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3. OS PRINCIPAIS SOLOS QUE OCORREM NA REGIÃO
METROPOLITANA DE CURITIBA
O sistema de identificação, classificação e mapeamento dos
solos do Brasil iniciou-se na década de cinquenta, culminando
com o atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(SANTOS et al., 2013). Este sistema é dividido em 13 ordens,
sendo que algumas não são comuns na Região Metropolitana
de Curitiba (RMC). As ordens de solos de maior ocorrência
na RMC são apresentadas na Tabela 1. Existem nesta
região outros solos não relacionados nesta Tabela, mas que
apresentam menor representatividade, como os Nitossolos e
Chernossolos.
TABELA 1. Principais classes de solos encontradas na
região metropolitana de Curitiba, com base em Bhering e
Santos (2008).
CLASSE (ORDEM)
Neossolos
Cambissolos
Latossolos
Argissolos
Gleissolos
Organossolos
* Adaptado de Santos et al. (2013).
3.1. NEOSSOLOS
TERMOS DE
CONOTAÇÃO OU
MEMORIZAÇÃO
Solos jovens em início de
formação (sem horizonte B).
Solos que possuem
horizonte B em estágio
inicial de formação.
Solos velhos (muito
alterados em relação à rocha
de origem), profundos, com
grande desenvolvimento do
horizonte B.
Solos com acumulação de
argila no horizonte B.
Solos com cores
acinzentadas.
Solos com altos teores de
matéria orgânica.
a) Conceito: são solos rasos em estádio inicial
de evolução, apresentando mais comumente
apenas horizonte A sobre o horizonte C ou
sobre a rocha de origem (camada R) (Figura
ORIGEM DO NOME*
Nome derivado do grego neo
(novo).
Nome derivado do latim
cambiare (trocar, mudar),
indicando que este solo já
é mais desenvolvido que o
Neossolo.
O nome deriva do latim lat
(material muito alterado).
O nome deriva do latim
argilla (argila).
Nome derivado do russo gley
(massa de solo pastosa).
Nome derivado do latim
organicus que é pertinente a
compostos de carbono.
1). Estes solos são tão jovens que não tem
horizonte B.
b) Ocorrência: são predominantes nas áreas
mais declivosas da RMC, principalmente nos
municípios do Vale do Ribeira, e nas encostas
da Serra do Mar e da Serra do Purunã.
c) Significado agrícola: como principais
obstáculos ao uso, podem ser citados o
relevo muito declivoso, pouca espessura e
eventual presença de pedras. Na RMC estes
solos, em geral, são de baixa fertilidade
química natural. Por este motivo deveriam
ser preferencialmente utilizados para
preservação da flora e fauna, embora seja
comum seu uso na RMC com pastagens ou
reflorestamentos.
d) Significado ambiental e urbano:
considerando as características já relatadas,
constituem áreas extremamente frágeis.
Deveriam ser evitados para ocupação
urbana para não intensificar os processos
erosivos. Em alguns casos apresentam casos
apresentam ocorrência de rochosidade (com
presença de enormes matacões) que podem
causar grandes danos materiais em caso de
deslizamentos em áreas urbanizadas.
Figura 01: Perfil de Neossolo localizado no município de Piraquara (PR). Foto: Marcelo
Ricardo de Lima.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ