 0,008 mm. No “chão de fábrica” ela pode ser lida:

• zero milímetro e oito milésimos;

• zero vírgula zero zero oito milímetros;

• ou, ainda oito mícrons (ou micra) ( 8 µm )

Observação:

Em provas de Órgãos Oficiais e mesmo em exames de seleção para indústrias, é

comum o candidato esmerar-se em calcular corretamente e anotar os valores de forma

metódica e ordeira, esquecendo, porém, de um dado importantíssimo (dado este que elimina

centenas de candidatos):

A UNIDADE. Não esqueça. Verifique, ao final de cada exercício, se colocou a unidade

correta. Como estamos falando em milímetros, nossa unidade vem a ser: mm

Exercícios:

Escreva por extenso, conforme o exemplo:

11) 2,3: Dois milímetros e três décimos de milímetro

12) 1,34:_________________________________________________________________

13) 3,303:________________________________________________________________

14) 2,25:_________________________________________________________________

15) 3,215:________________________________________________________________

16) 0,12:_________________________________________________________________

17) 0,07:_________________________________________________________________

18) 0,2:__________________________________________________________________

19) 0,20:_________________________________________________________________

20) 0,008:________________________________________________________________

Escreva em forma numeral:

21) Um milímetro e meio: ____________________________________________________

22) Dois milímetros e três milésimos: ___________________________________________

23) Um décimo e meio: ______________________________________________________

24) Quatro milímetros e treze centésimos: _______________________________________

25) Zero milímetro cento e doze milésimos: ______________________________________

26) Oito milímetros e quinze centésimos: ________________________________________

27) Vinte e cinco centésimos: _________________________________________________

28) Cento e trinta e dois milésimos: ____________________________________________

29) Dois décimos: _________________________________________________________

30) Cento e trinta e sete milésimos: ___________________________________________

10


3. 3. TOLERÂNCIAS

Definição

Um dos tópicos mais importantes da metrologia é o entendimento de “tolerância”.

Observe o quadro a seguir e descubra os sete erros.

By Instituto Ayrton Senna

O jogo dos sete erros é uma analogia que exemplifica a teoria do físico Walter

Shewhart (1891–1967). Ele observou que eventos de quaisquer naturezas não se repetem

com a mesma precisão, elaborando o que chamou de teoria da VARIAÇÃO.

VARIAÇÃO, então, é: “A diferença inevitável entre os resultados individuais de um processo”.

PROCESSO, por sua vez, é: “O conjunto de atividades que transformam insumos em bens

ou serviços”.

Todos os processos são afetados por variações, que influenciam o resultado final. O

jogo acima mostra, também, que é importante conhecermos as variações existentes em um

processo, a fim de que possamos determinar até quanto é permitido que determinado produto

varie sua dimensão.

O ideal seria que todos os produtos saíssem rigorosamente na mesma medida, mas,

como foi visto, todos os produtos são afetados por variações, fazendo-os terem dimensões

diferentes. Estas dimensões, porém, não podem ser tão diferentes assim. Por isso, colocamos

limites mínimos e máximos, os quais são denominados TOLERÂNCIAS.

TOLERÂNCIA, então, nada mais é que o limite estabelecido para que determinado

produto varie suas DIMENSÕES,

ou ainda:

É a diferença entre os valores máximos e mínimos admissíveis para a medida.

As DIMENSÕES subdividem-se em: DIMENSÕES LINEARES e DIMENSÕES ANGULARES.

11


3.1. Dimensões Lineares

As dimensões lineares caracterizam todas as medidas que envolvam comprimento,

largura, espessura ou ainda diâmetro.

Para efeito de uniformidade de linguagem, foram estabelecias algumas definições.

Veja os exemplos a seguir: (32,27 ± 0,03 mm)

• DIMENSÃO NOMINAL: é a dimensão usada na caracterização da medida: 32, 27 mm;

• DIMENSÕES LIMITES: são as dimensões máxima e mínima que a medida pode ter

sem ser rejeitada: + 0,03 e – 0,03 mm;

• DIMENSÃO MÁXIMA: é o valor máximo que se permite para a medida: 32,30 mm;

• DIMENSÃO MÍNIMA: é a dimensão mínima que se permite para a medida: 32,24 mm;

• CAMPO DE TOLERÂNCIA: é a soma das tolerâncias, ou seja, o desvio máximo

permitido para a aquela dimensão: 0,06 mm.

Nota: Esta especificação é importante para escolha do meio de medição, o qual será visto

futuramente. Exemplo:

+ 0,06

32,46

− 0,02

32,46 + 0,06

- 0,02

32,46: Dimensão NOMINAL

+ 0,06: Tolerância MÁXIMA

–,02: Tolerância MÍNIMA

Fazendo as contas, teríamos:

32,46

+ 0,06

32,52

32,46

− 0,02

32,44

Neste caso, esta peça pode ser produzida entre 32,44 mm e 32,52 mm. Fora destas

medidas, ela seria considerada Produto Não - Conforme as especificações.

Veja o diálogo:

• Supervisor: “Preciso que você separe as peças boas das ruins. Algumas estão fora da

tolerância.”

• Produção: – “Estão fora quanto?”

• Supervisor: – “Um décimo e meio acima da máxima.”

Resolução: Temos um único dado ao nosso dispor (um décimo e meio acima da máxima)

que pode ser escrito como sendo 0,15 mm (quinze centésimos).

12


3,07 + 0,03

– 0

Vamos imaginar então que se trate de um diâmetro, conforme especifica a figura a seguir.

19,20: Dimensão NOMINAL

+ 0,05: Tolerância MÁXIMA

– 0,02: Tolerância MÍNIMA

Ø 19,20 + 0,05

– 0,02

Agora, de posse do desenho com as especificações, fazemos os cálculos para saber

quais são as tolerâncias permitidas.

Neste caso, esta peça pode ser produzida entre 19,18 mm e 19,25 mm. Fora destas

medidas, ela seria considerada Produto Não-Conforme às especificações. Como foi dito pelo

Supervisor que algumas peças estão com 0,15 mm acima da máxima, temos então:

Resultado: 19,40 mm

19,20

+ 0,05

19,25

19,25

+ 0,15

19,40

19,20

− 0,02

19,18

Conclusão: Um décimo e maio acima da máxima equivale a estar com 19,40 mm.

Suponha as peças a seguir, com as dimensões indicadas:

Parte A

3,10 ± 0,02

Parte B

Estas peças deverão se encaixar, de forma que não ocorram problemas dimensionais.

Logo, a “aleta” da parte B deve obrigatoriamente ser menor que o rasgo da parte A.

Se nos basearmos pela nominal teremos, na Parte A: 3,10 mm; e, na Parte B: 3,07

mm. Neste caso, estaria tudo perfeitamente em ordem, não fossem as possíveis variações no

processo.

Imaginemos que o rasgo da parte A está sendo produzido na medida nominal, ou seja,

com 3,10 mm. Já a “aleta” da parte B está sendo produzida na máxima, portanto, também,

com 3,10 mm.

13


3,06 + – 0,01

0

Como se sabe, medidas iguais não se encaixam, logo, teríamos problemas com a

qualidade do produto. Para ajustar o projeto, dever-se mexer na medida e/ou na tolerância,

digamos na parte B.

Parte A

3,10 ± 0,02

Parte B

Agora, com as novas dimensões, imaginemos o pior caso: Digamos que a parte A

está produzindo na mínima, ou seja, com 3,08 mm. Já a parte B está produzindo na máxima,

ou seja, 3,07 mm.

Neste caso, mesmo na pior das hipóteses, ainda teríamos a perfeita montagem do

produto.

3.2. Dimensões Angulares

As dimensões em ângulos podem ser dadas em graus ( º ), minutos ( ’ ) e

segundos ( ” ), seguindo o mesmo princípio das dimensões lineares. Veja a situação descrita

na figura:

30º 10’ 18”

Lemos: Trinta graus, dez minutos e dezoito segundos.

Lembre-se que graus, minutos e segundos são unidades diferentes. Sabemos que não

podemos realizar uma operação de soma ou subtração utilizando unidades diferentes. Neste

caso, valemo-nos da seguinte regra:

1º equivale a 60’ – Lemos: 1 grau equivale a 60 minutos

1’ equivale a 60” – Lemos: 1 minuto equivale a 60 segundos

Exemplo:

± 10 ' 75º

Para achar a medida máxima, procede-se

como segue:

75º00'

+ 00º10'

75º10'

14


Para achar a medida mínima, devemos transformar 75º em graus e minutos. Como 1º

equivale a 60’, podemos afirmar então que 75º equivale a 74º 60’. Montando a operação

temos:

74º60'

− 00º10'

74º50'

Logo, nossa medida mínima é 74º 50’ e nossa medida máxima equivale a 75º 10’.

Resultado: mín.: 74º 50’ Resultado: máx: 75º 10’

3.3. Campo de Tolerância

Uma das condições imprescindíveis para a escolha do meio de medição é o campo de

tolerância. É através de um instrumento adequado que se pode garantir a precisão da medida

obtida.

A seleção deve ser feita, fundamentalmente, em relação ao campo de tolerância da

medida a ser verificada.

O instrumento ideal deve ter uma leitura ou resolução de acordo com a medida a ser

verificada, recomendando-se que o instrumento possua uma leitura, no mínimo, igual à

décima parte do campo de tolerância da peça.

Quando for inviável utilizar um décimo da tolerância da peça, pode-se utilizar a quinta

parte da tolerância.

Veja os exemplos:

• Medida de Ø 18,8 ± 0,08 mm:

O campo de tolerância é de 0,16 mm (dezesseis centésimos), divide-se 0,16 por 10

(0,16 : 10 = 0,016) e resultam dezesseis milésimos, é conveniente, então, utilizar um

instrumento com leitura de um centésimo (0,01 mm):

• paquímetro digital ou

• micrômetro centesimal,

no pior dos casos, utilizamos 0,16 : 5 = 0,032 (trinta e dois milésimos), é aceitável usar um

instrumento com leitura mínima de três centésimos (0,03 mm): paquímetro convencional de

0,02 ou micrômetro centesimal.

• Medida de 25,34 ± 0,04 mm:

O campo de tolerância é de 0,08 mm. 0,08 : 10 = 0,008 ou oito milésimos), neste caso, o

ideal será utilizar um equipamento como:

• a tridimensional ou

• micrômetro milésimal,

no pior do casos: 0,08 : 5 = 0,016 (dezesseis milésimos), pode-se usar o micrômetro

centesimal ou paquímetro digital.

15


Exercícios:

Defina as medidas mínima, máxima e o campo de tolerância das seguintes especificações:

Nominal Mínima Máxima Tolerância

31) 17,21 ± 0,02

32) 2,37

+0,03

–0,02

33) 63,1 ± 0,3

34) 12,263

35) 23,24

+0

–0,02

+0,03

–0

Determine a mínima e a máxima dos seguintes ângulos:

Nominal Mínima Máxima

36) 20º 06’ ± 10’

37) 23º

+0

–02’

38) 16º 00’ 13” ± 0,8’

39) 2º 15’

+03’

–02’

40) 4º 28’ ± 0,6’

16


3/4"

46

4. 4. POLEGADAS ( ” )

Apesar de se chegar ao metro como unidade de medida, ainda são usadas outras

unidades. Na mecânica, por exemplo, é comum usar a POLEGADA.

O sistema inglês tem, como padrão, a jarda que significa

VARA, em referência ao uso de varas nas medições, criados

por alfaiates da época.

Apesar da difusão mundial, e das indústrias brasileiras

(principalmente no que concerne à confecção de desenhos

de produto) virem adotando atualmente o milímetro, como

unidade padrão, alguns aspectos dos desenhos ainda não

foram modificados; como especificações para roscas, por

exemplo.

Veja no desenho a seguir, como é importante a leitura de medida em polegada.

52

96

21

Material: Aço SAE 1045

Temperar e Revenir

Escala: 1:5 mm

Tolerâncias Não especificadas + - 0,06

Des.

Parafuso 3/4"

045/03

A especificação

3

4

"

indica que o parafuso deverá ser confeccionado com abertura de

rosca externa tipo inglesa (Withworth), e a própria indicação de fração faz ver que existem

divisões de polegadas.

A indicação de polegadas pode ser determinada de duas maneiras: Fracionária ou

Decimal. Em ambas as formas a especificação deverá vir acompanhada do sinal característico

de polegada (“). Em algumas literaturas, a designação de polegada poderá vir acompanhada

da palavra “inch”.

Divisão Fracionária

Como foi visto no desenho anterior, uma boa parte das notações de rosca determinam

uma especificação de polegada fracionária.

Em muitos casos, a compra de acessórios para confecção de roscas internas (brocas,

machos) ou roscas externas (cossinetes) está intimamente ligada ao entendimento da parte

fracionária de roscas. Ex. Machos

" "

3 ,

4

5 , etc.

8

17


Veja, no esquema a seguir, como pode ser divida uma polegada:

Se for dividir mais ainda as frações ao meio, você terá as medidas de

1

16

;

3

16

;

5

16

;

7

16

;

9

16

;

11

16

;

13

16

;

15

16

.

1/16" 2/16" 3/16"

4/16"

5/16" 6/16' 7/16"

8/16" 9/16" 10/16" 11/16"

12/16" 13/16" 14/16" 15/16"

16/16"

1/8" 2/8" 3/8"

1/4"

4/8" 5/8"

2/4"

6/8" 7/8"

3/4"

0 1/2" 1"

Após 1”, teremos

1

1

16

"

,

1

1

8

"

,

1

3

16

; isto é, a polegada dividida em 128 partes.

"

, etc.; sendo que a menor fração da polegada é

1

128

"

Conversão de Polegada Fracionária para Milímetro

Um tópico de suma importância para o entendimento de especificações de desenho é

a transformação de polegadas fracionárias em milímetros. Neste caso, devemos saber que:

1”equivale a 25,4 mm

Sempre que uma medida estiver em uma unidade diferente daquela utilizada pelos

equipamentos, é conveniente convertê-la, ou seja, deve-se mudar a unidade de medida.

Para converter polegada fracionária em milímetros, deve-se multiplicar o valor em

polegada fracionária por 25,4.

Veja os exemplos a seguir:

Resultado: 50,8 mm

2”= 2 x 25,4 = 50,8 mm

Resultado: 9, 525 mm

3 " 3

25,4 76,2

= = = 9,525mm

8 8 8

18


Exercício:

Converter para milímetros:

41)

42)

5"

32

5"

16

=

=

43)

44)

1"

128

5"=

=

45)

46)

47)

48)

49)

5"

1

8

3"

4

=

27"

64

33"

128

1"

2

8

=

=

=

=

50)

5"

3

8

=

Conversão de Milímetro para Polegada Fracionária

A conversão é feita, multiplicando o valor por uma constante (5,04) e dividindo o

resultado por 128. Note que não se tem intenção efetuar divisão propriamente dita, pois é

preciso encontrar uma fração como resposta.

O que deve ser feito, então, é a SIMPLIFICAÇÃO de frações.

O valor 5,04 foi encontrado pela relação de

128 =

25,4

5,03937

. Arredondando, teremos

5,04.

Veja os exemplos a seguir:

12,7 mm:

12,7 5,04

=

128

64.008

128

; arredondando:

64

128

; simplificando: 2

1

Resultado:

1

2

"

19,8 mm:

19,8 5,04

=

128

99.792

128

100 25

; arredondando: ; simplificando: 128

32

Resultado:

25

32

"

19


Exercícios:

Converter para polegadas:

51) 1,5875 mm =

52) 19,05 mm =

53) 25,00 mm =

54) 31,750 mm =

55) 127,00 mm =

56) 9,9219 mm =

57) 4,3656 mm =

58) 10,319 mm =

59) 14,684 mm =

60) 18,256 mm =

Divisão Decimal

Sob determinadas circunstâncias, os desenhos podem mostrar uma outra

especificação de polegada, a polegada decimal.

Na prática, a polegada decimal divide-se em milésimo e décimo de milésimo.

Veja os exemplos:

• 1.003”: uma polegada e três milésimos;

• 1.1247”: 1 polegada e 1247 décimos de milésimos;

• 0.725”: 725 milésimos de polegada.

Note que, no sistema inglês, o ponto indica a separação de decimais.

No exemplo (.725), para efeitos de cálculos, usamos 0,725. Sempre que o resultado

for expresso em divisão decimal, substituímos “zero vírgula” por “ponto” e damos como

resposta somente .725.

Conversão de Polegada Milésimal para Polegada Fracionária

Deve-se multiplicar o valor dado por 128 e dividir por 128.

A exemplo da conversão de milímetro para polegada fracionária, o objetivo é ter uma

fração como resposta. Para tal, simplificam-se as frações.

Veja os exemplos:

3

Resultado:

4

"

.750”:

0,750 128

=

128

96

128

20

: simplificando: 4

3


.0312”:

0,0312 128

128

=

3,9936

128

: arredondando:

4

128

; simplificando:

1

32

Resultado:

1

32

"

Exercícios:

Converter para polegada fracionária:

61) .1250” =

62) .2500” =

63) .3750” =

64) .5000” =

65) .6250” =

66) .7500” =

67) .8750” =

68) .250” =

69) 1.5625” =

70) .750” =

Conversão de Polegada Fracionária para Polegada milésimal

Divide-se o numerador pelo denominador. Veja os exemplos:

Resultado: 0 , 625

5

8

"

5 : 8 =

0,625

Resultado:

0,375

3

8

"

3 : 8 =

0,375

Exercícios

71)

72)

73)

5"

32

5"

16

31"

32

=

=

=

21


74)

75)

76)

77)

78)

79)

80)

9"

1

16

3"

4

4

1"

32

9"

64

11"

32

1"

1

8

31"

64

=

=

=

=

=

=

=

Conversão de Polegada milésimal em Milímetro

Basta multiplicar o valor em polegadas por 25,4.

Veja os exemplos:

Resultado: 17,4625 mm

.6875” 0,6875 x 25,4 = 17,4625

Resultado: 9,525 mm

.375” 0,375 x 25,4 = 9,525

Exercícios:

Converter para milímetros:

81) .6875” =

82) .3906” =

83) 1.250” =

84) 2.7344” =

85) .9063” =

86) .9844” =

87) .0938” =

88) .1250” =

22


Conversão de Milímetro para Polegada Milesimal

Divide-se o valor em milímetro por 25,4.

Veja os exemplos:

5,08 5,08 : 25,4 = 0,200

Resultado: .200”

Resultado: .06252”

1,588 1,588 : 25,4 = 0,06252

Exercícios:

Converter para polegada milésimal:

89) 12,7 mm =

90) 1,588 mm =

91) 17 mm =

92) 20.240 mm =

93) 57,15 mm =

94) 139,70 mm =

95) 4,366 mm =

96) 17,065 mm =

97) 33,020 mm =

98) 24,400 mm =

23


Ø i

Ø p

Ø e

5. 5. ROSCAS

A rosca é uma saliência de secção uniforme, que se desenvolve com uma inclinação

constante, em torno de uma superfície cilíndrica. A história das roscas é longa e não podemos

nos sentir orgulhosos pelo que foi alcançado, ficando ainda muitos problemas por resolver.

Leonardo da Vinci (1452-1519) pode ser considerado o inventor dos machos em jogos,

enquanto os cossinetes, hoje usados, foram descritos, pela primeira vez, na França em 1706.

O primeiro sistema conhecido de roscas foi elaborado e posteriormente aperfeiçoado

pelo inglês Whitworth no ano de 1841. Compreende-se perfeitamente que, àquela época,

cada um fizesse a sua própria rosca, de acordo com as suas necessidades e ideias.

É, no entanto, um anacronismo que, ainda hoje, dezenas de sistemas de roscas sejam

empregados. Isto encarece sobremaneira a confecção de peças rosqueadas e dificulta a

manutenção do estoque de ferramentas e calibradores.

O controle e a medição de roscas são um dos problemas de medição dos mais difíceis,

sendo que uma rosca é determinada por várias dimensões, a saber:

P 60º

Diâmetro externo (Ø e)

Diâmetro primitivo (Ø p)

Diâmetro interno (Ø i)

Passo (P)

Ângulo de inclinação do

filete ()

A verificação para controle de rosca exige que sejam realizados:

• Controle do passo;

• Controle do diâmetro primitivo;

• Controle do ângulo do filete.

24


6. 6. CALIBRADORES

Um paquímetro ou micrômetro realizam leituras denominadas diretas. Mas, quando

não se necessita dimensionar um produto, apenas verificar se está ou não dentro de

especificações já conhecidas, o método direto leva a um grande prejuízo de tempo.

A fim de ganhar tempo sem perder a qualidade nas especificações, entram em cena

os calibradores. São amplamente utilizados na indústria devido a sua facilidade de leitura (em

geral, são do tipo P–NP ou Passa - Não Passa), sendo caracterizados por leitura indireta.

Medição Indireta

A medida indireta consiste em confrontar a peça que ser quer medir com aquela de

padrão ou dimensão aproximada. Assim, um eixo pode ser medido indiretamente, utilizandose

um calibrador para eixos por comparação de especificações.

Calibradores são instrumentos que estabelecem os limites máximo e mínimo das

dimensões que desejamos comparar. Podem ter formatos especiais, dependendo das

aplicações, como por exemplo, as medidas de roscas, furos e eixos.

Geralmente fabricados de aço-carbono e com as faces de contato temperadas e

retificadas, os calibradores são empregados nos trabalhos de produção em série de peças

intercambiáveis, isto é, peças que podem ser trocadas entre si, por constituírem conjuntos

praticamente idênticos.

6.1. Tipos e características

Calibrador Tampão

O funcionamento do calibrador tampão é muito simples: o furo que será medido deve

permitir a entrada da extremidade mais longa do tampão (lado passa), mas não da outra

extremidade (lado não-passa). Em geral, o lado não-passa possui uma marca vermelha.

pass

a

vermelho

não

passa

pass

a

não

passa

F

25


não passa

A

B

passa

passa

não passa

Calibrador de Rosca

Um processo usual e rápido de verificar roscas consiste no uso de calibradores de

rosca. São peças de aço temperadas e retificadas, obedecendo às dimensões e condições

de execução de cada tipo de rosca.

passa

não passa

As ranhuras servem para coletar os

cavacos ou sujeiras que estejam aderidos

aos filetes das roscas.

È conveniente limpar cuidadosamente as

roscas antes de fazer a verificação.

vermelho

Calibrador De Boca

Esse calibrador tem duas bocas para controle: uma passa (medida máxima) e a outra

não-passa (medida mínima).

vermelho

F

passa

não

passa

Calibrador de boca ajustável

O calibrador de boca ajustável resolve o problema das indústrias médias e pequenas

pela redução do investimento inicial na compra desses equipamentos. A dimensão máxima

pode ser ajustada entre os dois pinos anteriores, enquanto a dimensão mínima é ajustada

entre os dois pinos posteriores.

A – passa

B – não passa

Os pinos cilíndricos

podem ser ajustados

a várias tolerâncias

26


Exercícios:

Responda às questões:

99) Que é rosca?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

100) Quem elaborou o primeiro sistema conhecido de roscas?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

101) Quais são as dimensões que determinam o tipo de rosca?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

102) Cite quais são as funções das roscas.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

103) Para se abrir rosca interna manualmente, utiliza-se uma ferramenta chamada macho.

Qual o nome do equipamento utilizado para prender os machos?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

104) Qual é o nome da ferramenta utilizada para abertura de roscas externas manualmente?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

105) Defina o que é medição indireta.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

106) O que são calibradores?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

27


7. 7. RÉGUA GRADUADA

A régua graduada apresenta-se normalmente em forma de lâmina de aço comum ou

aço inoxidável. Nessa lâmina, estão gravadas as medidas em centímetros (cm) ou milímetros

(mm) ou, ainda, em polegadas (“inch”) conforme o sistema inglês.

7.1. Alguns Tipos e Usos

Régua de encosto interno

É destinada às medições que apresentam faces internas de referência. O encosto

interno é o ponto de referência (valor zero).

Régua sem Encosto

Para medições gerais, onde não há encosto. Nesse caso, devemos subtrair do

resultado o valor do ponto de referência, que pode ser escolhido na escala.

28


Régua com Encosto

Destinada à medição de comprimento a partir de uma face externa, a qual é utilizada

como encosto. O encosto externo é o ponto de referência (zero).

7.2. Leitura no Sistema Métrico

Cada centímetro da escala encontra-se dividido em 10 partes iguais, e cada parte

equivale a 1 milímetro. A ilustração a seguir mostra, de forma ampliada, como se medir em

milímetros.

Vale salientar que, em caso de utilizar qualquer instrumento que possua sua escala

diferente de milímetros, deve-se transformar aquela unidade para a de uso padrão na indústria

(mm). Em resumo: Se não for utilizada a unidade polegada para medição de qualquer produto,

dever-se utilizar o milímetro.

Exercícios:

107) Faça a medição e verifique seu entendimento, dando as respostas em milímetros:

a) _______ b) _______ c) _______ d) _______ e) _______

f) _______ g) _______ h) _______ i) _______ j) _______

29


108) Faça a medição e verifique seu entendimento, dando as respostas em milímetros;

7.3. Leitura no Sistema Inglês

L) _______ m) _______ n) _______

Nesse sistema, a polegada divide-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas de

precisão chegam a apresentar 32 divisões por polegada, enquanto as demais só apresentam

frações

1

16

tamanho ampliado.

"

. A ilustração a seguir mostra essa divisão, representando a polegada em

A leitura, na escala, consiste em observar qual traço coincide com a extremidade do

objeto. Na leitura, deve-se observar sempre a altura do traço, porque ele facilita a identificação

das partes em que a polegada foi dividida.

30


Assim, o objeto da ilustração anterior tem 1 1/8” (uma polegada e um oitavo de

polegada) de comprimento.

Exercícios:

109) Meça as dimensões solicitadas nas peças de (a) até (e):

a) _______ b) _______ c) _______ d) _______ e) _______

110) Faça as medições das peças (f) e (g):

f) _______ g) _______

31


111) Utilizando uma régua, verifique quais as medidas dos desenhos em milímetros:

a

b

c

d

a) _______ b) _______ c) _______ d) _______

112) Utilizando uma régua, verifique quais as medidas solicitadas em milímetros:

g

a

f

b

c

d

e

a) _______ b) _______ c) _______ d) _______ e) _______

f) _______ g) _______

32


8. 8. PAQUÍMETRO

O paquímetro é um instrumento de precisão de

ampla utilização na indústria e tem as seguintes

características:

É normalmente usado para a medição de peças

quando a quantidade não justifica um instrumental

específico (gabaritos), e a precisão requerida não desce a

menos de 0,02 mm;

É um instrumento finamente acabado, com as

superfícies planas polidas. O cursor é geralmente é

construído de aço inoxidável, e sua escala é graduada em

milímetros e polegadas.

O princípio de Vernier e a invenção de Pedro Nunes (Nônio)

O agrimensor Pierre Vernier (1584-1638), cunhador

do condado de Borgonha, publicou no ano de 1630, sob o

título “Quadrant Nouveau de Mathematiques”, sua invenção:

• subdividir em unidades menores uma determinada

divisão, por comparação com uma divisão diferente.

Este é o princípio de chamado de Vernier e é

empregado, hoje em dia, em inúmeros tipos de instrumentos

e máquinas.

O nome Nônio vem do português Pedro Nunes (1502-

1577) que, empregando uma régua auxiliar móvel – o Nônio,

conseguiu ler frações de divisões de uma régua principal

fixa.

8.1. Tipos e características

Paquímetro universal ou quadrimensional

mais usado.

É utilizado em medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos. É o tipo

33


Universal com Relógio

O relógio acoplado ao cursor facilita a leitura, agilizando a medição.

De Profundidade

Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos etc. Veja a

seguir o paquímetro de profundidade.

Digital

estatístico.

É utilizado para leitura rápida, estando livre de erro de paralaxe. É ideal para controle

34


8.2. Partes do Paquímetro

1. orelha fixa 8. encosto fixo

2. orelha móvel 9. encosto móvel

3. nônio ou vernier (polegada) 10. bico móvel

4. parafuso de trava 11. nônio ou vernier (milímetro)

5. cursor 12. impulsor

6. escala fixa de polegadas 13. escala fixa de milímetros

7. bico fixo 14. haste de profundidade

Partes do Paquímetro – Considerações Gerais

1 e 2 Utilizadas para medidas internas ou em ressaltos

7 e 10 Utilizadas para medir ranhuras

8 e 9 Utilizadas para medições externas

14 Utilizada para medições de altura de furações

Recomendações Especiais

Sempre e sob quaisquer circunstâncias, devemos utilizar o equipamento apropriado

para medir determinado produto, de acordo com a precisão solicitada.

Por exemplo:

• Digamos que seja necessário cortar um pedaço de madeira ou de tecido na medida

de 1,5 m. Um bom instrumento a ser utilizado poderia ser o metro, utilizado pelos

carpinteiros ou a fita métrica, utilizada por alfaiates;

• Imaginemos que seja necessário verificar se uma chapa de metal está com a medida

de 18 cm. Note que mudamos a unidade para uma outra com maior precisão (de metro

para centímetro). Neste caso, uma régua graduada já satisfaria nossas necessidades;

• Suponhamos que seja necessário verificar se uma barra cilíndrica está com o diâmetro

de 15,6 mm. Agora, nossa medição necessita uma precisão muito maior que no

exemplo 1.

• Neste caso, caberia muito bem um instrumento que pudesse fazer a leitura de uma

casa após a vírgula (o paquímetro).

35


Em diversas empresas, é comum vermos pessoas utilizando de forma indevida os

instrumentos de medição, seja porque não têm habilidade com o instrumento ou estão

utilizando um equipamento inadequado.

pessoas.

Isto se torna evidente quando confrontamos a mesma medida feita por duas ou mais

No caso do paquímetro, existem três leis básicas que devem ser seguidas à risca:

• O instrumento deve ser sempre apropriado para a medida;

• Ao verificar uma medida, deve-se deslocar o cursor até sentir que ele está plenamente

encostado na peça. Não se deve exercer pressão além deste ponto;

• Sempre que possível, a leitura da medida deve ser feita à altura dos olhos. Devem-se

evitar leituras em ângulo. Isto causará o erro chamado de paralaxe.

leitura.

Os itens a seguir apresentam algumas considerações importantes na hora de realizar uma

8.3. Medições Externas

Coloque a peça a ser medida o mais profundo possível entre os bicos de medição,

para evitar um possível desgaste na ponta dos bicos. Para maior precisão nas medições,

procure o melhor apoio das superfícies de medição (bicos do instrumento) com a peça.

• Medição externa, utilizando bico do instrumento:

36


• Medição externa, utilizando as faces do instrumento:

• Medição externa, utilizando encosto traseiro do instrumento:

8.4. Medições Internas

Coloque as orelhas, o mais profundo possível, no furo ou ranhura, mantendo o paquímetro

sempre paralelo à peça que está sendo medida. Para maior precisão nas medições, faça com

que as superfícies de medição das orelhas coincidam com a linha de centro do furo.

• Medição interna, utilizando as orelhas do instrumento:

• Medição interna, com a haste do instrumento, para medir furos muito pequenos, tomar

o máximo cuidado, pois, devido às características construtivas do paquímetro, podese

tomar medida inferior a real. Para medir profundidades, coloca-se a escala

perpendicular à peça a ser verificada:

37


Note que, em todos os desenhos, as vistas estão de frente para você. Como foi dito

anteriormente, exceto para medidas internas ou em casos excepcionais, opte sempre por

trazer a peça em frente aos olhos. Isto evitará o chamado erro de PARALAXE.

8.5. Erro por Paralaxe

Dependendo do ângulo de visão do operador, poderá ocorrer o erro por paralaxe, pois,

devido a esse ângulo, é possível que haja uma falsa coincidência entre um traço da escala

fixa e outro da escala móvel.

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção, normalmente

tem uma espessura mínima (a) e é posicionado sobre a escala principal. Assim, os traços do

nônio (TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM).

38


8.6. Escalas

PAQUÍMETRO – LEITURA 0,1 mm

Inicialmente, verificaremos as escalas em milímetros para melhor familiarização com

o instrumento. Repare no desenho que segue:

O nônio é constituído por uma pequena régua, dividida em um certo número de partes

iguais, que desliza, em guias, ao longo de uma régua que contém a escala principal do

paquímetro. No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões

equivalentes a nove milímetros (9 mm). Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o

primeiro traço da escala fixa e o primeiro traço da escala móvel.

39


Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre o

terceiro traço e assim por diante.

Observe então esta leitura. A escala da régua está dividida de um em um milímetro (1

mm). Como a intenção das medidas é encontrar subdivisões, tornando a medida mais precisa,

a escala do nônio está dividida décimo a décimo (0,1 mm).

Veja o exemplo de leitura:

• Passo 1 – Verificam-se quantas divisões o traço do zero do nônio andou na régua. Na

figura da esquerda: 1 mm;

• Passo 2 – Verifica-se qual traço da escala, no nônio, coincide com um traço da escala

da régua. Na figura da esquerda, o traço coincidente do nônio é o terceiro traço. Logo,

se cada traço vale um décimo (0,1 mm), o terceiro valerá 0,3 mm.

Somando-se a parte inteira com a decimal teremos 1,3 mm. Nossa medida será então:

Resultado: 1,3mm

Exercícios:

113) O paquímetro é um instrumento muito usado quando a quantidade de medições não

justifica o uso de instrumentos específicos como, por exemplo, gabaritos:

( ) certo; ( ) errado.

114) O princípio o qual trata de subdivisão em unidades menores uma determinada divisão

por comparação é invenção de:

( ) Arquimedes;

( ) Pierre Vernier e Pedro Nunes;

( ) Jean Louis Palmer;

( ) Santos Dumont.

40


115) O paquímetro quadrimensional é utilizado para medições internas, externas, de

profundidade e de ressalto:

( ) certo; ( ) errado.

116) São partes de um paquímetro:

( ) nônio e cursor; ( ) impulsor e catraca; ( ) bainha e tambor; ( ) catraca e haste.

117) As escalas de um paquímetro são:

( ) 1; 0,1 e 0,01 mm; ( ) 0,1; 0,01 e 0,001 mm;

( ) 0,1; 0,05; 0,02 e 0,01 mm; ( ) 0,01; 0,001 e 1”.

118) Faça a Leitura:

______________

119) Faça a Leitura:

______________

120) Faça a Leitura:

______________

121) Faça a Leitura:

30 40

0 10

0,1 mm

______________

41


8.7. Paquímetro – leitura 0,05 mm

Observe o desenho a seguir:

A escala da régua está dividida de um em um milímetro (1 mm). Já a escala do nônio está

dividida de 5 em 5 centésimos (0,05 mm).

Veja o exemplo de leitura:

• Passo 1 – Verificam-se quantas divisões o traço do zero do nônio andou na régua.

Neste caso, 73 mm;

• Passo 2 – Verifica-se qual traço da escala, no nônio, coincide com um traço da escala

da régua. Neste caso, o traço coincidente está entre 6 e 7. Logo, se cada traço vale

cinco centésimos (0,05 mm), tem-se então 0,65 mm.

Somando-se a parte inteira com a decimal teremos 73,65 mm. Nossa medida será então:

Resultado: 73,65 mm

Exercícios

122) Faça a Leitura:

______________

42


123) Faça a Leitura:

______________

124) Faça a Leitura:

______________

125) Faça a Leitura:

______________

126) Faça a Leitura:

______________

43


127) Faça a Leitura:

______________

128) Faça a Leitura:

______________

129) Faça a Leitura:

______________

130) Faça a Leitura:

______________

44


131) Faça a Leitura:

______________

132) Faça a Leitura:

______________

133) Faça a Leitura:

______________

8.8. Paquímetro leitura 0,02 mm

Conforme a figura a seguir, vemos que a numeração da régua fixa, na escala principal,

é dividida de 10 em 10 milímetros, e que a escala secundária é dividida de 1 em 1 milímetro.

45

Escala de 10 em 10

milímetros


1 mm

Em seguida, temos Vernier. Verifique pela figura a seguir, que a escala do Vernier é

subdividida de forma diferente da escala da régua. Enquanto a escala na régua avança de

milímetro em milímetro, a escala no Vernier avança de 0,02 em 0,02 mm (dois centésimos).

0,02 mm

0

1

Isto se deve ao fato de ter-se utilizado o comprimento total do Vernier, que é de 49

mm, e dividido por 50. Significa, então, que cada milímetro da régua terá uma diferença de

0,02 mm no Vernier.

Esta especificação é exclusiva para paquímetros

com leitura de 0,02. Os instrumentos com leitura 0,01 ou

0,05 recebem uma outra tratativa.

Em seguida, ilustramos a diferença entre o Vernier e

a régua:

0

1 mm

1

0,02 mm

Já vimos o nome de cada parte do instrumento, a melhor maneira de manuseá-lo e

aprendemos como funcionam as escalas da régua e do Vernier. Nesta parte, vamos aprender

a fazer leituras no instrumento.

46


centesimal:

Na figura a seguir, vamos entender quem a utilização das escalas decimal e

Veja o exemplo de leitura:

• PASSO 1 - Vamos caminhar passo a passo e tentar

descobrir qual seria a medida que nosso esquema

está mostrando. A primeira coisa que vamos fazer é

verificar o zero do Vernier. Veja a figura a seguir e

note que o zero do Vernier indica, na escala

principal, que passamos do número 14, mas não

chegamos ao 15. Logo, concluímos a unidade

inteira: 14;

• PASSO 2 - A próxima etapa é definir a casa dos

décimos. Olhe com atenção o esquema a seguir e

tente descobrir o seguinte: Qual linha do número da

divisão principal que mais se aproxima de qualquer

linha da escala principal;

Conseguiu? Não? Repare que a linha do 10, na escala secundária, passou um pouquinho

do que seria o 18 da linha principal. O 20 também passou e o 30 também, mas o 40 não

chegou a passar. Por convenção, adota-se o número anterior àquele que não chegou a

passar, ou seja, o 30. Logo, temos a primeira dezena (inteira) vista anteriormente (14) e mais

esta dezena (30), que é a decimal.

• PASSO 3 – Neste passo, vamos descobrir a casa

centesimal. Observe, na subdivisão do Vernier, se

existe alguma linha que coincide com uma linha da

escala principal;

Conseguiu? Verifique com mais atenção.

47


Vimos, anteriormente, que a escala do Vernier avança 0,02 mm, logo, podemos afirmar

que nossa dezena centesimal é 0,02 mm. Temos então 14 + 30 + 2 igual a 14,32 mm.

Resultado: 14,32 mm

NOTA: A técnica para você não se perder na hora de encontrar o número centesimal

é que:

“está entre o último número que passou e o primeiro que não passou quando você

encontrou a dezena decimal (no passo 2).”

Vamos a um outro exemplo:

PASSO 1 – Veja que o zero do Vernier passou de 60 mm na escala principal. Como

cada traço da escala principal vale 1,0 mm, podemos perceber que o zero caminhou 8 traços,

mas não chegou ao nono. Portanto, nossa primeira unidade será 68,0 mm;

PASSO 2 – Agora vamos encontrar a casa dos décimos. Note, no Vernier, que, na

numeração de 0 a 10, o 1 e o 2 passaram uma casa, o 3 passou um pouquinho, mas o 4 não

chegou a passar. Conforme a convenção, é utilizado o número anterior àquele que não

chegou a passar, ou seja, o número 3. Temos agora a unidade decimal (3), ou seja, nosso

número agora é 68,3... (alguma coisa);

PASSO 3 – Como vimos anteriormente, nosso último passo será encontrar a casa dos

centésimos. Verifique, na subdivisão da escala do Vernier, qual traço fica exatamente sob um

dos traços da escala principal. Achou? Note que há um risco entre o 3 e o 4 do Vernier que

está exatamente sob um dos riscos da escala principal. Como já é de nosso conhecimento,

cada traço do Vernier equivale a 0,02 mm. Como é o primeiro traço que se encaixa, logo,

nossa unidade centesimal será 0,02 mm. Nosso número então é 68,32 mm.

Resultado: 68,32 mm

48


Exercícios:

134) Faça a Leitura:

______________

135) Faça a Leitura:

______________

136) Faça a Leitura:

______________

137) Faça a Leitura:

______________

49


138) Faça a Leitura:

______________

139) Faça a Leitura:

______________

140) Faça a Leitura:

______________

141) Faça a Leitura:

______________

142) Faça a Leitura:

______________

50


9. 9. MICRÔMETRO

Jean Louis Palmer apresentou, pela primeira vez, um micrômetro, para requerer sua

patente. O instrumento permitia a leitura de centésimos de milímetro de maneira simples. Com

o decorrer do tempo, o micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou medições mais rigorosas e

exatas do que o paquímetro mecânico convencional. De modo geral, o instrumento é

conhecido como micrômetro. Na França, entretanto, em homenagem ao seu inventor, o

micrômetro é denominado Palmer.

9.1. Tipos e Características

Geralmente dedicado à execução de medições externas, o micrômetro é um instrumento

que possui alta precisão e, assim como o paquímetro, é amplamente empregado na indústria.

Pode também ser apresentado em versões diferentes, utilizadas para a medição de

diâmetros internos, profundidades, pequenas espessuras, ressaltos e várias outras

características.

Suas características construtivas são semelhantes para todos os modelos, modificandose

apenas os formatos, que variam de acordo com a finalidade de utilização.

É importante saber, também, que os micrômetros se caracterizam pela capacidade e pela

aproximação da leitura:

• Pela capacidade, os micrômetros variam de 0 a 25 mm; de 25 a 50 mm e, assim por

diante, até 1975 a 2000 mm;

• Pela aproximação de leitura, podem ser de 0,01mm e de 0,001mm (decimal); ou de

0.001” e de 0.0001” (polegadas).

No micrômetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1", quando as faces dos contatos estão juntas, a

borda do tambor coincide com o traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal, gravada na

bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor.

Além dos micrômetros convencionais com sensores de medição planos, existem

micrômetros especiais com sensores de medição adaptados aos objetivos da medição:

51


Medição de profundidade:

Conforme a profundidade

a ser medida, utilizam-se

hastes de extensão, que

são fornecidas juntamente

com o micrômetro.

Medição de espessura de chapas:

Para a medição de

espessura de chapas numa

posição afastada da borda,

é usado o micrômetro com

pontas.

Dentes de engrenagens:

A medida sobre dentes de

engrenagens (valor médio sobre

vários dentes) pode ser

determinada com o micrômetro

que tem os sensores de medição

em forma de discos rasos. É

empregado também para medição

de ranhuras, aletas, rasgos de

chaveta e, ainda, outros materiais

onde é necessária maior área de

contato (menores deformações do

material).

Medição de espessura de tubos:

Para a medição de

espessura de parede de

tubos, usa-se um micrômetro

cuja bigorna tem um sensor

de medição abaulado ou

esférico, a fim de garantir o

contato bem definido entre o

sensor de medição e a peça

de medir (tubo).

52


Medição de diâmetro primitivo:

Para medição de diâmetro de

flancos (diâmetro primitivo)

de roscas, utilizam-se

sensores de medição do tipo

cone e prisma, cujas

dimensões são adaptadas ao

perfil da rosca a controlar. A

fim de evitar a necessidade

de um micrômetro para cada

passo e para cada perfil da

rosca, os sensores de

medição de roscas são

substituíveis.

Medições externas:

Para medições externas, além dos convencionais, existem também micrômetros com

pontas intercambiáveis.

Medidas internas:

Micrômetros para medidas

internas possuem ponteiras

de

medição,

assemelhando-se, até certo

ponto, aos paquímetros.

53


9.2. Partes do Micrômetro

02

03

04

05

06

07

01

09 08

A figura indica as principais partes de um micrômetro tradicional:

01 – Arco: é a parte por onde seguramos o micrômetro. Pode ser fabricado em aço forjado ou

ferro fundido, possuindo ou não plaquetas de proteção.

02 – Ponta fixa (batente): com uma placa de metal duro em sua extremidade, o batente serve

para apoio da peça a ser medida. Deve ser estreita para possibilitar medições de sulcos e

canaletas.

03 – Fuso: composto de parafuso micrométrico (não visível na foto) e placa de metal duro na

extremidade. É o "coração" do micrômetro. Com o passo geralmente medindo 0,5 mm, uma

volta do parafuso corresponde, conseqüentemente, a 0,5 mm. A extremidade possui a

função de apoiar a peça no lado oposto ao do batente.

04 – Trava: com um parafuso de fixação, possui a função de fixar o conjunto móvel para

visualização da medição executada.

05 – Bainha: Possui escalas na divisão de um milímetro ou nônio na divisão de 0,001 mm.

06 – Tambor: move-se em conjunto com o parafuso micrométrico, estando preso a ele,

possuindo a função de facilitar o movimento do mesmo.

07 – Parafuso de fricção (catraca): importante para a obtenção das medidas, pois possui a

função de padronizar a força de medição para qualquer pessoa que utilizar o micrômetro,

diminuindo os erros de pessoa para pessoa.

08 – Escala de divisão 0,01 mm: segunda escala que compõe a medida.

09 – Escala de divisão 0,5 mm: primeira escala que compõe a medida.

Recomendações Especiais

Instruções Gerais:

• O micrômetro deve ser escolhido de acordo com a finalidade;

• Antes de utilizar o instrumento, faça o zeramento. A operação pode ser feita com

blocos padrão ou hastes (para micrômetros externos ou de profundidade), anéis

54


padrão (para micrômetros internos) ou ainda face-a-face (micrômetros externos com

capacidade de 0 – 25 mm);

• Quando estiver medindo um produto, devem-se encostar as faces de medição do

micrômetro, utilizando a catraca como pressão.

NOTA: Não dê mais que três giros na catraca. A rotação do fuso deve ser realizada

vagarosamente e com extremo cuidado.

Considerações importantes na hora de realizar uma leitura:

• Nas medições externas, apoie corretamente as faces de medição.

• Nas medições internas, apoie com firmeza a base do instrumento.

9.3. Escalas

MICRÔMETRO CENTESIMAL – LEITURA 0,01 mm

Note que o passo do fuso

é 0,5 mm (cinco décimos)

Logo, a menor divisão da

bainha é de 0,5 mm

A divisão do tambor é

de 0,01 mm

55


Medição com Micrometro,

Veja os exemplos que seguem:

Exemplo 1:

• Passo 1 – Veja que a escala da bainha caminha de milímetro em milímetro e passou

2 milímetros além da marca dos 15 milímetros. Logo, temos 17 milímetros como

unidade inteira;

• Passo 2 – Verifique a escala menor da bainha. Como ela caminha de 0,5 mm em 0,5

mm, temos então a escala decimal como sendo 0,5 mm. Nosso valor agora passa a

ser 17,5 mm;

• Passo 3 – A terceira e última leitura é a casa centesimal. Observe, na escala do

tambor, que o traço que coincide com a linha da bainha equivale a 0,32 centésimos.

Portanto, fazemos a seguinte soma:

17,00

+ 0,50

0,32

17,82

mm

mm

mm

mm

(escala dosmm da bainha)

(escala dosmeio mm da bainha)

(escala centesimal do tambor)

(leitura total)

Exemplo 2:

56


23,00

+ 0,00

0,09

23,09

mm

mm

mm

mm

(escala dosmm da bainha)

(escala dosmeio mm da bainha)

(escala centesimal do tambor)

(leitura total)

Exercícios:

143) O micrômetro centesimal foi inventado por:

( ) Carl Edwards Johanson ; ( ) Pierre Vernier;

( ) Jean Louis Palmer; ( ) Pedro Nunes.

144) Para medir uma peça com 32,75 mm, usa-se um micrômetro com a seguinte

capacidade:

( ) 30 a 50; ( ) 25 a 50; ( ) 0 a 25; ( ) 50 a 75.

145) A capacidade de aproximação de leitura pode ser:

( ) 0,01 mm; ( ) 1 mm; ( ) 1”; ( ) 25 mm.

146) São partes de um micrômetro:

( ) nônio e cursor; ( ) impulsor e trava;

( ) bainha e tambor; ( ) catraca e haste.

147) Assinale as alternativas corretas, quanto à utilização do micrômetro:

( ) devemos escolher o instrumento de acordo com a finalidade;

( ) a rotação do fuso deve ser realizada com extremo cuidado;

( ) devemos apoiar corretamente as faces de medição;

( ) antes da leitura, devemos zerar as faces de medição.

148) Faça a Leitura:

______________

149) Faça a Leitura:

______________

57


150) Faça a Leitura:

______________

151) Faça a Leitura:

______________

152) Faça a Leitura:

______________

153) Faça a Leitura:

______________

154) Faça a Leitura:

______________

155) Faça a Leitura:

______________

58


156) Faça a Leitura:

______________

Micrômetro milésimal – LEITURA 0,001 mm

É importante conhecer também a leitura de um micrômetro milésimal. Veja como é:

• PASSO 1 – Veja, na escala da bainha (A), que o tambor passou de 20 mm, mas não

chegou a 21 mm. Logo, nossa primeira medida será 20,00 mm;

• PASSO 2 – Note que, na subdivisão da bainha (B), o tambor passou um pouco de 0,5

mm. Logo, nossa segunda medida é de 0,5 mm;

• PASSO 3 – Note que a linha divisória da bainha aponta para a escala centesimal 11

do tambor (C). Ou seja, nossa terceira medida é 0,11 mm;

• PASSO 4 – Aqui tem uma novidade. Ainda, na

escala do tambor, veja qual traço coincide com os

traços do nônio (D). Vemos que é o número 8 e,

como cada traço equivale a 0,001 mm (um milésimo

ou 1 µm - um mícron – plural micra), podemos

afirmar que nossa última medida é 0,008 mm. Logo,

a soma de tudo isso será:

59

A = 20,000 mm

B = 0,500 mm

+ C = 0,110 mm

D = 0,008 mm

Total = 20,618 mm


Agora que você já aprendeu a ler as escalas do micrômetro milésimal, vamos fazer

alguns exercícios de fixação:

157) Faça a Leitura:

______________

158) Faça a Leitura:

______________

159) Faça a Leitura:

______________

160) Faça a Leitura:

______________

60


161) Faça a Leitura:

______________

162) Faça a Leitura:

______________

163) Faça a Leitura:

______________

164) Faça a Leitura:

______________

165) Faça a Leitura:

______________

61


10. 10. RELÓGIO COMPARADOR

Sobre os relógios comparadores, considere que:

• Medir grandeza de uma peça por comparação é determinar a diferença existente

entre ela e um padrão de dimensão predeterminado;

• Relógios Comparadores são medidores de deslocamentos, constituídos de um

apalpador (sensor de deslocamento), de um mecanismo de amplificação (baseado

em um sistema cremalheira/trem de engrenagens) e um mostrador circular, onde

se desloca um ou dois ponteiros, à semelhança de relógios;

• O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação.

As diferenças percebidas pela ponta de contato são amplificadas mecanicamente

e irão movimentar o ponteiro rotativo da escala;

• Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário,

a diferença é positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão do que

a estabelecida;

• Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a

peça apresenta menor dimensão que a estabelecida;

• Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem

resolução de 0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo como modelo.

Os relógios mais comuns utilizam 1 mm ou 10 mm; .250" ou 1";

10.1. Tipos e Características

Os comparadores possuem uma gama variada de utilização, conforme será visto nas

figuras a seguir:

Medidores de Espessura:

São especiais para medir

chapas metálicas ou

espessuras em papel

(gráfica).

62


Relógio Comparador Eletrônico:

Este relógio possibilita uma leitura rápida, indicando

instantaneamente a medida, no display, em milímetros, com

conversão para polegada, zeragem em qualquer ponto e

com saída para mini-processadores estatísticos. A

aplicação é semelhante à de um relógio comparador

comum, além das vantagens apresentadas acima.

Medidor de Diâmetro Interno (Súbito):

Este é um dos instrumentos mais utilizados na indústria. Os relógios comparadores

também podem ser utilizados para furos. Uma das vantagens de seu emprego é a

constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro ou de defeitos, como

conicidade, ovalização, etc.

Relógios com Ajuste Fino:

São relógios especialmente confeccionados para ajuste de

zeramento.

63


10.2. Aplicações com Relógios Comparadores

64


Cuidados Especiais

Proteja o relógio de impactos ou forças excessivas. Não deixe o instrumento na beira

da mesa ou em lugares onde por descuido possa ser derrubado, isso poderá danificá-lo

seriamente;

Após o uso, limpe sujeiras e marcas deixadas pelos dedos no manuseio. Use um pano

macio e seco;

Guarde sempre o comparador e seus acessórios colocando-os no lugar que lhes

corresponde, no estojo próprio ou outro similar. Essa prática lhe poupará tempo e

aborrecimentos;

Proteja o instrumento ao guardar por longos períodos. Usando um pano embebido em

óleo fino anti-ferrugem, aplique suavemente uma camada bem fina e uniforme em todas as

faces, exceto no visor do relógio, fuso e pontas de metal duro;

Observe os seguintes itens ao guardar o relógio:

• não exponha o relógio diretamente à luz do sol,

• guarde-o em ambiente de baixa umidade, com boa ventilação e livre de poeira,

• nunca deixe o relógio diretamente no chão,

• guarde-o sempre em seu estojo (ou saco plástico);

Substitua oportunamente a ponta gasta. Estabeleça períodos adequados de verificação do

desgaste, especialmente em trabalhos altamente seriados.

65


10.3. Partes do Relógio Comparador

10.4. Leitura do Relógio Comparador

Nos comparadores mais utilizados, uma

volta completa do ponteiro corresponde a

um deslocamento de 1 mm da ponta de

contato. Como o mostrador contém 100

divisões, cada divisão equivale a 0,01 mm.

Usando os exemplos que seguem, verifique a sequência de leitura:

Exemplo 1:

Verifica-se quanto andou o ponteiro menor. Neste caso, o

desenho indica que saiu do 4 e passou do 5. O número 4

passa a valer 0, então o 5 vale 1. Temos então a primeira

unidade: 1 mm;

Verifica-se a direção em que caminha o ponteiro grande.

Vê-se que está no sentido horário, logo, a leitura será feita

na escala maior do aro. Lemos 0,55. A leitura final seria a

soma das partes inteira (1 mm) e parte decimal (0,55 mm).

Resultado: 1,55 mm

Exemplo 2:

Neste exemplo, o ponteiro menor saiu do 6 e passou do 3.

Tomando 6 como ponto zero, conclui-se que ele andou 3

casas. Logo, a medida inteira será 3 mm;

Referente ao ponteiro grande, pode-se perceber que ele

caminhou no sentido anti-horário. Neste caso, a escala do

aro será a escala menor, ou seja, a medida decimal será

0,78 mm;

A medida final será 3, 78 mm.

Resultado: 3,78 mm

66


Exercícios:

166) Relógios comparadores são medidores:

( ) lineares; ( ) de deslocamento.

167) Medir por comparação é:

( ) verificar as unidades envolvidas no produto;

( ) comparar o deslocamento entre uma unidade e a peça;

( ) verificar a tolerância do produto;

( ) determinar a diferença entre a medida encontrada e um padrão determinado.

168) Quando a ponta de contato sofre uma pressão, o ponteiro maior gira no sentido horário.

Isto significa que a peça possui dimensão menor que a estabelecida.

( ) certo; ( ) errado.

169) Marque a alternativa correta:

( ) súbitos são instrumentos pouco utilizados na indústria, devido à falta de praticidade;

( ) uma das vantagens do súbito é seu uso em medições lineares;

( ) relógios comparadores são muito utilizados na indústria por não necessitarem de

cuidados especiais;

( ) súbitos são ótimos instrumentos para leituras rápidas.

170) Quando o ponteiro maior gira no sentido horário, o ponteiro menor gira no sentido antihorário

e vice e versa:

( ) certo; ( ) errado.

171) Não há necessidade de substituição das pontas de contato, especialmente em trabalhos

altamente seriados:

( ) certo ( ) errado

172) Faça a Leitura:

__________________________

____________________________

67


173) Faça a Leitura:

____________________________

______________________________

174) Faça a Leitura:

____________________________

______________________________

175) Faça a Leitura:

__________________________

68


11. 11. RELÓGIO APALPADOR

É um dos relógios mais versáteis que se usam na mecânica. Seu corpo monobloco

possui três guias que facilitam a fixação em diversas posições. O mostrador giratório possui

resolução de 0,01 mm; 0,002 mm ou medidas em polegadas. Os relógios apalpadores

possuem curso bastante restrito (em geral 0,8 mm).

Por sua enorme versatilidade, podem ser usados para grande variedade de

aplicações, tanto na produção como na inspeção final.

Exemplos de utilização:

• Os relógios apalpadores são utilizados, entre outras

finalidades, para:

• Verificação de excentricidade de peças;

• Alinhamento e centragem de peças nas máquinas;

• Verificação de paralelismo entre faces;

• Medições internas;

• Medição de detalhes de difícil acesso;

• Verificação de ortogonalidade;

• Verificação de planicidade.

Os desenhos a seguir mostram algumas de suas utilizações:

69


Cuidados necessários:

Ao utilizar ou guardar os relógios apalpadores:

Proteja o relógio de impactos ou forças excessivas. Não deixe o instrumento na beira

da mesa ou em lugares onde, por descuido, possa ser derrubado. Nunca tente aproximar ou

retirar o relógio pelo movimento motorizado de uma máquina. Desta forma, evitará acidentes

lamentáveis;

Substitua a ponta de contato gasta somente por outra do mesmo comprimento, pois a

distância do centro da esfera de contato ao centro de articulação é fundamental para manter

a relação de ampliação do relógio apalpador;

Proteja o relógio ao guardá-lo por longos períodos. Usando

um pano macio e embebido em óleo fino anti-ferrugem,

aplique suavemente uma camada bem fina e uniforme em

todas as faces, exceto no visor, os mancais e a ponta de

metal duro;

Observe os seguintes itens ao guardar o

relógio:

• não o exponha diretamente à luz do sol,

• guarde em ambiente de baixa umidade,

com boa ventilação e livre de poeira,

• nunca o deixe diretamente no chão,

• guarde-o sempre em seu estojo (ou

saco plástico).

70


12. 11. GONIÔMETRO

O goniômetro é um instrumento de verificação de medidas angulares. Também

conhecido como transferidor de grau, é utilizado em medidas angulares que não necessitam

extremo rigor. Sua menor divisão é de 1º (um grau).

Para usos comuns, em casos de medidas angulares que não exigem extremo rigor, o

instrumento indicado é o goniômetro simples (transferidor de grau). Há diversos modelos de

goniômetro.

A seguir, um tipo bastante usado, com o qual podemos observar as medidas de um

ângulo agudo e de um ângulo obtuso.

Veja a figura de um

goniômetro de precisão. O

disco graduado apresenta

quatro graduações de 0 a

90º. O articulador gira com o

disco do vernier e, em sua

extremidade, há um ressalto

adaptável à régua.

71


Aprendendo a Ler o Instrumento

A exemplo do que foi visto em Tolerâncias Angulares, aqui usaremos também a

notação de graus ( º ) e minutos ( ’ ). Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com

o traço zero do nônio. Os minutos são lidos na escala do Vernier.

Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário, quanto no sentido antihorário.

A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero do nônio, seguindo a

mesma direção da leitura dos graus.

Assim, nas figuras acima, as medidas são, respectivamente:

1 A1 = 64º B1 = 30' leitura completa: 64º30'

2 A2 = 42º B2 = 20' leitura completa: 42º20'

3 A3= 9º B3 = 15' leitura completa: 9º15'

Veja também o exemplo que segue:

• Passo 1 – Repare que a graduação do disco indica leitura no sentido horário.

Primeiramente encontra-se o número inteiro. Verifique quantos graus o zero do vernier

passou no disco leitura. Neste caso: 24 graus (24º);

• Passo 2 – Em seguida, verifica-se qual traço do nônio coincide com o traço do disco.

Como cada traço do nônio vale 5 minutos (5’) e o traço coincidente é o segundo a

partir do zero, temos então 10 minutos (10’). Nosso resultado será 24º 10’.

Resultado: 24º 10’

72


Veja mais um exemplo:

• Passo 1 – Note que agora a graduação do disco indica leitura no sentido anti-horário.

Veja que o zero do vernier ainda não chegou ao 10, mas já passou do 9. Logo, o

número inteiro, em graus, será 9º;

• Passo 2 – O traço coincidente, na escala do vernier, é o 15. Pode-se afirmar que sua

indicação é de 15’. O resultado final será 9º 15’.

Resultado: 9º 15’

Exercícios

176) O goniômetro é um instrumento de verificação de medidas:

( ) lineares; ( ) angulares.

177) Também conhecido como transferidor de grau, o goniômetro é utilizado em medidas

que não necessitem de extremo rigor:

( ) certo; ( ) errado.

178) Marque as alternativas que possuem partes de um goniômetro:

( ) escala graduada e lâmina; ( ) arco e catraca;

( ) bico e ponta; ( ) catraca e haste.

179) A escala do disco de vernier é lida de 5 em 5 minutos:

( ) certo; ( ) errado.

180) Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido antihorário.

( ) certo; ( ) errado.

181) A escala fixa é lida em graus.

( ) certo; ( ) errado.

73


182) Faça a leitura:

______º______’

183) Faça a leitura:

______º______’

184) Faça a leitura:

______º______’

185) Faça a leitura:

______º______’

74


186) Faça a leitura:

______º______’

187) Faça a leitura:

______º______’

188) Faça a leitura:

______º______’

189) Faça a leitura:

______º______’

75


13. REFERENCIAS

CUNHA, Lauro Salles; CRAVESCO, Eng.marcelo Padovani. Manual pratico do mecanico.

8. ed. São Paulo: Hemus, 2006.

INMETRO. DOQ-DIMCI-004 : orientações para a realização de calibrações na área

de metrologia dimensional. : [S.1. : s.n.], 1999. 6p.

GONÇALVES, Felipe Pereira; CASTRO, Adilson da Silva; ESCOLA TÉCNICA

FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Metrologia dimensional. ESPIRITO SANTO:

ETFES, [19--]. 226 pp.

SANTOS JÚNIOR, Manuel Joaquim dos; IRIGOYEN, Eduardo Roberto Costa.

Metrologia dimensional. 2.ed. PORTO ALEGRE: UFRGS, 1995. 222p.

ZELENY VÁZQUEZ, José Ramón; GONZÁLEZ, Carlos González. Metrologia

dimensional. NEW YORK: McGraw-Hill, 1999. 510p.

CHEVALIER, A.; SENAI; LABURTE, L.. Metrologia dimensional. 2.ed. CAXIAS DO

SUL: SENAI, 1964. paginaçãop.

MITUTOYO. Instrumentos para metrología dimensional; utilización,

mantenimiento y cuidados. : [S.1. : s.n.], 1990. 66p.

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