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{ Portfólio / Fernando Louza }
Amanda Fiore no Alentejo
Érica Redling em Capri
µ ARQUIVO PESSOAL
Cyan Magenta Yellow Black
Nascido no Rio, Fernando Louza é considerado um dos maiores nomes da
fotografia de moda do Brasil. Ele começou no jornal O Globo, trabalhando com
a editora Nina Chaves. No início dos anos 1970, mudou-se para São Paulo e foi
apresentado a Thomaz Souto Corrêa, então diretor das revistas femininas da
Abril. Logo começou a fotografar para os principais títulos da editora, como
Claudia e Pop. Paralelamente, atuava como Diretor de Fotografia da agência
Choc, de Regina Guerreiro, com quem estabeleceu uma parceria duradoura.
Um dos pioneiros na cobertura dos desfiles internacionais, ele acompanhou
nos anos 80 as primeiras brasileiras a brilhar nas passarelas europeias,como
Dalma Calado, Andrea Delal e Beth Lago. Nessa época, morou entre Paris e Nova
York, quando teve a oportunidade de trabalhar com a diretora de arte brasileira
Bea Feitler, fotografando para a Self Magazine e Vogue Itália.
De volta ao Brasil, passou a colaborar com as principais revista de moda, como
Vogue, Elle, Marie Claire e Estilo e realizou inúmeras campanhas de publicidade,
além de ter desenvolvido projetos com Paulo Borges, como a exposição de
retratos de Silvia Pfeifer.
“Eu praticamente lancei a Marie Claire aqui e fiz dezenas de capas para a
revista. Por isso, quando eu olhava o look e quem seria a modelo, praticamente
já sabia como chegar ao resultado final” revela.
Fernando tem este olhar marcado pela busca do ângulo perfeito, da sofisticação,
do estilo e da força de cada imagem. Ele admite que prefere a luz natural e que
não precisa de muitos cliques. “Eu sempre procurei sair do óbvio e trabalhar
com modelos que tem atitude, que valorizam o look que estão usando”, defende.
Além de fotografar, Fernando adora viajar e é um apaixonado confesso por
Cuba, tendo realizado inúmeros ensaios por lá. Mas também já clicou beldades
em Paris, Capri, Argélia, Formentera, República Dominicana, Santorini, Toscana,
Punta Del Este, Saint Barth, Marrakech e Tulum.
“Prefiro fotografar em locações. Como eu viajo bastante, quando me
passam um trabalho eu já começo a imaginar onde seria interessante incluir
aquele look em algum cenário que tenho na cabeça”, afirma.
Fernando ganhou em Berlim o prêmio de Melhor Trabalho Fotográfico
2004/2005 sobre Paris, pela Comissão Europeia de Turismo. E está longe de
pendurar as lentes.
“Hoje, qualquer um pode fotografar com um celular, usar filtros e modificar
a foto. Virou uma coisa muito banal. O digital é o céu e o inferno ao mesmo
tempo. Mas se você tem a técnica de ter aprendido a fotografar com filme
e usar isso no digital, isso faz toda diferença”.
Atualmente, Fernando abriu o leque produzindo também vídeos e livros. “Eu
tenho dois projetos de livros em andamento, um com o Paulo Borges sobre a
Bahia e outro todo dedicado a Cuba, que também tem chances de virar uma
exposição e um documentário.” por Leonardo Millen
Cyan Magenta Yellow Black
Q @fernandolouza
Katia Selinger no Caribe
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