Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Hipogonadismo Hipogonadotrófico
Este é o principal colateral que envolve o uso de doses suprafisiológicas de esteróides.
Os leigos pensam que a inibição do eixo HHG só acontece com uso de testosterona,
justificando isso usando drogas isoladas como ciclos de Dianabol ou Deca-Durabolin, sem a
presença da testosterona.
As moléculas dos esteróides possuem a mesma estrutura base e o seu poder
anabólico/androgênico causa o feedback negativo na produção de GnRH e consequente
queda dos níveis abaixo do detectável de LH e FSH. Isso causa o hipogonadismo
hipogonadotrófico( baixa produção de testosterona, com baixa produção de gonadotrofinas).
Como você pode explicar isso ao seu paciente? “O testículo interpreta que já tem alguém
oferecendo testosterona ou algo muito parecido com ela, então, ele entende que não
precisa mais produzir a testosterona natural, enviando um aviso ao sistema de regulação
cerebral para não produzir LH e FSH.”
Quando cessa-se o uso dos hormônios, o corpo não tem tempo hábil de reativar o eixo
hormonal, causando o que chamamos de crash hormonal pós ciclo, período onde há
quadros de depressão, desânimo, perda de disposição para treinar se nada for feito para
restabelecer o eixo. Uma terapia pós ciclo bem feita é fundamental para isto, e é onde os
profissionais médicos deveriam intervir. Negar isto ao paciente é fazê-lo ou piorar sua saúde
ou voltar a usar esteróides por conta para sempre, pois ele acredita que nunca vai recuperar
sua disposição sem hormônios.
Fig. 2 - Eixo hipotálamo-Hipófise-Gonadal( adaptado de Fisiologia Endócrina de Lange)
34