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TALK 36

Edição 36 da TALK

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A arte de mixar e transformar é uma constante na mais

poliglota e valiosa grife do mundo. Do guarda-roupa aos

objetos e acessórios, passando pelas “Vuitton girls” todos

são polivalentes. Twiggy, Zendaya ou Julianne Moore e Alicia

Vikander são musas, clientes, ou brilham nas páginas de

revistas, primeira fila dos shows ou red carpets. As “colabs”

acompanham o processo de criação... Artistas guardados na

memória ou explodindo na mídia. Kansai Yamamoto, Virgil

Abloh e mais uma vez as mágicas fascinantes bolinhas da

genial Yayoi Kusama.

suitcase para jóias. As parcerias eram um fenômeno imbatível!

A última e muito significativa foi com o polivalente americano

Virgil Abloh (2019-2021, quando morreu prematuramente aos

41 anos). Um genial touche à tout – design, arquitetura, música,

shows de rock, um programa na TV e sua grife Off-White

com quase 30 boutiques – que entrou chez Louis Vuitton

para assinar coleções masculinas. Em dois anos, oito desfiles

emblemáticos. Seus sneakers esgotavam no dia do lançamento.

O tênis LV x Nike Air Force é um cult.

Além das series limitadas as surpreendentes ‘commandes

speciales’ fazem parte de toda a trajetória. Despertar o desejo e

executar as mais excêntricas encomendas exclusivas. Em 1926,

o marajá de Baroda pede uma mala para chá. Caixas para as

câmeras de Henri Cartier Bresson, o baú escritório para o

explorador Pierre Savorgnan e outro que se transforma em

cabine de banho. Peças que confirmavam todo o savoir-faire.

Em 1853 a primeira “vuitton maníaca”, a Imperatriz Eugénie

de Montijo (esposa de Napoleão III) elege LV como seu

malletier favorito. Multiplicam-se os aficionados de todas as

partes, sem divisão Oriente-Ocidente. Nicolas Ghesquière

mantém ao seu redor uma constelação de estrelas que se

esbarram! Celebridades, top models, atrizes, musas... Todas são

clicadas para campanhas, estão na primeira fila dos shows,

rodam pelo mundo e provocam faíscas nos red-carpets. Um

estonteante time friend of the house. Charlotte Gainsbourg,

Michelle Williams, Zendaya, Emma Stone, Julianne Moore

e a primeira-dama Brigitte Macron, que chama Nicolas para

ajudar na construção de sua imagem pública.

Jennifer Connelly é uma amiga especial – saem para

jantar e viajar com a família. “Para mim é um tipo de mulher em

extinção. Excelente atriz, inteligente, extremamente humana. Sua

beleza me intimida.” Léa Seydoux é um de seus perfis preferidos:

“pode vestir qualquer época ou gênero. É totalmente ‘tomboy’

sem perder o chic parisiense.” A sueca Alicia Vikander no topo

das darlings. “Seu côté escandinavo com um incrível exotismo até

selvagem.” A embaixadora Catherine Deneuve, que declara:

“O luxo Vuitton é superlativo, muitas vezes não se vê. Como um prazer

secreto em cada um de nós” é uma das favoritas do presidente

Bernard Arnault, que em 1987 fundou o grupo LVMH (Moët

Hennessy Louis Vuitton).

O todo-poderoso chairman que construiu um império a

partir da pequena empresa de uma família de carpinteiros. Uma

sucessão de visionários a partir de Gaston Louis Vuitton, nascido

em Agosto de 1821 em Lavan-sur-Valouse, leste da França.

Aos 14 anos, sai de casa em direção a Paris, a 400 quilômetros

de distância. Uma viagem a pé, no caminho encontra Mr.

Romain Marechal, renomado malletier com quem aprendeu

todos os detalhes e técnicas. Em 1854, abre sua primeira loja

na Rue des Capucines, colada à Place Vendôme.

Em 1885, a boutique londrina Oxford Street lança sua mala

para viajar: um baú mais leve com bordas arredondadas, mais

fácil de empilhar e transportar, forrado com uma tela-canvas

impermeável, não mais couro.

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